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Revista M&T - Ed.165 - Fevereiro 2013
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Entrevista

"O Brasil continua melhor do que os outros mercados"

Entevistado: Carlos Hexse, presidente da empresa Weber Maschinentechnik (MT) para a América Latina e Sul da África.

Fundada em 1952 na cidade de Bad Laasphe, na Alemanha, atualmente a Weber Maschinentechnik (MT) é um dos principais fornecedores internacionais de máquinas para concreto e compactação de solo. Símbolo da sofisticação tecnológica alemã, os produtos da marca estão disponíveis em mais de 150 países e a empresa possui filiais em locais como Polônia, Holanda, França, Áustria, EUA e Brasil, no qual o grupo chegou em 1994.

Surgida no imediato pós-guerra, a evolução da empresa é representativa do cenário de desenvolvimento da própria indústria alemã de equipamentos no período, quando o país encontrava-se completamente destruído pela II Guerra Mundial o maior conflito armado da história da humanidade, que ceifou a vida de mais de 50 milhões de pessoas e começou sua reconstrução praticamente a partir do zero.

Em um cenário desolador, os alemães decidiram virar a página mais negra de sua história e passaram a empregar esforços no desenvolvimento de novas tecnologias de alta produtividade, principalmente na área de equipamentos para construção, que se tornaram absolutamente indispensáveis para a reedificação do país. E a Weber MT é um dos resultados desse processo, como conta nesta entrevista exclusiva o presidente da empresa para a América Latina e Sul da África, Carlos Hexsel.

M&T – Como o período pós-guerra na Alemanha estimulou o desenvolvimento do setor e a criação da Weber MT?

Carlos Hexsel: A empresa foi criada em 1952, quando houve um boom de construção (ou reconstrução) na Alemanha, exigindo grande quantidade de equipamentos. Como a maioria dos ativos havia sido destruída ou levada pelos Aliados, restou à engenharia alemã “apenas” a criatividade para desenvolver novas máquinas com alta capacidade de produção. Isso, aliás, explica o nível de qualidade atingido pela indústria de equipamentos da Alemanha atualmente, cenário no qual a Weber MT felizmente se inclui.

M&T – Em qual nicho ela se inclui, especificamente?

Carlos Hexsel: No de equipamentos auxiliares com alto nível de tecnologia, inclusive eletrôn


Entevistado: Carlos Hexse, presidente da empresa Weber Maschinentechnik (MT) para a América Latina e Sul da África.

Fundada em 1952 na cidade de Bad Laasphe, na Alemanha, atualmente a Weber Maschinentechnik (MT) é um dos principais fornecedores internacionais de máquinas para concreto e compactação de solo. Símbolo da sofisticação tecnológica alemã, os produtos da marca estão disponíveis em mais de 150 países e a empresa possui filiais em locais como Polônia, Holanda, França, Áustria, EUA e Brasil, no qual o grupo chegou em 1994.

Surgida no imediato pós-guerra, a evolução da empresa é representativa do cenário de desenvolvimento da própria indústria alemã de equipamentos no período, quando o país encontrava-se completamente destruído pela II Guerra Mundial o maior conflito armado da história da humanidade, que ceifou a vida de mais de 50 milhões de pessoas e começou sua reconstrução praticamente a partir do zero.

Em um cenário desolador, os alemães decidiram virar a página mais negra de sua história e passaram a empregar esforços no desenvolvimento de novas tecnologias de alta produtividade, principalmente na área de equipamentos para construção, que se tornaram absolutamente indispensáveis para a reedificação do país. E a Weber MT é um dos resultados desse processo, como conta nesta entrevista exclusiva o presidente da empresa para a América Latina e Sul da África, Carlos Hexsel.

M&T – Como o período pós-guerra na Alemanha estimulou o desenvolvimento do setor e a criação da Weber MT?

Carlos Hexsel: A empresa foi criada em 1952, quando houve um boom de construção (ou reconstrução) na Alemanha, exigindo grande quantidade de equipamentos. Como a maioria dos ativos havia sido destruída ou levada pelos Aliados, restou à engenharia alemã “apenas” a criatividade para desenvolver novas máquinas com alta capacidade de produção. Isso, aliás, explica o nível de qualidade atingido pela indústria de equipamentos da Alemanha atualmente, cenário no qual a Weber MT felizmente se inclui.

M&T – Em qual nicho ela se inclui, especificamente?

