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Revista M&T - Ed.204 - Agosto 2016
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Usinas de Asfalto

Tendências tecnológicas

Qualidade do produto final aliada à alta flexibilidade e redução de custos torna-se referencial para usinas, desde modelos gravimétricos a contêinerizadas e contínuas
Por Joás Ferreira

O avanço da tecnologia tem permitido a oferta no país de equipamentos cada vez mais produtivos e que, ao mesmo tempo, oferecem redução significativa nos custos operacionais. Na área de produção de asfalto, por exemplo, soluções como as usinas gravimétricas modulares em contêineres ainda são pouco difundidas, mas prometem vantagens como maior mobilidade e facilidade de montagem e desmontagem, reduzindo os aportes em logística.

Para tanto, todos os componentes de cada módulo estão prontos para entrar em operação, bastando conectá-los na montagem final. “Esse tipo de solução permite a fácil desmobilização da usina e o transporte rápido para outra obra, sem a necessidade de se preocupar com peças avulsas e depreciação do equipamento”, diz David Kaffka, gerente comercial da Lintec.

Além disso, como destaca o engenheiro, por ser montado em contêineres o equipamento não necessita de fundações para a instalação e também dispõe de componentes protegidos, reduzindo as emissões de ruído e pó. “Essas características permitem sua instalação em qualquer área, com facilidade”, resume.

TRANSIT TIME

Segundo os especialistas, a usina fixa em contêiner normalmente é empregada em concessões de rodovias ou projeto urbanos. “A qualidade da massa asfáltica é mantida, sem os grandes transtornos representados pela montagem de uma grande planta de produção, tanto em uma obra quanto em um grande centro urbano”, garante Kaffka.

Os contêineres, diz ele, possuem certificado ISO para transporte terrestre, sendo que os módulos são transportados em carretas de dimensões normais e não necessitam de licenças especiais de rodagem. “Para o transporte marítimo, a adaptação em contêineres assegura a melhor condição em questões de transit time, custo de frete e seguro internacional”, comenta.

Simplificada, a montagem é feita com o auxilio de um guindaste, que encaixa os módulos. “Trata-se de um verdadeiro ‘Lego’ gigante”, compara o especialista, que acrescenta: “Uma vez no local de instalação, a usina pode entrar em operação em apenas cinco ou dez dias, dependendo dos recursos e do pessoal envolvido.”

No portfólio da Lintec, os modelos oferecidos incluem o CSD1510 (de 120 a 140 t/h) e o


O avanço da tecnologia tem permitido a oferta no país de equipamentos cada vez mais produtivos e que, ao mesmo tempo, oferecem redução significativa nos custos operacionais. Na área de produção de asfalto, por exemplo, soluções como as usinas gravimétricas modulares em contêineres ainda são pouco difundidas, mas prometem vantagens como maior mobilidade e facilidade de montagem e desmontagem, reduzindo os aportes em logística.

Para tanto, todos os componentes de cada módulo estão prontos para entrar em operação, bastando conectá-los na montagem final. “Esse tipo de solução permite a fácil desmobilização da usina e o transporte rápido para outra obra, sem a necessidade de se preocupar com peças avulsas e depreciação do equipamento”, diz David Kaffka, gerente comercial da Lintec.

Além disso, como destaca o engenheiro, por ser montado em contêineres o equipamento não necessita de fundações para a instalação e também dispõe de componentes protegidos, reduzindo as emissões de ruído e pó. “Essas características permitem sua instalação em qualquer área, com facilidade”, resume.

TRANSIT TIME

Segundo os especialistas, a usina fixa em contêiner normalmente é empregada em concessões de rodovias ou projeto urbanos. “A qualidade da massa asfáltica é mantida, sem os grandes transtornos representados pela montagem de uma grande planta de produção, tanto em uma obra quanto em um grande centro urbano”, garante Kaffka.

Os contêineres, diz ele, possuem certificado ISO para transporte terrestre, sendo que os módulos são transportados em carretas de dimensões normais e não necessitam de licenças especiais de rodagem. “Para o transporte marítimo, a adaptação em contêineres assegura a melhor condição em questões de transit time, custo de frete e seguro internacional”, comenta.

Simplificada, a montagem é feita com o auxilio de um guindaste, que encaixa os módulos. “Trata-se de um verdadeiro ‘Lego’ gigante”, compara o especialista, que acrescenta: “Uma vez no local de instalação, a usina pode entrar em operação em apenas cinco ou dez dias, dependendo dos recursos e do pessoal envolvido.”

No portfólio da Lintec, os modelos oferecidos incluem o CSD1510 (de 120 a 140 t/h) e o CSD2500B (de 160 a 180 t/h), que são fabricados no Brasil, mas também há usinas produzidas na Alemanha com capacidades de até 400 t/h. Mas, em se tratando de usinas de asfalto, não se pode falar em sustentabilidade ambiental sem redução no consumo de energia. “A economia de energia é um dos grandes diferenciais das usinas CSD, pois elas permitem fazer o processo de secagem e seleção dos materiais em um único tambor no alto da torre, o que elimina as perdas de calor durante o transporte e a seleção, como acontece nas gravimétricas convencionais”, explica Kaffka. “Além disso, o secador com dupla função é mais eficiente, pois o calor do secador auxilia no processo durante a separação.”

