P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.186 - Dez/Jan 2015
Voltar
Bauma China

O passo do dragão

Evento comprova o salto qualitativo que a China já alcançou em seus equipamentos e tecnologias, reafirmando o crescente protagonismo do país asiático no setor
Por Marcelo Januário (Editor)

Uma festa da indústria no Extremo Oriente, embalada pela exposição de tecnologias cada vez mais desenvolvidas e que, se ainda não chegaram lá, se aproximam a passos largos do padrão ocidental de equipamentos pesados. Em geral, foi esta a percepção dos profissionais que participaram da bauma China 2014 (7ª Feira Internacional de Maquinário, Materiais, Veículos e Equipamentos de Construção), realizada entre os dias 25 e 28 de novembro no Shanghai New International Expo Centre (SNIEC).

Mesmo com a desaceleração do gigante asiático, cujo PIB – pelas projeções do FMI – teria avançado “apenas” 7,3% em 2014, o evento promovido a cada dois anos pela Messe München International mais uma vez traçou um panorama das tecnologias disponíveis em um país que se tornou um autêntico canteiro de obras a céu aberto, impulsionado por investimentos bilionários em infraestrutura, incluindo a construção em ritmo acelerado de estradas, portos, ferrovias, túneis, habitações e usinas, tudo para prover um território de dimensões continentais e com a maior população do mundo.

Além de servir a um dos mais imponentes mercados da atualidade, os números comprovam a importância da bauma China para o comércio internacional de equipamentos. Ao todo, nesta edição a feira recebeu 191 mil visitantes, oriundos de 149 países. O volume representa um avanço de 6% sobre a edição anterior, realizada em 2012. Depois da China, os países que mais enviaram visitantes foram Rússia, Coreia do Sul, Japão, Índia, Malásia, Tailândia, Singapura, Taiwan, Hong Kong e Indonésia, nesta ordem, mostrando a forte penetração na região da Ásia Oriental. “Após 12 anos de evolução, esta edição tornou-se não apenas uma plataforma para apresentação de novos produtos, mas também uma gigantesca festa da indústria no sentido de comunicação e cooperação mútua para o crescimento”, comemorou Eugen Egetenmeir, diretor da Messe München, realizadora da feira.

Com uma área de exposição de 300 mil m2, a bauma China 2014 registrou um aumento de 12% da participação de negociadores internacionais, reunindo 3.104 expositores de 41 países (+14%), a maior parte (2.097) de empresas chinesas. O evento também contou c


Uma festa da indústria no Extremo Oriente, embalada pela exposição de tecnologias cada vez mais desenvolvidas e que, se ainda não chegaram lá, se aproximam a passos largos do padrão ocidental de equipamentos pesados. Em geral, foi esta a percepção dos profissionais que participaram da bauma China 2014 (7ª Feira Internacional de Maquinário, Materiais, Veículos e Equipamentos de Construção), realizada entre os dias 25 e 28 de novembro no Shanghai New International Expo Centre (SNIEC).

Mesmo com a desaceleração do gigante asiático, cujo PIB – pelas projeções do FMI – teria avançado “apenas” 7,3% em 2014, o evento promovido a cada dois anos pela Messe München International mais uma vez traçou um panorama das tecnologias disponíveis em um país que se tornou um autêntico canteiro de obras a céu aberto, impulsionado por investimentos bilionários em infraestrutura, incluindo a construção em ritmo acelerado de estradas, portos, ferrovias, túneis, habitações e usinas, tudo para prover um território de dimensões continentais e com a maior população do mundo.

Além de servir a um dos mais imponentes mercados da atualidade, os números comprovam a importância da bauma China para o comércio internacional de equipamentos. Ao todo, nesta edição a feira recebeu 191 mil visitantes, oriundos de 149 países. O volume representa um avanço de 6% sobre a edição anterior, realizada em 2012. Depois da China, os países que mais enviaram visitantes foram Rússia, Coreia do Sul, Japão, Índia, Malásia, Tailândia, Singapura, Taiwan, Hong Kong e Indonésia, nesta ordem, mostrando a forte penetração na região da Ásia Oriental. “Após 12 anos de evolução, esta edição tornou-se não apenas uma plataforma para apresentação de novos produtos, mas também uma gigantesca festa da indústria no sentido de comunicação e cooperação mútua para o crescimento”, comemorou Eugen Egetenmeir, diretor da Messe München, realizadora da feira.

