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Revista M&T - Ed.205 - Setembro 2016
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Compactos

Por um lugar ao sol

Apesar do baixo volume de vendas, fabricantes de equipamentos compactos mantêm a importação de produtos, de olho em um mercado tão cíclico quanto promissor

A retomada dos leilões para concessões na área de infraestrutura, prevista para o fim deste ano, pode contribuir para alavancar as vendas de equipamentos compactos nos canteiros de obras brasileiros. Historicamente, os chamados miniequipamentos se destacam neste nicho de mercado por alinharem baixo consumo de combustível, potência e versatilidade a uma operação mais fácil, rápida e de manutenção simples. “O Brasil possui um histórico de investimento em equipamentos compactos que se iniciou há algumas décadas”, avalia Marcelo Prado Ritter, sales & marketing coordinator da Ammann Latin America. “E é notável o aumento da demanda por estes equipamentos, apesar da queda ocorrida nos últimos anos.”

Com olhar otimista, Ritter comenta que especialmente um dos produtos da marca – a minipavimentadora de asfalto AFW 150-2G – tem chances de aumentar sua presença nos canteiros brasileiros nos próximos anos, seja na instalação ou reparo de cabos, calçadas e ciclovias, dentre outras obras urbanas. Segundo ele, esse tipo de equipamento é muito cobiçado por pequenas e grandes construtoras, locadoras e empreiteiros. E os motivos para isso são significativos. “Os ganhos de produtividade obtidos com o uso dessa tecnologia podem ser da ordem de 67% em relação ao método tradicional de execução dessas atividades”, garante o executivo, destacando ainda que, em razão do melhor rendimento em trabalhos desenvolvidos e da aplicação dos recursos, são produtos que os órgãos públicos necessitam para realizar pequenas obras. “O trânsito intenso nas grandes metrópoles e o cumprimento de prazos favorecem a ampliação da oferta deste tipo de equipamento no mercado, ajustada a essa realidade”, pondera o executivo.

Competindo na mesma categoria de produtos, a fabricante Doosan Infracore avalia que – especialmente no Brasil – a principal vantagem dos miniequipamentos é suprir a falta de mão de obra qualificada nesse nicho de mercado. “Uma máquina compacta muitas vezes substitui a necessidade de cinco ou seis operários com apenas um operador”, compara Afonso Leonel Candido de Oliveira Filho, machine sales supervisor da marca.

Na avaliação do executivo, o empuxo vivido pelo mercado de equipamentos compactos nos últimos anos foi prop


A retomada dos leilões para concessões na área de infraestrutura, prevista para o fim deste ano, pode contribuir para alavancar as vendas de equipamentos compactos nos canteiros de obras brasileiros. Historicamente, os chamados miniequipamentos se destacam neste nicho de mercado por alinharem baixo consumo de combustível, potência e versatilidade a uma operação mais fácil, rápida e de manutenção simples. “O Brasil possui um histórico de investimento em equipamentos compactos que se iniciou há algumas décadas”, avalia Marcelo Prado Ritter, sales & marketing coordinator da Ammann Latin America. “E é notável o aumento da demanda por estes equipamentos, apesar da queda ocorrida nos últimos anos.”

Com olhar otimista, Ritter comenta que especialmente um dos produtos da marca – a minipavimentadora de asfalto AFW 150-2G – tem chances de aumentar sua presença nos canteiros brasileiros nos próximos anos, seja na instalação ou reparo de cabos, calçadas e ciclovias, dentre outras obras urbanas. Segundo ele, esse tipo de equipamento é muito cobiçado por pequenas e grandes construtoras, locadoras e empreiteiros. E os motivos para isso são significativos. “Os ganhos de produtividade obtidos com o uso dessa tecnologia podem ser da ordem de 67% em relação ao método tradicional de execução dessas atividades”, garante o executivo, destacando ainda que, em razão do melhor rendimento em trabalhos desenvolvidos e da aplicação dos recursos, são produtos que os órgãos públicos necessitam para realizar pequenas obras. “O trânsito intenso nas grandes metrópoles e o cumprimento de prazos favorecem a ampliação da oferta deste tipo de equipamento no mercado, ajustada a essa realidade”, pondera o executivo.