DIFERENCIAÇÃO

O mercado brasileiro, todavia, já é bastante maduro neste segmento. Inclusive, o gerente de marketing da Ciber, Jandrei Goldschmidt, levanta uma questão interessante ao diferenciar usinas gravimétricas modulares de usinas contêinerizadas. Segundo ele, os projetos são diferentes, sendo que “ainda não há demanda consolidada para as usinas em contêineres no Brasil”. “Todos os fabricantes locais produzem as modulares aqui, salvo as excepcionalidades trazidas de fora, mas que, por consequência, possuem custo muito elevado devido ao câmbio, transporte e taxas de importação”, afirma.

O especialista de produto e aplicação da Ciber, Marcelo Zubaran, acresce que as usinas gravimétricas também podem ser fabricadas em módulos (em dimensões de contêiner ou não), com a finalidade de facilitar o transporte e a montagem. Segundo ele, os custos de transporte e instalação são expressivos, por conta das dimensões e complexidade do equipamento: “A modularização se tornou um requisito importante para viabilização da gravimétrica, principalmente em mercados emergentes”, diz.

Até por isso, as gravimétricas modulares, segundo Goldschmidt, atendem a demandas específicas do mercado. Ele ressalta que, historicamente, mais de 90% da demanda no Brasil são por usinas móveis do tipo contrafluxo, que se adaptam melhor ao quesito de retorno sobre o investimento, até por conta da mobilidade e manutenção simplificada. De acordo com Zubaran, as modularizadas são indicadas para obras de longo prazo, uma vez que o transporte e a instalação das gravimétricas são mais demorados e onerosos que as contínuas. “Os módulos são uma boa alternativa quando a construtora produz e vende diversos tipos de misturas asfálticas e requer constante troca de fórmula”, explica o engenheiro, destacando ainda que as gravimétricas também são menos susceptíveis a fatores externos como variação de granulometria ou contaminação de agregados entre silos frios da usina. “A menor susceptibilidade é resultado, principalmente, do duplo sistema de dosagem dos agregados, antes e após a secagem, o que pode garantir o ajuste da granulometria durante o processo de usinagem”, ressalta. “Assim, os cuidados logísticos para a produção de concreto asfáltico são menos rígidos do que em uma usina de produção contínua.”

CUSTOMIZAÇÃO

A Ciber possui uma usina modular com produção de até 140 t/h, a UAB 18. Mas a Benninghoven, outra empresa do grupo Wirtgen, apresenta modelos gravimétricos de 160 a 320 t/h, podendo exceder a marca de 400 t/h em modelos customizados. Aliás, por natureza, as usinas gravimétricas são bastante customizáveis, com tempo de instalação diretamente ligado à configuração do equipamento. Para o engenheiro da Ciber, em geral investe-se aproximadamente dois meses para a instalação completa, dependendo do porte da usina e opcionais. Quanto à montagem em si, Zubaran explica que os módulos são encaixados no local da obra. Após o encaixe, os componentes elétricos são instalados entre os módulos e convergem para o quadro de força da usina. “A última etapa é o processo de calibração e ajuste fino”, relata.

Por ser um equipamento de maior porte, a manutenção de uma usina modular gravimétrica é sempre mais detalhada que a de uma usina contínua, como sublinha Zubaran. “Esse tipo de máquina apresenta, por exemplo, uma peneira vibratória que demanda regulagem periódica, quando não a troca para adaptações”, afirma “Além disso, o misturador da gravimétrica sofre mais desgaste em função do processo cíclico de produção. Os demais sistemas, entretanto, demandam manutenção preventiva análoga às contínuas.”

Para o presidente da Bomag Marini Latin America, Walter Rauen, a tecnologia gravimétrica para a produção de asfalto de fato é uma opção consagrada no mercado mundial e se mostra ideal para clientes que buscam qualidade aliada à alta flexibilidade do produto final. “A produção é feita por bateladas, sendo que a cada 50 segundos um lote completo é executado, apresentando flexibilidade na mudança da fórmula, da quantidade e do tipo de betume e agregados, de um lote para o outro”, explica. “Isso ocorre depois que os componentes individuais são pesados e medidos, garantindo controle sobre a qualidade de produção.”

PORTABILIDADE

Também disponível no país, as usinas contínuas são aplicáveis a obras que exigem alteração constante de fórmulas e projetos que pedem mobilidade e acesso a áreas restritas. Também são adequadas a misturas especiais como WMA (Warm-Mix Asphalt), SMA (Stone Mastic Asphalt) e RAP (Reclaimed Asphalt Pavement).

A Ammann Latin America, por exemplo, lançou na bauma 2016 a usina de asfalto contínua ACM 100 Prime, de fabricação nacional. “A nova usina reúne conceitos intrínsecos à produção asfáltica contínua, do desenvolvimento do produto à utilização dos componentes do sistema com fabricação integrada, incluindo controles, tambor-secador, queimador, misturador e filtro”, destaca Gilvan Medeiros Pereira, diretor executivo da empresa, acrescentando que a versão padrão do equipamento também dispõe de sistema com três dosadores individuais, com dispositivo próprio de pesagem individual, garantindo precisão na dosagem da massa asfáltica.

