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Revista M&T - Ed.125 - Junho 2009
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Tendências

Para onde caminha o mercado

Lançamentos realizados na M&T Expo 2009 revelam uma rápida transformação no mercado de equipamentos, que ganhou maior diversidade de modelos e máquinas operadas remotamente por joystick

A crescente competitividade no setor de construção, que impõe a necessidade de um melhor acompanhamento da produtividade e dos custos no canteiro de obras, está provocando uma rápida transformação no mercado brasileiro de equipamentos. Para realizar um serviço de terraplenagem ou a abertura de uma vala, por exemplo, não basta mais deslocar “qualquer” máquina para a frente de trabalho. Tem que ser o modelo adequado para aquela aplicação, sob pena de a empresa ficar sujeita a atrasos no cronograma ou a qualquer outro tipo de prejuízo.

Diante desse cenário, os equipamentos considerados “versáteis” – como a escavadeira da classe de 20 t ou a retroescavadeira, que executam diversas atividades – perdem espaço para modelos mais específicos. Com isso, o mercado brasileiro ganhou uma diversidade de modelos sem precedentes, uma tendência sintetizada nos inúmeros lançamentos apresentados na M&T Expo 2009. Os destaques foram os equipamentos de pequeno porte, como minicarregadeiras e miniescavadeiras, presentes nos estandes de alguns dos principais expositores, como a Caterpillar, Case, Comingersoll (Bobcat), Doosan, Hyundai, Komatsu, New Holland e Volvo.

A Volvo, aliás, aproveitou o evento para lançar uma miniescavadeira, que veio se somar à linha de minicarregadeiras fabricada no país desde 2007. Outra que estreou nesse segmento foi a Yanmar, conhecida pela produção de motores diesel e grupos geradores. A partir da M&T Expo, ela começou a importar do Japão dois modelos da sua linha de miniescavadeiras, que cobrem as faixas de 3,5 t e 5 t de peso. “Esse mercado ainda é incipiente no Brasil, mas tem um grande potencial de crescimento”, diz Jaime Tamaki, gerente da Yanmar. Segundo ele, a empresa detém 12% desse segmento de máquinas em âmbito mundial, com forte participação nos mercados do Japão, Estados Unidos e Oceania.

Minis versus retros

A Hyundai e Doosan, por sua vez, apresentaram modelos de miniescavadeiras sobre rodas, um tipo de equipamento ainda pouco usado no Brasil. Seguindo a experiência dos países industrializados, as máquinas estão sendo oferecidas como uma alternativa para a maior produtividade em obras urbanas e em canteiros com pouco espaço. Os equipamentos compactos chegam para disputar um segmento de mercado antes atendido apenas pelas retroesca


A crescente competitividade no setor de construção, que impõe a necessidade de um melhor acompanhamento da produtividade e dos custos no canteiro de obras, está provocando uma rápida transformação no mercado brasileiro de equipamentos. Para realizar um serviço de terraplenagem ou a abertura de uma vala, por exemplo, não basta mais deslocar “qualquer” máquina para a frente de trabalho. Tem que ser o modelo adequado para aquela aplicação, sob pena de a empresa ficar sujeita a atrasos no cronograma ou a qualquer outro tipo de prejuízo.

Diante desse cenário, os equipamentos considerados “versáteis” – como a escavadeira da classe de 20 t ou a retroescavadeira, que executam diversas atividades – perdem espaço para modelos mais específicos. Com isso, o mercado brasileiro ganhou uma diversidade de modelos sem precedentes, uma tendência sintetizada nos inúmeros lançamentos apresentados na M&T Expo 2009. Os destaques foram os equipamentos de pequeno porte, como minicarregadeiras e miniescavadeiras, presentes nos estandes de alguns dos principais expositores, como a Caterpillar, Case, Comingersoll (Bobcat), Doosan, Hyundai, Komatsu, New Holland e Volvo.

A Volvo, aliás, aproveitou o evento para lançar uma miniescavadeira, que veio se somar à linha de minicarregadeiras fabricada no país desde 2007. Outra que estreou nesse segmento foi a Yanmar, conhecida pela produção de motores diesel e grupos geradores. A partir da M&T Expo, ela começou a importar do Japão dois modelos da sua linha de miniescavadeiras, que cobrem as faixas de 3,5 t e 5 t de peso. “Esse mercado ainda é incipiente no Brasil, mas tem um grande potencial de crescimento”, diz Jaime Tamaki, gerente da Yanmar. Segundo ele, a empresa detém 12% desse segmento de máquinas em âmbito mundial, com forte participação nos mercados do Japão, Estados Unidos e Oceania.