Com uma área de exposição de 300 mil m2, a bauma China 2014 registrou um aumento de 12% da participação de negociadores internacionais, reunindo 3.104 expositores de 41 países (+14%), a maior parte (2.097) de empresas chinesas. O evento também contou com nove pavilhões internacionais, representando empresas da Áustria, Finlândia, Alemanha, Itália, Coreia do Sul, Espanha, Turquia, Reino Unido e EUA.

Segundo o secretário geral da Associação de Equipamentos de Construção da China, Su Zimeng, os resultados da feira foram além do esperado. “Estou convicto de que este evento continuará a liderar a indústria de equipamentos na Ásia, envolvendo nossos clientes em todo o mundo e garantindo o desenvolvimento para o setor”, afirmou. Na mesma linha, Huang Xiaomin, diretor da China Construction Machinery, acredita que a bauma China tornou-se um acontecimento vital para a indústria. “Como um dos organizadores, tenho pessoalmente um enorme prazer em ver cada expositor chegar à feira com grandes expectativas e obter resultados no final do evento”, exultou.

E a próxima edição já tem data definida. A 8ª bauma China será realizada entre os dias 22 e 25 de novembro de 2016, novamente em Xangai. Nas próximas páginas, confira alguns destaques do evento.

HIGHLIGHTS

Para os veteranos em bauma China, um aspecto que saltou aos olhos nesta edição foi o significativo aumento da presença de marcas chinesas. E, ainda mais importante, sua nítida evolução no quesito tecnológico.

A Sany, por exemplo, montou um impactante estande de quatro andares e 3 mil m2, onde expôs equipamentos como o protótipo de seu novo dumper articulado (ADT) para mineração. O modelo SAT40 de 40 ton é equipado com motor Mercedes Benz Tier III MTU de 350 kW, que impulsiona as seis rodas através de uma transmissão ZF de oito velocidades à frente e quatro em sentido inverso. Inicialmente, o caminhão estará disponível apenas para o mercado chinês, mas deve ser disponibilizado ao mercado internacional já em 2015. “Este é o nosso primeiro modelo ADT e isso significa muito para nós”, afirmou Zhichun Cao, gerente geral da Sany Mining Equipment. “Escolhemos a capacidade após uma minuciosa pesquisa de mercado, que mostrou que esta categoria tem a maior demanda na China.”

Em um respeitável estande de 2.534 m2, a LiuGong exibiu 21 máquinas. Um dos destaques foi a nova geração de carregadeiras de rodas da Série H, que fez sua estreia mundial no evento. O modelo CLG8128H é o maior já produzido pela marca, com caçamba de 7,0 m3, capacidade de carga de 12 ton e força de arranque de 360 kN. Outro ponto forte foi a apresentação dos primeiros protótipos de estações móveis de britagem e usinas de classificação, desenvolvidas para o mercado asiático pela joint-venture LiuGong-Metso Construction Equipment.

A XCMG levou à feira sua linha de produtos para construção de estradas. Inaugurada em maio do ano passado, sua nova fábrica na China tem capacidade de produção anual de dez mil compactadores, 3.500 motoniveladoras, 600 pavimentadoras e 500 fresadoras. No portfólio se destacam seis modelos da Linha G de motoniveladoras (GR100, GR135, GR165, GR180, GR215 e GR300), com saídas de 75, 101, 123, 134, 160 e 224 kW, respectivamente. “Nosso objetivo é conquistar a liderança no mercado de equipamentos para construção de rodovias”, afirmou Guo Chaohui, gerente do segmento de roadbuilding da fabricante. “Para isso, queremos introduzir a empresa no mercado internacional e aumentar progressivamente nosso portfólio.”

Quem também quer aumentar sua penetração global é a SDLG, que apresentou nove máquinas em seu estande, com destaque para modelos conceituais. A escavadeira LG6460E tem peso operacional de 44,5 ton e caçamba de 2,1 m3, além de receber chassi com design renovado e motor Tier III. Já a carregadeira de rodas L9120F é um equipamento de 36 ton e 6 m3, equipado com transmissão hydro-shift, força de arranque de 260 kN e motor de torque elevado, que atende aos padrões Tier III de emissões da região. “Somos reconhecidos pela qualidade de nossas carregadeiras, mas também temos um portfólio forte cobrindo uma ampla gama de equipamentos”, afirmou Guo Shaohua, diretor de comunicação da SDLG. “Na bauma, quisemos oferecer ao mercado alguns insights sobre nossos planos futuros, por isso apresentamos essas máquinas conceituais.”

