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Revista M&T - Ed.202 - Junho 2016
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Agronegócio

A força que vem do campo

Mantendo-se como um dos mais principais pilares da economia brasileira, o agronegócio também movimenta o setor de máquinas e equipamentos para construção
Por Melina Fogaça

Com o mercado da construção ainda em dificuldades, o setor do agronegócio permanece como uma opção viável de negócios para as fabricantes de equipamentos da Linha Amarela, que contam com maquinários utilizados em diversas atividades no campo.

Mesmo não registrando resultados tão positivos como em anos anteriores, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária cresceu 1,8% em 2015. Hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor já representa 23% do PIB nacional, ao passo que setores como indústria, construção e serviços registraram quedas, algumas abissais. “Nesse momento complicado para o país, são os setores da agricultura e da pecuária que carregam o Brasil nas costas, fazendo com que o agronegócio seja o único segmento, além do aeroviário, a obter bons resultados”, afirma Aldo Rebelo, ministro da Defesa.

Outro fator que pesou na balança foi a liberação do Finame Agrícola também para a compra de máquinas de construção, constituindo uma alternativa para a comercialização de equipamentos da Linha Amarela no campo. E tem funcionado. Tanto isso é verdade que, para as empresas que atendem aos dois segmentos, a demanda agrícola vem absorvendo cada vez mais o portfólio de construção. “Atualmente, a participação de equipamentos de construção no segmento de agricultura da empresa já está em torno de 10%”, comenta Roberto Marques, diretor de vendas para os segmentos de construção e florestal da John Deere Brasil. “É um valor significativo, especialmente considerando a variedade de equipamentos da marca voltados exclusivamente para o agronegócio.”

LINHA AMARELA

Apostando nesta representatividade, a John Deere mostrou na recém-finalizada Agrishow (leia Box na pág. 38) alguns dos produtos com inserção garantida na área agrícola, como as pás carregadeiras 524K e 624K, dois dos “best sellers” mais versáteis de seu portfólio. “Geralmente, os produtores utilizam as carregadeiras para transporte de calcário e de fertilizantes, mas muitas vezes instalamos o garfo para que a máquina também levante fardos de algodão”, comenta Marques. “Os equipamentos da Linha Amarela também podem ser utilizados na movimentação de cascalho e na manutenção de represas,


Com o mercado da construção ainda em dificuldades, o setor do agronegócio permanece como uma opção viável de negócios para as fabricantes de equipamentos da Linha Amarela, que contam com maquinários utilizados em diversas atividades no campo.

Mesmo não registrando resultados tão positivos como em anos anteriores, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária cresceu 1,8% em 2015. Hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor já representa 23% do PIB nacional, ao passo que setores como indústria, construção e serviços registraram quedas, algumas abissais. “Nesse momento complicado para o país, são os setores da agricultura e da pecuária que carregam o Brasil nas costas, fazendo com que o agronegócio seja o único segmento, além do aeroviário, a obter bons resultados”, afirma Aldo Rebelo, ministro da Defesa.

Outro fator que pesou na balança foi a liberação do Finame Agrícola também para a compra de máquinas de construção, constituindo uma alternativa para a comercialização de equipamentos da Linha Amarela no campo. E tem funcionado. Tanto isso é verdade que, para as empresas que atendem aos dois segmentos, a demanda agrícola vem absorvendo cada vez mais o portfólio de construção. “Atualmente, a participação de equipamentos de construção no segmento de agricultura da empresa já está em torno de 10%”, comenta Roberto Marques, diretor de vendas para os segmentos de construção e florestal da John Deere Brasil. “É um valor significativo, especialmente considerando a variedade de equipamentos da marca voltados exclusivamente para o agronegócio.”

