Em seus testes de durabilidade, a equipe da Volvo Trucks utiliza uma variedade de métodos, incluindo campos de prova e medições aceleradas em condições de laboratório, nos níveis de componente, sistema e veículo. No processo, cada membro da equipe assume a responsabilidade por todos os elementos do projeto de teste, desde a instrumentação e execução do teste até a análise final dos dados.

Para executar essas atividades, a equipe conta com ferramentas como o hardware Simcenter SCADAS e o software Simcenter Testlab, que integram o Xcelerator, um portfólio integrado de software e serviços da Siemens Digital Industries Software. As mesmas soluções também são usadas pela equipe de ruído, vibração e aspereza (NVH) da montadora.

Segundo relato, o hardware Simcenter SCADAS é usado para medir dados relacionados à durabilidade, como força, aceleração, deslocamento e deformação, além de estender a aquisição de dados de carga rodoviária (RLDA) e promover um nível de multifísica.

Já o Simcenter Testlab é utilizado para aquisição e processamento de dados. A solução permite aquisição de durabilidade, análise de dados de carga e geração de relatórios em um único ambiente de software. Segundo Pablo Kubo, especialista que coordena os testes na Volvo Trucks Brasil, as soluções permitem maior interação e colaboração entre as equipes, eliminando o trabalho isolado.

"O trabalho isolado de cada engenheiro representa um grande desafio porque enquanto um lida com instrumentação, o outro trabalha com medições, o outro com análise e tem ainda outro que faz o relatório", diz Kubo. "Assim, corre-se o risco de perder informações importantes durante a transferência de conhecimento de um engenheiro para outro."

Além disso, a grande variedade de configurações aumenta a complexidade do veículo e impõe o desafio de testar as variáveis e suas combinações. E quando essa complexidade envolve a necessidade de reduzir os tempos de testes, o desafio da equipe de durabilidade se torna ainda maior.

"Realmente, somos pressionados a minimizar o tempo de teste, pois os testes físicos são muito caros e os testes de durabilidade têm um custo ainda maior", diz Kubo. "Por isso, estamos tentando trabalhar mais com simulação, antecipando os testes físicos."