O uso deste tipo de usina está intimamente relacionado à cultura local e à disponibilidade de matéria-prima de qualidade. De modo geral, o conceito oferece a vantagem de um menor investimento se comparado às gravimétricas, além de fácil operação. As usinas contínuas também apresentam características especiais, como portabilidade, alta mobilidade, montagem facilitada, rápido start-up, baixo custo de manutenção, eficiência de secagem, controle no retorno do particulado fino proveniente do filtro de mangas e emprego de qualquer tipo de combustível (óleo leve e pesado, diesel, GLP e GN), dentre outras.

Para o diretor da Ammann, a separação clara dos processos de secagem e mistura traz grande benefício à qualidade da mistura asfáltica e ao controle de emissão dos gases de exaustão. O tambor secador funciona dentro de câmara completamente fechada e não há qualquer risco de contaminação do ar com vapores adicionais de asfalto ou finos, ao passo que o misturador contínuo de duplo eixo (tipo pug-mill) encontra-se separado do processo térmico. Assim, permite ajustar a mistura de acordo com a fórmula e garante a adição de material granular e/ou asfalto reciclado (RAP), separadamente do processo de aquecimento no tambor secador. “O queimador é projetado e desenhado para garantir o aproveitamento máximo de combustível com baixo nível de poluição e o mais baixo consumo de combustível por tonelada de asfalto produzida”, diz Gilvan.

No caso da Marini, o portfólio inclui modelos de 80 a 160 t/h. “Uma característica interessante é que os mercados internacionais estão cada vez mais exigentes quanto à configuração dos equipamentos e a maioria dos clientes solicita diversos opcionais”, comenta Rauen. “E a Marini possui ampla expertise no fornecimento desses componentes, tais como filtro de mangas em Nomex, que permitem trabalhar com altíssimas temperaturas, anel de reciclagem e tambor secador com isolamento térmico.”

INTEGRAÇÃO

Mas a Marini também está de olho nas tendências tecnológicas emergentes. Prova disso é que a empresa traz agora ao Brasil uma usina gravimétrica transportável em contêineres, indicada para empreiteiros que optam pela produção de misturas asfálticas por bateladas, com garantia de economia e qualidade da mistura asfáltica. O novo produto é a Be Tower, uma usina com design modular e que pode ser transportada em contêineres padronizados, aliando a versatilidade à tecnologia.

O modelo garante produção de até 160 t/h, possuindo muitos dos conceitos que consagraram os modelos Top Tower (acima de 200 t/h) e eTower (entre 160 e 200 t/h), como a eficiente torre de secagem e filtragem, capaz de garantir economia significativa de energia. “A Be Tower apresenta um layout totalmente novo, com dimensões e estrutura dos diferentes componentes dispostos de maneira integrada, com redução do uso de espaço de solo e melhor aproveitamento do espaço necessário para sua instalação”, enfatiza Rauen, ressaltando que o custo de propriedade de uma usina não se resume apenas ao seu preço de compra, mas também ao que vem depois, como transporte e manutenção. “A usina foi desenvolvida especificamente para atender às empresas que querem optar pela tecnologia gravimétrica, mas que buscam uma opção com o melhor custo total no período de vida útil do produto.”

No que tange à sustentabilidade, a Be Tower promete obter redução no consumo de energia, por meio de itens como secador de alto desempenho, queimador para a obtenção de melhoria de combustão do combustível, filtragem de gases com recuperação de poeira, dispositivos de isolamento e utilização de eletrônicos, tanto nos sensores como no sistema de gestão. “Todos esses recursos garantem que a usina esteja em conformidade com as mais rigorosas regras ambientais do mundo”, conclui.

Competição é saudável para o setor, diz fabricante

Mais longevo fabricante de usinas de asfalto do mundo, a Ammann foi fundada em 1869 e reivindica a posição de maior fornecedor global de usinas de asfalto, tanto em unidades comercializadas como em receitas. “Esse know-how acumulado em soluções tecnológicas possibilitou à empresa tornar-se líder em mercados de alto grau de exigência, sem demérito ao demais”, garante Gilvan Medeiros, diretor executivo da Ammann Latin America. “Afinal, a indústria vive da competição e exige que sempre se busquem objetivos mais altos. Por isso, o mercado tem sim de olhar para a Ammann como uma referência.”

Até por isso, uma das pedras de toque da fabricante – que possui fábrica em Gravataí (RS) – é a busca pela produtividade, ou seja, fazer mais com a mesma quantidade de recursos. “Precisamos buscar as melhores práticas, que garantam uma melhor utilização dos recursos aplicados”, diz Medeiros. “E isso passa pela eficiência energética, pela qualidade dos produtos. Algo que os fabricantes podem contribuir no sentido de mostrar como isso é viável e acessível ao cliente.”

 

 

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