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Tecnologias para a conservação e reúso de água são premiadas em evento promovido pela Fiesp/Ciesp

Metalúrgica Inca e Toyota vencem a 14ª edição do Prêmio Fiesp/Cieps de Conservação e Reúso de Água. Além do prêmio, foi realizado um workshop que contou com a participação de Afonso Mamede, presidente da Sobratema

Da Redação/Assessoria de Imprensa

02/04/2019 08h51 | Atualizada em 11/04/2019 14h50

Visando reconhecer e homenagear as empresas que apresentam soluções inovadoras e boas práticas com o objetivo de fazer o uso eficiente da água, a Fiesp/Ciesp realiza a 14ª edição do Prêmio Fiesp/Ciesp de Conservação e Reúso de Água.

A ideia é reconhecer medidas efetivas na redução do consumo e que previnem desperdício desse bem, o que gera benefícios ambientais, econômicos e sociais. As empresas vencedoras foram premiadas no dia 27 de março.

“Por reconhecer o papel fundamental que a indústria desempenha na conservação da água, a Fiesp promove há 14 anos esse prêmio que tem como objetivo celebrar as boas inciativas nesse sentido”, comenta Nelson Pereira dos Reis, diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp

As edições anteriores do evento totalizaram 291 projetos inscritos e mais de 200 empresas participantes, resultando em uma economia de 131 milhões de m3 de água por ano.

A grave crise hídrica que afetou diversas regiões do Brasil em 2014, e continua afetando regiões, enfatiza a necessidade de ações no âmbito local, estadual e federal para atender com segurança as demandas hídricas nas condições atuais e futur

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Visando reconhecer e homenagear as empresas que apresentam soluções inovadoras e boas práticas com o objetivo de fazer o uso eficiente da água, a Fiesp/Ciesp realiza a 14ª edição do Prêmio Fiesp/Ciesp de Conservação e Reúso de Água.

A ideia é reconhecer medidas efetivas na redução do consumo e que previnem desperdício desse bem, o que gera benefícios ambientais, econômicos e sociais. As empresas vencedoras foram premiadas no dia 27 de março.

“Por reconhecer o papel fundamental que a indústria desempenha na conservação da água, a Fiesp promove há 14 anos esse prêmio que tem como objetivo celebrar as boas inciativas nesse sentido”, comenta Nelson Pereira dos Reis, diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp

As edições anteriores do evento totalizaram 291 projetos inscritos e mais de 200 empresas participantes, resultando em uma economia de 131 milhões de m3 de água por ano.

A grave crise hídrica que afetou diversas regiões do Brasil em 2014, e continua afetando regiões, enfatiza a necessidade de ações no âmbito local, estadual e federal para atender com segurança as demandas hídricas nas condições atuais e futuras.

“A importância desse prêmio consiste na contribuição que as empresas estão trazendo para avançarmos na questão da conservação e do reúso de água através de ações objetivas dentro das suas empresas”, afirma Ricardo Esper, diretor titular adjunto dos Departamentos de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp e do Ciesp. “Esperamos que essas ações possam ser multiplicadas e disseminadas para todo o conjunto das empresas brasileiras”, diz.

Segundo Eduardo San Martin, presidente do Conselho Superior de Meio Ambiente da Fiesp, o prêmio traz motivação pelo exemplo.

“A motivação pelo exemplo é fundamental para que consigamos avançar nessa nossa proposta. Temos como missão tornar as empresas mais amigáveis ao meio ambiente e a sociedade como um todo”, complementa.

Ao longo desses 14 anos, as indústrias paulistas investiram aproximadamente R$ 880 milhões e economizaram mais de 130 milhões m3/ano ao implantar iniciativas de conservação e reúso de água, comenta Esper.

Em 2019, foram 29 projetos inscritos para concorrerem ao Prêmio. Empresas de todo Estado colocam em prática iniciativas de uso eficiente de água e promovem a conscientização dos seus funcionários, stakeholders e comunidade do entorno.

O incentivo às companhias parceiras de conservação e reúso de água vem por meio de troféus e placas de menção honrosa. Foram premiados projetos finalistas em cada categoria: micro/pequeno porte; médio/grande porte.

Outro ponto positivo do Prêmio, comenta o diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp é que ele se torna um indicador ambiental ao compor acervo de cases no Estado de São Paulo, que são reconhecidos e difundidos.

“Das 29 empresas inscritas este ano, os setores com maior número de participação foram químico, produção de alimentos, automobilístico e toda sua cadeia, ou seja, segmentos que fazem uso intensivo da água”, diz.

Vencedores

Na categoria médio/grande porte a vencedora foi a Toyota do Brasil Ltda com o projeto – Desafio de minimizar e otimizar o uso de água na produção de veículos.

