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Revista M&T - Ed.123 - Abril 2009
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Equipamentos rodoviários

Pequenos mas eficientes

Nem só de usinas de asfalto, de vibroacabadoras e rolos compactadores se compõe uma frota mobilizada em obras de pavimentação, já que uma grande quantidade de equipamentos menores provê o apoio necessário às diversas etapas do serviço


É do conhecimento de todos os profissionais do setor que os equipamentos de pequeno porte conquistaram o mercado brasileiro devido a sua versatilidade na execução de obras que antes só eram realizadas por máquinas maiores. Extremamente flexíveis para trabalhar com uma grande quantidade de implementos, as minicarregadeiras adquirem variadas funções numa mesma obra e, além carregar materiais, podem transportar a betoneira ao local de concretagem, movimentar materiais paletizados, abrir valas, perfurar o solo ou limpar a área com o uso de vassoura, entre outras aplicações.

Com isso, elas proporcionam alta produtividade à empreiteira, com uma taxa de utilização elevada, reduzindo os custos com sua mobilização. Por esse motivo, as minicar regadeiras já registram os maiores índices de crescimento de vendas no setor de equipamentos para construção, com uma expansão de 58% em 2008, quando o mercado contabilizou o ingresso de mais de 1.000 unidades novas em operação no País.

Quando o serviço envolve uma obra de tapa-buraco ou recapeamento viário, então, sua versatilidade permite mobilizá-la em várias etapas do processo construtivo, desde a remoção da capa asfáltica com o uso de uma fresa como implemento, até a limpeza da superfície com vassouras e o acoplamento de rolos para a compactação. “É preciso lembrar que uma obra de recapeamento normalmente não ultrapassa a largura de 7 m e registra um avanço médio de 4 km/dia, o que torna os equipamentos menores totalmente aptos a realizar esse trabalho”, afirma Pedro da Cunha Pedrosa, diretor da Promáquinas, que comercializa equipamentos para obras rodoviárias.

Sinalização horizontal

Como exemplo da eficiência dos equipamentos compactos no apoio a obras desse tipo, ele cita as demarcadoras de asfalto oferecidas por sua empresa. “Essa máquina autopropelida de pequeno porte pinta mais de 6 km/dia de faixas em pista de rodovia, compreendendo a marcação do eixo central em linha simples ou dupla na cor amarela, além das bordas do lado esquerdo e direito e das linhas contínuas de cor branca.”

Pedrosa ressalta que, quando comparadas com os caminhões de pintura de grande porte, essas demarcadoras menores apresentam um custo relativamente baixo, já que dependem basicamente de um operador e de dois ajudantes na parte ex



É do conhecimento de todos os profissionais do setor que os equipamentos de pequeno porte conquistaram o mercado brasileiro devido a sua versatilidade na execução de obras que antes só eram realizadas por máquinas maiores. Extremamente flexíveis para trabalhar com uma grande quantidade de implementos, as minicarregadeiras adquirem variadas funções numa mesma obra e, além carregar materiais, podem transportar a betoneira ao local de concretagem, movimentar materiais paletizados, abrir valas, perfurar o solo ou limpar a área com o uso de vassoura, entre outras aplicações.

Com isso, elas proporcionam alta produtividade à empreiteira, com uma taxa de utilização elevada, reduzindo os custos com sua mobilização. Por esse motivo, as minicar regadeiras já registram os maiores índices de crescimento de vendas no setor de equipamentos para construção, com uma expansão de 58% em 2008, quando o mercado contabilizou o ingresso de mais de 1.000 unidades novas em operação no País.

Quando o serviço envolve uma obra de tapa-buraco ou recapeamento viário, então, sua versatilidade permite mobilizá-la em várias etapas do processo construtivo, desde a remoção da capa asfáltica com o uso de uma fresa como implemento, até a limpeza da superfície com vassouras e o acoplamento de rolos para a compactação. “É preciso lembrar que uma obra de recapeamento normalmente não ultrapassa a largura de 7 m e registra um avanço médio de 4 km/dia, o que torna os equipamentos menores totalmente aptos a realizar esse trabalho”, afirma Pedro da Cunha Pedrosa, diretor da Promáquinas, que comercializa equipamentos para obras rodoviárias.

