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Revista M&T - Ed.175 - Dez/Jan 2014
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Fabricante

Caterpillar inaugura nova fábrica no Brasil

Nova linha de produção na unidade fabril de Piracicaba (SP) fornecerá mangueiras para 42 tipos de equipamentos, além de atuar na remanufatura de componentes

Inaugurada no final de 2013, a nova planta da Caterpillar no Brasil atenderá à produção de mangueiras hidráulicas e remanufatura de peças, componentes e conjuntos. No total, foram necessários R$ 20 milhões para viabilizar o projeto que, segundo a multinacional norte-americana, aumentará em 15% ao ano a produção e o faturamento na nova planta, com retorno de investimento em até três anos de operação.

De acordo com Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar Brasil, as operações foram iniciadas em caráter experimental no final de outubro, mas a fábrica de 10 mil m² entrou de fato em atividade plena no mês de novembro. Em relação à capacidade da unidade, o executivo prevê uma produção anual de aproximadamente 1,5 milhão de mangueiras hidráulicas e dez mil componentes remanufaturados. Ambas as linhas atuarão exclusivamente para atender ao mercado brasileiro. “Futuramente, esperamos atender a mais países da América Latina”, diz Calil. “Mas não descartamos a possibilidade de fornecimento de mangueiras a outras fabricantes de equipamentos, além de realizar a recuperação de componentes de diferentes marcas, o que já acontece nas filiais dos EUA, México e Europa.”

EXPERTISE

Apesar de ter inaugurado a nova fábrica há pouco mais de dois meses, a Caterpillar já atua desde 1994 no Brasil com peças remanufaturadas, porém importadas de outras unidades fabris da marca.

No total, a gigante possui 17 fábricas para remanufatura ao redor do globo, com a unidade brasileira sendo a 18ª da marca do mundo. “Em nível global, a Caterpillar recupera sete mil diferentes itens, reutilizando 68 mil toneladas de materiais por ano”, dimensiona Calil. Um detalhe importante é que a fábrica brasileira não poderá receber peças de outros países para remanufatura, pois a Legislação nacional não permite esse tipo de operação.

Aliás, como a Legislação nacional não contempla diretamente os bens remanufaturados, a Caterpillar está trabalhando junto aos governos estadual e federal para a inserção desse conceito nas leis ambiental e tributária. “Em um mundo sustentável não há mais como não termos processos de remanufatura”, afirma o executivo. “E, por isso, a Caterpillar vai continuar trabalhando fortemente na difusão maciça dess


Inaugurada no final de 2013, a nova planta da Caterpillar no Brasil atenderá à produção de mangueiras hidráulicas e remanufatura de peças, componentes e conjuntos. No total, foram necessários R$ 20 milhões para viabilizar o projeto que, segundo a multinacional norte-americana, aumentará em 15% ao ano a produção e o faturamento na nova planta, com retorno de investimento em até três anos de operação.

De acordo com Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar Brasil, as operações foram iniciadas em caráter experimental no final de outubro, mas a fábrica de 10 mil m² entrou de fato em atividade plena no mês de novembro. Em relação à capacidade da unidade, o executivo prevê uma produção anual de aproximadamente 1,5 milhão de mangueiras hidráulicas e dez mil componentes remanufaturados. Ambas as linhas atuarão exclusivamente para atender ao mercado brasileiro. “Futuramente, esperamos atender a mais países da América Latina”, diz Calil. “Mas não descartamos a possibilidade de fornecimento de mangueiras a outras fabricantes de equipamentos, além de realizar a recuperação de componentes de diferentes marcas, o que já acontece nas filiais dos EUA, México e Europa.”

EXPERTISE

Apesar de ter inaugurado a nova fábrica há pouco mais de dois meses, a Caterpillar já atua desde 1994 no Brasil com peças remanufaturadas, porém importadas de outras unidades fabris da marca.

No total, a gigante possui 17 fábricas para remanufatura ao redor do globo, com a unidade brasileira sendo a 18ª da marca do mundo. “Em nível global, a Caterpillar recupera sete mil diferentes itens, reutilizando 68 mil toneladas de materiais por ano”, dimensiona Calil. Um detalhe importante é que a fábrica brasileira não poderá receber peças de outros países para remanufatura, pois a Legislação nacional não permite esse tipo de operação.

