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Revista M&T - Ed.237 - Setembro 2019
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Financiamento

Opções para a renovação da frota

Com maior restrição ao crédito do BNDES, instrumentos financeiros avançam no segmento de bens de capital por meio de instituições comerciais, bancos de fábrica e agências de fomento
Por Marcelo Januário (Editor)

Especificamente no que se refere ao mercado de bens de capital para uso na construção e na mineração, a desinformação sobre o acesso a linhas de financiamento – seja de bancos públicos ou privados – é outra dificuldade que se antepõe ao eventual tomador de crédito, que já sofre com as limitações – e exigências – trazidas pela crise econômica ao sistema financeiro nacional, como vimos nas páginas anteriores.

De acordo com o já citado estudo da Fiesp sobre o acesso ao crédito do BNDES – ainda a principal fonte de captação de recursos para as empresas, com o Finame à frente –, “as empresas que pretendem obter crédito (...) precisam enfrentar diversos obstáculos e tentativas de restrição ao crédito, tanto antes da aprovação quanto depois, na fase de operacionalização do crédito”, endossa o documento, que é assinado pelo diretor do Departamento de Economia, Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da entidade, José Ricardo Roriz Coelho.

É neste quadro que despontam no país as alternativas de crédito, aumentando a oferta de produtos direcionados a este mercado por agentes financeiros. Hoje, essas opções passam por bancos de fábrica, instituições comerciais, operadoras e agências de fomento, dentre outras, que não perdem o setor de vista pelo imenso potencial – devido ao alto valor agregado movimentado em bens, insumos e serviços para capital de giro ou investimento – que ele representa para a alocação de recursos. “Com o final da operação de Finame TJLP (que apresentava variação trimestral da taxa), dando lugar ao Finame TLP (que possui indexador flutuante, com variação mensal), o BNDES vem balizando suas linhas de financiamento com a atual realidade de mercado”, avalia Wagner


Especificamente no que se refere ao mercado de bens de capital para uso na construção e na mineração, a desinformação sobre o acesso a linhas de financiamento – seja de bancos públicos ou privados – é outra dificuldade que se antepõe ao eventual tomador de crédito, que já sofre com as limitações – e exigências – trazidas pela crise econômica ao sistema financeiro nacional, como vimos nas páginas anteriores.

De acordo com o já citado estudo da Fiesp sobre o acesso ao crédito do BNDES – ainda a principal fonte de captação de recursos para as empresas, com o Finame à frente –, “as empresas que pretendem obter crédito (...) precisam enfrentar diversos obstáculos e tentativas de restrição ao crédito, tanto antes da aprovação quanto depois, na fase de operacionalização do crédito”, endossa o documento, que é assinado pelo diretor do Departamento de Economia, Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da entidade, José Ricardo Roriz Coelho.

É neste quadro que despontam no país as alternativas de crédito, aumentando a oferta de produtos direcionados a este mercado por agentes financeiros. Hoje, essas opções passam por bancos de fábrica, instituições comerciais, operadoras e agências de fomento, dentre outras, que não perdem o setor de vista pelo imenso potencial – devido ao alto valor agregado movimentado em bens, insumos e serviços para capital de giro ou investimento – que ele representa para a alocação de recursos. “Com o final da operação de Finame TJLP (que apresentava variação trimestral da taxa), dando lugar ao Finame TLP (que possui indexador flutuante, com variação mensal), o BNDES vem balizando suas linhas de financiamento com a atual realidade de mercado”, avalia Wagner Venâncio, gerente comercial do Banco CNH Industrial para o segmento de construção.

“Em contrapartida, os bancos comerciais e de fábrica vêm ocupando este espaço, oferecendo taxas mais atrativas e tornando viável a renovação de frota do país.”

BANCO CNHi

Com prazos de até 60 meses, o Banco CNH Industrial aposta em soluções da Linha Amarela no agronegócio

Aliás, as opções começam com o próprio Banco CNH Industrial. Já com 20 anos de atuação no mercado brasileiro, o segmento de serviços financeiros da fabricante dispõe de opções de financiamento para todas as máquinas e equipamentos de construção das marcas Case CE e New Holland Construction, além de implementos de outras marcas.