Já a Shantui divulgou suas ações de reposicionamento, de modo a fazer frente à crescente concorrência. Para tanto, a empresa expandiu suas áreas de atuação, abrangendo novos segmentos para além do negócio de bulldozers no qual teve origem. As soluções para concreto – principalmente autobetoneiras, centrais e bombas – se enquadram nesse esforço, visando a concorrer com outros players já estabelecidos neste segmento. “Há alguns anos, compramos uma fábrica de equipamentos para concreto em Wuhan, entrando neste nicho”, afirmou o gerente da empresa Will Zhu, complementando que o objetivo é crescer também no mercado internacional. “Nos últimos dois anos, nossas vendas têm avançado em outros países, como Venezuela, Equador, Cuba e Brasil”, revelou.

Dentre os orientais, os japoneses também marcaram presença. A Tadano exibiu o guindaste GT- 350E, ao lado de outros destaques. O modelo é um equipamento de 80 ton com cinco seções de lança, cujo comprimento total chega a 14,3 m, com largura de 3,3 m e altura de 3,7 m.

Além de carregadeiras de rodas, a Komatsu expôs oito de suas escavadeiras hidráulicas, sendo quatro novas, incluindo os modelos PC300-8 (32 ton) e PC360-8 (33,5 ton), que possuem propulsores Komatsu SAA6D114E-3 de 8,2 l, além de caçambas de 1,4-1,6 m³ e 1.6 m³ e braços de 9,965-10,100 mm e 9,925 mm, respectivamente. Todos os modelos incluem sistema hidráulico HydrauMind CLSS (Closed-Centre Load Sensing System).

OCIDENTAIS

De olho no pujante avanço chinês, as fabricantes ocidentais também aproveitaram o evento para mostrar suas soluções para o mercado local. Ao lado de equipamentos como carregadeiras e pavimentadoras, a Volvo CE apresentou a escavadeira de esteiras EC170D de 17 ton, além de uma gama de acessórios.

Oferecida também na região EMEA, a versão chinesa da escavadeira possui potência máxima de 122 hp, capacidade de elevação de 5,4 ton, capacidade de escavação de 8,9 m, profundidade de escavação de 6,04 m e força de desagregação de 82,3 kN (87 kN com power boost). “Após uma década de crescimento rápido, a indústria de equipamentos de construção da China está passando por um período de adaptação”, disse Martin Weissburg, presidente global da Volvo CE. “Mas acreditamos que a China ainda é um mercado com enorme potencial.”

O Grupo Wirtgen expôs 38 máquinas das marcas Wirtgen, Vögele, Hamm e Kleemann. No estande, a empresa mostrou 13 equipamentos das divisões de roadbuilding e mineração produzidos na fábrica de Langfang para atender ao mercado local. A Wirtgen exibiu o estabilizador de solo WR 250, um modelo com 580 kW de potência especialmente projetado para estabilizar solos pesados e lamacentos. O equipamento é indicado para trabalhos de reciclagem e pulverização, transformando pavimentos de até 25 cm de espessura em granulado homogêneo.

Em um estande com 2 mil m2, o Grupo Fayat exibiu tecnologias para compactação, fresagem e pavimentação de suas três marcas, Bomag, Marini e  Breining. Em destaque, a empresa exibiu três novos modelos de rolos compactadores da Bomag, incluindo o BW 151 AD-5, um modelo articulado com motor Tier IV e novos recursos de gerenciamento da operação. O novo integrante da Série 5 tem peso operacional de 7,6 ton, motor Kubota de 73,2 hp e largura de trabalho de 1.680 mm.

Com estandes nas áreas interna e externa, a Liebherr levou à China suas mais recentes tecnologias em escavadeiras, carregadeiras e guindastes, além de, pela primeira vez, apresentar componentes. Destinada a operações em mineração e pedreiras, a escavadeira de esteiras R 966 possui peso operacional de 67 ton e motor Tier III, com potência nominal de 435 hp e caçamba de 4,5 m3. O modelo também traz uma nova gama de materiais rodantes, incluindo opção com ajuste de faixa variável.

