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A importância do aço brasileiro

Em meio ao impasse da importação com sobretaxa nos Estados Unidos, o aço brasileiro continua sendo reconhecido por sua alta qualidade e o atendimento aos requisitos de normas técnicas.

Assessoria de Imprensa

18/04/2018 09h57 | Atualizada em 18/04/2018 14h28

Mais de 300 normas técnicas compõem o acervo do Comitê Brasileiro de Siderurgia (ABNT/CB-028), norteando a produção de aço que é exportado para diversos países.

O setor, entretanto, enfrenta um impasse desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu a aplicação de sobretaxa de 25% para importação pelo país, sob a alegação de que é preciso proteger a indústria e os trabalhadores norte-americanos.

A medida, que estava prevista para entrar em vigor em 23 de março, foi suspensa temporariamente, como resultado de mobilização liderada pelo Instituto Aço Brasil (IABr), com apoio do governo federal, dando mais fôlego para novas negociações.

Não foi por acaso que, em 2017, o Brasil exportou 4,7 milhões de toneladas de aço para os EUA, com um faturamento de US$ 2,6 bilhões.

“O parque siderúrgico brasileiro é tecnologicamente atualizado e, portanto, o aço produzido no país é de alta qualidade, atendendo aos requisitos estabelecidos nas normas técnicas brasileiras e nas dos demais países”, afirma Maria Cristina Yuan, gestora do ABNT/CB-028, que foi constituído em 1995 com o objetivo de promover a normalização do aço e de produtos siderúrgicos.

A normalização,

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Mais de 300 normas técnicas compõem o acervo do Comitê Brasileiro de Siderurgia (ABNT/CB-028), norteando a produção de aço que é exportado para diversos países.

O setor, entretanto, enfrenta um impasse desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu a aplicação de sobretaxa de 25% para importação pelo país, sob a alegação de que é preciso proteger a indústria e os trabalhadores norte-americanos.

A medida, que estava prevista para entrar em vigor em 23 de março, foi suspensa temporariamente, como resultado de mobilização liderada pelo Instituto Aço Brasil (IABr), com apoio do governo federal, dando mais fôlego para novas negociações.

Não foi por acaso que, em 2017, o Brasil exportou 4,7 milhões de toneladas de aço para os EUA, com um faturamento de US$ 2,6 bilhões.

“O parque siderúrgico brasileiro é tecnologicamente atualizado e, portanto, o aço produzido no país é de alta qualidade, atendendo aos requisitos estabelecidos nas normas técnicas brasileiras e nas dos demais países”, afirma Maria Cristina Yuan, gestora do ABNT/CB-028, que foi constituído em 1995 com o objetivo de promover a normalização do aço e de produtos siderúrgicos.

A normalização, como observa a gestora, traz vários benefícios em um mundo cada vez mais competitivo e globalizado. Facilita o diálogo entre fornecedores e consumidores e possibilita a colaboração técnica de empresas, academia, laboratórios e outras partes interessadas visando assegurar a melhor qualidade possível no estabelecimento de requisitos e especificações, sejam de produtos ou de sistemas.

“A normalização de produtos e sistemas colabora para o aumento da produtividade, redução de custos e maior acesso a mercados, além de propiciar maior segurança e confiabilidade dos consumidores nos produto que atendem aos requisitos das respectivas normas técnicas”, ressalta.

O ABNT/CB-028 oferece mais de 300 normas técnicas relativas ao aço e aos produtos siderúrgicos, incluindo documentos adotados da Associação Mercosul de Normalização (AMN), International Organization for Standardization (ISO) e Comissão Pan-americana de Normas Técnicas (Copant).

Em sintonia com a atualização tecnológica, Comissões de Estudo do Comitê aprovaram recentemente projetos de normas novas e revisões que serão submetidos à Consulta Nacional pela ABNT.

Questão de segurança

No dia 8 de março, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a decisão de estabelecer alíquota de importação de 25% para o aço.

Esta medida extrema foi tomada no âmbito da chamada Seção 232, que não era colocada em prática há mais de 15 anos, sob o argumento de que as importações de aço constituem ameaça à segurança do país.

Segundo o governo americano, seria uma forma de proteger a indústria siderúrgica dos Estados Unidos e seus trabalhadores diante da ameaça do excesso de capacidade de produção de aço no mundo, superior a 700 milhões de toneladas.

Entretanto, no dia 22 de março, em audiência no Senado norte-americano, o embaixador Robert E. Lighthizer anunciou a exclusão temporária do Brasil – assim como Coreia do Sul, Argentina, Austrália, União Europeia, Canadá e México – da aplicação da sobretaxa, pelo período de 30 dias.

“Mas o país continua as negociações com os Estados Unidos para exclusão permanente”, informa Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do IABr, organização que representa as siderúrgicas brasileiras e tem recebido apoio da Presidência da República e dos Ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e das Relações Exteriores (MRE).

Diferentemente da maioria dos países que exportam para os EUA, 81% das exportações brasileiras de aço para os EUA são de produtos semi-acabados despachados para produtores de aço locais para laminação e acabamento.

Mais de 20 usinas siderúrgicas americanas usam os produtos semi-acabados importados do Brasil em suas operações.

“Ou seja, as importações de aço do Brasil têm grande sinergia com a produção de aço dos EUA e aumentam a competitividade da indústria manufatureira, de agronegócio e infraestrutura”, afirma Lopes.

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking dos países exportadores de aço para os Estados Unidos, atrás apenas do Canadá.

Na avaliação do IABr, o bloqueio das exportações para o mercado americano causará dano significativo não só para as empresas siderúrgicas brasileiras, mas também para as americanas, que não terão condições de suprir a demanda do mercado doméstico. A falta de aço nos EUA provocará aumento dos preços para os consumidores finais.

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