Além das modalidades de crédito subsidiadas pelo BNDES, como o Finame – que utiliza indexador fixo (NTN-B), mais indexador flutuante (IPCA) –, a instituição também oferece a opção de CDC (Crédito Direto ao Consumidor), podendo chegar a até 100% do valor do bem. “Atualmente, 80% de nossos financiamentos estão concentrados em recursos próprios (CDC), sendo que há dois anos 60% envolviam as linhas de repasse do BNDES”, compara Venâncio.

Os prazos do Banco CNH Industrial variam de 6 a 60 meses, dependendo da modalidade de crédito escolhida. “O principal benefício desse financiamento é contar com uma equipe de campo especializada, disponível nas concessionárias das marcas em todo o país”, afirma. “Isso garante um acompanhamento especializado durante todo o processo de contratação do crédito, além de agilidade na liberação do recurso.”

Ao utilizar as linhas de financiamento para a aquisição de bens de capital, diz ele, o empresário do mercado de construção pode aportar os recursos em outras frentes de trabalho. “Isto torna o financiamento uma excelente oportunidade de aquisição de bens, fazendo com que o bem adquirido pague as parcelas do financiamento com a produção gerada”, acresce Venâncio.

Com aproximadamente 220 consultas por mês, historicamente o índice de financiamentos executados pelo banco chega a 65% de todos os bens vendidos pelas marcas do grupo. “No segmento de construção, nossa carteira atual chega a 731 milhões de reais, com liberação mensal na ordem de 27 milhões de reais”, informa o gerente, destacando que os setores de locação e agrícola são compradores de peso. “A agricultura vem buscando aquisições para movimentação de grãos ou até mesmo para [realização de] curva de nível”, exemplifica.

Nas suas projeções, o executivo acredita que o setor da construção se recuperará em breve, juntando-se aos setores mais aquecidos. “Já em 2018, com a retomada da confiança no cenário econômico, as vendas chegaram a 12.500 máquinas, de modo que a estimativa de crescimento para 2019 é muito positiva”, vislumbra.

BANCO JOHN DEERE

Na John Deere, a divisão de construção iniciou operações no país em 2012 já com o apoio do Banco John Deere, que oferece linhas de recursos próprios, como CDC, além de repasses dos recursos do BNDES específicos para clientes que adquirem equipamentos de construção da marca para atividades agrícolas. “Oferecemos financiamentos em até oito anos para os programas Pronaf e Pronamp, além da linha Finame BK, com taxa variável atrelada à TLP”, explica Sérgio Moreira, diretor do Banco John Deere. “Seguimos as regras do programa para essas operações de repasse do BNDES, que por vezes demandam um percentual obrigatório de entrada.”

Incluindo recursos próprios e repasses, a oferta do Banco John Deere também inclui financiamento em dólar

Com uma carteira acima de 8 bilhões de reais, o portfólio também inclui produtos de financiamento em dólar para clientes que possuem receitas em moeda estrangeira. E, mais recentemente, passou a incluir uma linha específica para o financiamento de peças e serviços para clientes de construção, facilitando o acesso à compra de peças originais, bem como o financiamento de reformas, adequando os pagamentos ao fluxo de caixa do cliente. “O banco oferece taxas a partir de 0% ao mês, conforme as condições comerciais, mix de entrada e prazo, que pode chegar a 60 meses”, relata Moreira.

“Para a linha de recursos próprios, há uma análise de entrada e prazo, que varia de acordo com o porte e fluxo de caixa do cliente.”
Visando a mitigar possíveis restrições, o Banco John Deere realiza visitas prévias ao potencial cliente. “Isso traz um maior entendimento sobre o negócio do cliente, auxiliando-nos a ser mais assertivos em nossa decisão de crédito”, diz o diretor, destacando ainda que o banco já dobrou as contratações no ano fiscal de 2019. “O melhor ainda está por vir, principalmente por conta do reaquecimento da infraestrutura no país.”

BANCO KOMATSU

Há cerca de três anos, a Komatsu investiu 100 milhões de reais para ofertar soluções financeiras aos clientes da marca nos setores de construção, mineração e florestal, incluindo financiamento de máquinas, peças e serviços. “O fim do programa PSI foi um marco na mudança do mix de produtos financeiros que suportavam a indústria”, posiciona Laerte Britto, gerente comercial do Banco Komatsu do Brasil. “O Finame era o carro-chefe dos financiamentos, mas a diferença entre a taxa do PSI e a nova taxa mostrou-se bem expressiva e, por vezes, impossível de ser repassada aos clientes que locavam os equipamentos.”

