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Revista M&T - Ed.209 - Fevereiro 2017
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Editorial

A luta do setor pela sobrevivência

“Mesmo que não sejam suficientes para equilibrar a balança, as exportações têm aumentado substancialmente seu percentual de participação nas receitas das empresas, passando de 50% em algumas delas”

Após um ano que registrou o menor nível de investimento em infraestrutura da história, a indústria de equipamentos ainda respira por aparelhos no Brasil. Com faturamento em queda desde 2014, o setor viu o mercado cair de 30 mil para menos de 9 mil unidades em três anos, em um retrocesso de praticamente uma década no desempenho. E, para completar o quadro dramático, a ociosidade das frotas – nesta altura numerosas e com média de idade relativamente baixa – tem feito com que as empresas desacreditem numa retomada mais acentuada da demanda interna no curto prazo, mesmo que os pacotes de obras anunciadas saiam do papel.

Com isso, as fabricantes vêm lançando mão de diferentes estratégias para sobreviver, tanto operacionais quanto comerciais. Neste rol, destaca-se a opção pela exportação. Valendo-se da condição de única nação latino-americana com um parque industrial significativo neste segmento – por mais abalado que esteja em sua competitividade internacional –, o Brasil é tradicionalmente uma base de fornecimento para os países da região, mas agora – por força das circunstâncias – também passa a mirar novas paragens ou mercados em que deixara de competir nos tempos de bonança.

Mesmo que não sejam suficientes para equilibrar a balança, as exportações têm aume


“Mesmo que não sejam suficientes para equilibrar a balança, as exportações têm aumentado substancialmente seu percentual de participação nas receitas das empresas, passando de 50% em algumas delas”

Após um ano que registrou o menor nível de investimento em infraestrutura da história, a indústria de equipamentos ainda respira por aparelhos no Brasil. Com faturamento em queda desde 2014, o setor viu o mercado cair de 30 mil para menos de 9 mil unidades em três anos, em um retrocesso de praticamente uma década no desempenho. E, para completar o quadro dramático, a ociosidade das frotas – nesta altura numerosas e com média de idade relativamente baixa – tem feito com que as empresas desacreditem numa retomada mais acentuada da demanda interna no curto prazo, mesmo que os pacotes de obras anunciadas saiam do papel.

Com isso, as fabricantes vêm lançando mão de diferentes estratégias para sobreviver, tanto operacionais quanto comerciais. Neste rol, destaca-se a opção pela exportação. Valendo-se da condição de única nação latino-americana com um parque industrial significativo neste segmento – por mais abalado que esteja em sua competitividade internacional –, o Brasil é tradicionalmente uma base de fornecimento para os países da região, mas agora – por força das circunstâncias – também passa a mirar novas paragens ou mercados em que deixara de competir nos tempos de bonança.

Mesmo que não sejam suficientes para equilibrar a balança, as exportações têm aumentado substancialmente seu percentual de participação nas receitas, passando de 50% em algumas empresas. E, apesar de ainda ter nos países do continente seu principal destino, as atividades de comércio exterior têm se voltado cada vez mais para outras regiões, como a África e até mesmo a Ásia.

O continente africano, inclusive, vive um momento de desenvolvimento, justificando as apostas. A Nigéria, por exemplo, segundo o relatório Global Construction 2020, terá o crescimento mais rápido do mundo no setor da construção por volta de 2018, superando a Índia. E esse avanço das atividades de construção em países africanos tem resultado em uma demanda crescente para soluções como centrais de concreto, escavadeiras, retroescavadeiras e compactadores de solo.

De fato, o mercado africano – que no total consome aproximadamente 25 mil unidades/ano – vive uma transformação de fundo, movendo-se de uma estrutura de baixo volume e uso intensivo das máquinas para um cenário de alto volume, com usos específicos. Enquanto isso não volta a ocorrer por aqui, nossa indústria não só pode como deve se aproveitar desse bom momento  do setor em outros países para escoar sua produção. Boa leitura.

Permínio Alves Maia de Amorim Neto

Presidente do Conselho Editorial

 

 

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