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Revista M&T - Ed.200 - Abril 2016
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Componentes

Tração agrícola

Novos ou reformados, pneus fora de estrada são determinantes para a produtividade no campo e o bom desempenho de máquinas e equipamentos com aplicações agrícolas
Por Joás Ferreira

Em 2015, o agronegócio brasileiro participou da economia nacional com 23% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com informação divulgada em dezembro pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No ano anterior, essa participação foi de 21,4%, mostrando a pujança de um dos poucos setores que têm passado incólumes ao turbilhão da crise. Mais que isso, o índice também deixa clara a importância do setor para o país e o impacto crescente do seu desempenho dentro do cenário econômico nacional.

Sem dúvida, são muitos os fatores que contribuem para isso, a começar pela aposta em uma agricultura baseada na ciência. Entretanto, há um aspecto mais específico do maquinário que – apesar de passar quase despercebido ao leigo – também influi diretamente no dia a dia do campo e até mesmo na produtividade do setor. São os pneus off-the-road (OTR) para aplicações agrícolas.

De fato, os tipos de pneus empregados nas máquinas e equipamentos agrícolas são determinantes para seu bom desempenho na lavoura. Afinal, cada modalidade de cultivo exige um tipo de equipamento e, consequentemente, também determina o modelo de componente a ser empregado. É o que garante o gerente de marketing para pneus agrícolas da Pirelli, Alexandre Stucchi. Segundo ele, o tipo de pneu “influi diretamente na compactação do solo”, o que explica seu impacto na produtividade do trator. “É o caso da linha radial agrícola PHP, que foi projetada para proporcionar menor compressão sobre o solo”, diz ele, referindo-se à gama destinada para uso em tratores de alta potência, colheitadeiras e pulverizadores. “Mas essa linha também proporciona maior economia de combustível e tração, impactando na produtividade do implemento.”

CARACTERÍSTICAS

O gerente da Pirelli informa que, até por isso, a empresa produz uma ampla gama de pneus para o segmento. Nesse rol, ele cita ainda a linha radial de alta flutuação HF85, projetada para transbordos de cana de açúcar e lançada há cerca de dois anos no país. “Essa linha é composta por pneus para uso em eixos de tração e livres de implementos agrícolas”, acresce o especialista.

Mas, além da baixa compactação do solo, há outros fatores importantes. Voltando à linha rad


Em 2015, o agronegócio brasileiro participou da economia nacional com 23% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com informação divulgada em dezembro pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No ano anterior, essa participação foi de 21,4%, mostrando a pujança de um dos poucos setores que têm passado incólumes ao turbilhão da crise. Mais que isso, o índice também deixa clara a importância do setor para o país e o impacto crescente do seu desempenho dentro do cenário econômico nacional.

Sem dúvida, são muitos os fatores que contribuem para isso, a começar pela aposta em uma agricultura baseada na ciência. Entretanto, há um aspecto mais específico do maquinário que – apesar de passar quase despercebido ao leigo – também influi diretamente no dia a dia do campo e até mesmo na produtividade do setor. São os pneus off-the-road (OTR) para aplicações agrícolas.

De fato, os tipos de pneus empregados nas máquinas e equipamentos agrícolas são determinantes para seu bom desempenho na lavoura. Afinal, cada modalidade de cultivo exige um tipo de equipamento e, consequentemente, também determina o modelo de componente a ser empregado. É o que garante o gerente de marketing para pneus agrícolas da Pirelli, Alexandre Stucchi. Segundo ele, o tipo de pneu “influi diretamente na compactação do solo”, o que explica seu impacto na produtividade do trator. “É o caso da linha radial agrícola PHP, que foi projetada para proporcionar menor compressão sobre o solo”, diz ele, referindo-se à gama destinada para uso em tratores de alta potência, colheitadeiras e pulverizadores. “Mas essa linha também proporciona maior economia de combustível e tração, impactando na produtividade do implemento.”

CARACTERÍSTICAS

O gerente da Pirelli informa que, até por isso, a empresa produz uma ampla gama de pneus para o segmento. Nesse rol, ele cita ainda a linha radial de alta flutuação HF85, projetada para transbordos de cana de açúcar e lançada há cerca de dois anos no país. “Essa linha é composta por pneus para uso em eixos de tração e livres de implementos agrícolas”, acresce o especialista.

Mas, além da baixa compactação do solo, há outros fatores importantes. Voltando à linha radial agrícola, Stucchi destaca que a gama PHP foi projetada para oferecer ganho no rendimento horário, gerando economia para o produtor, além de diminuir a agressão ao meio ambiente. Para tanto, o pneumático oferece características como capacidade aperfeiçoada de tração, redução de emissão de CO², economia de combustível e melhor dirigibilidade. O produto apresenta ainda uma banda de rodagem projetada para expulsar a terra acumulada, o que propicia maior tração. “Além de novos compostos, a camada de borracha mais larga entre a banda de rodagem e carcaça aumenta a resistência a cortes e lacerações durante o plantio e a colheita”, detalha o gerente.