Com forte apelo entre grandes frotistas, o Banco Komatsu recebe entre 80 e 100 consultas por mês

Diante desse novo cenário, analisa o executivo, a indústria aumentou seus níveis de subsídio, oferecendo produtos mais atraentes que a média do mercado através de seus bancos de fábrica. O Banco Komatsu, por exemplo, iniciou as operações com a oferta de financiamentos por meio da modalidade CDC, Leasing e Finame (com prazos de até 60 meses e carência de até 6 meses), além de programas de seguros. “Nossas taxas de juros são extremamente competitivas e flexíveis, podendo ser adaptadas a cada perfil de cliente”, assegura Britto. “Durante a Agrishow, por exemplo, chegamos a oferecer taxa de 0,45% a.m. em prazos mais curtos.”

Segundo ele, o banco recebe entre 80 e 100 consultas por mês, com valor médio de liberação de 350 mil reais, principalmente para grandes frotistas ligados ao agronegócio e construções de médio e grande porte, além do varejo em setores diversos. “Em função da instabilidade econômica, empresas com maior capacidade financeira decidiram pagar os equipamentos à vista ou parcelados em prazos de até 6 meses, evitando aumento das dívidas bancárias”, ressalta Britto. “E, nos últimos 12 meses, também houve uma forte venda ao setor público, levando a uma ligeira queda no percentual financiado.”

VOLVO FINANCIAL

Outra fabricante que conta com banco próprio é a Volvo, que oferece linhas de financiamentos para equipamentos da Linha Amarela por meio da divisão financeira Volvo Financial Services, que está há 25 anos no país. De acordo com o perfil e a necessidade de cada cliente, a divisão atualmente financia aproximadamente 50% de todas as máquinas das marcas Volvo CE e SDLG comercializadas no mercado brasileiro, além de ônibus e caminhões, tendo pequenas e médias mineradoras como principais clientes, ao lado de empresas de prestação de serviços e do setor agrícola.

Responsável por metade das vendas da Volvo CE e da SDLG, a VFS também oferece consórcio de caminhões

A oferta inclui repasses do BNDES, Leasing e CDC, com prazos que podem chegar a 60 meses para cada um desses produtos. “Tanto no CDC como no Leasing os benefícios estão principalmente nas parcelas, que são fixas, isto é, o cliente sabe exatamente quanto vai pagar, do começo ao fim do contrato”, ressalta Valter Viapiana, diretor comercial da Volvo Financial Services Brasil. “E dentro do CDC, temos um plano para atender às empresas impactadas pela sazonalidade de suas operações e que precisam gerenciar seu fluxo de caixa, como é o caso de mineração e agricultura. Assim, o cliente pode optar por pagar parcelas menores na entressafra e parcelas maiores no período de aumento de receita.”

No Finame, diz ele, são oferecidos dois produtos: o TFB (Taxa Fixa do BNDES), com parcelas fixas e custo definido no momento da contratação, e a modalidade Finame TLP (Taxa de Longo Prazo), com parcelas variáveis, de acordo com inflação. “O mercado tem se mantido estável nos últimos dois anos”, pondera Viapiana. “Cerca de 70% dos bens vendidos atualmente são financiados e aproximadamente 30%, pagos à vista.”
Adicionalmente, a VFS vê o consórcio como uma opção que vem crescendo no Brasil. Administrado pela Volvo Corretora de Seguros, o produto tem o diferencial de oferecer um prazo mais longo, que pode chegar a 100 meses, sem cobrança de juros. “O mercado está se ajustando ao novo modelo”, conjectura o diretor.

BRADESCO

Fora das montadoras, o setor de máquinas também tem atraído atenção. Um dos maiores grupos financeiros do país, o Bradesco posiciona-se como o ‘maior repassador de recursos do BNDES’ no ranking geral do Sistema Financeiro Nacional, especialmente na modalidade Finame, tanto em volume como em valor. “Neste ano, passamos a operar na plataforma BNDES On-line todos os programas de repasses, aperfeiçoando e reduzindo processos, com desembolsos mais ágeis aos clientes”, informa José Henrique Simões Camargo, superintendente executivo do Departamento de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco.