LINHA AMARELA

Apostando nesta representatividade, a John Deere mostrou na recém-finalizada Agrishow (leia Box na pág. 38) alguns dos produtos com inserção garantida na área agrícola, como as pás carregadeiras 524K e 624K, dois dos “best sellers” mais versáteis de seu portfólio. “Geralmente, os produtores utilizam as carregadeiras para transporte de calcário e de fertilizantes, mas muitas vezes instalamos o garfo para que a máquina também levante fardos de algodão”, comenta Marques. “Os equipamentos da Linha Amarela também podem ser utilizados na movimentação de cascalho e na manutenção de represas, além de controle de erosão e sistematização dos solos.”

Na feira, a fabricante exibiu ainda a motoniveladora 670G, um modelo muito utilizado em manutenção de estradas vicinais, além do trator de esteira 750J, da retroescavadeira 310K e das escavadeiras 160G e 210G.

E a John Deere não está sozinha nesta empreitada. A JCB, por exemplo, também promoveu alguns equipamentos da Linha Amarela com inserção no agronegócio, como a retroescavadeira 3CX. Segundo o diretor de vendas e marketing da marca, Alisson Brandes, trata-se de uma evolução do modelo 3C, porém com maior vazão na parte hidráulica. Prometendo força máxima com baixo consumo de combustível, a máquina é equipada com novo motor Dieselmax, de alto torque em baixas rotações, além de oferecer capacidade de 1,1 m³ na caçamba dianteira e profundidade de escavação de 5,62 m. “É um produto que conta com a maior gama de opcionais e acessórios da categoria, com diversas possibilidades para aplicações nos setor da construção e agrícola”, diz o executivo.

Ainda com enfoque na versatilidade, a Case CE recentemente celebrou a marca de 30 mil unidades produzidas de seu modelo 580. “A retroescavadeira é conhecida como canivete suíço, pois atende a diversos segmentos de negócios, como construção, saneamento e locação, além de muitos nichos do agronegócio”, comenta Roque Reis, vice-presidente da Case para a América Latina.

Ainda na CNHi, no ano passado a New Holland lançou produtos como o trator de esteiras D180C e a escavadeira E215C, ambos com ampla utilização no agronegócio. Na Agrishow 2016, a fabricante enfatizou tecnologias como o sistema de telemetria FleetForce e o sistema de controle FleetGrade, que permitem a equipamentos como motoniveladoras, escavadeiras hidráulicas, tratores de esteira e retroescavadeiras operar de forma mais precisa e integrada. Segundo Paula Araújo, gerente de brand marketing da New Holland Construction para a América Latina, “a constante mecanização do campo tem levado os produtores a buscar equipamentos com esses diferenciais tecnológicos”. Outro destaque da marca no evento foram os implementos, incluindo opções de caçambas, valetadeiras, perfuratrizes, garfos pallets e brotadeiras, utilizadas no plantio de árvores. “Os implementos tornam os equipamentos mais versáteis e produtivos para atividades no setor agropecuário”, diz ela.

AGRÍCOLA

No segmento de equipamentos agrícolas, a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de ampliar em 300 milhões de reais o orçamento do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) para o ano agrícola 2015/2016, que se encerra em 30 de junho, veio em um momento importante. O governo também decidiu antecipar a divulgação do Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017, além de anunciar o Plano Safra em maio, que destinará 202,8 bilhões de reais de crédito aos produtores rurais brasileiros. Recorde, o valor representa um aumento de 8% em relação à safra anterior, que contou com 187,7 bilhões de reais.

Em torno dessas iniciativas para movimentar o setor, empresas como a Massey Ferguson e Valtra – ambas controladas pelo Grupo AGCO – apostam em tratores de grande porte. Nessa linha, as marcas mostraram Agrishow produtos como os tratores Valtra Challenger, representado pelo modelo com esteira de borracha MT875E, e Fendt 1050, aposta da Massey Fergusson com 524 cv e 2400 Nm de torque. Segundo Eder Pinheiro, coordenador de marketing da Massey, o Fendt 1050 é o maior e mais tecnológico trator rígido da marca, mas ainda não está sendo fabricado no Brasil. Um protótipo foi exposto na Agrishow para que a empresa pudesse identificar clientes em potencial. “Antes de introduzir esse trator no país, precisamos entender bem o mercado e mapear a demanda por equipamentos com essas características”, comenta.

