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BNDES mira em infraestrutura e pequenas empresas

Os empréstimos para empresas de até médio porte, com faturamento máximo de R$ 90 milhões por ano, responderam por quase 50% do total desembolsado de janeiro a junho

Valor Econômico

15/08/2018 08h50 | Atualizada em 15/08/2018 12h25

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou quase 90% do total desembolsado no primeiro semestre para micro, pequenas e médias empresas e para o setor de infraestrutura.

Os dois segmentos são a prioridade na atual fase da instituição, afirma Dyogo de Oliveira, presidente do banco de fomento, enfatizando também o papel complementar que o BNDES terá daqui para frente para financiar o investimento. O mercado de capitais terá uma participação cada vez maior nessa tarefa, segundo ele.

O executivo observa que os empréstimos para empresas de até médio porte, com faturamento máximo de R$ 90 milhões por ano, responderam por quase 50% do total desembolsado de janeiro a junho. Essas companhias ficaram com R$ 13,495 bilhões, exatos 48,6% dos R$ 27,8 bilhões que o BNDES financiou no período. O valor destinado a esse grupo de empresas foi 1% superior ao da primeira metade de 2017.

Já os desembolsos totais tiveram mais uma queda expressiva, de 17%, num cenário de forte encolhimento dos empréstimos do banco.

"O foco é pegar companhias em um estágio que elas possam escalar, como se diz no banco, com o apoio do BNDES", diz.  A fatia das

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou quase 90% do total desembolsado no primeiro semestre para micro, pequenas e médias empresas e para o setor de infraestrutura.

Os dois segmentos são a prioridade na atual fase da instituição, afirma Dyogo de Oliveira, presidente do banco de fomento, enfatizando também o papel complementar que o BNDES terá daqui para frente para financiar o investimento. O mercado de capitais terá uma participação cada vez maior nessa tarefa, segundo ele.

O executivo observa que os empréstimos para empresas de até médio porte, com faturamento máximo de R$ 90 milhões por ano, responderam por quase 50% do total desembolsado de janeiro a junho. Essas companhias ficaram com R$ 13,495 bilhões, exatos 48,6% dos R$ 27,8 bilhões que o BNDES financiou no período. O valor destinado a esse grupo de empresas foi 1% superior ao da primeira metade de 2017.

Já os desembolsos totais tiveram mais uma queda expressiva, de 17%, num cenário de forte encolhimento dos empréstimos do banco.

"O foco é pegar companhias em um estágio que elas possam escalar, como se diz no banco, com o apoio do BNDES", diz.  A fatia das micro, pequenas e médias empresas no total emprestado foi de 42% em 2017 e de apenas 27,4% em 2010.

Nesse cenário, o BNDES vai compartilhar o risco de crédito em operações com essas companhias, assumindo uma parcela de 30% - os outros 70% serão responsabilidade das instituições que atuam com agentes financeiros do banco. Hoje, elas ficam com 100% do risco. A expectativa é que isso entre em vigor em dezembro, contribuindo para reduzir as taxas cobradas.

Já o setor de infraestrutura abocanhou R$ 11 bilhões no primeiro semestre, quase 40% dos recursos desembolsados pelo banco nesse período.

Esse valor é 9% inferior ao destinado à área na primeira metade do ano passado. Em 2017, projetos de infraestrutura ficaram com 38% do total emprestado pelo banco. Em 2016, com 29,4%.

Dentro do segmento, o setor de energia elétrica é o que recebe a maior parte dos recursos.

De janeiro a junho, ficou com 37% dos R$ 11 bilhões destinados para infraestrutura. De acordo com Oliveira, isso ocorre porque o modelo regulatório do setor de energia é bom. O mesmo não ocorre com a área de saneamento básico.

Para o presidente do BNDES, não há problemas de falta de recursos para o financiamento de infraestrutura no Brasil.

Ele disse que o banco tem dinheiro para a tarefa, e ainda pode fazer captações no mercado para cumprir esse objetivo. Além disso, o executivo enfatiza o crescimento do papel do mercado de capitais nesse processo.

“Neste ano, as emissões de debêntures de infraestrutura superaram R$ 10 bilhões até junho, mais que os R$ 9 bilhões emitidos de todo o ano passado. Há também uma estruturação de vários fundos de infraestrutura no mercado, movimento que conta com o apoio do BNDES”, afirma.

Na visão de Olievira, o mercado de capitais deverá ocupar um espaço cada vez maior no financiamento à infraestrutura no país. Para isso, o fundamental é a qualidade da regulação. Segundo ele, novos projetos de energia eólica que têm saído contam com muita participação do mercado justamente por causa da boa regulação.

Ao tratar do tamanho ideal do BNDES, o presidente estima desembolsos equivalentes a 2% do PIB, nível próximo ao observado antes do inchaço do banco. Em 2010, o BNDES chegou a emprestar 4,33% do PIB.

Em 2017, os desembolsos foram de R$ 70,8 bilhões, apenas 1,08% do PIB.

“O nível de 2% do PIB será retomado em quatro a cinco anos. Com esse volume do BNDES, será possível financiar o investimento e contribuir para o país crescer a um ritmo de 2,5% a 3% por um bom período, em atuação complementar à do mercado de capitais”, conclui.

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