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Revista M&T - Ed.171 - Agosto 2013
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Coluna do Yoshio

Tecnologia e infraestrutura para valorizar a vida humana

Os benefícios da tecnologia e dos novos conhecimentos dependem de um desenvolvimento integrado da infraestrutura para proporcionar às pessoas maior segurança e qualidade de vida.

Em termos de tecnologia, um dos aspectos mais estimulantes dos dias que vivemos é a transversalidade entre as diferentes áreas do conhecimento humano. A crescente sofisticação tecnológica demanda uma nova dimensão cognitiva, que inclui a integração de diferentes conhecimentos que no passado pareciam pertencer a mundos paralelos e irreconciliáveis.

O objetivo de construir cidades modernas em grandes centros urbanos, por exemplo, criando melhores condições de habitabilidade e locomoção para as populações, não só requer conhecimento técnico da engenharia como envolve a consideração de diferentes aspectos humanos, tais como estética, saúde, psicologia, tendências sociais e expectativas de qualidade de vida em níveis até então inéditos.

Por outro lado, a formação de profissionais para suprir estas novas demandas já começa a preocupar. No sistema educacional tradicional não é nada fácil encontrar escolas que formem engenheiros com conhecimentos mais aprofundados sobre o ser humano. Ou mesmo engenheiros que integrem conhecimentos de construção civil com eletrônica e sistemas digitais.

E isso é cada vez mais necessário. Pode até parecer futurista, mas a Comunidade Europeia acaba de aprovar um sistema automático de chamada emergencial, conhecida como “eCall”. Por meio desse sistema, os automóveis estão aptos a realizar chamadas automáticas para o número 112 (número único de emergência para toda a Europa) em caso de colisões sérias, transmitindo informações vitais como o horário do acidente e o seu geoposicionamento exato, para auxiliar o resgate e a assistência.

Esta tecnologia já tem data definida para equipar os veículos. A partir de outubro de 2015, os automóveis europeus oferecerão o sistema que visa a reduzir o tempo de atendimento às emergências em 40% nas áreas urbanas e em 50% nas estradas, salvando por ano cerca de 2.500 vidas que hoje são irremediavelmente perdidas.

Este fato irá marcar um salto na tecnologia embarcada dos automóveis, impulsionando a incorporação de outras funcionalidades, como rastreabilidade e conectividade plenas. Novas expectativas dos condutores também serão atendidas, proporcionando maior eficiência ao tráfego dos centros urbanos e rodovias. No Brasil, a possibilidade de acessar t


Em termos de tecnologia, um dos aspectos mais estimulantes dos dias que vivemos é a transversalidade entre as diferentes áreas do conhecimento humano. A crescente sofisticação tecnológica demanda uma nova dimensão cognitiva, que inclui a integração de diferentes conhecimentos que no passado pareciam pertencer a mundos paralelos e irreconciliáveis.

O objetivo de construir cidades modernas em grandes centros urbanos, por exemplo, criando melhores condições de habitabilidade e locomoção para as populações, não só requer conhecimento técnico da engenharia como envolve a consideração de diferentes aspectos humanos, tais como estética, saúde, psicologia, tendências sociais e expectativas de qualidade de vida em níveis até então inéditos.

Por outro lado, a formação de profissionais para suprir estas novas demandas já começa a preocupar. No sistema educacional tradicional não é nada fácil encontrar escolas que formem engenheiros com conhecimentos mais aprofundados sobre o ser humano. Ou mesmo engenheiros que integrem conhecimentos de construção civil com eletrônica e sistemas digitais.

E isso é cada vez mais necessário. Pode até parecer futurista, mas a Comunidade Europeia acaba de aprovar um sistema automático de chamada emergencial, conhecida como “eCall”. Por meio desse sistema, os automóveis estão aptos a realizar chamadas automáticas para o número 112 (número único de emergência para toda a Europa) em caso de colisões sérias, transmitindo informações vitais como o horário do acidente e o seu geoposicionamento exato, para auxiliar o resgate e a assistência.

Esta tecnologia já tem data definida para equipar os veículos. A partir de outubro de 2015, os automóveis europeus oferecerão o sistema que visa a reduzir o tempo de atendimento às emergências em 40% nas áreas urbanas e em 50% nas estradas, salvando por ano cerca de 2.500 vidas que hoje são irremediavelmente perdidas.

Este fato irá marcar um salto na tecnologia embarcada dos automóveis, impulsionando a incorporação de outras funcionalidades, como rastreabilidade e conectividade plenas. Novas expectativas dos condutores também serão atendidas, proporcionando maior eficiência ao tráfego dos centros urbanos e rodovias. No Brasil, a possibilidade de acessar tais tecnologias é apenas uma questão de tempo. Mas funcionarão da mesma forma?

A menos que a infraestrutura do nosso país seja atualizada muito rapidamente, a possibilidade de se obter ganhos de resposta às emergências nas nossas cidades e estradas permanecerá comprometida. Ou seja: é reconfortante saber que os serviços de emergência podem detectar um acidente rapidamente e com precisão. Mas é apavorante pensar que as ambulâncias ficarão presas no trânsito, ou mesmo que eventuais helicópteros à disposição não terão onde pousar.

Tudo isso nos faz lembrar que os benefícios da tecnologia e dos novos conhecimentos dependem de um desenvolvimento integrado da infraestrutura, para enfim proporcionar às pessoas maior segurança e qualidade de vida. Na projeção da mesma tendência evolutiva, será necessário implantar vias com sensores e emissores de sinais, que orientem os veículos e liberem as pessoas da tarefa de dirigi-los. Em breve, os automóveis serão de fato autômatos e capazes de alcançar o destino sem qualquer intervenção humana. E, quando esse momento chegar, inevitavelmente precisaremos de mais e melhor infraestrutura, de modo a reverter o fluxo de deterioração da vida humana nas megacidades.

*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

 

 

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