Sinalização horizontal

Como exemplo da eficiência dos equipamentos compactos no apoio a obras desse tipo, ele cita as demarcadoras de asfalto oferecidas por sua empresa. “Essa máquina autopropelida de pequeno porte pinta mais de 6 km/dia de faixas em pista de rodovia, compreendendo a marcação do eixo central em linha simples ou dupla na cor amarela, além das bordas do lado esquerdo e direito e das linhas contínuas de cor branca.”

Pedrosa ressalta que, quando comparadas com os caminhões de pintura de grande porte, essas demarcadoras menores apresentam um custo relativamente baixo, já que dependem basicamente de um operador e de dois ajudantes na parte externa para fazer as pré marcações. “A diferença é que os caminhões grandes têm obviamente uma autonomia até quatro vezes maior, o que os capacita a atuar em obras mais extensas, como a pintura de novas pistas ou projetos maiores de recapeamento”, ele avalia.

Se equipamentos desse tipo revelam-se indispensáveis na hora de executar o acabamento para a entrega da pista para o tráfego, outras máquinas de apoio desempenham função igualmente importante, embora sejam pouco valorizadas. É o caso do equipamento usado para remover a pintura do pavimento em substituição ao método de queima, que acaba deixando marcas na superfície. “Além disso, esse método altera as propriedades do asfalto e compromete seu desempenho, uma vez que deixa a pista escorregadia”, pondera Roberto Molina, diretor comercial da Lavrita.

Especializada em equipamentos e sistemas para limpeza em mineração, siderurgia, construção pesada e indústrias em geral, sua empresa desenvolveu um equipamento específico para remover a sinalização horizontal em rodovias com o objetivo de eliminar os efeitos de degradação provocados pela queima da pintura. “Ele trabalha com uma espécie de enceradeira de 1 m de diâmetro, com 60 bicos rotativos, exercendo uma pressão de 2.000 kg sobre a área na qual se desloca e, dessa forma, arranca a camada superficial da pista com a pintura, sem afetar as propriedades químicas do asfalto”, diz Molina.

Ganho de custo

Para a Equipav, especializada em obras de rodovias, esses equipamentos muito específicos contribuem para aumentar a eficiência na execução de atividades exclusivas desse segmento da construção. Na opinião de Wellington Wolff Conti, gerente da área rodoviária da construtora, o destaque fica mesmo com as minicarregadeiras, que, entre outras atividades, pode ser mobilizadas na remoção da capa asfáltica em serviços leves de recapeamento, com o uso de uma fresa como implemento. “Trata-se de uma alternativa boa para obras em pequenos trechos”, ele ressalta.

O especialista explica que os equipamentos tradicionalmente usados nesses serviços são as fresadoras de 500 mm, mas como elas são escassas no mercado brasileiro, muitas empresas acabam mobilizando fresadoras maiores para executar pequenos reparos de pista. “Ao substituirmos uma fresadora pela minicarregadeira com esse implemento, eliminamos a necessidade de adquirir um equipamento para trabalhos tão específicos e, além dessa economia, o custo de operação é bem menor”, analisa Conti.

Exemplos como esse, de flexibilidade na aplicação do equipamento, motivam a Tracbel a apostar nas máquinas compactas como um segmento com grande potencial de crescimento. Luiz Gustavo Pereira, vice-presidente da distribuidora, que representa os equipamentos da Volvo Construction, acredita que as vendas de minicarregadeiras devem saltar de 120 unidades, em 2008, para cerca de 250 unidades este ano “Essa linha de máquinas, juntamente com as retroescavadeiras e miniescavadeiras recém-lançadas pela  Volvo, deve contribuir para impulsionar nossos negócios este ano”, ele avalia.

Substituindo os compactadores

Outra aplicação para as minis em operações de tapa-buraco e em pequenas recuperações de pavimento é a compactação, conforme explica Conti, da Equipav. Com o uso de um rolo vibratório acoplado ao equipamento, elas substituem os compactadores convencionais em serviços de terraplenagem e restauração de pistas asfaltadas. Devido às dimensões compactas das minicarregadeiras e de suas ferramentas, há a vantagem adicional de que o trabalho pode ser realizado em locais apertados, onde compactadores maiores poderiam encontrar dificuldade de acesso.

