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Revista M&T - Ed.152 - Novembro 2011
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Manutenção

Quando o dimensionamento faz a diferença

Escolher a mangueira ideal para o sistema hidráulico é uma prática que exige cuidado e especialização, mas que certamente evitará problemas com vazamentos e perda de potência nas máquinas off road

As mangueiras são um dos componentes mais baratos do conjunto hidráulico de equipamentos móveis. Mesmo assim, elas figuram entre os principais causadores de avarias desses sistemas, algo que ocorre, principalmente, por conta do descaso dos gestores de máquinas quanto ao seu dimensionamento e práticas corretas de manutenção.

Escolher o tipo de mangueira adequado para cada sistema da máquina é uma ação que os fabricantes de equipamentos já realizaram na concepção de produtos novos. O problema reside nas peças de reposição, quando nem sempre os gestores de manutenção seguem à risca o que foi estipulado no projeto inicial, recorrendo a componentes sem normalização e com propriedades mecânicas diferentes das necessárias para o sistema.

Para evitar esse erro, os profissionais devem observar alguns parâmetros básicos antes de escolher a mangueira hidráulica para reposição em máquinas pesadas. O primeiro deles é saber qual material será transportado pela mangueira. Também é necessário estipular a pressão máxima de trabalho do sistema, a temperatura desse material e  a temperatura externa do sistema da máquina. Utilizar mangueiras e terminais de um mesmo fabricante é outra condição indicada para o bom funcionamento do sistema, conforme indica a norma regulamentadora SAE J517 – série 100R.

Até chegar ao momento de selecionar a mangueira correta para substituição, todavia, é preciso identificar a avaria no sistema antigo, evitando vazamentos de óleo que podem causar agressões ambientais, reduzir a efetividade do equipamento e colocar em risco a vida dos operadores, já que, dependendo da pressão do circuito hidráulico, um microfuro na mangueira resulta em um jato forte de óleo a pressões capazes de perfurar partes do corpo humano. A melhor forma de saber quando a mangueira hidráulica e seus terminais precisam ser trocados é realizando uma inspeção visual e constante.

O vazamento sempre é uma indicação de que pode haver mangueiras furadas, terminais desgastados e/ou conjuntos de mangueiras montados com terminais já em final de vida útil. Visualmente também é possível verificar se estão ocorrendo trincas ou se há enrijecimento da mangueira, o que pode indicar que o fluído transportado tem temperatura maior ou menor


As mangueiras são um dos componentes mais baratos do conjunto hidráulico de equipamentos móveis. Mesmo assim, elas figuram entre os principais causadores de avarias desses sistemas, algo que ocorre, principalmente, por conta do descaso dos gestores de máquinas quanto ao seu dimensionamento e práticas corretas de manutenção.

Escolher o tipo de mangueira adequado para cada sistema da máquina é uma ação que os fabricantes de equipamentos já realizaram na concepção de produtos novos. O problema reside nas peças de reposição, quando nem sempre os gestores de manutenção seguem à risca o que foi estipulado no projeto inicial, recorrendo a componentes sem normalização e com propriedades mecânicas diferentes das necessárias para o sistema.

Para evitar esse erro, os profissionais devem observar alguns parâmetros básicos antes de escolher a mangueira hidráulica para reposição em máquinas pesadas. O primeiro deles é saber qual material será transportado pela mangueira. Também é necessário estipular a pressão máxima de trabalho do sistema, a temperatura desse material e  a temperatura externa do sistema da máquina. Utilizar mangueiras e terminais de um mesmo fabricante é outra condição indicada para o bom funcionamento do sistema, conforme indica a norma regulamentadora SAE J517 – série 100R.

Até chegar ao momento de selecionar a mangueira correta para substituição, todavia, é preciso identificar a avaria no sistema antigo, evitando vazamentos de óleo que podem causar agressões ambientais, reduzir a efetividade do equipamento e colocar em risco a vida dos operadores, já que, dependendo da pressão do circuito hidráulico, um microfuro na mangueira resulta em um jato forte de óleo a pressões capazes de perfurar partes do corpo humano. A melhor forma de saber quando a mangueira hidráulica e seus terminais precisam ser trocados é realizando uma inspeção visual e constante.

