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Brasil deve registrar safra recorde de grãos no ano que vem

Cenário mais favorável para o clima e dinâmica de preços, que fez produtores aumentarem área plantada, devem levar a produção à marca de 238,41 milhões de toneladas, mais do que a safra 2016/2017, que ajudou a impulsionar o PIB

Estado de S. Paulo

19/12/2018 09h11 | Atualizada em 19/12/2018 11h36

O agronegócio brasileiro pode registrar no ano que vem a maior safra da história, com uma produção de 238,41 milhões de toneladas de grãos.

Se confirmada a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada na semana passada, a próxima safra vai superar a de 2016/2017, quando se registrou um recorde de produção de 237,67 milhões, que salvou o crescimento do país.

A última supersafra fez o setor agropecuário crescer 12,5% em 2017, sendo responsável por 70% do aumento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) registrado naquele ano. Uma safra recorde no ano que vem, portanto, também tem o potencial de turbinar o PIB de 2019.

As projeções da Conab estão baseadas no cenário para o clima e na dinâmica de preços. O desempenho das cotações de algodão e soja, por exemplo, fizeram os produtores investirem mais na lavoura e aumentarem a área plantada.

As chuvas da primavera vieram intensas, entre outubro e novembro, antecipando o plantio da soja e criando uma boa perspectiva para a segunda safra de milho.

“Em todas as áreas do Brasil deu para antecipar o plantio da soja e começar a safra antes”, afirma Alan Malinski, coordenador de produção a

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O agronegócio brasileiro pode registrar no ano que vem a maior safra da história, com uma produção de 238,41 milhões de toneladas de grãos.

Se confirmada a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada na semana passada, a próxima safra vai superar a de 2016/2017, quando se registrou um recorde de produção de 237,67 milhões, que salvou o crescimento do país.

A última supersafra fez o setor agropecuário crescer 12,5% em 2017, sendo responsável por 70% do aumento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) registrado naquele ano. Uma safra recorde no ano que vem, portanto, também tem o potencial de turbinar o PIB de 2019.

As projeções da Conab estão baseadas no cenário para o clima e na dinâmica de preços. O desempenho das cotações de algodão e soja, por exemplo, fizeram os produtores investirem mais na lavoura e aumentarem a área plantada.

As chuvas da primavera vieram intensas, entre outubro e novembro, antecipando o plantio da soja e criando uma boa perspectiva para a segunda safra de milho.

“Em todas as áreas do Brasil deu para antecipar o plantio da soja e começar a safra antes”, afirma Alan Malinski, coordenador de produção agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O quadro é mais favorável do que na safra de 2018, pois as chuvas na primavera de 2017 demoraram e foram menos intensas. Como resultado, o plantio da soja foi atrasado e, em alguns casos, os produtores foram obrigados a replantar.

Diante da nova projeção para a safra do ano que vem, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) prevê que as exportações também poderão atingir o recorde, na casa de US$ 100 bilhões. “O câmbio está mais favorável para os produtores do que em 2013, ano em que as exportações atingiram a maior marca”, comenta Luiz Cornacchioni, diretor-executivo da Abag.

A expectativa, segundo ele, é de que a disputa comercial entre Estados Unidos e China pode favorecer os produtores brasileiros de soja no curto prazo, com elevação de preços e exportações. Mas essa brecha pode se fechar em pouco tempo.

“Uma guerra comercial entre esses dois países não é boa para ninguém. Se ela se prolongar e se refletir no crescimento mundial, todo mundo perde”, afirma o diretor da Abag.

Malinski, da CNA, lembrou ainda que disputa comercial favorece a produção de soja, mas nem tanto a de milho. Por causa da disputa com os americanos, os chineses já estão comprando mais soja do Brasil, elevando os preços. Como reação, os produtores americanos tendem a produzir mais milho no lugar de soja, competindo por mercado com as exportações brasileiras, explicou o especialista.

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