A Toyota traçou como objetivo diminuir a captação e o consumo da água por meio de melhorias e reutilização do recurso no processo produtivo, reduzindo assim os efluentes gerados.

Cada planta, localizada em quatro Estados – Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Pernambuco, desenvolveu diversas melhorias no processo, obtendo redução do consumo de água mediante o reúso e a eliminação de desperdício.

Segundo a empresa, com relação ao consumo de água, houve uma redução de 30% nos últimos dois anos, gerando uma economia de 87.237 m³ de água, sendo que 12% correspondem à redução do volume captado de águas subterrâneas e 46% da rede pública de abastecimento, sendo equivalentes 21% (59.321 m³) ao reúso de água nos processos.

“A Toyota do Brasil, desde 2015 trabalha com esse desfaio ambiental. O Desafio Ambiental 2050, projeto da empresa tem como principal meta reduzir os impactos ambientais não somente em minimizar e diminuir os impactos relacionados ao uso da água, mas buscamos reduzir a zero a emissão do carbono tanto do nosso produto quanto das nossas fábricas. Nosso maior objetivo é estar em harmonia com o meio ambiente”, comenta a empresa.

A empresa vencedora na categoria micro/pequeno porte foi a Metalúrgica Inca com o projeto – Economia de água no setor de injeção.

A Metalúrgica Inca Ltda. é uma empresa nacional que fabrica e comercializa abraçadeiras, acessórios para eletrodutos, hidráulica, serralheria, utilidades, encartelados e realiza tratamento superficial.

O projeto consistiu na instalação de 18 tambores de 200 litros interligados e ligados as calhas por meio de condutores (canos de PVC de 4 polegadas) com registros instalados a fim de facilitar a retirada da água captada. A escolha dos setores foi realizada com o levantamento do consumo de água utilizada em sua limpeza.

Entre os objetivos, o de aumentar a área de captação de água pluvial na fábrica para cada vez mais diminuir o consumo de água potável no processo de limpeza dos setores produtivos.

Com a implantação do projeto, em julho de 2018, foram economizados em média 51 m³ até dezembro de 2018. A economia de água limpa após a implantação do projeto foi de 100%, sendo que antes da implantação o consumo era de 10,2 m³/mês. Considerando um consumo anual, houve uma economia de água limpa de 122,4 m³.

O custo para implantação do projeto foi de apenas R$ 1.279,31. A redução do custo com a limpeza destes setores foi de R$ 493,56 por ano. Com os dados coletados pode-se concluir que o retorno será de aproximadamente 31 meses.

“Às vezes são projetos pequenos, mas que fazem a diferença, pois se cada empresa fizer a lição de casa, começar pela captação da água da chuva, iniciar pelo reúso de um efluente tratado, será capaz de gerar uma grande economia para o meio ambiente, ou seja, para todos nós que dependemos da água para tudo”, conclui.

Workshop

Além do prêmio, o dia foi marcado pela realização de um Workshop – As Novas Políticas de Gestão e Recursos Hídricos, divididos em duas partes, sobre a Política de Gestão de recursos Hídricos e a Gestão de Recursos Hídricos na Indústria

Foram realizados painéis, além de apresentação de cases de especialistas em gerenciamento de recursos hídricos.

Também foram expostos pontos de vista atuais que consideram o uso inteligente da água e seus impactos na sociedade que posicionam a água como uma das principais ferramentas para viabilizar os esforços de erradicação da pobreza, de crescimento econômico, entre outros temas.

Durante o Workshop, Afonso Mamede, presidente da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração falou a respeito da importância dos avanços tecnológicos para a produtividade e qualidade das obras, além do baixo impacto ambiental que essas tecnologias proporcionam.

“Entendendo que a área de construção gera muito resíduo e que precisa de água e da energia para suas atividades, a Sobratema começou a trabalhar, desde 2001 com a democratização da tecnologia para a sustentabilidade do meio ambiente”, afirma Mamede. “Através da tecnologia temos presenciado os avanços incríveis nos últimos 30 anos e os equipamentos que usamos nas construções passaram a ser máquinas digitais de grandes performances e baixos impactos no meio ambiente”, complementa.

E, com o objetivo de fomentar e compartilhar as tecnologias para sustentabilidade do meio ambiente, afirma Mamede, a Sobratema apoiada por diversas entidades, como a Fiesp realizará em novembro a  BW Expo e Summit 2019 – 3ª Biosphere World, no São Paulo Expo.

O evento tem como finalidade de apresentar empresas e cases de sucesso que contribuem para reduzir o impacto ambiental de suas ações fabris e produtos.

“Nosso objetivo com a feira é ter um espaço para que as empresas possam mostrar como as tecnologias auxiliam na minimização do impacto ambiental, mas esperamos também que o local possa ser um espaço em que as grandes empresas pudessem compartilhar o que têm feito nessa caminhada”, afirma.

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