O vazamento sempre é uma indicação de que pode haver mangueiras furadas, terminais desgastados e/ou conjuntos de mangueiras montados com terminais já em final de vida útil. Visualmente também é possível verificar se estão ocorrendo trincas ou se há enrijecimento da mangueira, o que pode indicar que o fluído transportado tem temperatura maior ou menor do que a recomendada para a mangueira instalada.

Cuidados com a limpeza

Lembrando que as mangueiras são o principal ponto de passagem do fluído hidráulico, é necessário atentar-se sempre para os procedimentos de limpeza, para evitar a contaminação do sistema e, consequentemente, graves avarias no equipamento. Nesse caso, a primeira regra de higiene é realizar a troca de mangueiras e terminais sempre em locais livres de poeira.

Quando for descartar a mangueira retirada, realize a proteção somente dos pontos hidráulicos, vedando as entradas com sistema plástico, com roscas ou tampas de metal específicas para essa prática de manutenção. Nunca utilize estopa ou pano para realizar esse procedimento, pois os pequenos fiapos desses materiais podem contaminar o sistema hidráulico. Quando for reutilizar a mangueira retirada, o mesmo processo realizado nos pontos hidráulicos deve ser executado na mangueira também. Então, após retirá-la do sistema, proteja imediatamente os seus dois pontos de saída.

A remoção da mangueira hidráulica resulta, necessariamente, em manuseio de óleo, o que acarreta alguma contaminação da parte externa da mangueira. Novamente, se a ideia é reutilizá-la, pense que essa contaminação não pode ser excessiva. Ou seja, as mangueiras jamais devem ficar totalmente imersas em óleo. A regra vale para todo tipo de mangueira e revestimento, mas as mangueiras comuns, com cobertura de borracha, sofrem maior degradação quando estão em contato permanente com óleo. Dependendo da reação química, elas ficam ressecadas – o que acarretará futuramente em rompimento ou furos – ou ganham um aspecto elástico, o que, igualmente, significa a perda das suas propriedades mecânicas. A limpeza externa da mangueira deve ser realizada com algum tipo de tecido, de preferência que solte poucas partículas.

Na instalação de mangueiras novas o cuidado com a limpeza da sua superfície não é necessário, obviamente. Todavia, o processo pelo qual ela foi armazenada anteriormente poderá influenciar na sua vida útil e até mesmo nas suas propriedades mecânicas. Por isso, o recomendado é que a embalagem original da mangueira hidráulica só seja retirada no momento da instalação no sistema. Também não é recomendado mantê-la em ambientes com alto risco de oxidação, como locais com umidade excessiva. Como regra geral, uma boa prática é armazenar as mangueiras em locais com umidade relativa do ar na casa dos 70% e com baixa incidência de raios ultravioleta (luz solar e fluorescente). As extremidades das mangueiras também devem permanecer fechadas, evitando a contaminação interna por poeira ou até por roedores, que poderão danificar o tubo interno da mangueira ou até entupí-la.

Tipos e aplicações de terminais

O cuidado tomado com o dimensionamento de mangueiras hidráulicas deve ser estendido aos seus terminais de conexão. Há basicamente dois tipos de montagens de terminais, com diversas variações de tamanhos, tipos de roscas e vedações. O primeiro tipo envolve os reutilizáveis (rosqueados), cujo modelo consiste na montagem de uma capa rosqueada sobre a mangueira, sendo necessário descascar parte da cobertura da mangueira para o acoplamento da capa do terminal. Essa prática tem como vantagem a possibilidade de ser realizada sem o uso de ferramentas especiais, o que permite que os mecânicos a executem no próprio canteiro de obras. Todavia, as chances de realizar o procedimento de maneira incorreta são grandes. Afinal, se o descascamento for superior ao comprimento estabelecido pelo fabricante do terminal, ocorrerãofalhas precoces no conjunto montado. Vale lembrar que esse tipo de montagem vem de uma prática antiga, surgida durante a Segunda Guerra Mundial, quando se transportavam as mangueiras em rolos e a montagem era feita no campo para suprir a necessidade do reparo dos veículos quebrados nas frentes de batalha.

Atualmente, os terminais reutilizáveis estão em desuso, dando lugar aos terminais prensados (descartáveis) ou pré-prensados. Já há fabricantes mundiais com atuação no Brasil que oferecem terminal sem qualquer necessidade de descasque (na capa ou por dentro da mangueira). Geralmente, a aplicação deles reduz significativamente o risco de vazamentos, perda de potência e possíveis falhas no sistema hidráulico.

 

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