A John Deere apresentou diversos modelos específicos para o público chinês, como sete diferentes escavadeiras e pás carregadeiras sobre rodas com controle hidráulico. Dentre as escavadeiras, três eram lançamentos. Segundo a empresa, os modelos E300 (30 ton), E330 (33 ton) e E360 (36 ton) têm aplicação em pedreiras e mineração e são equipados com motores PowerTech Tier II. Os novos modelos são produzidos na fábrica de Tianjin. “Com o lançamento desses produtos, esperamos expandir ainda mais nossa participação na China”, ressaltou Jason Daly, diretor de vendas para a China da divisão de construção da John Deere.

A Manitowoc apresentou dois novos modelos de guindastes de torre, ambos oriundos da fábrica de Zhangjiagang, onde a empresa já produziu mais de 5 mil unidades desde 2006. O modelo Potain MCT 85 possui capacidade máxima de 5 ton e pode içar até 1,1 ton com jib máximo de 52 m. O equipamento, afirma a fabricante, também permite ser operado em áreas internas, no interior da obra que está construindo. Montado sobre seções de mastro de 1,2 m, o guindaste oferece altura de 33,2 m quando operando internamente. “Este modelo mantém o espírito de inovação que caracteriza nossa marca”, afirmou Thibaut Le Besnerais, diretor de produtos da divisão de guindastes de torre da Manitowoc.

A JLG lançou na China duas novas versões de suas plataformas tipo tesoura da linha RS. Voltados para o mercado asiático, os modelo R6 e R10 possuem alturas de trabalho de 5,7 m e 9,7 m, respectivamente. Ambos incluem mecanismo de proteção ativa, uma novidade nesses modelos, que anteriormente contavam apenas com proteção passiva. “Temos registrado um sólido crescimento de dois dígitos por ano, o que nos leva a prever um forte crescimento na próxima década”, pontuou Alan Loux, vice-presidente de marketing da JLG.

Dentre diversos equipamentos de elevação de pessoas, a Haulotte exibiu dois modelos de plataformas articuladas, o HT23 RTJ (de 22,5 m) e o HA16 RTJ (de 16 m). Segundo a fabricante, são os modelos mais rápidos da categoria atualmente disponíveis no mercado, com velocidades de elevação de apenas 40 s e 56 s, respectivamente. Equipado com motor Kubota de 35 hp, o modelo HA16 RTJ oferece redução de 15% no consumo de combustível em relação ao modelo anterior, além de permitir aplicações em áreas como construção, acabamento, manutenção e demolição.

Já a Sandvik divulgou seu novo britador CI532 HSI (Horizontal Shaft Impact) Prisec 3 secundário. Com peso operacional de 29,6 ton, o equipamento possui rotor com diâmetro de 1.390 mm x 1.900 mm e permite alimentação máxima de até 350 mm, alcançando uma produtividade na faixa de 250-400 toneladas métricas por hora, informou a empresa.

Comitiva visita a maior fábrica de escavadeiras do mundo

Sob a coordenação da Sobratema, a comitiva brasileira na bauma China realizou um tour pela fábrica de escavadeiras da Sany em Kunshan, considerada a maior planta fabril do mundo para este tipo de equipamento e que também fabrica caminhões OTR.

Inaugurada de 2011, a fábrica possui instalações modernas distribuídas por uma área de 72 mil m2, onde 1.500 funcionários atuam na produção de 20 mil escavadeiras por ano, o que significa uma máquina finalizada a cada dez minutos. “Em 2012, foram vendidas 13 mil escavadeiras produzidas aqui”, destacou Luis Lu, gerente de planejamento da Sany, complementando que a empresa – que possui 100% de capital privado – produz 120 diferentes modelos em 25 famílias de equipamentos.

Integrante da comitiva, o assistente técnico da SH Sistema Óleo Hidráulico, José Vieira de Oliveira, de Belo Horizonte (MG), pôde observar a qualidade das etapas de montagem, que – segundo ele – possibilita maior facilidade no encaixe das peças. “Vendo a montagem das escavadeiras você consegue ter uma visão mais clara de como se pode fazer o processo inverso, de desmontagem e até mesmo de manutenção das peças, ou seja, possibilita um estudo mais aprofundado do material”, disse.

Já Humberto Pereira Lima, diretor da Pereira Lima Empreendimentos, de Ribeirão Preto (SP), notou um aspecto de aprendizado na visita. “Ao vermos uma fábrica como essa, conseguimos enxergar a evolução de um país que investe em pessoas, tecnologia e infraestrutura, posicionando-se à frente e dando retorno à sociedade”, atestou. “Mas também muda a nossa percepção, pois ainda temos preconceitos sobre a China, que na verdade é um exemplo para todos nós.”

