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Prédio do bilionário acelerador de partículas de Campinas é entregue

A máquina mais cara e sofisticada da ciência brasileira começou a testar suas turbinas

Folha de S. Paulo

20/11/2018 10h12 | Atualizada em 21/11/2018 15h10

Feixes de elétrons já circulam por parte da estrutura do Sirius, acelerador de partículas que vem sendo construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (Cnpem), em Campinas, SP.

O projeto já consumiu cerca de R$ 1,3 bilhão (de um total previsto de R$ 1,8 bilhão) e, quando ficar pronto, colocará o país na vanguarda das pesquisas que utilizam esse tipo de artefato, como as que envolvem a visualização em altíssima resolução de estruturas de vírus e proteínas (em busca de novas vacinas), de solo (com a ideia de aprimorar fertilizantes) e de rochas, e de novos materiais (para melhorar a exploração de gás e petróleo), entre outras.

Na semana passada uma cerimônia celebrou em Campinas a entrega do prédio de 68 mil m² (equivalente à área de um estádio de futebol) que abrigará a mastodôntica infraestrutura do Sirius, além da conclusão da montagem de dois dos seus três aceleradores.

No palco onde foi descerrada a placa de inauguração da primeira etapa do projeto, também estiveram presentes o ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, o ministro da Educação, Rossieli Soares, o diretor do projeto Sirius e diretor-geral do Cnpem, Antônio José Roqu

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Feixes de elétrons já circulam por parte da estrutura do Sirius, acelerador de partículas que vem sendo construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (Cnpem), em Campinas, SP.

O projeto já consumiu cerca de R$ 1,3 bilhão (de um total previsto de R$ 1,8 bilhão) e, quando ficar pronto, colocará o país na vanguarda das pesquisas que utilizam esse tipo de artefato, como as que envolvem a visualização em altíssima resolução de estruturas de vírus e proteínas (em busca de novas vacinas), de solo (com a ideia de aprimorar fertilizantes) e de rochas, e de novos materiais (para melhorar a exploração de gás e petróleo), entre outras.

Na semana passada uma cerimônia celebrou em Campinas a entrega do prédio de 68 mil m² (equivalente à área de um estádio de futebol) que abrigará a mastodôntica infraestrutura do Sirius, além da conclusão da montagem de dois dos seus três aceleradores.

No palco onde foi descerrada a placa de inauguração da primeira etapa do projeto, também estiveram presentes o ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, o ministro da Educação, Rossieli Soares, o diretor do projeto Sirius e diretor-geral do Cnpem, Antônio José Roque, e o presidente do Conselho de Administração do Cnpem, Rogério Cezar de Cerqueira Leite.

A próxima fase é delicada: a criação de um vácuo próximo ao existente no espaço dentro dos túneis percorridos pelos elétrons.

Só aí o terceiro acelerador poderá entrar em ação. As partes do Sirius têm que ser ligadas e calibradas uma de cada vez.

Sem isso há risco de danificação de componentes eletrônicos sensíveis e todo o potencial da construção, que tem precisão milimétrica inclusive no nível do solo, pode não ser explorado.

Só então entrará em operação a primeira linha de luz -estação experimental que utiliza radiação gerada pelo acelerador para conduzir experimentos das mais diversas áreas. Prevê-se que as primeiras pesquisas ocorram no segundo semestre de 2019.

O projeto final, com 13 linhas de luz (a capacidade total é de 40), deve ficar pronto somente em 2021 e ainda depende da liberação de cerca de R$ 500 milhões.

"Trata-se de um projeto estruturante da ciência nacional", comenta Roque, diretor-geral do Cnpem.

"Leva à formação de recursos humanos, ao engajamento de médias e pequenas empresas nacionais, favorece a internacionalização da nossa pesquisa. Um dos pontos destacados pelos presentes foi a participação de empresas brasileiras na construção do Sirius. Cerca de 80% dos componentes têm origem no país”, diz.

Segundo José Roque, a consecução de um dos mais avançados aceleradores de partículas do mundo também alimenta a autoestima nacional.

"Conseguimos chegar onde quisemos. Fazer ciência de ponta para ajudar o país”, afirma Roque. "Cientistas do mundo inteiro virão morar em Campinas para desenvolver suas pesquisas. Isso nos ajudará a produzir uma ciência mais competitiva internacionalmente."

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