P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.176 - Fevereiro 2014
Voltar
Mineração Submarina

Tecnologias auxiliam na exploração do solo marinho

Recursos atuais utilizam métodos eletromagnéticos, sondas de múltiplos feixes e veículos operados remotamente para mapear e explorar o fundo dos oceanos

Atualmente, existem diversas técnicas para explorar os mares e mapear a presença de depósitos minerais marinhos, tais como rochas fosfatadas, sulfetos metálicos e depósitos polimetálicos. Muitas explorações submarinas são iniciadas a partir de indicações de presença vulcânica na região, encontrada muitas vezes sob a forma de Guyots, ilhas submersas originadas de atividade vulcânica, e fontes hidrotermais, as famosas “chaminés de água quente” presentes do leito oceânico.

Uma das técnicas mais interessantes foi desenvolvida por Andrei Swedinsky, pesquisador da Escola de Minas do Colorado, nos EUA. A tecnologia proposta pelo especialista consiste de um método eletromagnético, utilizado para encontrar objetos condutores de energia elétrica. Ou seja, trata-se de um enorme “detector de metais oceânico”. Segundo Swedinsky, essa tecnologia já vem sendo utilizada há mais de 80 anos em terra.

STREAMERS

Em termos operacionais, os equipamentos conhecidos como “streamers” são conectados via cabo a um navio e levados até o solo oceânico, geralmente em profundidades de até 500 m. Cada um desses streamers possui transmissores que injetam correntes elétricas no solo e calculam a intensidade do campo eletromagnético gerado pelos nódulos, ou seja, da resistência de condutividade daquela área. Depósitos minerais são altamente condutivos, apesar de cada metal apresentar uma resistência específica. Dessa forma, pode-se ter uma ideia mais próxima dos metais presentes na região.

A Odyssey, empresa de exploração mineral em águas profundas, utiliza a bordo do navio Dorado Discovery algumas sondas de múltiplos feixes para mapear o solo marinho em profundidades de até seis mil metros, gerando mapas detalhados com diferentes escalas geofísicas e geoquímicas. Essa tecnologia trabalha com a emissão de pulsos sonoros em forma de leque, identificando a topografia da área estudada por meio de tempo, intensidade e padrão de retorno dos pulsos.

FEIXES MÚLTIPLOS

No caso da Odyssey, um dos principais cientistas da Divisão de Exploração Mineral, Brian S. Parsons, afirma que o sonar fica acoplado a um navio e emite 880 feixes de 24 ou 12 KhZ com abrangência de 150 graus. Com a descoberta de sedimentaçã


Atualmente, existem diversas técnicas para explorar os mares e mapear a presença de depósitos minerais marinhos, tais como rochas fosfatadas, sulfetos metálicos e depósitos polimetálicos. Muitas explorações submarinas são iniciadas a partir de indicações de presença vulcânica na região, encontrada muitas vezes sob a forma de Guyots, ilhas submersas originadas de atividade vulcânica, e fontes hidrotermais, as famosas “chaminés de água quente” presentes do leito oceânico.

Uma das técnicas mais interessantes foi desenvolvida por Andrei Swedinsky, pesquisador da Escola de Minas do Colorado, nos EUA. A tecnologia proposta pelo especialista consiste de um método eletromagnético, utilizado para encontrar objetos condutores de energia elétrica. Ou seja, trata-se de um enorme “detector de metais oceânico”. Segundo Swedinsky, essa tecnologia já vem sendo utilizada há mais de 80 anos em terra.

STREAMERS

Em termos operacionais, os equipamentos conhecidos como “streamers” são conectados via cabo a um navio e levados até o solo oceânico, geralmente em profundidades de até 500 m. Cada um desses streamers possui transmissores que injetam correntes elétricas no solo e calculam a intensidade do campo eletromagnético gerado pelos nódulos, ou seja, da resistência de condutividade daquela área. Depósitos minerais são altamente condutivos, apesar de cada metal apresentar uma resistência específica. Dessa forma, pode-se ter uma ideia mais próxima dos metais presentes na região.

A Odyssey, empresa de exploração mineral em águas profundas, utiliza a bordo do navio Dorado Discovery algumas sondas de múltiplos feixes para mapear o solo marinho em profundidades de até seis mil metros, gerando mapas detalhados com diferentes escalas geofísicas e geoquímicas. Essa tecnologia trabalha com a emissão de pulsos sonoros em forma de leque, identificando a topografia da área estudada por meio de tempo, intensidade e padrão de retorno dos pulsos.

FEIXES MÚLTIPLOS

No caso da Odyssey, um dos principais cientistas da Divisão de Exploração Mineral, Brian S. Parsons, afirma que o sonar fica acoplado a um navio e emite 880 feixes de 24 ou 12 KhZ com abrangência de 150 graus. Com a descoberta de sedimentação mineral, a equipe de geólogos, biólogos, engenheiros e técnicos pode enviar um Veículo Submarino Operado Remotamente (VSOR ou ROV) para coletar amostras e estudar a área para possível mineração. Um exemplo dessa utilização está no Guyot de Fieberling, a 990 km de San Diego, na costa oeste dos Estados Unidos. No local, foram encontradas crostas de cobalto a profundidades que variam de 438 a 4.300 m abaixo do nível do mar.

Tendo encontrado sinais de depósitos minerais, é comum os pesquisadores utilizarem um ROV. Esses minissubmarinos podem ser equipados com diversas tecnologias para coleta de amostras e mapeamento, como a de feixes múltiplos. No Brasil, o Núcleo de Tecnologia Marinha e Ambiental (Nutecmar), em Santos (SP), é um dos poucos centros de treinamento a capacitar mão de obra para operar a tecnologia, cada vez mais requerida para exploração de petróleo e depósitos minerais.

Nova embarcação ajudará nas pesquisas

Em 2012, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Petrobras, a Marinha e a Vale assinaram acordo de cooperação para aquisição de um navio de pesquisas oceanográficas no valor de R$ 162 milhões. Segundo reportagem de O Globo, a embarcação é considerada uma das mais modernas do tipo no mundo e está em construção num estaleiro de Cingapura. Ela deve permitir o levantamento de informações detalhadas sobre os recursos minerais e biológicos da Amazônia Azul, a zona econômica exclusiva do mar territorial brasileiro que cobre 3,6 milhões de quilômetros quadrados.

Na ocasião, a coordenadora geral para Mar e Antártica do MCTI, Janice Trotte, justificou que atualmente os pesquisadores brasileiros precisam atuar em navios estrangeiros no Atlântico Sul, o que limita as ações do país. Com a nova embarcação, o Brasil poderá realizar explorações mais aprofundadas no leito oceânico, em busca de metais e materiais preciosos.

A nova embarcação tem 78 metros de comprimento e poderá acomodar 146 pessoas, incluindo até 60 pesquisadores. O navio terá três laboratórios e um robô com capacidade de coletar amostras no leito oceânico a até cinco mil metros de profundidade. Seu custo será dividido entre o MCTI, Ministério da Marinha, Vale e Petrobras.

Atualmente, o Brasil conta com apenas dois navios para pesquisas oceanográficas de longo alcance: o Cruzeiro do Sul, vinculado à Marinha, e o Alpha Crucis, da USP.

 

 

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E

Mais matérias sobre esse tema