Aliás, como a Legislação nacional não contempla diretamente os bens remanufaturados, a Caterpillar está trabalhando junto aos governos estadual e federal para a inserção desse conceito nas leis ambiental e tributária. “Em um mundo sustentável não há mais como não termos processos de remanufatura”, afirma o executivo. “E, por isso, a Caterpillar vai continuar trabalhando fortemente na difusão maciça desse conceito.”

SUSTENTABILIDADE

Nesse quesito, o gerente comercial de Remanufaturados, José Eduardo Fonseca, explica que – em relação ao produto novo – o processo representa uma redução de 85% no consumo de energia, 90% no de água e até 99% no de matéria-prima. “Metade da matéria-prima é reutilizada e a outra metade vai para a fundição, sobrando apenas 1% a ser destinado ao descarte”, explica.

Além das evidentes vantagens ambientais, o custo e a qualidade dos produtos também são aspectos destacados por Fonseca. O valor desses componentes, diz ele, pode variar entre 40 e 60% do preço de um novo. A venda ocorre por meio dos representantes e, para se estipular o preço da recuperação, passa por uma inspeção das condições dos “cascos”.

Durante a avaliação, os componentes usados devem ser classificados em três níveis: aceitação total (antes da falha), aceitação parcial (depois da falha) ou rejeição, atribuído às peças definitivamente queimadas ou enferrujadas. No total, são seis etapas desde o recebimento até a entrega da peça, incluindo limpeza, inspeção, recuperação (usinagem, solda e tratamento químico), montagem, teste e embalagem.

No Brasil, a fábrica trabalhará inicialmente com cabeçotes e conjuntos montados de pistão, biela, camisa e anéis, atendendo a 20% da demanda nacional por remanufatura, principalmente para equipamentos fora de estrada. Sobre o uso das peças, Fonseca garante que “os produtos remanufaturados complementarão a gama de opções para o cliente, uma vez que a linha de fabricação dos equipamentos continuará usando itens novos”.

MANGUEIRAS

Além da remanufatura, a Caterpillar anunciou a montagem de quase dois mil diferentes arranjos de mangueiras na nova planta. A produção de baixa, média e alta pressão servirá para atender às linhas de equipamentos das fábricas em Piracicaba (SP) e Campo Largo (PR). Todos os equipamentos que utilizam mangueiras de 11 cm a 850 cm de extensão e de 3,6 cm a 63,2 mm de diâmetro serão atendidos pela nova planta. O leque inclui máquinas como retroescavadeiras, escavadeiras, pás carregadeiras de rodas, tratores de esteira, motoniveladores e compactadores.

Segundo Calil, em breve a produção deverá também abastecer o mercado de reposição de peças, por meio de revendedores da empresa no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Em um futuro um pouco mais distante, já a partir de 2015, a fabricante poderá viabilizar a oferta de mangueiras a outras linhas do grupo Caterpillar, como a Power Systems Brazil, Perkins, Progress Rail e Solar Turbines. “Já a venda para outras fabricantes também é uma questão que está sendo estudada, mas essa possibilidade será avaliada apenas em um terceiro momento das operações”, finaliza o executivo.

Saiba o que é produto remanufaturado

Segundo o presidente da Caterpillar Brasil, Luiz Carlos Calil, o conceito de remanufatura consiste em um processo industrial de recuperação estrutural realizado pelo fabricante original da peça ou mesmo por empresas autorizadas. Porém, diferentemente da retífica ou do recondicionamento, geralmente feitos em oficinas, essas peças retomam as características do produto novo, apresentando as mesmas garantias, desempenho e exigências das normas técnicas originais. A vantagem, segundo ele, fica por conta dos preços menores e da sustentabilidade, mantendo o mesmo nível de qualidade. “A remanufatura ainda é uma tecnologia nova no Brasil”, pontua. “Por esta razão, estamos muito satisfeitos por continuarmos crescendo ao mesmo tempo em que inserimos o país na rota do desenvolvimento sustentável.”

 

 

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