Competindo na mesma categoria de produtos, a fabricante Doosan Infracore avalia que – especialmente no Brasil – a principal vantagem dos miniequipamentos é suprir a falta de mão de obra qualificada nesse nicho de mercado. “Uma máquina compacta muitas vezes substitui a necessidade de cinco ou seis operários com apenas um operador”, compara Afonso Leonel Candido de Oliveira Filho, machine sales supervisor da marca.

Na avaliação do executivo, o empuxo vivido pelo mercado de equipamentos compactos nos últimos anos foi propiciado pelo mercado de locação. “O mercado de compactos vem crescendo muito por meio da locação, em razão da grande versatilidade dos equipamentos e do seu baixo custo de manutenção”, diz. Além disso, como ressalta o especialista, o retorno financeiro é considerável para microempreendedores individuais (MEI) e microempresas (ME), que têm condições de mecanizar sua operação com custo menor de funcionários. Além dessas, concessionárias públicas como Comgás, Sabesp e as companhias de telefonia também têm demanda para esse tido de equipamento. “Sem dúvida, o potencial é grande para o setor com a retomada da economia brasileira”, enfatiza o executivo.

PERSISTÊNCIA

Pelos cálculos de Alison Brandes, diretor de vendas e marketing da britânica JCB, a demanda atual por miniequipamentos representa entre 10% e 15% do volume total de máquinas comercializadas pela empresa. Segundo ele, todas as marcas importam os produtos da Europa ou dos Estados Unidos, até em razão do baixo volume obtido no mercado brasileiro. “Obviamente, todos os fabricantes que importam esse tipo de equipamento passam por uma fase nebulosa”, afere. “Contudo, está nos planos da JCB manter essa linha atualizada, independentemente das condições de mercado e do câmbio.”

Para a JCB, outra importante razão para manter a comercialização de miniequipamentos no país é o fato de as obras de infraestrutura, saneamento e telefonia, por exemplo, demandarem uma grande variedade de modelos. Mais que isso, seja na construção, manutenção ou reforma das cidades, as minis são essenciais para reduzir o impacto ao meio ambiente e – como cita Oliveira, da Doosan – otimizar a mão de obra. “Sem dúvida, quando um órgão público ou empresa opta pelos equipamentos compactos de baixa manutenção, desonera-se significativamente a folha de pagamento e os custos trabalhistas”, exemplifica Brandes.

Expandindo a análise, Oliveira enfatiza que a demanda por este tipo de equipamento compacto pode ser favorecida com a retomada da economia brasileira. “Há uma demanda reprimida, até em razão de as empresas estarem muito focadas na aquisição de equipamentos acima de 14 toneladas”, comenta.

A mesma opinião é compartilhada por Ritter, da Ammann. Segundo ele, muitas obras ainda são executadas com equipamentos de pequeno ou mesmo médio porte, quando o mais indicado – em termos técnicos – seria a utilização das minis. Essa decisão, porém, acarreta aumento dos custos, sendo que ainda persiste principalmente devido à inexistência de normas específicas para a aplicação do maquinário. “Com normas atualizadas e fiscalização do cumprimento dos requisitos do projeto, a demanda por equipamentos compactos estaria em outro patamar”, diz. “Provavelmente, o aumento no volume levaria à redução no preço deste tipo de equipamento, aumentando os lotes de importação e, até mesmo, viabilizando uma futura nacionalização das linhas.”

O fato é que, enquanto isso não acontece, as empresas trabalham de forma alternativa (mas constante) para demonstrar as vantagens intrínsecas da aquisição de um equipamento compacto. “No caso da pavimentação, as novas tecnologias e tendências apontam para operações mais eficazes e econômicas, manutenção facilitada e excelência nos resultados. Ou seja, tudo o que as minis oferecem ao usuário”, finaliza Brandes.

 

 

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