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PIB potencial do Brasil está em torno de 2%

Consultorias indicam que a capacidade do país de crescer sem gerar pressão inflacionária só deve chegar a 4% com mudança tributária ampla, alterações fiscais e investimento em infraestrutura

DCI

25/04/2018 09h14 | Atualizada em 25/04/2018 12h58

O Produto Interno Bruto (PIB) potencial do Brasil está em torno de 2% e 2,5% e pode aumentar para 3% com reformas fiscais e expansão de investimentos em infraestrutura, avaliam consultorias.

O PIB potencial é a capacidade da economia de um país crescer sem gerar pressões inflacionárias.

Por outro lado, Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria, ressalta que somente uma ampla reforma tributária pode fazer com que o Brasil eleve de forma significativa esse indicador, ampliando-o para 4%.

“Aqui não estamos falando de uma reforma muito pontual, como as mudanças no PIS/Cofins. Mas de uma mudança tributária mais ‘parruda’, que inclua a criação de um IVA – Imposto sobre Valor Agregado, por exemplo. Neste cenário, pelas nossas simulações, seria possível alcançar um PIB potencial de 4% ”, diz Alessandra.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que a melhora do resultado fiscal, atração de investimentos e mudanças tributárias poderiam elevar o PIB potencial do país para 3,5% a 4%.

Por enquanto, a especialista da Tendências indica que o Brasil tem capacidade de crescer até 2%, sem gerar desequilíbrios.

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O Produto Interno Bruto (PIB) potencial do Brasil está em torno de 2% e 2,5% e pode aumentar para 3% com reformas fiscais e expansão de investimentos em infraestrutura, avaliam consultorias.

O PIB potencial é a capacidade da economia de um país crescer sem gerar pressões inflacionárias.

Por outro lado, Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria, ressalta que somente uma ampla reforma tributária pode fazer com que o Brasil eleve de forma significativa esse indicador, ampliando-o para 4%.

“Aqui não estamos falando de uma reforma muito pontual, como as mudanças no PIS/Cofins. Mas de uma mudança tributária mais ‘parruda’, que inclua a criação de um IVA – Imposto sobre Valor Agregado, por exemplo. Neste cenário, pelas nossas simulações, seria possível alcançar um PIB potencial de 4% ”, diz Alessandra.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que a melhora do resultado fiscal, atração de investimentos e mudanças tributárias poderiam elevar o PIB potencial do país para 3,5% a 4%.

Por enquanto, a especialista da Tendências indica que o Brasil tem capacidade de crescer até 2%, sem gerar desequilíbrios.

“Porém, se o próximo governo conseguir dar andamento às reformas fiscais, principalmente a da Previdência Social, e à agenda de concessões na área de infraestrutura, o PIB potencial brasileiro pode chegar a 3%”, diz.

A executiva pontua que a reforma tributária é importante para aumentar essa taxa, pois o sistema atual do Brasil produz muita ineficiência na alocação de recursos. Uma fábrica, por exemplo, decide se instalar em um determinado estado mais pelos incentivos fiscais que este oferece, do que pelas condições adequadas (de infraestrutura) para o desenvolvimento do seu negócio.

Ribeiro cita, inclusive, que há estudos que indicam que a reforma tributária feita na Índia, em 2017, terá capacidade de incrementar dois pontos percentuais na taxa do PIB potencial do país.

Para Luiz Fernando Castelli, o economista da GO Associados, a abertura comercial do país é outro ponto relevante.

Segundo ele, quanto maior o acesso das empresas nacionais às tecnologias de outros países, maior será a produtividade do trabalho, o que, por sua vez, aumenta a capacidade da economia de crescer.

O economista da GO observa que mudanças na produtividade do trabalho são importantes, porque a população economicamente ativa (PEA) tende a reduzir a sua taxa de expansão a partir de 2020, o que diminui a capacidade do PIB potencial de avançar via crescimento da mão de obra.

O economista da Pezco Economics, Helcio Takeda, por sua vez, diz que a elevada ociosidade gerada pela recessão, ao tornar mais lento o processo de recolocação dos trabalhadores no mercado, limita a expansão do PIB potencial.

Uma pessoa, por exemplo, que durante os dois anos de crise não conseguiu ser empregada, possui um atraso com relação às mudanças tecnológicas do período. “Esse cenário posterga a melhoria da produtividade”, diz Takeda.

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