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Revista M&T - Ed.204 - Agosto 2016
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Editorial

Um cenário menos adverso para a construção

Aos poucos, o mercado dá sinais de que uma retomada mais consistente dos projetos de infraestrutura pode estar a caminho. O que – em vista das necessidades e potencialidades do país – já não era sem tempo. Afinal, como mostra levantamento já citado anteriormente neste espaço, cada ano que o país deixa de investir no setor acarreta uma perda de 151 bilhões de reais para a economia.

Ao menos, alguns movimentos recentes apontam nesta direção. A Medida Provisória que delineia o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), por exemplo, traz alterações na modelagem financeira das concessões de infraestrutura que podem ampliar as oportunidades de investimento e de emprego, além de aumentar a segurança jurídica dos contratos. E, na esteira desse empuxo, voltar a movimentar os negócios dos fabricantes OEM de máquinas e equipamentos e, consequentemente, de toda a cadeira de fornecedores, distribuidores, locadores e demais agentes do mercado.

Na mesma linha, o projeto de lei para estimular a participação dos bancos pode configurar uma novidade promissora para que as obras finalmente saiam do papel, ao oferecer maior segurança nos financiamentos. A destinação automática de parcela da receita das concessionárias para pagamento do financiamento pode tranquilizar as instituições financeiras, como forma de evitar os “calotes”. Ainda em financiamentos, o governo também anunciou a criação de uma força-tarefa para avaliar os pedidos de empréstimos que estão pendentes desde o


Aos poucos, o mercado dá sinais de que uma retomada mais consistente dos projetos de infraestrutura pode estar a caminho. O que – em vista das necessidades e potencialidades do país – já não era sem tempo. Afinal, como mostra levantamento já citado anteriormente neste espaço, cada ano que o país deixa de investir no setor acarreta uma perda de 151 bilhões de reais para a economia.

Ao menos, alguns movimentos recentes apontam nesta direção. A Medida Provisória que delineia o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), por exemplo, traz alterações na modelagem financeira das concessões de infraestrutura que podem ampliar as oportunidades de investimento e de emprego, além de aumentar a segurança jurídica dos contratos. E, na esteira desse empuxo, voltar a movimentar os negócios dos fabricantes OEM de máquinas e equipamentos e, consequentemente, de toda a cadeira de fornecedores, distribuidores, locadores e demais agentes do mercado.

Na mesma linha, o projeto de lei para estimular a participação dos bancos pode configurar uma novidade promissora para que as obras finalmente saiam do papel, ao oferecer maior segurança nos financiamentos. A destinação automática de parcela da receita das concessionárias para pagamento do financiamento pode tranquilizar as instituições financeiras, como forma de evitar os “calotes”. Ainda em financiamentos, o governo também anunciou a criação de uma força-tarefa para avaliar os pedidos de empréstimos que estão pendentes desde o governo passado no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Outro aspecto animador está no fato de que os contratos de parcerias público-privadas (PPPs) nos municípios brasileiros podem ultrapassar 10,8 bilhões de reais neste ano, totalizando 36 contratos (incluindo saneamento básico, resíduos sólidos, aeroportos, urbanização e outros), o que representaria um aumento significativo em relação a 2015, quando o valor chegou a 4 bilhões de reais.

Com isso, a confiança começa a voltar gradualmente ao setor, como mostram os dados da Sondagem Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), que registram aumento de 6,8 pontos e mostram que as expectativas dos empresários já davam indícios de melhora em meados do ano.

São indícios animadores, mas que precisam ser acompanhados por uma nova postura de nossas empresas setoriais, tornando-se menos fechadas, como sugere o Banco Mundial em relatório que também aponta nossa infraestrutura como “deplorável”. Se as medidas ora anunciadas se juntarem a um novo modelo de negócios, talvez vejamos enfim o país voltar a decolar, oxalá desta vez sem retrocessos indesejados. Boa leitura.

Permínio Alves Maia de Amorim Neto

Presidente do Conselho Editorial

 

 

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