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Revista M&T - Ed.139 - Setembro 2010
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Copa 2014

O preço do mau planejamento

Atrasos no cronograma e falhas no equacionamento econômico dos projetos marcam a construção e reforma dos estádios para a Copa de 2014, mas, nesse cenário, algumas obras se destacam pela inovação

Quando a bola começar a rolar na Copa do Mundo de 2014, o Brasil deverá ter atendido a um extenso caderno de encargos especificado pela FIFA, cujo cumprimento significa a diferença entre o sucesso e o fracasso na organização de um dos maiores eventos esportivos do planeta. Para que a experiência brasileira não se enquadre na segunda alternativa, o país tem um longo caminho a percorrer. Além dos investimentos em aeroportos, hotéis, urbanização e transporte público, há muito por fazer no que se refere aos estádios, que certamente atrairão as atenções de todo o mundo.

Muito por fazer é, na verdade, um recurso de expressão, já que o país precisa realizar praticamente todos os investimentos necessários nas áreas de infraestrutura e de implantação das arenas esportivas. Nesse ponto, além de o caminho ser longo, o tempo é curto, pois boa parte das obras previstas deverá estar pronta até 2013, ano que acontece a Copa das Confederações, uma espécie de teste para o evento principal.

Diante desse cenário, especialistas alertam para uma cuidadosa gestão das obras, não apenas em função do curto prazo para sua execução, mas também porque em alguns casos, o equacionamento financeiro está mal resolvido. O problema se mostra mais grave no âmbito das construções das arenas esportivas. Segundo Braúlio Gomes, economista-chefe da LCA Consultores, os investimentos na construção ou reforma dos 12 estádios-sede deverão somar R$ 5,6 bilhões, o que equivale a 24,7% dos R$ 22,7 bilhões previstos em obras civis para a Copa de 2014.

Bons e maus projetos
Esse volume, de acordo com os especialistas, estaria muito acima da média de recentes casos de sucesso, como a Copa do Mundo da Alemanha (2006) e as Olimpíadas de Barcelona (1992), que consumiram respectivamente 11% e 9% dos investimentos totais em obras de estádios. Esses casos ilustram como o enfoque no planejamento evitou desperdícios, cujo custo sempre acaba pesando no bolso do contrib


Atrasos no cronograma e falhas no equacionamento econômico dos projetos marcam a construção e reforma dos estádios para a Copa de 2014, mas, nesse cenário, algumas obras se destacam pela inovação

Quando a bola começar a rolar na Copa do Mundo de 2014, o Brasil deverá ter atendido a um extenso caderno de encargos especificado pela FIFA, cujo cumprimento significa a diferença entre o sucesso e o fracasso na organização de um dos maiores eventos esportivos do planeta. Para que a experiência brasileira não se enquadre na segunda alternativa, o país tem um longo caminho a percorrer. Além dos investimentos em aeroportos, hotéis, urbanização e transporte público, há muito por fazer no que se refere aos estádios, que certamente atrairão as atenções de todo o mundo.

Muito por fazer é, na verdade, um recurso de expressão, já que o país precisa realizar praticamente todos os investimentos necessários nas áreas de infraestrutura e de implantação das arenas esportivas. Nesse ponto, além de o caminho ser longo, o tempo é curto, pois boa parte das obras previstas deverá estar pronta até 2013, ano que acontece a Copa das Confederações, uma espécie de teste para o evento principal.

Diante desse cenário, especialistas alertam para uma cuidadosa gestão das obras, não apenas em função do curto prazo para sua execução, mas também porque em alguns casos, o equacionamento financeiro está mal resolvido. O problema se mostra mais grave no âmbito das construções das arenas esportivas. Segundo Braúlio Gomes, economista-chefe da LCA Consultores, os investimentos na construção ou reforma dos 12 estádios-sede deverão somar R$ 5,6 bilhões, o que equivale a 24,7% dos R$ 22,7 bilhões previstos em obras civis para a Copa de 2014.

Bons e maus projetos
Esse volume, de acordo com os especialistas, estaria muito acima da média de recentes casos de sucesso, como a Copa do Mundo da Alemanha (2006) e as Olimpíadas de Barcelona (1992), que consumiram respectivamente 11% e 9% dos investimentos totais em obras de estádios. Esses casos ilustram como o enfoque no planejamento evitou desperdícios, cujo custo sempre acaba pesando no bolso do contribuinte.

Os jogos Panamericanos de 2007, no Rio de Janeiro, seguiram a direção contrária: os custos do evento, inicialmente avaliados em R$ 400 milhões, acabaram se transformando em R$ 3,5 bilhões. A cidade de Atenas, por sua vez, arca com um custo de R$ 100 milhões por ano somente para manter a infraestrutura desportiva construída para os Jogos Olímpicos de 2004, que estão superdimensionados para as demandas da capital grega.

