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Revista M&T - Ed.183 - Setembro 2014
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Peneiras

Combinações de vida longa

Além da instalação meticulosa do equipamento, escolha correta do tipo de tela e dos revestimentos antidesgaste pode aumentar a produtividade em peneiras vibratórias

Invariavelmente, a operação correta das peneiras vibratórias e suas telas – que são componentes primordiais dos conjuntos – pode influenciar significativamente na produtividade de uma planta de processamento mineral. Essa é a premissa básica estabelecida por especialistas de players como Bercam, Metso e Haver & Boecker ouvidos nesta reportagem.

De fato, como uma das partes mais exigidas do equipamento, a escolha do material adequado para as telas é um fator de extrema importância, mas a produtividade tampouco está ligada somente a esse aspecto, como também a um conjunto de decisões referentes ao meio de peneiramento, maquinário utilizado e processo adotado. Mas comecemos pelas telas.

TELAS

Em se tratando de tecnologias das telas, materiais como poliuretano e borracha apresentam maior durabilidade quando comparadas com o aço, segundo explica a especialista da Bercam, Elisete Berlato de Camargo. “Ao serem trocados com periodicidade correta, esses materiais também proporcionam um aumento de produtividade em função da redução do tempo de parada em ações de manutenção”, diz ela.

Na mesma linha, Ricardo Ogawa, gerente de equipamentos vibratórios da Metso para a América do Sul, também faz uma diferenciação de ordem qualitativa entre os tipos de telas. Para ele, as telas sintéticas (como as de borracha e poliuretano, por exemplo) realmente apresentam maior vida útil, chegando a durar entre quatro e seis vezes mais que as similares de aço. “Esse range, no entanto, vai ser diretamente determinado pela aplicação da peneira e pelo material a ser processado, entre outros fatores”, afirma.

Expandindo a análise, Ogawa contrapõe outra informação. Além das propriedades do material da tela, diz ele, a capacidade de peneiramento também depende da porcentagem de área aberta. “E, nesse aspecto, as telas de aço têm uma porcentagem maior, o que geralmente resulta em capacidade ampliada de processamento em relação às telas sintéticas de borracha ou poliuretano, desde que não haja entupimento”, explica, salientando que há casos em que a aplicação de telas de borracha proporciona maior capacidade em relação às telas de aço convencionais justamente devido à eliminação do entupimento.


Invariavelmente, a operação correta das peneiras vibratórias e suas telas – que são componentes primordiais dos conjuntos – pode influenciar significativamente na produtividade de uma planta de processamento mineral. Essa é a premissa básica estabelecida por especialistas de players como Bercam, Metso e Haver & Boecker ouvidos nesta reportagem.

De fato, como uma das partes mais exigidas do equipamento, a escolha do material adequado para as telas é um fator de extrema importância, mas a produtividade tampouco está ligada somente a esse aspecto, como também a um conjunto de decisões referentes ao meio de peneiramento, maquinário utilizado e processo adotado. Mas comecemos pelas telas.

TELAS

Em se tratando de tecnologias das telas, materiais como poliuretano e borracha apresentam maior durabilidade quando comparadas com o aço, segundo explica a especialista da Bercam, Elisete Berlato de Camargo. “Ao serem trocados com periodicidade correta, esses materiais também proporcionam um aumento de produtividade em função da redução do tempo de parada em ações de manutenção”, diz ela.

Na mesma linha, Ricardo Ogawa, gerente de equipamentos vibratórios da Metso para a América do Sul, também faz uma diferenciação de ordem qualitativa entre os tipos de telas. Para ele, as telas sintéticas (como as de borracha e poliuretano, por exemplo) realmente apresentam maior vida útil, chegando a durar entre quatro e seis vezes mais que as similares de aço. “Esse range, no entanto, vai ser diretamente determinado pela aplicação da peneira e pelo material a ser processado, entre outros fatores”, afirma.

