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Revista M&T - Ed.267 - Setembro 2022
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EMPRESA

Processo de reposicionamento

Angariando bons resultados no mercado brasileiro, a Metso Outotec amplia os investimentos em práticas sustentáveis para se tornar ainda mais forte em seu segmento

Formada há pouco mais de dois anos a partir da fusão das empresas finlandesas Metso Minerals e Outotec, ocorrida em julho de 2020, a Metso Outotec vem desde então registrando resultados positivos ao redor do mundo, superando já de saída o desafio de ter surgido em meio à pandemia e, agora, às adversidades geradas pela guerra na Ucrânia.

Segundo o vice-presidente de vendas e serviços para o Brasil, Marcelo Motti, a empresa não sentiu os efeitos da pandemia em seus negócios, diferentemente de outras áreas e empresas, registrando até mesmo crescimento no período. “Em 2020, registramos um crescimento de dois dígitos no mercado brasileiro, assim como ocorreu no ano anterior”, afirma. “Para 2022, devemos ter novamente um avanço consistente de dois dígitos, acima de 20%.”

De acordo com o relatório global divulgado pela empresa, os pedidos recebidos no 1º semestre do ano aumentaram 23%, chegando a 3 bilhões de euros, enquanto as vendas cresceram 27%, para 2,4 bilhões de euros. De janeiro a junho, o EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) ajustado aumentou para 312 milhões de euros, ou 12,7% das vendas realizadas no período.

Já o lucro operacional foi de 127 milhões de euros, ou 5,1% das vendas, incluindo 150 milhões de euros de encargos não-recorrentes relacionados com a queda dos negócios na Rússia, ao passo que o fluxo de caixa das operações foi de 89 milhões de euros.

No entanto, por ser uma empresa recente, gestada em um período conturbado e de forma remota, o foco agora é tornar a marca e seu portfólio mais conhecidos nos setores de atuação, reforçando o posicionamento.

“De fato, esse é um grande desafio, pois exige um esforço expressivo para posicionar o nome da empresa de forma rápida”, comenta Macarena Vallejo, diretora de comunicação e marketing para a América do Sul. “É um processo de maturação [para o mercado] entender que somos uma no


Formada há pouco mais de dois anos a partir da fusão das empresas finlandesas Metso Minerals e Outotec, ocorrida em julho de 2020, a Metso Outotec vem desde então registrando resultados positivos ao redor do mundo, superando já de saída o desafio de ter surgido em meio à pandemia e, agora, às adversidades geradas pela guerra na Ucrânia.

Segundo o vice-presidente de vendas e serviços para o Brasil, Marcelo Motti, a empresa não sentiu os efeitos da pandemia em seus negócios, diferentemente de outras áreas e empresas, registrando até mesmo crescimento no período. “Em 2020, registramos um crescimento de dois dígitos no mercado brasileiro, assim como ocorreu no ano anterior”, afirma. “Para 2022, devemos ter novamente um avanço consistente de dois dígitos, acima de 20%.”

De acordo com o relatório global divulgado pela empresa, os pedidos recebidos no 1º semestre do ano aumentaram 23%, chegando a 3 bilhões de euros, enquanto as vendas cresceram 27%, para 2,4 bilhões de euros. De janeiro a junho, o EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) ajustado aumentou para 312 milhões de euros, ou 12,7% das vendas realizadas no período.

Já o lucro operacional foi de 127 milhões de euros, ou 5,1% das vendas, incluindo 150 milhões de euros de encargos não-recorrentes relacionados com a queda dos negócios na Rússia, ao passo que o fluxo de caixa das operações foi de 89 milhões de euros.

No entanto, por ser uma empresa recente, gestada em um período conturbado e de forma remota, o foco agora é tornar a marca e seu portfólio mais conhecidos nos setores de atuação, reforçando o posicionamento.

“De fato, esse é um grande desafio, pois exige um esforço expressivo para posicionar o nome da empresa de forma rápida”, comenta Macarena Vallejo, diretora de comunicação e marketing para a América do Sul. “É um processo de maturação [para o mercado] entender que somos uma nova companhia.”

Até porque, segundo Motti, a sobreposição de produtos com a fusão foi muito reduzida. “A Metso sempre foi forte em processamento a seco, incluindo britagem, peneiramento e até moagem, enquanto a Outotec se destaca mais na parte úmida, como flotação e filtragem”, comenta. “Ou seja, hoje elas se complementam.”

