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Resíduo de construção precisa ser reciclado

Em São Paulo, esse material tem sido empregado em obras de pavimentação e manutenção

Assessoria de Imprensa

07/11/2018 08h57 | Atualizada em 08/11/2018 15h40

O resíduo de construção reciclado atualmente é uma solução atraente para a construção civil, num momento em que o agregado natural extraído de pedreiras está escasso e caro.

Cidades como São Paulo, São José dos Campos, Campinas, entre outras regiões mais adensadas, possuem elevada geração de resíduo de construção. Ao invés de reciclarem, acabam pagando caro com descarte em aterros sanitários e de inertes.

Este é um dos principais problemas que serão discutidos no Seminário Nacional Abrecon 2018, a ser realizado em 22 de novembro, em São Paulo, durante a Waste Expo Brasil 2018.

O seminário será realizado pela Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), que apresentará a Pesquisa Setorial 2017/ 2018, com dados do setor coletados com as usinas de reciclagem de RCD (Resíduo da Construção e Demolição).

“Até o final de 2018 serão 400 usinas de reciclagem de entulho no Brasil, que ainda enfrentam resistência do público consumidor quanto ao consumo do agregado reciclado”, revela Hewerton Bartoli, presidente da Abrecon.

“A estimativa é que o agregado reciclado chegue a aproximadamente 5% do total de agre

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O resíduo de construção reciclado atualmente é uma solução atraente para a construção civil, num momento em que o agregado natural extraído de pedreiras está escasso e caro.

Cidades como São Paulo, São José dos Campos, Campinas, entre outras regiões mais adensadas, possuem elevada geração de resíduo de construção. Ao invés de reciclarem, acabam pagando caro com descarte em aterros sanitários e de inertes.

Este é um dos principais problemas que serão discutidos no Seminário Nacional Abrecon 2018, a ser realizado em 22 de novembro, em São Paulo, durante a Waste Expo Brasil 2018.

O seminário será realizado pela Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), que apresentará a Pesquisa Setorial 2017/ 2018, com dados do setor coletados com as usinas de reciclagem de RCD (Resíduo da Construção e Demolição).

“Até o final de 2018 serão 400 usinas de reciclagem de entulho no Brasil, que ainda enfrentam resistência do público consumidor quanto ao consumo do agregado reciclado”, revela Hewerton Bartoli, presidente da Abrecon.

“A estimativa é que o agregado reciclado chegue a aproximadamente 5% do total de agregados para construção civil comercializados no país em 2019. O valor de venda é cerca de 10% mais baixo em relação ao agregado in natura”, avalia.

Consumo em prefeituras

Marcos Penido, secretário das prefeituras regionais de São Paulo, falará no seminário sobre a experiência da cidade de São Paulo na utilização do agregado reciclado em obras de pavimentação e manutenção. Ele discorrerá sobre o assunto na palestra “O uso do agregado reciclado pela Prefeitura de São Paulo”.

De acordo com Levi Torres, coordenador da Abrecon, a ideia é que as prefeituras passem a absorver o agregado reciclado nas tabelas e entrem num ciclo realmente sustentável, ao invés de dar destinação indevida a um material que pode ter aplicação ecológica.

“O resíduo reciclado pode ser utilizado para produzir 30 tipos de materiais, como contrapisos, sub-bases, tijolos, bloquetes, rebocos, artefatos de concretos, balaústres, bancos, mesas de praças, mourões, entre outros”, exemplifica.

Durante o evento, também será lançado o Manual de Aplicação do Agregado Reciclado (MARE), para atender às necessidades do mercado e das recicladoras que fornecem esse tipo de agregado.

Concebido pela Abrecon em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), orienta corretamente a nomenclatura e as aplicações de cada material. Por exemplo, se é permitido construir uma estrada ou um poste com agregado reciclado.

“Existe um grande desafio que é padronizar a nomenclatura desse material. Enquanto muitos falam entulho reciclado, lixo reciclado, resíduo reciclado, ou cascalhão, a especificação nos editais municipais acaba sendo entulho usinado. E as usinas vendem diferentes produtos resultantes do processo de reciclagem, como areia reciclada, bica corrida reciclada, brita reciclada, entre outros. Devido essas diferenças de nome, as prefeituras não aceitam comprar o material por não constar no objeto da licitação”, explica Torres.

Custos

De acordo com a consultoria I&T – Gestão de Resíduos, a prefeitura gasta algo em torno de 113,00 reais por metro cúbico na destinação do resíduo.

O custo por caminhão chega a 1254,00 reais. E se o entulho não for coletado, os gastos públicos podem atingir proporções maiores em saúde pública, pois poderão ser de aproximadamente 409,00 por dia com internação, de acordo com o DataSUS, caso alguém seja hospitalizado devido a alguma doença provocada por vetores associados ao entulho, como dengue, cólera, leptospirose etc.

Segundo Torres, é muito importante implantar uma política adequada de resíduos sólidos nos municípios, de modo a reaproveitar os resíduos de construção civil e demolição.

O resíduo da construção e demolição (RCD) é um grande problema das pequenas e grandes cidades. De acordo com um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) menos da metade dos municípios apresentaram seus planos de resíduos sólidos, realidade que resulta em custos altíssimos na gestão dos resíduos e problemas graves na saúde pública.

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