O Bradesco se apresenta como o maior repassador de recursos do BNDES do Sistema Financeiro Nacional

Além dos repasses de recursos do Finame, as linhas do banco também incluem produtos como CDC e Leasing. “São modalidades que sempre estiveram disponíveis aos clientes em nossa prateleira de soluções de crédito”, reforça Simões, destacando que, no primeiro, o percentual de financiamento é de até 70% do valor do bem, com prazos de até 48 meses e taxas a partir de 0,99% a.m. “Outro diferencial do portfólio é a possibilidade de aquisição de máquinas usadas, desde que estejam em perfeitas condições de uso e conservação”, diz ele.

No Leasing, o percentual de financiamento e as taxas são idênticos ao CDC, mas com prazo máximo de 60 meses. “Aqui, o benefício é poder negociar o melhor preço com o fornecedor, em função do pagamento à vista”, diz Camargo. “Mas as contraprestações também podem ser lançadas como ‘despesas operacionais’, sendo possível para as empresas deduzi-las do imposto de renda, em regime tributário pelo lucro real.”

No caso de bens importados, o Bradesco abre ainda a possibilidade de aquisição no exterior. “Isso é feito sem burocracia e com incentivos fiscais, por meio do Leasing Importação por Encomenda”, completa Simões. “Já o BNDES Finame (pós-fixado) tem prazo de até 72 meses, incluindo carência de até 12 meses. Nesse caso, o percentual de financiamento é de até 90% do valor do bem, dependendo do porte da empresa e tipo de máquina ou equipamento. Em relação às taxas, também incidem TLP e remuneração do BNDES (2,1% a.a.) e do agente financeiro, com alíquota zero de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).”

Como ocorre nas montadoras, o próprio bem é a garantia da operação, mas em casos excepcionais também podem ser solicitadas garantias adicionais. “Podem surgir eventuais restrições quando o cadastro e/ou plano de negócios não apresentarem informações necessárias para uma análise detalhada, bem como se houver apontamentos em certidões ou licenças ambientais”, descreve o superintendente.

Atuando com arrendamento mercantil, a Deutsche Leasing já financiou a compra de 1.500 máquinas no Brasil

Segundo ele, a frequência de propostas evoluiu 25% entre abril de 2018 e abril 2019, quando houve uma evolução de 70% no valor e 91% no volume de contratos realizados. “Também tivemos uma redução significativa no nível de inadimplência no período de março de 2018 a março de 2019”, ressalta Camargo. “No caso das micro e pequenas empresas, o índice foi de 6,1% para 4,1%, enquanto nas grandes foi de 2% para 0,9%.”

DEUTSCH LEASING

O mercado nacional também conta atualmente com empresas especializadas em arrendamento mercantil. É o caso da Deutsche Leasing, que atua em 20 países e, desde 2011, mantém escritório em São Paulo/SP. A oferta do grupo inclui produtos financeiros como locação de equipamentos (desde 2012) e Leasing financeiro (desde 2015), com prazos de até 60 meses e taxas de acordo com o porte e risco do cliente. “Nosso principal modelo de negócio – ‘vendor finance’ – consiste em apoiar as grandes fabricantes de máquinas e equipamentos, atuando como banco de fábrica destas empresas”, descreve Renato Chiara, diretor presidente do Deutsche Leasing. “Dessa maneira, agregamos valor ao produto final dos fabricantes que oferecem uma solução completa aos seus clientes.”

De acordo com o executivo, o cliente também pode utilizar as linhas correntes em outros bancos, para funções como capital de giro, derivativos e construção de imóveis, dentre outras. Normalmente, a única garantia requerida é o próprio equipamento financiado. “Temos parcerias especificas com fabricantes de produtos da Linha Amarela e dos segmentos de logística (empilhadeiras), movimentação de carga e transporte”, ele conta. “Todos os equipamentos produzidos e revendidos por nossos fabricantes parceiros também podem ser arrendados e/ou locados.”

Ligada ao governo, a agência Desenvolve SP também apoia a compra de máquinas e equipamentos no estado

Nesse caso, diz ele, o limite mínimo do equipamento a ser arrendado/locado é de 50 mil reais, com valor máximo de 11 milhões de reais. “A principal restrição é que só operamos com equipamentos de fabricantes parceiros, que também precisam ser diretamente relacionados aos negócios do cliente”, afirma Chiara.

