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Setor de construção capta R$ 4,4 bilhões na bolsa e prepara expansão

Com a captação de recursos, empresas devem pagar dívidas antigas e se preparar para um novo ciclo de crescimento

O Estado de S. Paulo

05/11/2019 11h00 | Atualizada em 06/11/2019 17h09

Empresas que atuam no mercado imobiliário já colocaram R$ 4,4 bilhões no caixa este ano por meio de capitalização via oferta de ações na bolsa de valores, montante que vai continuar crescendo.

A captação de recursos servirá para pagar dívidas do passado e, principalmente, preparar as máquinas para a perspectiva de um novo ciclo de crescimento que passa tanto por empreendimentos residenciais quanto comerciais.

Desde janeiro foram realizadas oito ofertas, todas subsequentes (follow on) – Tecnisa, Trisul, Eztec, Helbor, Gafisa, LPC (ex-Lopes), Cyrela Commercial Properties (CCP) e Log Commercial Properties – que resultaram nos R$ 4,4 bilhões.

A fila até o fim do ano também tem BR Properties, que estima levantar em torno de R$ 1 bilhão, e JHSF, cujos valores ainda não foram revelados.

Além disso, a Kallas já tem bancos com mandatados para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mas esse passo deve ficar para o início do ano que vem.

“O que tem sustentado as captações é a mudança do ponto de vista dos investidores in

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Empresas que atuam no mercado imobiliário já colocaram R$ 4,4 bilhões no caixa este ano por meio de capitalização via oferta de ações na bolsa de valores, montante que vai continuar crescendo.

A captação de recursos servirá para pagar dívidas do passado e, principalmente, preparar as máquinas para a perspectiva de um novo ciclo de crescimento que passa tanto por empreendimentos residenciais quanto comerciais.

Desde janeiro foram realizadas oito ofertas, todas subsequentes (follow on) – Tecnisa, Trisul, Eztec, Helbor, Gafisa, LPC (ex-Lopes), Cyrela Commercial Properties (CCP) e Log Commercial Properties – que resultaram nos R$ 4,4 bilhões.

A fila até o fim do ano também tem BR Properties, que estima levantar em torno de R$ 1 bilhão, e JHSF, cujos valores ainda não foram revelados.

Além disso, a Kallas já tem bancos com mandatados para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mas esse passo deve ficar para o início do ano que vem.

“O que tem sustentado as captações é a mudança do ponto de vista dos investidores institucionais, inclusive de estrangeiros, sobre o quadro econômico do Brasil.

A nova avaliação é de que o ambiente está melhor no país e que o mercado imobiliário vai tirar proveito disso”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), Luiz França.

Ao contrário de muitas ofertas de ações que se desenrolaram neste ano, o setor de construção realizou emissões primárias, e todas com pelo menos uma parte dos recursos voltados para investimentos. A busca por capital de giro também foi outro objetivo com as ofertas, mas a mensagem geral é de que a empresas vislumbram crescimento de fato.

“Vemos fatores que vão ser explosivos para a volta da demanda por imóveis”, apontou o diretor de relações com investidores da incorporadora Eztec, Emílio Fugazza.

A empresa levantou R$ 979 milhões no mercado financeiro – a maior captação do ano no setor até aqui – para a compra de terrenos e participação em projetos de terceiros.

Fugazza apontou que o setor está entrando em um novo ciclo de bonança, sustentado pela queda das taxas de juros e pela expectativa de uma melhora mais consistente da economia nacional após a aprovação das reformas, com tendência de diminuição do desemprego no curto a médio prazo.

A visão é compartilhada pela equipe de analistas de construção civil do BTG Pactual. “Acreditamos que um novo ciclo imobiliário está apenas começando, e a concorrência hoje é muito mais suave do que no passado. Esperamos que as empresas listadas na bolsa, mais profissionalizadas, devem se beneficiar muito nesse ciclo”, descreveram Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, em relatório do BTG Pactual que indicou uma valorização das ações dessas companhias.

Segundo um banco de investimento observou ainda que as construtoras têm buscado a capitalização porque identificaram a oportunidade de aquisição de terrenos e perceberam que a competição poderia ficar mais acirrada lá na frente, caso a economia volte a crescer de fato.

Então algumas empresas já quiseram deixar bala na agulha para antecipar as compras de terras e insumos para construção.

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