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Revista M&T - Ed.171 - Agosto 2013
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Resíduos Sólidos

Reciclagem demanda tecnologias de ponta

Com as exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos, sistemas de triagem, britadores, impactores e outras soluções ganham espaço no mercado nacional

Todos os anos, o Brasil gera em média 33 milhões de toneladas de entulho. Se os resíduos de construção civil e demolição (conhecidos pela sigla RCD) fossem devidamente reciclados, tal volume seria suficiente para construir 500 mil casas populares com 50 m² cada uma. A informação é da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos de Construção Civil e Demolição (Abrecon).

De acordo com Hewerton Bartoli, vice-presidente da entidade, esse mercado pode atender até 30% do consumo atual de agregados na construção civil. “Isso não significa que os recicladores sejam concorrentes das pedreiras”, explica. “Pelo contrário, eles representam um complemento dessa área na cadeia de construção civil.”

Atentos a esse potencial, fabricantes de equipamentos para britagem de resíduos sólidos vêm ampliando sua oferta de soluções. A Metso é um deles. Dionísio Covolo, diretor de vendas da empresa, destaca que a multinacional finlandesa já possui um longo histórico de três décadas na oferta de equipamentos para reciclagem de resíduos de construção e demolição no exterior. No Brasil, entretanto, somente nos últimos anos a empresa passou a oferecer soluções para esse mercado, com os britadores móveis da série Lokotrack (vendidos a partir de 2005) encabeçando uma gama de equipamentos que também inclui a linha de trituradores de sucata da recém-adquirida marca M&J. “Além de plantas de reciclagem fixas (montadas em estrutura de concreto) e semimóveis (instaladas com estrutura metálica), os britadores móveis despontam como uma das melhores soluções para o mercado de RCD no Brasil”, enumera Covolo.

Podendo operar em faixas entre 150 e 2 mil t/h, a linha é composta por 25 modelos básicos e seus opcionais. Tecnologicamente avançados, os sistemas podem ser dotados de britador de mandíbulas ou impactores com ou sem peneira, além de – quando necessário – operar em circuito fechado e com transportadores de saída.

PRATICIDADE

De acordo com a Metso, o maior diferencial dos britadores móveis está na montagem e operação imediata, desde que o usuário já possua licença ambiental para atuar. “O sistema pode reduzir consideravelmente os custos de uma obra e


Todos os anos, o Brasil gera em média 33 milhões de toneladas de entulho. Se os resíduos de construção civil e demolição (conhecidos pela sigla RCD) fossem devidamente reciclados, tal volume seria suficiente para construir 500 mil casas populares com 50 m² cada uma. A informação é da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos de Construção Civil e Demolição (Abrecon).

De acordo com Hewerton Bartoli, vice-presidente da entidade, esse mercado pode atender até 30% do consumo atual de agregados na construção civil. “Isso não significa que os recicladores sejam concorrentes das pedreiras”, explica. “Pelo contrário, eles representam um complemento dessa área na cadeia de construção civil.”

Atentos a esse potencial, fabricantes de equipamentos para britagem de resíduos sólidos vêm ampliando sua oferta de soluções. A Metso é um deles. Dionísio Covolo, diretor de vendas da empresa, destaca que a multinacional finlandesa já possui um longo histórico de três décadas na oferta de equipamentos para reciclagem de resíduos de construção e demolição no exterior. No Brasil, entretanto, somente nos últimos anos a empresa passou a oferecer soluções para esse mercado, com os britadores móveis da série Lokotrack (vendidos a partir de 2005) encabeçando uma gama de equipamentos que também inclui a linha de trituradores de sucata da recém-adquirida marca M&J. “Além de plantas de reciclagem fixas (montadas em estrutura de concreto) e semimóveis (instaladas com estrutura metálica), os britadores móveis despontam como uma das melhores soluções para o mercado de RCD no Brasil”, enumera Covolo.

Podendo operar em faixas entre 150 e 2 mil t/h, a linha é composta por 25 modelos básicos e seus opcionais. Tecnologicamente avançados, os sistemas podem ser dotados de britador de mandíbulas ou impactores com ou sem peneira, além de – quando necessário – operar em circuito fechado e com transportadores de saída.

PRATICIDADE

De acordo com a Metso, o maior diferencial dos britadores móveis está na montagem e operação imediata, desde que o usuário já possua licença ambiental para atuar. “O sistema pode reduzir consideravelmente os custos de uma obra e começar a trabalhar quase que imediatamente quando chega ao local de operação”, diz Covolo. Ele cita como exemplo a demolição de um armazém de 30 mil m², que pelo sistema convencional exigiria cerca de mil viagens de caminhão para transporte do material demolido. “Com o uso do britador móvel, a demanda é reduzida pela metade”, compara.

