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Revista M&T - Ed.184 - Outubro 2014
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Implementos Rodoviários

Estratégia de retomada

Retração de 9% nos primeiros sete meses do ano já era esperada pelo setor, que reforça tecnologias e amplia nichos de mercado para tentar recuperar as vendas

De janeiro a julho de 2014, o setor de implementos rodoviários vendeu 9,01% menos unidades do que o mesmo período do ano passado. Em carrocerias sobre chassis, a retração foi de 5,86%, com 57.974 unidades vendidas, enquanto no segmento de reboques e semirreboques, classificado como pesado, a queda foi bem maior, de 14,02%, registrando vendas de 33.330 unidades, contra 38.766 comercializadas no mesmo período de 2013.

Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), fornecedora das estatísticas, a informação é preocupante para o setor. “Estamos chegando ao final do ano sem perspectiva de qualquer melhora no desempenho, mesmo com os incentivos em vigor, postos à disposição do mercado pelo governo federal”, pontua Alcides Braga, presidente da entidade.

Para os players do setor, no entanto, a queda já era prevista e não surpreende negativamente o mercado, principalmente porque 2013 foi um ano atípico, quando as vendas de implementos rodoviários bateram todos os recordes. Com isso, a projeção já era de diminuição do ritmo neste ano. Tal interpretação é confirmada por analistas de marketing estratégico da Guerra Implementos Rodoviários, por exemplo, para quem a queda no primeiro semestre bate exatamente com a previsão que a empresa fez para o mercado no período.

Na mesma linha, a Noma do Brasil – outro player de renome do setor – afirma que a queda não significou grandes sobressaltos para os negócios da empresa. Segundo o diretor superintendente em São Paulo, Marcelo Noma, apesar do momento de turbulência “o desenvolvimento tecnológico e as ofertas de soluções para os transportadores permitiram atravessar o período com estabilidade, algo que vale para diversas linhas de equipamentos, inclusive semirreboques”.

DIFERENCIAIS

Segundo o executivo da Noma, tais melhorias tecnológicas incluem soluções que, por exemplo, aumentam a capacidade de carga por meio da redução da tara do implemento. “Além disso, destaco um novo sistema de vedação para a eliminação de perdas no transporte de grãos e a padronização do sistema de iluminação com lâmpadas LED, algo pioneiro no mercado”, diz ele.


De janeiro a julho de 2014, o setor de implementos rodoviários vendeu 9,01% menos unidades do que o mesmo período do ano passado. Em carrocerias sobre chassis, a retração foi de 5,86%, com 57.974 unidades vendidas, enquanto no segmento de reboques e semirreboques, classificado como pesado, a queda foi bem maior, de 14,02%, registrando vendas de 33.330 unidades, contra 38.766 comercializadas no mesmo período de 2013.

Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), fornecedora das estatísticas, a informação é preocupante para o setor. “Estamos chegando ao final do ano sem perspectiva de qualquer melhora no desempenho, mesmo com os incentivos em vigor, postos à disposição do mercado pelo governo federal”, pontua Alcides Braga, presidente da entidade.

Para os players do setor, no entanto, a queda já era prevista e não surpreende negativamente o mercado, principalmente porque 2013 foi um ano atípico, quando as vendas de implementos rodoviários bateram todos os recordes. Com isso, a projeção já era de diminuição do ritmo neste ano. Tal interpretação é confirmada por analistas de marketing estratégico da Guerra Implementos Rodoviários, por exemplo, para quem a queda no primeiro semestre bate exatamente com a previsão que a empresa fez para o mercado no período.

Na mesma linha, a Noma do Brasil – outro player de renome do setor – afirma que a queda não significou grandes sobressaltos para os negócios da empresa. Segundo o diretor superintendente em São Paulo, Marcelo Noma, apesar do momento de turbulência “o desenvolvimento tecnológico e as ofertas de soluções para os transportadores permitiram atravessar o período com estabilidade, algo que vale para diversas linhas de equipamentos, inclusive semirreboques”.

DIFERENCIAIS

Segundo o executivo da Noma, tais melhorias tecnológicas incluem soluções que, por exemplo, aumentam a capacidade de carga por meio da redução da tara do implemento. “Além disso, destaco um novo sistema de vedação para a eliminação de perdas no transporte de grãos e a padronização do sistema de iluminação com lâmpadas LED, algo pioneiro no mercado”, diz ele.