Praticamente todos os fabricantes de minicarregadeiras oferecem essa ferramenta como opcional para os clientes. No caso da Bobcat, por exemplo, ele está disponível em modelos com cilindro liso ou do tipo
pé-de-carneiro, para aplicação em qualquer modelo da marca, que engloba equipamentos de 1,3 t a 4 t de peso operacional. De acordo com a Comingersoll, que distribui esses equipamentos no Brasil, um sistema de tambores oscilantes ajuda a manter o rolo em contato permanente com o solo, conferindo maior eficiência ao serviço.

Os rolos para aplicação nas minis Bobcat são oferecidos em modelos de 150 cm e 193 cm de largura total, exercendo um peso de 733 kg e 863 kg, no caso da versão com cilindro liso. O implemento menor opera na faixa de 2.936 a 3.524 vibrações por minuto (vpm), enquanto o maior atinge entre 2.350 e 3.391 vpm. Com isso, o primeiro exerce um efeito dinâmico de 2.904 a 4.182 kg e o outro se situa na faixa de 2.086 a 4.349 kg, segundo dados da Comingersoll.

Restrições ao peso

Dependendo das condições de solo ou de projeto, entretanto, nem mesmo as compactas minicarregadeiras figuram como uma alternativa viável, mesmo em obras menores. “Os compactadores manuais, por exemplo, são sempre usados durante as execuções de drenagens até uma altura de segurança. Depois, se for possível, finalizamos o serviço com rolos compactadores ou com as minis”, diz Conti.

Ele explica que a execução de aterro após um serviço de drenagem, inclusive na construção de encontros e pontes e viadutos, deve necessariamente empregar compactadores manuais, já que a estrutura, nesses
casos, não está preparada para suportar a operação de máquinas mais pesadas. “Além disso, esses mesmos compactadores mecânicos de pequeno porte são usados para fazer a lateral das linhas de tubo e o entorno das linhas de passagem.”
 
Completando a lista de equipamentos compactos mobilizados pela Equipav em obras viárias, Conti cita ainda os geradores de pequeno porte usados para suprir a demanda de energia de instalações como usinas de solos e de asfalto. “Em geral, trabalhamos com geradores equipados com motores de 150 cv a 280 cv, que são suficientes para atender a operação dos nossos equipamentos”, ele ressalta.

Situações especiais

Os pequenos geradores também se fazem necessários quando a obra precisa prosseguir durante o período noturno e surge a necessidade de instalar sistemas de iluminação no canteiro. Essa demanda é pouco usual em obras viárias e de rodovias, mas costuma ocorrer nos projetos com cronograma apertado ou que estejam em implantação em locais com grande concentração de tráfego, onde a execução das obras torna-se viável apenas nos horários noturnos. “Nesses casos, usamos geradores com motor de 40 cv a 60 cv de potência.”

Conti ressalta que a lista de equipamentos compactos para apoio a uma obra viária é extensa e inclui até mesmo bombas d’água, indispensáveis em terrenos com o nível de lençol freático elevado, onde se torna necessário o recalque de muita água para a realização do serviço. “Costumamos operar com bombas de porte reduzido, com tubulações de 2,5" a 3" de diâmetro, que fornecem a vazão necessária para encher o caminhão pipa com a água captada dos lençóis freáticos e também para suprir o canteiro com a água necessária”, diz. O detalhe, nesse caso, é que a água captada do solo é reaproveitada para a produção do concreto necessário para a obra.

A lista dos equipamentos compactos utilizados pela construtora conta ainda com valetadeiras, empregadas para a abertura de valas necessárias à instalação de dutos de pequeno diâmetro. “Se a demanda é para a instalação de fibra ótica, elas apresentam uma alta produtividade, mas não são indicadas para a abertura de valas maiores, como as necessárias para a instalação de redes pluviais”, explica Conti.

Ele cita ainda as vassouras mecânicas, necessárias para a limpeza do pavimento antes da aplicação da camada betuminosa, que também podem ser adquiridas como implemento das minicarregadeiras. Somando esses equipamentos, o especialista avalia que a Equipav opera com uma frota de cerca de 150 unidades de pequeno porte para apoio às obras. “Isso sem contar as alugadas, que devem totalizar uma quantidade um pouco menor que o nosso parque próprio.” Vale ressaltar que, fazendo as contas, o número equivale ao tamanho da frota de equipamentos de maior porte da construtora, como escavadeiras, caminhões e rolos compactadores, que soma cerca de 350 unidades.

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