Minis versus retros

A Hyundai e Doosan, por sua vez, apresentaram modelos de miniescavadeiras sobre rodas, um tipo de equipamento ainda pouco usado no Brasil. Seguindo a experiência dos países industrializados, as máquinas estão sendo oferecidas como uma alternativa para a maior produtividade em obras urbanas e em canteiros com pouco espaço. Os equipamentos compactos chegam para disputar um segmento de mercado antes atendido apenas pelas retroescavadeiras, o modelo mais comercializado no país.

Para os especialistas do setor, eles tendem a ocupar o espaço das retros devido a sua versatilidade na execução de vários tipos de serviços com a rápida troca de implementos. Mas as opiniões não são unânimes. Tanto que a Volvo lançou não apenas uma miniescavadeira, mas também dois modelos de retroescavadeiras importadas do México. A JCB, tradicional fabricante dessa linha de equipamentos, também ampliou sua família de retroescavadeiras com o lançamento do modelo 3C.

A Randon seguiu a mesma estratégia ao apresentar em seu estande a nova RK 406B. Idair Monegat, gerente executivo da empresa, justifica a aposta diante do baixo custo de operação e de transporte das retros. Afinal, diferentemente das minis, que precisam ser transportadas por um caminhão, elas transitam em vias urbanas e podem se deslocar facilmente de uma obra para outra. “Estão trazendo esses equipamentos para o Brasil com base na experiência europeia, aliás, muito bem sucedida, mas há de se considerar que o mercado brasileiro tem suas peculiaridades”, diz Monegat.

Pequenas e eficientes

Para quem busca alternativas para o transporte de materiais em canteiros com pouco espaço, os minidumpers surgem como a solução ideal. Os visitantes da M&T Expo 2009 puderam apreciar as opções nessa área em estandes como o da Gamma Cobra, da Pró-Eletro, que distribui a marca espanhola Ausa, e da Magnus Hidráulica, representante da italiana Cormidi. “A mecanização em obras de pequeno porte é uma tendência irreversível, possibilitando ganhos de produtividade nas construções em subsolos e áreas com dificuldade de acesso”, diz Ricardo Magno, diretor da Magnus.

Segundo ele, os minidumpers oferecidos pela empresa são totalmente hidráulicos, com dispositivo para o seu autocarregamento e dotados de esteira de borracha. Além desses equipamentos, disponíveis em versões de 500 kg a 1.500 kg, a empresa expôs em seu estande um modelo de minibetoneira autopropelida e autocarregável, com capacidade para 0,35 m³ de concreto.

Também nessa linha de equipamentos, a distribuidora Copex apresentou a autobetoneira DB460SL, da italiana Fiori, que opera com volumes de concreto bem maiores, mas segue o mesmo conceito de levar sua produção para áreas próximas à concretagem, mesmo em canteiros com pouco espaço ou dificuldades de acesso. “Com apenas um operador, ela realiza um ciclo completo de produção a cada 20 minutos”, diz Antonio Carlos Grisci, diretor da Copex. Entre as inovações do equipamento, ele destaca sua maior estabilidade e velocidade de deslocamento, que são proporcionadas pelas rodas mais largas, bem como os comandos por joystick que acionam, entre outras funções, o braço de carregamento da autobetoneira.

Pesos-pesados

A popularização dos equipamentos menores, entretanto, não se resume apenas aos modelos usados em transporte de solos e produção de concreto. Ela também avança no segmento de máquinas estacionárias e um bom exemplo disso foi dado pela Ciber, que lançou a usina de asfalto Kompakt 500, com capacidade para a produção de 50 t/h. Segundo Walter Rauen, suas dimensões compactas permitem instalar o equipamento em canteiros com pouco espaço, exigindo menos infraestrutura e tempo para sua montagem. “Isso se reflete no menor custo de mobilização da usina”, diz ele.

Para atender a demanda de grandes obras de rodovia, a empresa também apresentou durante a M&T Expo 2009 os demais modelos de sua linha, como as usinas de asfalto tipo contrafluxo (UACF), com capacidade para até 150 t/h, as pavimentadoras de asfalto da família Vögele, os rolos compactadores Hamm e as fresadoras e recicladoras da Wirtgen.