CENÁRIO

Mesmo com resultados favoráveis, a pandemia também trouxe algumas restrições à empresa, especialmente em relação à disponibilidade de matéria-prima, mas a surpresa mais impactante para os negócios se deu com a guerra no coração da Europa, que já dura sete meses.

Como um dos maiores players em óleo & gás e mineração, a Rússia é um mercado de extrema importância para a empresa, observa Motti, sendo que vários projetos em andamento foram abruptamente interrompidos, o que pode interferir no desempenho futuro. “Ao mesmo tempo, estamos experimentando um crescimento em outras regiões”, contrapõe o executivo.

Nessa linha, ele avalia que a América do Sul está vivendo um cenário positivo, pois países que compravam commodities da Rússia agora estão buscando alternativas em regiões como Brasil, Chile e Peru. “No geral, tanto a pandemia quanto a guerra trouxeram um efeito colateral positivo do ponto de vista do negócio, não humanitário”, complementa.

O Brasil, por exemplo, produz commodities como celulose, grãos, minério de ferro, ouro e, em menor escala, cobre. E essas produções, ressalta Motti, não foram afetadas pela guerra, trazendo uma situação positiva para o país.

“Olhando para outros países da América do Sul, como Chile e Peru, que são grandes produtores de cobre, vemos que também registram crescimento não só de novos projetos, como ainda de produção e serviços, incluindo consumo de componentes e peças para produzir mais com o mesmo ativo”, ele aponta, citando que a demanda de eletrificação no mundo também não parou por conta da guerra.

“O grande desafio é garantir a disponibilidade de produtos e matérias-primas, pois os fornecedores estão ‘sobrevendidos’, tanto no Brasil quanto em outros países.”

Motti: desafios no fornecimento global

SUSTENTABILIDADE

Em outra frente, Motti avalia que o ESG é um caminho sem volta. Segundo o executivo, a pauta deixou de ser um mero conjunto de letras, tornando-se algo vital para as empresas, mas faz uma ressalva. “A jornada ESG não terá futuro sem sustentabilidade financeira”, ele sublinha. “O conceito tem de estar ligado ao resultado financeiro, ao negócio da empresa.”

Segundo o executivo, as diretrizes do ESG podem ser divididas em três pontos relevantes dentro da empresa. Primeiro, falar em sustentabilidade ambiental significa algo bem mais amplo. “Não é de hoje que estamos trabalhando com o objetivo de reduzir o uso de insumos importantes como água e energia”, afirma.

Prova disso é que a Metso Outotec, assegura Motti, conta com diversos produtos que não nasceram da “onda ESG”, mas que há tempos já estão totalmente alinhados à pegada de redução no consumo de insumos, por exemplo. “Isso inclui moinhos verticais que fazem o processo de moagem com muito menos energia, além de britadores com tecnologia avançada e automação 4.0 que trazem melhor eficiência energética às operações”, ele cita.

O segundo aspecto, prossegue o vice-presidente, é oferecer condições para que as comunidades possam se desenvolver. Dessa maneira, a Metso Outotec atua como mantenedora de projetos como o ‘Pescar’, voltado à capacitação de jovens em situação de vulnerabilidade social e ampliação de oportunidades de inserção no mercado de trabalho.

O projeto contempla a capacitação de adolescentes e jovens, visando sua inserção, manutenção e ascensão no mundo do trabalho. “Atualmente, temos diversos funcionários que vieram desse projeto”, ele revela.

A terceira dimensão do ESG trabalhada pela fabricante abrange a igualdade de gênero e a reabilitação profissional, ampliando a presença feminina em diversos cargos da empresa e, ainda, a inserção de profissionais PcDs. “Trata-se de um processo de médio a longo prazo, mas a Metso Outotec vem implementando avanços, de acordo com a realidade e as oportunidades de cada país em que atua”, comenta Macarena.

Vallejo: detalhes fazem a diferença no ESG

Segundo ela, mesmo pequenas iniciativas contribuem para a prática ESG, citando como exemplo a implementação de painéis solares em regiões com abundância de luz solar, como ocorre em Arequipa, no Peru, e em Antofagasta, no Chile, cidades que contam com diversos centros de serviços da Metso Outotec, evitando assim o consumo excessivo de energia elétrica.

“É preciso atentar-se aos detalhes e, dessa forma, elaborar projetos que podem até ser simples, mas que não abusam dos recursos naturais e, assim, contribuem para as gerações futuras e o futuro do planeta”, arremata.

Saiba mais:
Metso Outotec:
www.mogroup.com/pt

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