Carlos Hexsel: No de equipamentos auxiliares com alto nível de tecnologia, inclusive eletrônica embarcada. Somos uma empresa familiar, de porte médio, com faturamento mundial de cerca de R$ 150 milhões, na qual Wolfgang Weber, filho do sócio fundador Günter Weber, lidera as operações mundiais, com sede na Alemanha e filiais na Polônia, Holanda, França, Áustria, Estados Unidos e Brasil. Aqui, a filial de Itatiba (SP) foi estabelecida em 1997 para a fabricação e/ou comercialização de cortadores de pisos, acabadoras de superfície, rolos compactadores e torres de iluminação, todos com tecnologia alemã.

M&T – Quando menciona equipamentos auxiliares, a que modelos se refere?

Carlos Hexsel: A Weber MT fabrica equipamentos menores para obras de infraestrutura, que atuam em espaços onde os grandes não conseguem. É o caso dos rolos compactadores o maior da nossa linha tem 1,5 tonelada, que são aplicados para compactação em trechos estreitos. Em uma cabeceira de ponte, por exemplo, o compactador de grande porte atua até certo ponto, mas não alcança os cantos. É aí que o nosso compactador entra, oferecendo a mesma qualidade de compactação do modelo maior. A nossa linha de equipamentos inclui ainda compactadores de percussão, placas vibratórias, cortadores de concreto e de asfalto, vibradores de concreto, bombas submersíveis, motores acionadores, alisadoras de superfície, réguas vibratórias e torres de iluminação, que são uma novidade em nosso portfólio.

M&T – Uma novidade? Como assim?

Carlos Hexsel: Exatamente. Definimos que, nesta época de freada internacional, o foco deve estar voltado para a consolidação da operação brasileira da empresa. E para aumentar nossa atuação nesse mercado, lançamos inclusive novos produtos. As torres de iluminação são um exemplo da estratégia de incremento da nossa linha, sendo que já estamos estudando a possibilidade de sua fabricação nacional. Isso, obviamente, não nos afasta do foco principal do nosso negócio, que é a compactação. Devo destacar, aliás, que a compactação de solos é nossa maior expertise, mas também temos forte atuação em compactação de asfalto para obras urbanas, principalmente nas operações tapa-buraco. Assim, o setor de infraestrutura é o nosso principal cliente. Em grandes obras, como as do Linhão do Madeira, por exemplo, a Toshiba e a Abengoa possuem mais de 200 equipamentos produzidos por nós.

M&T – Hoje, qual é a posição da operação brasileira para o grupo, principalmente considerando o cenário internacional desfavorável?

Carlos Hexsel: É central, sem dúvida. Isso porque, atualmente, o principal mercado mundial da Weber MT é o Brasil, onde faturamos R$ 50 milhões por ano, o que corresponde a um terço do total que a empresa fatura no mundo. Isso demonstra a importância desse mercado para a empresa, motivo pelo qual temos instalações locais nas quais fabricamos 70% dos produtos que vendemos para o país e para a América Latina.

M&T – Mas o mercado brasileiro de infraestrutura, principalmente para compactação, não desacelerou em 2012?

Carlos Hexsel: Sim, mas mesmo assim continua melhor do que os outros onde atuamos. Não podemos deixar de lembrar, contudo, que o mercado efetivamente está bem parado. Inclusive, soube pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) que o mercado para grandes equipamentos está ainda pior que o nosso. No caso dos equipamentos auxiliares, conseguimos resultados um pouco melhores, pois os investimentos na compra de máquinas são menores, o que permite ao locador arriscar um pouco mais. Digo “locador” porque esse setor representa 90% dos nossos clientes, já que as grandes empreiteiras preferem locar equipamentos de pequeno porte, em lugar de comprá-los.

M&T – Há projeções de melhora no mercado de equipamentos auxiliares para 2013?

Carlos Hexsel: Há. Mas temos de ter o pé no chão e lembrar-nos de um detalhe importante: atualmente, o parque de máquinas das empreiteiras e locadoras está grande, o que não nos permite afirmar que haverá demanda por novas compras em 2013. Porém, acredito que os programas de investimentos como o de logística (PAC das Concessões), lançado recentemente pelo governo federal podem sim movimentar o mercado neste ano.  Resta saber se o parque de máquinas obsoletas que temos no mercado será suficiente ou não para atender a demanda.

 

 

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