Expandindo a análise, Ogawa contrapõe outra informação. Além das propriedades do material da tela, diz ele, a capacidade de peneiramento também depende da porcentagem de área aberta. “E, nesse aspecto, as telas de aço têm uma porcentagem maior, o que geralmente resulta em capacidade ampliada de processamento em relação às telas sintéticas de borracha ou poliuretano, desde que não haja entupimento”, explica, salientando que há casos em que a aplicação de telas de borracha proporciona maior capacidade em relação às telas de aço convencionais justamente devido à eliminação do entupimento.

Mas quando a comparação se limita aos dois tipos citados de telas sintéticas, o especialista explica que as de borracha são mais indicadas em operações que envolvam alto impacto e também para quem busca reduzir os entupimentos, pois são mais flexíveis. Entretanto, se as aplicações envolvem minérios que provocam alto desgaste por abrasão, as telas de poliuretano são mais adequadas, ressalta o especialista.

APLICAÇÕES

Apesar dessa divisão entre os materiais já ser clássica, há diversificação das soluções entre os fabricantes. A Metso, por exemplo, produz peneiras projetadas para operar com diversos tipos de telas, conforme a aplicação necessária. “Normalmente, as mais utilizadas são as de borracha, poliuretano, aço trançado, chapa perfurada e trilhos”, detalha Ogawa.

Na Bercam, Elisete de Camargo lembra que as telas em aço para peneiras vibratórias são utilizadas na classificação de minérios, pedras e grãos. Mas a aplicação não se restringe à indústria de mineração, como também avança para a área química e até mesmo laboratórios.

A tipologia de telas da Bercam, aliás, envolve desde modelos com ondulação simples, indicadas quando a abertura da malha é pequena em relação ao diâmetro do fio, até ondulação plana, que reduz o atrito do material a ser peneirado e garante maior durabilidade. Os modelos metálicos podem incluir ainda as malhas retangulares (que permitem um aumento na área aberta em relação às telas de malha quadrada) e as autolimpantes (que têm bom rendimento quando utilizadas na classificação de materiais úmidos ou aglomerados).

No caso dos materiais sintéticos, a especialista destaca que esses tipos de telas são utilizados para melhorar o processo de peneiramento e reduzir custo e nível de ruídos, além de proporcionarem maior precisão na separação da produção. Outros fatores positivos – tanto do poliuretano como da borracha – incluem ganho ambiental, maior durabilidade e inibição da ação de oxidação em processos com maior percentual de umidade.

Já os especialistas da Haver & Boecker explicam que as telas da marca são avaliadas em laboratórios na Alemanha e no Canadá, por meio da realização de testes de abrasividade, o que garante alta qualidade aos produtos. Mas, novamente, a vida útil e área efetiva dependem do maquinário e do processo aos quais as telas serão integradas. “Isso porque as telas da Haver & Boecker podem ser aplicadas em diversos tipos de equipamentos, em áreas como mineração, agregados, alimentos, químicos, siderurgia, farmacêuticos e outros”, diz a empresa.

REVESTIMENTOS

Além da qualidade e aplicação correta das telas, a produtividade e vida útil das peneiras vibratórias podem ser otimizadas com a utilização de revestimentos contra o desgaste do conjunto estrutural. “Dependendo do tipo de aplicação, a proteção contra desgastes pode ser obtida com a utilização de lençóis de borracha, placas e pintura de poliuretano ou placas metálicas”, enumeram os engenheiros da Haver & Boecker

Na Bercam, as tecnologias contra desgaste incluem a aplicação de um sistema de revestimento – de borracha ou poliuretano – nas áreas de contato com o material. “Essa solução é adotada na estrutura da peneira, geralmente em aplicações nas quais o material é muito abrasivo ou corrosivo”, detalha Elisete de Camargo.