Já a linha radial de alta flutuação HF85, por sua vez, oferece “baixo nível de ruído e garante alto índice de carga em velocidades superiores, chegando a proporcionar grande eficiência até 65 km/h”. “A estrutura do pneu é composta por um conjunto de cinturas metálicas, proporcionando maior proteção da carcaça”, diz o representante da Pirelli. “Por outro lado, traz uma banda de rodagem mais plana, com melhor distribuição de peso e, consequentemente, menor compactação do solo.”

REFORMA

Se o mercado oferece opções específicas para produtos novos, há ainda uma alternativa viável para os produtores agrícolas que buscam minimizar seus custos. Trata-se da utilização de pneus reformados, modalidade que encontra uma acolhida cada vez maior no mercado brasileiro. Afinal, o pneu chega a ser o segundo ou terceiro maior custo na frota dos produtores rurais. Sem falar que o preço de um pneu reformado gira em torno de 40 a 60% de um novo.

Atualmente, segundo a Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), o país já é o segundo mercado mundial no segmento, atrás apenas dos EUA. Em território nacional, aproximadamente 1.300 empresas executam o serviço, que reconhecidamente atingiu nível técnico de padrão internacional. A Vipal Borrachas, por exemplo, é uma das empresas de maior destaque neste segmento e conta com uma estrutura nacional inteiramente voltada ao segmento agrícola e fora de estrada.

Segundo Marcelo Hostins, especialista em reforma de pneus OTR da rede, há alguns anos a empresa traçou um plano de ação específico para o mercado agrícola brasileiro. “Por meio do Projeto Agribusiness, conseguimos dispor de uma equipe técnica especializada, que se vale do mix de produtos da marca para o segmento”, conta.

A estratégia, diz Hostins, também inclui uma maior aproximação do consumidor por meio dos próprios reformadores. “Por meio de apoio técnico, passamos orientações sobre a melhor utilização dos componentes, realizamos treinamentos, avaliação de desempenho, palestras, entre outras ações, sempre de forma a esclarecer dúvidas e divulgar os benefícios da reforma”, pontua. “Assim, proporcionamos ao cliente final os níveis máximos de desempenho de cada produto.”

Para o reuso de pneus, é realizado um exame criterioso nos ombros, flancos, banda de rodagem e talões. Nessa análise, verifica-se existência de possíveis deslocamentos na estrutura original e de contaminações, seja por produtos químicos, derivados do petróleo, água etc. Essas contaminações podem provocar deterioração e oxidação, entre outros danos. “Dependendo do nível de comprometimento do pneu, ele pode não estar apto para a reforma e, desta forma, deve ser descartado”, salienta Hostins, acrescentando que, em média, podem ser feitas de duas a três reformas, dependendo da atividade em que o componente é empregado.

A reforma é compatível para todos os tipos de máquinas agrícolas existentes no mercado, de pulverizadores a tratores, de implementos a colhedoras. “Consideramos a reforma de pneus altamente viável”, avalia o especialista. “É uma atividade sustentável, pois faz com que o pneu possa ser utilizado várias vezes, deixando de ser descartado antes da hora.”

Firestone investe em lançamentos PARA O SETOR

Por meio de sua marca Firestone, a Bridgestone detém uma parcela significativa do mercado nacional de pneus agrícolas. De acordo com Marco Aoki, diretor comercial da Bridgestone Bandag, a marca aposta forte em pesquisa e desenvolvimento para oferecer elevada capacidade de carga e desempenho, trazendo ao usuário a melhor opção de custo vs. benefício. “É a única marca no mundo, por exemplo, que oferece ângulo das barras de 23 graus, proporcionando maior tração do pneu, menor compactação do solo e maior produtividade”, diz ele, complementando que em 2015 a empresa lançou novas medidas para o setor agrícola, ampliando sua área de atendimento. Um dos destaques é o modelo Super All Traction 23°, na medida 28L26 e classificação R-1. “O produto foi desenvolvido com barras regulares para uso em terrenos secos e serviços gerais, sendo indicado para tratores, colheitadeiras e outros equipamentos”, explica o especialista. “Também inserido recentemente no mercado, o modelo de barra alta Champion Spade Grip II (classificação R-2) é indicado para terrenos alagados e inconsistentes.”

Radialização é tendência também no campo

De acordo com Marcelo Hostins, especialista em reforma de pneus OTR da Vipal Borrachas, atualmente há uma forte tendência de radialização dos pneus, ou seja, a adoção em alguns setores e regiões do agronegócio de uma nova construção dos pneus, visando a estender sua vida útil. A evolução da tecnologia permite que os fios da carcaça sejam dispostos perpendicularmente ao plano de rodagem, sem sobreposições.

Essa mudança, diz Hostins, vem impactando o mercado de reforma, ao lado de outros fatores conjunturais. “Frente à crise político-econômica, o mercado de reformas se encontra estável também devido à alta do dólar, à redução do número de equipamentos novos negociados e à desaceleração das atividades nos canteiros das grandes obras pelo país”, complementa.

 

 

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