Desde o início da operação, a Deutsche Leasing já avalizou mais de 500 contratos, totalizando mais de 600 milhões de reais e cerca de 1.500 máquinas financiadas, com um valor médio de contrato de 600 mil reais. “No Brasil, as principais solicitações dos contratantes se referem à carência para a 1ª parcela e redução de taxa”, conta Matheus Gera, diretor vice-presidente do Deutsche Leasing.

Todavia, como ressalta o diretor, a demanda atual do setor está 50% abaixo do pico observado entre 2014 e 2015. “A taxa Selic está no menor nível da história do país, porém o custo de captação da instituição é muito mais elevado do que a taxa básica de juros da economia (Selic)”, frisa Gera. “Mas o Brasil está corrigindo uma distorção do mercado ao permitir que os agentes privados atuem competitivamente no segmento, incentivando o investimento produtivo com decisão econômica fundamentada.”

DESENVOLVE SP

O eventual comprador de máquinas tem ainda à sua disposição iniciativas como a da Desenvolve SP, uma instituição financeira ligada ao governo de estado de São Paulo que, diferentemente de um banco comercial, financia o desenvolvimento sustentável de pequenas e médias empresas – com faturamento anual entre 360 mil e 300 milhões de reais – em municípios paulistas. “A agência não possui uma linha de financiamento exclusiva para construção civil, mas apoia as PMEs do setor”, explica Rafael Bergamaschi, superintendente de negócios da Desenvolve SP.

Em uma década de atuação, diz ele, a instituição já desembolsou mais de 3,2 bilhões de reais em financiamentos para diversos projetos, desde ampliação, modernização e aumento da capacidade produtiva à compra de máquinas e equipamentos, passando por investimentos em inovação, eficiência energética, exportação para novos mercados e capital de giro. “As taxas partem de 0,17% ao mês, acrescidas de Selic, enquanto os prazos para pagamento chegam a dez anos, incluindo até dois anos de carência”, detalha o executivo. “Mas cada linha de financiamento tem condições específicas.”

O limite de crédito operado pela agência vai de 20 mil até 30 milhões de reais por tomador, mediante análise de crédito vigente da instituição e apresentação de garantias. Especificamente para linhas de capital de giro e máquinas e equipamentos, a Desenvolve SP leva em consideração o histórico de faturamento da empresa solicitante, com financiamento limitado a 500 mil reais. “Já para projetos de investimento, o apoio só é possível quando o projeto da empresa se refere à sua base administrativa, mas nunca em financiamento de empreendimentos que serão vendidos, por exemplo”, ressalta Bergamaschi.

De acordo com o executivo, um dos principais problemas que dificultam o acesso ao crédito, principalmente para investimento de longo prazo, é a falta de documentação da empresa. “Para que um projeto seja aprovado, os principais documentos a serem apresentados são certidões reguladoras (estaduais e municipais), demonstrativos contábeis e financeiros, garantias e informações sobre o projeto a ser financiado”, ele orienta.

CAT FINANCIAL TAMBÉM APOSTA EM CONSÓRCIOS

Desde 1981 no mercado, a Cat Financial é mais uma opção de banco de fábrica para o mercado de máquinas e equipamentos no Brasil. A instituição oferece soluções de financiamento e proteção estendida de acordo com cada cliente, incluindo BNDES/Finame (para produtos novos de produção nacional), financiamento direto (até 60 meses), Leasing financeiro (com opção de compra do equipamento) e capital de giro (baseado em garantias como a frota existente).

Opções de crédito como a Cat Financial buscam incentivar o investimento produtivo

Também há um produto específico para aquisição de peças e serviços (Compror), que requer equipamento da marca como garantia e valor mínimo de 30 mil reais por contrato. “Além dessas opções, a fabricante mantém uma parceria com a Maggi para consórcios, que é uma opção que vem crescendo bastante no país”, informa Renato Sanchez, consultor de assuntos governamentais & corporativos da Caterpillar Brasil. / MJ

Saiba mais:
Banco John Deere: www.deere.com.br/pt/financiamento/banco-john-deere
Banco Komatsu: www.bancokomatsu.com.br
Bradesco: banco.bradesco
Cat Financial: www.catfinancial.com/pt_BR
CNH Industrial Capital: www.cnhindustrialcapital.com/pt_br
Desenvolve SP: www.desenvolvesp.com.br
Deutsche Leasing: www.deutsche-leasing.com
VFS: www.vfsco.com.br/pt-br/home

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