Mesma estratégia seguiu a Dynapac, que apesar de lançar dois modelos de rolos vibratórios tipo tandem, das classes de 7,7 t e 10 t, também enfatizou o maior modelo da sua linha para compactação de solos. “Trata-se de um rolo vibratório de um cilindro de 27 t de peso, com alta capacidade de compactação, que já opera no Brasil na obra de transposição do rio São Francisco”, explica Paulo Almeida, presidente da Dynapac. Outro peso-pesado apresentado pela fabricante foi o rolo tipo tamping CT 300, de 21 t, que opera em alta velocidade (até 21 km/h) em obras com elevada demanda de compactação.

Aliás, a tendência de diversificação na quantidade de modelos também foi observada pelos visitantes da feira na ponta superior das faixas operacionais, com a exposição de muitas máquinas de grande porte. Um exemplo estava no estande da Komatsu: a escavadeira PC600, de 63 t de peso, o maior equipamento desse tipo presente na M&T Expo 2009. “Temos várias delas em operação na obra da hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira, mas trata-se da primeira vez que exibimos esse modelo no Brasil”, ressalta Agnaldo Lopes, gerente geral de vendas e marketing da fabricante.

Automação dos guindastes

A aplicação da eletrônica embarcada no controle das operações com máquinas de terraplenagem e caminhões já não constitui uma tendência e sim uma realidade consolidada. Durante as M&T Expo 2009, entretanto, os profissionais do setor puderam constatar o avanço no uso de tais recursos em outro segmento da indústria de equipamentos: o de guindastes móveis.

A Liebherr, por exemplo, apresentou a nova geração do sistema de controle de guindastes móveis, o Liccon 2 (Liebherr Computed Controller), que chega para simplificar as operações com os equipamentos da marca. De acordo com Cesar Schmidt, gerente comercial e de marketing da empresa, ele permite selecionar os comandos desejados, com um simples toque na tela do seu monitor, como a suspensão do eixo e o patolamento do guindaste.

Outro ganho proporcionado pelo sistema, segundo Schmidt, é a segurança na operação. Como ele permite operar o guindaste remotamente, por meio de um console controlado por joystick, que se comunica com a máquina por tecnologia Bluethooth, o operador pode sair da cabine na hora de prender ou soltar o guincho Ricardo Magno: tendência irreversível de carga do para-choque do caminhão. “Isso permite que ele tenha maior visibilidade e controle da operação, eliminando a possibilidade de acidentes que ocorriam até com certa frequência, quando o guincho batia no para-brisa do guindaste.”

A Madal Palfinger também apresentou o sistema Plantronic 50 para a operação de seus equipamentos da série PK por controle remoto. “Com essa tecnologia, reforçamos a nossa nova visão de que guindastes não são meros movimentadores de carga e sim ferramentas de trabalho que podem ser usadas nas mais diversas aplicações em obras de montagem e reparos”, diz Ulisses Lopes Martins, gerente comercial da empresa.

Em tempo real

Outro fabricante que aposta no uso dos recursos da eletrônica embarcada para a maior segurança e eficiência na operação de guindastes móveis é a Manitowoc. Em seu estande, a empresa lançou o sistema CraneSTAR, que permite o monitoramento remoto dos equipamentos por rede de telefonia celular ou satélite. “Com esse sistema, inauguramos uma nova era na gestão de guindastes”, afirma Kyle Nape, vicepresidente da empresa para a América Latina.

Segundo ele, a tecnologia acompanha não apenas as funções da máquina, como a temperatura e rotação do motor, mas também os comandos realizados pelo operador. Com isso, o gestor da frota fica sabendo, em tempo real, se a carga em elevação não excede a tabela estabelecida para o equipamento e se o operador está seguindo corretamente o plano de rigger, entre outras informações relevantes.

Para Franco Brazílio Ramos, gerente de produto da Santiago & Cintra, a adoção dos sistemas denominados de machine control estabelece uma relação em que todos ganham. “O contratante do serviço ganha com a maior qualidade final da obra, a construtora ganha em eficiência e produtividade e o operador passa a trabalhar com maior conforto e sem o estresse ao qual ficava submetido quando os comandos eram exclusivamente manuais”, ele afirma.

A adoção desses sistemas, que unem a eletrônica embarcada à comunicação via GPS para que os movimentos da máquina sejam realizados automaticamente, em cada posição georreferenciada, ainda trilha os primeiros passos no Brasil. Mesmo assim, o especialista vislumbra uma tendência de que os equipamentos já saiam preparados de fábrica para a instalação do sistema. “Na Europa e Estados Unidos, até as locadoras já oferecem suas máquinas com esses dispositivos em busca de maior produtividade e de redução de custos, algo fundamental para quem fatura por hora trabalhada”, ele conclui.

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