Recentemente, a Massey também renovou todo seu portfólio de colheitadeiras. O destaque nesse nicho é o modelo MF 5690, que integra a linha de equipamentos da Classe 4, com capacidade de entregar até 220 cv de potência, além de prometer maior economia, com redução de até 20% no consumo de combustível.

Já a Valtra destacou na Agrishow suas colheitadeiras axiais, como a BC6800 (equipada com plataforma para a colheita de milho) e a BC8800 (com a plataforma Draper, reconhecida por oferecer baixo índice de perdas e melhor qualidade de grãos). São produtos que concorrem em um setor que vem resistindo bem à freada acentuada na economia do país. “O Brasil é um produtor de alimentos, sendo essa a maior vocação do país”, diz Werner Santos, novo vice-presidente de vendas e marketing da marca para a América Latina. “Por isso, mesmo com os problemas que o Brasil está passando, acreditamos na pujança da agricultura nacional.”

De fato, há motivos para isso. Atreladas à necessidade de oferta de grãos e carne para atender à demanda mundial, as receitas advindas das atividades no campo devem crescer em torno de 34% em 2016, em comparação ao ano anterior. “Entendemos a importância do Brasil como celeiro do agronegócio”, pontua Robert Crain, vice-presidente sênior da AGCO para as Américas. “Nossa participação na América Latina está em torno de 20%, mas para os próximos anos buscaremos investir e crescer mais na região.”

CANA

Otimista com os bons resultados da safra de cana de açúcar 2015/16 – que cresceu 4,9% em relação à anterior, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) –, mas também com as expectativas de que a safra 2016/2017 chegue a 691 milhões de toneladas, em um aumento de 3,8%, a Case IH aproveita a onda positiva para lançar a nova linha 2016 da colhedora de cana A8800. Projetada com a participação de clientes, o modelo chega ao mercado com a promessa de menor custo operacional e maior disponibilidade, evitando quebras constantes. “Os clientes que participaram do processo de desenvolvimento do modelo representam mais de 20% da cana produzida no Brasil”, estima Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para a América Latina.

De acordo com Christian Gonzalez, diretor de marketing da Case IH para a América Latina, a máquina conta com novo sistema de filtragem da sucção de óleo hidráulico, proporcionando aumento expressivo no intervalo de troca (de 250 para 1.000 horas). “Isso significa uma na redução de 46 filtros para apenas seis filtros utilizados por safra”, garante o especialista.

Também de olho neste cenário promissor, a John Deere mostrou dois recentes lançamentos. As colhedoras de cana CH570 e CH670 incorporam o sistema Econoflow, trazendo melhorias nos mecanismos de limpeza, de alimentação e hidráulico, o que resulta em maior capacidade de colheita e redução de consumo. “O produtor brasileiro busca por inovação e, por isso, sempre procuramos investir em tecnologias para a agricultura, que ademais é um setor fundamental para a economia do país”, conclui Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil.

Feira registra crescimento nos negócios

Realizada entre os dias 25 e 29 de abril, a 23ª Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) possibilitou a movimentação de 1,95 bilhão de reais em negócios, superando o valor obtido na edição anterior, que ficou em 1,9 bilhão de reais. Segundo Fábio Meirelles, presidente da Agrishow e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), o montante dos negócios pode ser ainda maior, se forem considerados os resultados obtidos pelos bancos, assim como os negócios iniciados em Ribeirão Preto, mas só finalizados nos meses seguintes. “Em evolução, a indústria de máquinas agrícolas permite que os nossos produtores alcancem um nível maior de produtividade”, afirma Meirelles.

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