Volvo detalha mudança estratégica

Na mais concorrida coletiva de imprensa realizada durante a bauma China 2014, a Volvo CE expôs os motivos que a levaram a encerrar definitivamente a produção global de motoniveladoras e retroescavadeiras. Em novembro, a empresa surpreendeu o mercado ao anunciar que descontinuaria as linhas de produção desses equipamentos nas fábricas de Pederneiras (Brasil), Shippensburg (EUA) e Wroclaw (Polônia), uma vez que não vinham obtendo os resultados esperados pela empresa. Além disso, foi informado que no futuro o foco para estes produtos será dado na produção da SDLG, na China.

O objetivo é atender ao programa estratégico da companhia, que inclui aumento da eficiência operacional e redução de custos. Com a operação, o grupo espera reduzir os custos operacionais em 3,5 bilhões de coroas suecas, caminhando no sentido de atingir a meta de economizar 10 bilhões de coroas suecas até o final deste ano.

De acordo com Martin Weissburg, presidente global da Volvo CE, a empresa agora priorizará investimentos nas demais linhas de produtos, assim como na exportação dos equipamentos da SDLG. “Não se trata de uma transferência, mas sim de aumentar a exportação dos produtos já existentes”, disse o executivo na coletiva. “Além disso, a Volvo CE garantirá o prosseguimento de todo o suporte técnico e de serviços, assim como o fornecimento de peças de reposição, seguindo rigorosamente o que dispõe a legislação nestes casos.”

A SDLG também se pronunciou sobre o assunto, garantindo que está pronta para abastecer o mercado internacional com os equipamentos agora exclusivos da marca. “Nosso objetivo é estabelecer SDLG como a marca líder no mercado de equipamentos de construção”, comentou Yu Mengsheng, presidente executivo global da SDLG. “Para isso, sabemos que não precisamos apenas dos produtos certos, mas também de uma rede de distribuição direta e de apoio ao cliente.”

PROFISSIONAIS Brasileiros avaliam evento

Como já é tradicional nas principais feiras do setor, a Sobratema também levou uma Missão Empresarial à bauma China 2014. Ao todo, 23 profissionais integraram a comitiva brasileira, que – além de acompanhar o evento – realizou visitas técnicas e encontros comerciais no país asiático. De acordo com Arlene Vieira, diretora de relações internacionais da Sobratema, os “profissionais brasileiros que integraram a missão destacaram como a qualidade dos equipamentos chineses está melhorando a cada ano”.

Composta por representantes de diferentes setores da cadeia produtiva da construção, a comitiva impressionou-se com a dimensão do evento, o que não impediu visões mais acuradas. “A meu ver, há uma série de empresas que ainda estão iniciando no mercado”, pontuou Valdir Farias, diretor da Fioito Consultoria. “Mas também foi um aprendizado, com uma surpreendente variedade de soluções expostas, a introdução de empresas em mercados mais complexos e os investimentos em tecnologia das empresas chinesas.”

Para Claudio Giuzio, diretor de suprimentos da Embu Engenharia, os players chineses realmente avançaram bastante, mas ainda estão muito atrás dos ocidentais. “No nosso caso, ainda não dá para colocar uma máquina dessas em uma produção de pedreira”, frisou. “Mas não podemos fechar os olhos para o que estão fazendo. Os coreanos, por exemplo, já estão em outro patamar de tecnologia e os chineses também vão chegar lá, é só uma questão de tempo.”

A possibilidade de fechar negócios também mereceu destaque. Segundo Tiago Dalla Lana, gerente comercial da Medal Bombas Hidráulicas, o networking é um dos principais pontos positivos do evento. “Aqui se conhece pessoas de todo o mundo, servindo como referência do mercado internacional”, atestou. “E provavelmente fecharemos alguma joint venture aqui.”

O aspecto de montagem também foi ressaltado, tendo em vista a presença de profissionais ligados à realização da M&T Expo 2015. “A disposição dos pavilhões, por exemplo, é voltada para experiências em seu entorno, aumentando o foco na área externa, onde estão máquinas maiores”, analisou João Silva Neto, diretor de operações da JA Promoções e Eventos. “Com isso, os produtos de grande porte ganham o centro da feira, algo para se pensar no Brasil, no sentido de se criar uma planta com esse nível, que conduza a visitação.”

 

 

 

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E