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Mecanização da lavoura contribui para o crescimento do Brasil no mercado global de café

Com o uso das tecnologias, os dois maiores produtores mundiais de café, Brasil e Vietnã, estão elevando seus níveis de produtividade e deixando para trás rivais como Colômbia e outros países na América Central e na África

Reuters

27/08/2019 11h00

A máquina colhedora de café, uma inovação que se espalhou rapidamente pelas fazendas de café no Brasil, é uma das novidades que ajudaram a cortar os custos de produção nas fazendas.

Com crescente uso de mecanização e de outras tecnologias, os dois maiores produtores mundiais de café, Brasil e Vietnã, estão elevando seus níveis de produtividade e deixando para trás rivais como Colômbia e outros países na América Central e na África.

E eles estão preparados para elevar esse domínio.

Uma colhedora de café substitui dezenas de pessoas na colheita. Mesmo com o custo da aquisição e do consumo de diesel, produtores e fabricantes das colhedoras estimam entre 40% e 60% a redução nos custos da colheita.

A queda recente dos preços referenciais do café no mercado internacional para o menor valor em 13 anos deverá provocar mudanças substanciais no setor, onde apenas os produtores mais eficientes deverão permanecer, segundo negociadores de café e analistas.

Produtores rivais dos

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A máquina colhedora de café, uma inovação que se espalhou rapidamente pelas fazendas de café no Brasil, é uma das novidades que ajudaram a cortar os custos de produção nas fazendas.

Com crescente uso de mecanização e de outras tecnologias, os dois maiores produtores mundiais de café, Brasil e Vietnã, estão elevando seus níveis de produtividade e deixando para trás rivais como Colômbia e outros países na América Central e na África.

E eles estão preparados para elevar esse domínio.

Uma colhedora de café substitui dezenas de pessoas na colheita. Mesmo com o custo da aquisição e do consumo de diesel, produtores e fabricantes das colhedoras estimam entre 40% e 60% a redução nos custos da colheita.

A queda recente dos preços referenciais do café no mercado internacional para o menor valor em 13 anos deverá provocar mudanças substanciais no setor, onde apenas os produtores mais eficientes deverão permanecer, segundo negociadores de café e analistas.

Produtores rivais dos brasileiros e vietnamitas deverão ser gradualmente empurrados para uma área marginal no mercado, impossibilitados de fazer dinheiro a partir da cultura do café que eles têm tocado por gerações.

Alguns já estão mudando para culturas alternativas, enquanto outros estão abandonando completamente a atividade.

Esses tipos de tendências podem ser quase irreversíveis tratando-se de culturas perenes como o café, já que decisões como abandonar ou erradicar lavouras podem afetar a produção por vários anos.

"Brasil e Vietnã têm obtido aumentos consistentes em produtividade, que outros países não obtiveram", afirmou Jeffrey Sachs, diretor do Centro para Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Columbia, que recentemente coordenou um estudo sobre a situação do setor produtivo de café no mundo.

Além de mecanização, ele cita avanços no desenvolvimento de novas cultivares e na ampliação da irrigação tanto no Brasil como no Vietnã como fatores para os saltos em produtividade.

Na Colômbia e na América Central, o café é geralmente cultivado nas montanhas, onde a mecanização é mais difícil. Além disso, o sistema de colher as cerejas do café manualmente mantém os custos de produção relativamente elevados.

Já a produção na África é majoritariamente feita por pequenos agricultores que normalmente não possuem o capital necessário para adquirir novas tecnologias. Muitos deles sequer realizam o beneficiamento básico antes da venda, como a secagem ou o despolpamento.

Brasil e Vietnã agora produzem mais da metade do café no mundo. Há 20 anos, produziam apenas cerca de 30% do volume global. E a proporção continua crescendo, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O Brasil, maior produtor mundial, responde sozinho por mais de um terço da oferta global. Em um sinal de ganhos de eficiência, o país colheu uma safra recorde de quase 62 milhões de sacas no ano passado e analistas estimam que produzirá um novo recorde em 2020, ano de alta do ciclo bianual de produção do café arábica.

E isso ocorre apesar de a área de café no Brasil ter caído durante os últimos seis anos.

O Vietnã também tem registrado recordes de produção regularmente, enquanto a Colômbia, em contraste, colheu sua maior safra no início dos anos 1990, e a Guatemala o fez 20 anos atrás, mostram dados do USDA.

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