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Indústria alemã de equipamentos clama por estabilidade na Europa

Fabricantes estão preocupados com a falta de acordo sobre o Brexit, que pode colocar a competitividade europeia em risco

VDMA

19/02/2019 09h07 | Atualizada em 19/02/2019 12h24

Na recente conferência do grupo de trabalho para máquinas de construção da VDMA (Associação Alemã de Fabricação de Máquinas e Instalações Industriais), realizada em Frankfurt no início do mês, o tom foi muito claro: os fabricantes do setor estão preocupados com as dificuldades de acordo sobre o Brexit e o início de uma possível desintegração da União Europeia. De acordo com os especialistas, os desafios econômicos globais só podem ser enfrentados por uma Europa forte e unida.

Do ponto de vista econômico, a indústria como um todo está atingindo novos patamares, com crescimento de 12% nas vendas em 2018. Para os fabricantes alemães, esse mercado corresponde a 12,1 bilhões de euros, dos quais 4 bilhões de euros são movimentados no mercado interno e 8,1 bilhões de euros em vendas no exterior.

No ano passado, as vendas no mercado alemão cresceram 9%, se comparadas ao ano anterior, ficando 8% acima do recorde anterior obtido em 2007. Vários mercados na Europa do Norte e Ocidental mantêm-se em um nível igualmente elevado, enquanto regiões ao Sul e no Centro-Leste do continente continuaram sua recuperação em 2018, mantendo seu crescimento, embora em um volume naturalmente ma

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Na recente conferência do grupo de trabalho para máquinas de construção da VDMA (Associação Alemã de Fabricação de Máquinas e Instalações Industriais), realizada em Frankfurt no início do mês, o tom foi muito claro: os fabricantes do setor estão preocupados com as dificuldades de acordo sobre o Brexit e o início de uma possível desintegração da União Europeia. De acordo com os especialistas, os desafios econômicos globais só podem ser enfrentados por uma Europa forte e unida.

Do ponto de vista econômico, a indústria como um todo está atingindo novos patamares, com crescimento de 12% nas vendas em 2018. Para os fabricantes alemães, esse mercado corresponde a 12,1 bilhões de euros, dos quais 4 bilhões de euros são movimentados no mercado interno e 8,1 bilhões de euros em vendas no exterior.

No ano passado, as vendas no mercado alemão cresceram 9%, se comparadas ao ano anterior, ficando 8% acima do recorde anterior obtido em 2007. Vários mercados na Europa do Norte e Ocidental mantêm-se em um nível igualmente elevado, enquanto regiões ao Sul e no Centro-Leste do continente continuaram sua recuperação em 2018, mantendo seu crescimento, embora em um volume naturalmente mais baixo.

O crescimento deve continuar até a realização da bauma, que ocorre entre os dias 8 e 14 de abril, após a qual os especialistas esperam um ligeiro abrandamento. Embora um declínio moderado seja antecipado, o mercado alemão permanece muito forte.

Para a Europa, as tendências de estabilidade e, possivelmente, de ligeiras diminuições são realistas. O mercado global vem crescendo mais lentamente do que em 2018, mas um crescimento de 10% ainda é possível.

Potencialmente, os fabricantes esperam que o volume de negócios da indústria cresça entre 3% a 5% neste ano na Alemanha, que é uma base produtiva importante.

“Estamos em um pico histórico, mas desta vez o caminho que nos conduziu até aqui foi mais estável e sustentável do que em 2007”, comenta Franz-Josef Paus, presidente da Associação de Máquinas e Materiais para Construção. “Isto nos dá esperança de que a indústria estará apta a manter este bom nível por mais tempo.”

Segundo ele, apenas o gargalo de pessoal qualificado no cliente pode ter um efeito amortecedor, ao passo que a indústria de construção na Alemanha e na Europa segue forte e, sobretudo, estável.

Para a VDMA, todavia, tais aspectos positivos não podem ser postos em riscos por motivos políticos. Existem desafios a serem enfrentados em todo o mundo, como as barreiras comerciais levantadas pelo governo Trump, por exemplo, ou a bem-calculada conquista de mercados ao redor do mundo pelos chineses, exigindo maior cooperação na Europa.

Antes das eleições para o Parlamento Europeu, que serão realizadas em 26 de maio, os congressistas devem estar cientes de que a indústria garante os meios de subsistência de mais de 500 milhões de pessoas e que, por isso, precisam de apoio em nível político. “Atualmente, a Europa está colocando sua competitividade em risco”, opina Joachim Strobel, presidente do grupo de trabalho na VDMA. “Temos de parar esse processo.”

Todos os participantes também concordaram que uma das tarefas primordiais para o futuro é a digitalização dos canteiros de obras. Embora o tema atualmente esteja na boca de todos, ainda tem pouco impacto no mundo real.

Afinal, um canteiro digital implica um ambiente de trabalho totalmente digitalizado, altamente autônomo e customizável. Para ajudar a resolver os problemas que virão e formatar esse processo, a VDMA planeja criar um grupo intitulado “Máquinas na Construção 4.0”, que será oficialmente lançado durante a bauma.

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