Também competindo neste mercado, a Rossetti Equipamentos Rodoviários aposta nos basculantes em seu portfólio de semirreboques. “Nessa linha de produtos, possuímos uma lista ampla de modelos e produzimos equipamentos mais leves, chamados Levtec, para transporte de qualquer tipo de material, como meia-cana para mineração, standard para fora de estrada e graneleiros para transporte de grãos”, afirma Daniel Rossetti, gerente de marketing da empresa.

Em termos de desenvolvimento tecnológico, a solução mais recente da empresa é o semirreboque Vanderleia, que possui basculamento traseiro como o semirreboque tradicional, mas não requer deslizamento de caixa ou eixos. “Essa solução mexeu com o mercado nos últimos meses e, por isso, vem sendo copiada por vários concorrentes”, frisa Rossetti.

Ainda no que tange à tecnologia, a Randon também investe em diferenciais de produto para ganhar mercado. Segundo Cesar Alencar Pissetti, diretor de exportação e marketing da fabricante, nos últimos anos houve uma evolução significativa nos materiais aplicados nos implementos, que passaram a ser compostos por aço especial e outras inovações para redução de peso da tara. “Tivemos ainda avanços em eletrônica embarcada e freio ABS”, explica. “Uma de nossas linhas, a R, traz novidades como sinaleira em LED na traseira, novo balancim e caixa de rancho isotérmica, além da pintura DuraTech, que reforça a proteção dos equipamentos.”

A Guerra, por sua vez, destaca a linha graneleira como a mais vistosa em seu portfólio. “Neste segmento, temos a patente para o Dolly com engate por quinta roda, o que nos coloca na posição de único fabricante desse modelo de rodotrem”, informa o marketing estratégico da companhia. Na linha basculante, o destaque é o lançamento Double Box, que tem como particularidade a presença de duas caixas de carga em um só chassi, o que – segundo a empresa – garante maior estabilidade no basculamento e possibilidade de se trabalhar com dois tipos de carga ao mesmo tempo.

Quando comparado ao bitrem de 2 eixos, esse novo implemento leva ainda a vantagem de necessitar de um só emplacamento, além de possuir quatro pneus a menos e permitir a utilização de cavalo mecânico 6x2, como ressaltam os analistas da Guerra.

MAPEAMENTO

Tendo o mercado graneleiro como carro-chefe, a Guerra avalia que o agronegócio impacta diretamente o desempenho do setor de implementos rodoviários, principalmente semirreboques. “Alguns implementos dependem essencialmente do setor agrícola, como o graneleiro e o basculante, que são utilizados para o transporte de grãos, ou mesmo o tanque, que transporta produtos das usinas de etanol”, sublinha a empresa. “Mas o frigorífico e o transporte de animais também usam esses implementos.”

Do mesmo modo, Rossetti vê o agronegócio atualmente como o setor mais forte para o mercado de basculantes, tendo em vista a tendência dos transportadores em substituir os semirreboques graneleiros tradicionais por semirreboques basculantes, o que lhes confere maior flexibilidade no transporte de granéis e de retorno.

Regionalmente, a Guerra informa que a maior demanda está concentrada na região Sudeste, que consome todos os modelos de produtos da linha pesada (reboques e semirreboques). Na região, entretanto, também há um bom consumo de baú para carga geral e baú lonado. “O segundo maior mercado é o Sul, com elevado consumo para transporte de grãos”, acresce o marketing estratégico. “E o Centro-Oeste vem na sequência, também consumindo implementos para grãos.”

A avaliação regional da Guerra bate com outros dados do setor, como aponta a Randon. Por meio de seu mapeamento, a empresa gaúcha registra que 38,5% da demanda da linha pesada estão no Sudeste, enquanto o Sul detém 32,3% de participação e o Centro-Oeste, outros 18%. O Nordeste representa 7,6% e o Norte, os 3,6% restantes. “O agronegócio tem uma influência significativa em nossas vendas, pois grande parte da safra é transportada por implementos rodoviários”, diz Pissetti. “O tamanho da safra, a movimentação na exportação condicionada à cotação internacional do grão, a disponibilidade de crédito agrícola e outros fatores impactam e, por isso, também devem ser sempre minuciosamente avaliados.”

Implementos são incluídos em programas do governo

Frente ao desafio de um mercado em retração, o governo vem tomando algumas ações que podem reduzir um pouco as perdas que o setor deve registrar em 2014. Em agosto, por exemplo, a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) divulgou a inclusão de implementos rodoviários no programa de renovação de frotas do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e na linha de financiamento Mais Alimentos, que integra o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

 

 

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