Ogawa destaca que na Metso a tecnologia tradicional antidesgaste utiliza revestimentos de aço, borracha e poliuretano. Outra opção da fabricante escandinava são os revestimentos com inserto cerâmico, indicados para aplicações de alta abrasão. “Os insertos cerâmicos proporcionam um aumento significativo da vida útil”, sublinha. “Em alguns casos, inclusive, podem aumentar em até dez vezes a durabilidade em relação aos revestimentos sintéticos comuns.”

INSTALAÇÃO

Se a escolha correta dos revestimentos e telas é um item importante do processo, a instalação das peneiras e de seus componentes não fica atrás. Segundo Elisete de Camargo, a instalação da peneira completa é uma operação realmente delicada, cujo primeiro passo é a preparação do local e da estrutura de apoio para a suspensão e acomodação do equipamento. Nesse caso, a montagem dos componentes da peneira deve ser feita com o equipamento ainda no chão, de forma a facilitar o acesso e, assim, otimizar o tempo de trabalho.

Somente após a suspensão da peneira vibratória com as partes montadas é que as calhas e funis devem ser instalados. “Aliás, uma observação importante na instalação é impedir que a descarga de calhas ou seus suportes entrem em contato com a estrutura vibratória”, diz ela, complementando que a montagem deve seguir as orientações dos manuais dos fabricantes, além de consulta aos técnicos de suporte.

Outro cuidado necessário refere-se à instalação da caixa de alimentação e do vibrador, incluindo a lubrificação. “Nossos equipamentos já são lubrificados com graxa antes de sair da fábrica”, informa Elisete de Camargo. “No entanto, como precaução, todos os encaixes de graxa devem ser inspecionados antes da partida.”

Adicionalmente, a rotina de inspeção deve envolver a verificação de possíveis danos causados no manuseio ou no transporte. Isso pode ser feito, por exemplo, girando o mecanismo manualmente para identificar irregularidades nos mancais. O torque dos parafusos também deve ser verificado, assim como os contrapesos do vibrador, que devem ser apertados conforme especificações do manual de instalação.

ADICIONAIS

Trata-se de um procedimento bastante meticuloso, mas as recomendações dos especialistas ainda incluem outros pontos, como a verificação de possíveis interferências entre armação fixa e vibração, assim como o ajuste – quando necessário – da alimentação, da cortina de poeira e da tensão das malhas. Com a peneira em operação, a Bercam recomenda avaliar se o material está fluindo sobre os pisos, de forma a garantir que o peneiramento esteja uniformemente distribuído.

Na visão de do corpo de engenharia da Haver & Boecker, a instalação do vibrador (acionamentos) deve levar em conta as premissas de cada fornecedor. “De uma maneira geral, o acionamento deve estar sincronizado, respeitando os limites dinâmicos de amplitude e frequência com os quais o equipamento foi projetado”, explica a empresa.

Ogawa, da Metso, reforça que na instalação do vibrador deve-se verificar se o mecanismo está devidamente lubrificado. Afinal, em alguns casos – e o transporte marítimo é um deles – o equipamento pode ser fornecido sem a primeira carga de lubrificação. Uma vez em operação efetiva, a recomendação de Ogawa é que sejam seguidos os intervalos de lubrificação, conforme dita o manual do equipamento.

Powerscreen lança peneira vibratória

A Powerscreen traz ao mercado uma peneira vibratória Powertrak 750, específica para separação pesada em aplicações de desmonte de rochas, entulhos e resíduos comerciais e industriais. Segundo a empresa, a tecnologia também se aplica em separação fina de materiais como brita e solo arável.

Lançada no final de junho durante a exposição Hillhead, em Buxton, no Reino Unido, a nova peneira é equipada com motor Deutz D914 como item de fábrica, mas também aceita motor de combustão Caterpillar C3.4 da categoria Stage IV Final. Com 4,4 metros de largura na entrada da grelha vibratória, a máquina pode ser alimentada com escavadeira ou pá carregadeira e, devido à sua estrutura compacta, pode ser movimentada com facilidade no campo, uma característica que a torna indicada para empreiteiras, pedreiras e recicladoras de resíduos sólidos de construção.

 

 

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