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Revista M&T - Ed.201 - Maio 2016
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Cenário

Compromisso com o mercado

Executivos brasileiros reafirmam na bauma que os ajustes realizados nas operações locais não afetam os investimentos em tecnologia e atendimento ao cliente
Por Marcelo Januário (Editor)

Como sempre, a bauma 2016 recebeu executivos brasileiros que atuam em algumas das principais empresas globais do setor. E alguns desses especialistas compartilharam sua visão sobre o atual estágio tecnológico e a situação do setor no Brasil.

De saída, é patente que a tecnologia não está mais somente na máquina, mas também nos estudos de projeto junto ao cliente, por exemplo. “Estamos participando mais, pois o cliente está mais exigente”, diz Ricardo Fonseca, diretor de regionais de construção da Sotreq. “A tecnologia inclui toda novidade que ajude o cliente na tomada de decisão, seja na gestão da frota, no cálculo de produção, enfim, nas várias formas de atuar.”

Para Bernadette Manso, diretora regional para a América Latina da Caterpillar, as empresas estão investindo em inovação para se diferenciar. Segundo ela, não há mais como se manter competitivo com a mesma postura de antes, pois é preciso dar respostas às novas necessidades. “Pode-se questionar se o produto fica mais caro em um momento em que é preciso reduzir custos, mas o custo final não é maior, pois os ganhos incidem sobre o tempo de operação, dimensionamento de frota, consumo de combustível, mão de obra etc.”, diz ela. “Além disso, o Brasil sempre acompanhou os lançamentos de ponta e não podemos aceitar nivelar por baixo. Podemos dar opções ao cliente, mas não perder essa ‘fome de novidades’ que sempre tivemos.”

Essa é uma questão recorrente no Brasil, onde o mercado de infraestrutura sempre foi muito oscilante. Desta vez, porém, a situação parece mais impactante porque se chegou a acreditar que seria possível entrar em um ritmo comparável ao dos países desenvolvidos. “É uma pena que tenhamos de tirar o pé do acelerador dessa maneira”, comenta Juan Manuel Altstadt, diretor da Herrenknecht do Brasil e vice-presidente da Sobratema. “No exterior, as pessoas sabem que teremos outro boom – e torcem para que seja o quanto antes. É um ciclo, mas não tem um regulador, é algo imprevisível.”

Sem dúvida, o mercado está mais disputado, mas muitas empresas encaram a situação de frente. “Nosso mercado caiu de 50 a 60%, fazendo com que as medidas tradicionais não sirvam mais”, afirma Walter Rauen, CEO da Bomag Marini Latin America. “Assim ad


Como sempre, a bauma 2016 recebeu executivos brasileiros que atuam em algumas das principais empresas globais do setor. E alguns desses especialistas compartilharam sua visão sobre o atual estágio tecnológico e a situação do setor no Brasil.

De saída, é patente que a tecnologia não está mais somente na máquina, mas também nos estudos de projeto junto ao cliente, por exemplo. “Estamos participando mais, pois o cliente está mais exigente”, diz Ricardo Fonseca, diretor de regionais de construção da Sotreq. “A tecnologia inclui toda novidade que ajude o cliente na tomada de decisão, seja na gestão da frota, no cálculo de produção, enfim, nas várias formas de atuar.”

Para Bernadette Manso, diretora regional para a América Latina da Caterpillar, as empresas estão investindo em inovação para se diferenciar. Segundo ela, não há mais como se manter competitivo com a mesma postura de antes, pois é preciso dar respostas às novas necessidades. “Pode-se questionar se o produto fica mais caro em um momento em que é preciso reduzir custos, mas o custo final não é maior, pois os ganhos incidem sobre o tempo de operação, dimensionamento de frota, consumo de combustível, mão de obra etc.”, diz ela. “Além disso, o Brasil sempre acompanhou os lançamentos de ponta e não podemos aceitar nivelar por baixo. Podemos dar opções ao cliente, mas não perder essa ‘fome de novidades’ que sempre tivemos.”

Essa é uma questão recorrente no Brasil, onde o mercado de infraestrutura sempre foi muito oscilante. Desta vez, porém, a situação parece mais impactante porque se chegou a acreditar que seria possível entrar em um ritmo comparável ao dos países desenvolvidos. “É uma pena que tenhamos de tirar o pé do acelerador dessa maneira”, comenta Juan Manuel Altstadt, diretor da Herrenknecht do Brasil e vice-presidente da Sobratema. “No exterior, as pessoas sabem que teremos outro boom – e torcem para que seja o quanto antes. É um ciclo, mas não tem um regulador, é algo imprevisível.”

Sem dúvida, o mercado está mais disputado, mas muitas empresas encaram a situação de frente. “Nosso mercado caiu de 50 a 60%, fazendo com que as medidas tradicionais não sirvam mais”, afirma Walter Rauen, CEO da Bomag Marini Latin America. “Assim adequamos o tamanho da empresa ao do mercado, mas estamos sim trazendo novas linhas.”

O momento econômico, aliás, faz com que lançar novos se torne uma decisão difícil, mas que – na visão dos executivos – prova o compromisso com o país. “Esse momento não fará com que empresas compromissadas saíam do Brasil”, enfatiza Fonseca. “O cliente percebe quem está ali para qualquer situação. Por isso, a prioridade é manter o corpo técnico de modo a, mesmo com ajustes, manter um atendimento de alto nível.”

 

 

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