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Revista M&T - Ed.153 - Dez/Jan 2012
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Simuladores de Operação

Tecnologia otimiza a capacitação profissional

Com o apoio de simuladores que criam uma realidade virtual, fabricantes de equipamentos, distribuidores e entidades de ensino vislumbram maior eficiência na capacitação de operadores nos canteiros de obras

A demanda reprimida por mão de obra especializada nos canteiros de construção está impulsionando uma atividade até recentemente pouco difundida no mercado brasileiro. Os simuladores de operação, que eram pouco utilizados no país, começam a se popularizar devido aos benefícios que proporcionam à capacitação dos funcionários responsáveis por conduzir os equipamentos no canteiro. Várias empresas já adotam essa tecnologia como aliada nos cursos de treinamento aos operadores e a iniciativa mais recente, nessa área, coube à Volvo Construction Equipment.

Em sua fábrica de Curitiba (PR), a fabricante já conta com simuladores para treinar os profissionais de suas distribuidoras e até mesmo os funcionários dos clientes na operação dos equipamentos da marca. Segundo Rômulo Wolf Pereira, da área de suporte ao cliente da Oryx Simulations, que desenvolveu os equipamentos para a Volvo, eles estão disponíveis em três modelos, para a simulação de operação de escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras e caminhões articulados.

“Os simuladores são desenvolvidos sobre plataformas que criam uma realidade virtual e reproduzem todos os movimentos da máquina para que o aprendiz se familiarize com a operação”, explica Wolf. Para isto, a plataforma conta com acionamento elétrico e seis eixos responsáveis pela sua movimentação de acordo com os comandos realizados pelo operador. Diante do monitor uma plataforma, equipada com banco, pedais, botoeiras e joysticks, ajuda a recriar o ambiente da cabine da máquina para que o operador tenha a sensação de estar no comando de um equipamento real.

Ganhos com o sistema

Apesar desse tipo de simulador, mais sofisticado, exigir investimentos maiores do que os sistemas que rodam apenas sobre um PC (computador pessoal), Rômulo ressalta sua eficiência superior. “Ele vai além dos movimentos básicos da máquina e permite estabelecer exercícios mais complexos, como atividades em que o equipamento poderia ficar exposto a riscos de acidente.” Com a tecnologia de realidade virtual, o aprendiz pode aprimorar sua capacidade de operar uma escavadeira hidráulica à beira de uma encosta, por exemplo, sem correr o risco de tombar o equipamento.

Com o apoio dessa tecnologia, o especialista avalia


A demanda reprimida por mão de obra especializada nos canteiros de construção está impulsionando uma atividade até recentemente pouco difundida no mercado brasileiro. Os simuladores de operação, que eram pouco utilizados no país, começam a se popularizar devido aos benefícios que proporcionam à capacitação dos funcionários responsáveis por conduzir os equipamentos no canteiro. Várias empresas já adotam essa tecnologia como aliada nos cursos de treinamento aos operadores e a iniciativa mais recente, nessa área, coube à Volvo Construction Equipment.

Em sua fábrica de Curitiba (PR), a fabricante já conta com simuladores para treinar os profissionais de suas distribuidoras e até mesmo os funcionários dos clientes na operação dos equipamentos da marca. Segundo Rômulo Wolf Pereira, da área de suporte ao cliente da Oryx Simulations, que desenvolveu os equipamentos para a Volvo, eles estão disponíveis em três modelos, para a simulação de operação de escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras e caminhões articulados.

“Os simuladores são desenvolvidos sobre plataformas que criam uma realidade virtual e reproduzem todos os movimentos da máquina para que o aprendiz se familiarize com a operação”, explica Wolf. Para isto, a plataforma conta com acionamento elétrico e seis eixos responsáveis pela sua movimentação de acordo com os comandos realizados pelo operador. Diante do monitor uma plataforma, equipada com banco, pedais, botoeiras e joysticks, ajuda a recriar o ambiente da cabine da máquina para que o operador tenha a sensação de estar no comando de um equipamento real.

Ganhos com o sistema

Apesar desse tipo de simulador, mais sofisticado, exigir investimentos maiores do que os sistemas que rodam apenas sobre um PC (computador pessoal), Rômulo ressalta sua eficiência superior. “Ele vai além dos movimentos básicos da máquina e permite estabelecer exercícios mais complexos, como atividades em que o equipamento poderia ficar exposto a riscos de acidente.” Com a tecnologia de realidade virtual, o aprendiz pode aprimorar sua capacidade de operar uma escavadeira hidráulica à beira de uma encosta, por exemplo, sem correr o risco de tombar o equipamento.

Com o apoio dessa tecnologia, o especialista avalia que um profissional pode ser capacitado a operar equipamentos após 40 horas de treinamento. “Depois de aprimorar suas habilidades, ele está apto a partir para as aulas no equipamento real sem gerar situações de risco ou o expor a danos por imperícia.” Dessa forma, além de reduzir o tempo de capacitação da mão de obra, o sistema proporciona economia de custos para a empresa.

