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Falta de componentes pode ser empecilho para crescimento na venda de máquinas agrícolas em 2021

Realidade que se apresenta ainda não havia sido vivenciada na região. Fornecedores das indústrias de máquinas tem informado que não conseguirão cumprir alguns prazos

Diário da manhã

30/03/2021 11h00 | Atualizada em 31/03/2021 14h03

Se por um lado a projeção é de crescimento para a indústria do agronegócio para 2021, por outro as empresas temem não conseguir atender a toda demanda.

Isso porque a perspectiva é para mais uma safra recorde, os preços da commodities estão em alta, mas a pandemia tem atrasado o fornecimento de peças e componentes indispensáveis para a produção de implementos e máquinas agrícolas.

Márcio Fulber, diretor comercial da Stara, observa que a boa safra é sinônimo de lucratividade, o que denota um cenário de otimismo no agro, mas por outro, justamente por causa dos altos preços, existe temor quanto aos custos da próxima safra. Mesmo assim, a tendência é que 2021 seja melhor que 2020.

“Não posso falar de percentuais pois ainda é cedo, mas a projeção é de uma melhora. No entanto, sofremos com a falta de componentes por causa dos impactos da pandemia. Temos dificuldades para conseguir peças para produzir máquinas e eventualmente ocorrem atrasos”, cita.

O diretor comercial revela ainda que este ano se apresenta uma realidade nunca vi

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Se por um lado a projeção é de crescimento para a indústria do agronegócio para 2021, por outro as empresas temem não conseguir atender a toda demanda.

Isso porque a perspectiva é para mais uma safra recorde, os preços da commodities estão em alta, mas a pandemia tem atrasado o fornecimento de peças e componentes indispensáveis para a produção de implementos e máquinas agrícolas.

Márcio Fulber, diretor comercial da Stara, observa que a boa safra é sinônimo de lucratividade, o que denota um cenário de otimismo no agro, mas por outro, justamente por causa dos altos preços, existe temor quanto aos custos da próxima safra. Mesmo assim, a tendência é que 2021 seja melhor que 2020.

“Não posso falar de percentuais pois ainda é cedo, mas a projeção é de uma melhora. No entanto, sofremos com a falta de componentes por causa dos impactos da pandemia. Temos dificuldades para conseguir peças para produzir máquinas e eventualmente ocorrem atrasos”, cita.

O diretor comercial revela ainda que este ano se apresenta uma realidade nunca vista antes, pelo menos não durante as quase duas décadas em que ele atua na Stara.

“Historicamente trabalhamos com muita programação, fazemos compras antecipadas, e agora temos nos surpreendido com fornecedores com os quais temos compra assegurada para daqui seis ou oito meses, nos informando que não conseguirão cumprir este prazo”, coloca.

Cenário semelhante tem ocorrido com frequência em relação aos preços praticados por fornecedores.

“Quando fechamos o contrato o preço era um e agora eles nos têm informado que há um novo preço e que se não tivermos mais interesse no pedido eles aceitam cancelamento. É uma realidade que tem afetado a indústria por conta do aumento desenfreado do aço”, completa.

Assim, o fluxo de produção também mudou. “O que pode acontece é se limitar a produção mesmo com demanda, por falta de itens. É uma tendência. A gente percebe que o mercado está bastante aquecido, que poderia levar a um aumento de produção, mas não temos confiança de termos os componentes necessários e não queremos frustrar os clientes, prometendo algo que não sabemos se poderemos entregar. Estamos cautelosos”, afirma.

Outra mudança visível é no modo que os clientes estão optando por pagar. Até algum tempo atrás, o financiamento bancário era a modalidade recorrente. Agora, muita gente está optando por fornecer grande parte do valor como entrada.

“Com a valorização das commodities percebemos migração para o pagamento à vista, ou financiamento de pequena parte do valor. Se via muito 15% de sinal e o restante financiado. Agora muito optam por dar 50% de sinal ou até mais”, confirma.
Sobre as feiras presenciais, que seguem suspensas em função da pandemia, Fulber avalia que o impacto maior é no quesito divulgação da marca e produtos, não afetando tanto a comercialização.

Questionando sobre uma tendência de normalização, o diretor comercial menciona que se projetava uma melhora no primeiro semestre, entretanto, o que se vê é um novo pico da pandemia.

“A indústria está mantendo a produção, mesmo com pessoas afastadas, mas ainda não temos como mensurar isso. O Rio Grande do Sul foi um dos primeiros estados a experimentar este pico. Agora parece que a situação está se expandido. São Paulo é um mercado importante de suprimentos está numa fase bem grave. Não se tem notícia de parada, mas se por ventura isso vir a acontecer, não saberemos quais os impactos”, analisa.

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