Segundo Covolo, além de reduzir os custos com transporte, a tecnologia também diminui a emissão do CO2 gerado pelos caminhões e a mão de obra envolvida no processo. “Atuando em conjunto com o sistema, um operador de escavadeira pode operar o Lokotrack via controle remoto, diretamente da cabine”, diz ele. Adicionalmente, o mecanismo de sensores da máquina também permite a otimização das tarefas, pois o sistema inicia seu funcionamento somente após a escavadeira alimentar o britador. O conjunto de controladores lógico-programáveis (PLC), por sua vez, permite a elaboração de autodiagnósticos, servindo como apoio ao operador no caso de atendimento técnico.

VERSATILIDADE

Assim como a Metso, a Sandvik é outra fabricante que também aposta no crescente mercado de reciclagem de resíduos para os seus britadores. A empresa oferece as tecnologias de impactores e de mandíbulas, sendo que o primeiro tipo reúne as qualidades de britador primário e secundário, oferecendo um produto final britado.

“Porém, ambos são projetados para aceitar material de demolição, incluindo pó de madeira, plástico etc.”, diz Virginia Varela-Eyre, gerente de marketing da empresa para a América Latina. Segundo ela, os modelos de mandíbula são mais populares no Brasil, devido principalmente à versatilidade. “A linha inclui equipamentos de 80 a 400 t/h, dependendo do volume de entrada e do tipo de material a ser britado”, explica a gerente.

Para a Terex, outro player de peso desse mercado, a escolha entre britador de mandíbula ou impactor depende do tipo de material final desejado. Segundo a empresa, se a intenção é obter produtos mais finos e cúbicos, os impactores são mais indicados, apesar de possuírem alimentação de entrada limitada e – caso não possua um sistema de alívio – outras restrições a materiais não britáveis. “Além disso, geralmente os impactores desgastam mais devido à maior redução granulométrica”, diz Rafael Horta, da área de engenharia de aplicação da Simplex Equipamentos, distribuidora da Terex no Brasil.

Dessa forma, a opção por britadores de mandíbula pode ser tomada mesmo que o resultado final almejado sejam materiais mais finos. Para isso, o especialista da Terex indica a aplicação de um britador cônico secundário e um circuito com peneira móvel. “Oferecemos também britadores com complemento, que já possuem peneira acoplada ao transportador de retorno para o britador”, acresce Horta.

Conheça a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

A PNRS foi instituída pela Lei 12.305 e recebeu sua regulamentação por meio do Decreto 7.404, ambos aprovados em 2010. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, ela contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.

A diretriz preconiza uma redução na geração de resíduos, estipulando um conjunto de instrumentos para promover a reciclagem e a reutilização dos resíduos sólidos (material com valor econômico e que pode ser reaproveitado), além da destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (que não podem ser reciclados ou reutilizados). Entre as ações da PNRS está a instituição da responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos com relação à Logística Reversa dos resíduos e embalagens pré-consumo e pós-consumo.

A nova legislação também estabelece metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões, instituindo instrumentos de planejamento nos níveis municipal, intermunicipal, microrregional, metropolitano, estadual e nacional, além de exigir a elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Se tudo der certo, a PNRS também deve ajudar o país a atingir uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que prevê um índice de reciclagem de resíduos de 20% já em 2015.

Sistemas de triagem melhoram a classificação para reciclagem

Assim como os britadores, os sistemas de separação de materiais impróprios para britagem (triagem) como madeira, papel, plástico, tijolo e outros também estão ganhando mercado com as exigências oriundas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Essa é a avalição da Titech, fabricante desse tipo de tecnologia. Segundo a gerente de vendas Carina Arita, a empresa possui instalações capazes de triar mais de 60 t/h de material, sendo que os maiores projetos no país não demandam mais de 30 t/h de triagem. Isso mostra que ainda há muito por fazer em relação à produtividade das usinas de reciclagem. “Como sociedade, precisamos desenvolver tecnologias mais completas e mais eficientes para, de fato, cumprirmos os requisitos da PNRS”, diz Arita. “Acredito que um dos maiores benefícios das nossas soluções é justamente a capacidade de processamento em grande volume de material, além da oferta de sistemas mais eficientes na produção de frações puras, sem utilização de água e com baixo consumo de energia elétrica.”

Já Everson Cremonese, vice-presidente de reciclagem da Metso para a América do Sul, frisa que a companhia conta com uma ampla gama de equipamentos para reciclagem de sucatas, incluindo shredders, prensas-tesoura, prensas do tipo K, enfardadeiras e briquetadeiras. “Os benefícios do processamento de sucata são amplos, uma vez que essa atividade demanda 80% do consumo de energia da fabricação convencional de aço”, pontua. “Outro ganho é uma significativa redução na poluição ambiental, que em alguns casos chega a diminuir 86%.”

 

 

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