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Revista M&T - Ed.211 - Abril 2017
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Mercado

A volta por cima

Mantendo disparidades regionais acentuadas, estimativas apontam para um crescimento global de 7% nas vendas de equipamentos para construção neste ano
Por Marcelo Januário (Editor)

De acordo com as previsões da companhia de inteligência de mercado Off-Highway Research, as vendas globais de equipamentos para construção devem crescer 7% neste ano. Espera-se que o número de máquinas vendidas em 2017 alcance 695.142 unidades em todo o mundo, comparado com as 650.133 máquinas comercializadas no último ano, que representaram o ponto mais baixo do ciclo econômico da indústria.

Segundo David Phillips, diretor da Off-Highway Research, as vendas de equipamentos para construção no último ano foram afetadas pelo baixo crescimento econômico em âmbito mundial e pelos baixos preços de muitas commodities. “Estes fatores tiveram um efeito impactante na demanda de muitos tipos de máquinas, particularmente as utilizadas em mineração e em outras atividades extrativas”, diz o especialista. “Contudo, com o avanço das commodities a partir da virada do ano, as vendas começaram a reagir em vários mercados-chave.”

PERSPECTIVAS

De particular importância neste ano, espera-se um retorno do crescimento no mercado chinês, que chegou ao fundo em 2016 após cinco anos de queda acentuada nas vendas. No entanto, mesmo com os 13% de crescimento previsto para 2017, a demanda na China continuará a representar somente 30% do que foi registrado em 2010 e 2011. Entrementes, o robusto mercado indiano tem previsão de continuar a avançar. As vendas subiram 40% no último ano no país asiático, graças aos crescentes investimentos e à implementação de um amplo projeto de infraestrutura. Com isso, a previsão é de que as vendas de equipamentos continuem consistentes nos próximos cinco anos, ao passo que a Índia se consolide como um significativo fornecedor regional para a indústria.

Especialistas da indústria estimam que o Sudeste Asiático também obtenha bons resultados neste ano, especialmente na Indonésia e em Mianmar. No Oriente Médio, não é esperado um volume substancial de negócios no ano.

Mais maduros, os mercados da Europa, Japão e América do Norte registraram discrepância nas vendas no último ano, induzidos por fatores como os desdobramentos da eleição presidencial nos EUA e o Brexit no Reino Unido, afetando a confiança dos investidores.


De acordo com as previsões da companhia de inteligência de mercado Off-Highway Research, as vendas globais de equipamentos para construção devem crescer 7% neste ano. Espera-se que o número de máquinas vendidas em 2017 alcance 695.142 unidades em todo o mundo, comparado com as 650.133 máquinas comercializadas no último ano, que representaram o ponto mais baixo do ciclo econômico da indústria.

Segundo David Phillips, diretor da Off-Highway Research, as vendas de equipamentos para construção no último ano foram afetadas pelo baixo crescimento econômico em âmbito mundial e pelos baixos preços de muitas commodities. “Estes fatores tiveram um efeito impactante na demanda de muitos tipos de máquinas, particularmente as utilizadas em mineração e em outras atividades extrativas”, diz o especialista. “Contudo, com o avanço das commodities a partir da virada do ano, as vendas começaram a reagir em vários mercados-chave.”

PERSPECTIVAS

De particular importância neste ano, espera-se um retorno do crescimento no mercado chinês, que chegou ao fundo em 2016 após cinco anos de queda acentuada nas vendas. No entanto, mesmo com os 13% de crescimento previsto para 2017, a demanda na China continuará a representar somente 30% do que foi registrado em 2010 e 2011. Entrementes, o robusto mercado indiano tem previsão de continuar a avançar. As vendas subiram 40% no último ano no país asiático, graças aos crescentes investimentos e à implementação de um amplo projeto de infraestrutura. Com isso, a previsão é de que as vendas de equipamentos continuem consistentes nos próximos cinco anos, ao passo que a Índia se consolide como um significativo fornecedor regional para a indústria.

Especialistas da indústria estimam que o Sudeste Asiático também obtenha bons resultados neste ano, especialmente na Indonésia e em Mianmar. No Oriente Médio, não é esperado um volume substancial de negócios no ano.

Mais maduros, os mercados da Europa, Japão e América do Norte registraram discrepância nas vendas no último ano, induzidos por fatores como os desdobramentos da eleição presidencial nos EUA e o Brexit no Reino Unido, afetando a confiança dos investidores. Para este ano, espera-se crescimento particularmente no Japão e na América do Norte, enquanto as perspectivas europeias são mais estáveis.

Na Europa, após a Alemanha (leia box acima), a França foi o segundo mercado que mais avançou em 2016, enquanto o Reino Unido e o Leste Europeu registraram quedas. Em 2017, segundo a Federação Alemã de Engenharia (VDMA), as regiões ao Norte e à Oeste do continente devem se manter estáveis, ao passo que o Sul deve ter recuperação leve no ano, projeta a entidade. Já na América Latina, não deve ser registrado um avanço significativo. “Na média, os mercados da região foram afetados pela debilidade da indústria da construção no Brasil”, aponta o relatório.

LONGO PRAZO

No longo prazo, as previsões para o mercado global indicam um período de crescimento moderado, podendo registrar aumento de 650.133 unidades em 2016 para 810 mil unidades em 2020 – em um avanço de 25% no total.

Em termos de valores, estima-se que o mercado cresça 28% no mesmo período, de US$ 69,8 bilhões em 2016 para US$ 89,3 bilhões em 2020. “Isso reflete um potencial ressurgimento para algumas famílias de maior valor agregado nos próximos anos, notadamente escavadeiras sobre esteiras e caminhões OTR rígidos”, projeta a Off-Highway Research.

Indústria alemã prevê ritmo forte em 2017

No ano passado, as empresas alemãs se beneficiaram de sua forte posição no mercado europeu e alemão e avançaram 3% nos negócios, com vendas totais de 3 bilhões de euros. Após um já forte ano registrado em 2015, o mercado doméstico aumentou 20% em 2016 e obteve um nível quase tão alto quanto em 2007 (veja quadro abaixo). “Em vista deste alto volume, um novo ciclo de crescimento parece amplamente viável, desde que nossos clientes continuem a fazer bons negócios na Alemanha”, afirma Johann Sailer, chairman da Associação da Indústria de Equipamentos para Construção, entidade ligada à Federação Alemã de Engenharia (VDMA). Para 2017, a indústria projeta novo avanço de 3%.

Integração – Tendo em vista as próximas eleições na Holanda, França e Alemanha, a indústria de equipamentos espera que o continente mantenha-se integrado política e economicamente, como única maneira de garantir o sucesso econômico, a criação de empregos e o bem-estar social. “No futuro, só manteremos o crescimento se houver um esforço no sentido de estimular a cooperação internacional”, diz Sailer. “Em um setor altamente especializado como o nosso, no qual máquinas especiais não estão disponíveis em todas as regiões do mundo, manter os mercados abertos é essencial. Dependemos de um comércio livre e de bom senso econômico. E isto se aplica tanto à Europa como aos EUA.”

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