Rômulo explica que os ganhos, nesse caso, não se limitam à redução nos reparos dos equipamentos por conta do aprendizado. “Além de economizar combustível, devido à menor carga horária destinada à operação do equipamento, a empresa pode destinar este recurso para a produção e não deixá-lo comprometido apenas com a formação da mão de obra.” Segundo ele, distribuidores da Volvo em outros países avaliaram que os custos com o treinamento de operadores em situação real chegam à faixa de US$ 25 mil, apenas por conta do consumo de diesel e das manutenções às quais as máquinas devem ser submetidas após o curso.

Por esse motivo, três distribuidores da Volvo Construction no Brasil passarão a adotar essa tecnologia para o treinamento de operadores de equipamentos. A partir deste ano, a Linck, a Motiva e a Tracbel vão adquirir os simuladores para a oferta desse serviço aos usuários da marca. Assim como a própria Volvo, as concessionárias não descartam a hipótese de deslocar o equipamento até a operação do cliente para a realização de cursos in company. “Diante dos ganhos de tempo e de custos, a solução torna-se atrativa para o treinamento de grandes equipes, principalmente pelo fato de que o simulador é compacto e pode ser transportado facilmente”, completa o especialista.

Projetos em implantação

Outra vantagem, segundo ele, é que a tecnologia permite estabelecer diferentes cenários e situações de operação para um mesmo equipamento, desde uma tarefa simples até uma atividade mais complexa. “Como todos os comandos realizados ficam registrados na memória do equipamento, o sistema permite a geração de relatórios para a avaliação de desempenho de cada aprendiz.” Além das distribuidoras brasileiras, a Volvo está implantando esse sistema de capacitação da mão de obra em parceria com dealers do Chile, Argentina, Colômbia, Panamá e Costa Rica.

No Brasil, a fabricante já promoveu dois cursos de treinamento com a nova tecnologia de simuladores e, em fevereiro, planeja a capacitação de outra turma de alunos. Os cursos estão sendo ministrados aos profissionais de seus concessionários, para capacitá-los a atuar como multiplicadores do conhecimento no mercado. Outros fabricantes também estão disponibilizando simuladores, em conjunto com suas respectivas redes de concessionárias, para o treinamento de operadores com seus equipamentos. É o caso da parceria entre a Doosan e a Comingersol, a Brasif e Case Construction, a Brasil Máquinas e Hyundai e a Caterpillar juntamente com a Sotreq e Pesa, entre outros.

O Instituto Opus, mantido pela Sobratema para a capacitação de mão de obra no setor, também vem utilizando esse recurso em seus programas de treinamento. Após adotar a tecnologia em alguns cursos oferecidos, incluindo a capacitação de profissionais em obras na Líbia, o Opus pretende incorporar os simuladores de operação como suporte aos cursos oferecidos regularmente no mercado. Para isto, o instituto dispõe de parceria com dois fabricantes de simuladores de operação, a canadense Simlog e a brasileira Bit9, que cobrem praticamente toda a gama de equipamentos pesados em construção, desde os modelos da linha amarela – escavadeiras, tratores de esteiras, retroescavadeiras e outros – até os guindastes móveis, gruas, caminhões basculantes e máquinas de solda.

A tecnologia como apoio

De acordo com Wilson Mello, diretor do Instituto Opus, o uso de simuladores não dispensa as aulas teóricas e práticas na cabine do equipamento real. “Com o apoio da tecnologia, conseguimos identificar as habilidades manipulativas do aluno e viabilizamos a participação de um maior número de pessoas simultaneamente, diminuindo o tempo de máquina parada para apoio aos treinamentos.” Além disso, ele destaca que o sistema reduz os índices de acidentes durante o curso, já que o aprendiz só vai para a cabine do equipamento real quando comprovou suas habilidades no simulador virtual.

A tecnologia empregada pelo Opus se baseia em simuladores que rodam em PCs, o que também facilita a realização dos cursos em qualquer local que disponha de recursos básicos como alguns computadores pessoais e monitores. Para Wilson Mello, o sistema também pode contribuir na contratação de operadores, possibilitando uma avaliação prévia dos seus conhecimentos. “Nesse sentido, vale ressaltar que o tempo de treinamento pode variar em função de vários fatores, como o tipo de equipamento em questão e o grau de experiência do operador, já que o simulador serve de suporte tanto para cursos de capacitação como os de reciclagem”, ele completa.

O fato é que, com o apoio de tais recursos, o treinamento da mão de obra se torna mais eficiente em termos de prazo e de custo. E o mercado agradece diante da necessidade de formação de um grande contingente de mão de obra em tão curto espaço de tempo.

 

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