Para Ricardo Araújo, consultor na área de gestão de arenas esportiva, muitos projetos relacionados à Copa de 2014 “pecam pela falta de sustentabilidade econômica”. Alguns desses projetos, aliás, já nasceram enfraq uecidos porque os Estados sequer negociaram a concessão das arenas para clubes de futebol ou outras entidades, após a Copa de 2014. Em outros casos, como o de Cuiabá (MT), ele avalia que a média de público não paga o investimento de R$ 402 milhões para a construção do novo estádio e as melhorias em seu entorno.]]>

Exemplo gaúcho
Em Porto Alegre (RS), por sua vez, o fato de o Internacional liderar a engenharia financeira para a reforma do Arena Beira-Rio conta a favor do projeto, cujo custo está avaliado entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões. Com isso, os governos estadual e municipal podem direcionar seus investimentos exclusivamente em infraestrutura. Até mesmo a rivalidade futebolística local foi usada a favor, já que o estádio do Grêmio – que não sediará os jogos – será usado como centro de treinamento e área de imprensa.

Orçada em R$ 400 milhões, a reforma dessa arena irá transformá-la em um complexo com centro de eventos, shopping center, hotel e diversos empreendimentos residenciais e comerciais, além do próprio estádio de futebol, obviamente. A obra será realizada pela OAS, que participa do projeto como investidora. Diante da frágil situação financeira dos clubes brasileiros, parte do valor da reforma será pago com a cessão do terreno do atual estádio e com um percentual do lucro líquido dos jogos.

Diante desse bom exemplo gaúcho, o equacionamento do estádio de Cuiabá merece um destaque negativo. Frederico Turolla, diretor da Pezco Consultoria, avalia que, diante da receita média de ingressos na capital do Mato Grosso (cerca de 700 pagantes por jogo), o investimento não apresentará retorno em menos de 350 anos. Já Yênes de Magalhães, diretor da Agecopa, agência especial criada pelo governo matogrossense para a gestão do evento, tem outra visão.

Arena desmontável

Ele destaca que a construção da arena é um dos 28 projetos em andamento para que o estado possa sediar a Copa de 2014, totalizando mais de R$ 2,6 bilhões em investimentos. Projetado para ser um parque multiuso, com 300 mil m2 de área, o estádio foi idealizado para não se transformar em “elefante branco”, segundo Magalhães. Construído em modulação de 8x8 m, com a utilização de estruturas metálicas e de pré-moldados de concreto, ele poderá ter sua capacidade reduzida de 42 mil para 28 mil assentos após o evento. Para isso, as estruturas metálicas serão fixadas por parafusos, de forma a permitir sua rápida desmontagem.

O exemplo de Cuiabá não é novo. Danilo Carvalho, diretor da Stadia, acrescenta outros casos como o ANZ Stadium, da Austrália, que teve sua capacidade reduzida de 110 mil para 80 mil assentos, e o Red Bull Arena, da Áustria, que passou de 30 mil para 18,5 mil. O Estádio Olímpico de Londres, por sua vez, construído para as Olimpíadas de 2012, passará de 80 mil para 25 mil lugares após o evento.

O desafio nas obras dos estádios não se restringe apenas aos aspectos construtivos. Exigências da FIFA para a transmissão dos jogos e atendimento aos patrocinadores impõem uma série de condições aos projetos. Exemplo disso é a infraestrutura para a transmissão televisiva, que exige uma área 35 mil m² para que as emissoras possam abrigar todos os seus equipamentos nos jogos de abertura e encerramento da Copa. Esse é um dos fatores que pesa, pelo menos atualmente, contra o estádio do Morumbi, em São Paulo.

Depois de ter o projeto básico de reforma reprovado pela FIFA, o Estado de São Paulo rebateu com o anúncio da construção de um novo estádio para o Corinthians. Mesmo assim, ainda não há definição de qual será o estádio-sede, um motivo extra para que outras capitais brasileiras se habilitem a disputar a abertura dos jogos de 2014.

Obra sustentável
Desde o mês de julho, quando o governo da Bahia e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciaram que Salvador entrava na concorrência com São Paulo para realizar a abertura da Copa do Mundo de 2014, as obras do antigo Fonte Nova – agora rebatizado de Arena Salvador – ganharam novo estímulo. Com capacidade para acomodar mais de 50 mil pessoas – além de um restaurante panorâmico, museu do futebol, museu da música e centro de compras – o estádio está sendo reconstruído dentro de princípios de sustentabilidade.

A demolição do antigo estádio, por exemplo, foi planejada para possibilitar a reciclagem de 1,5 mil t de ferro e o reaproveitamento de 40 mil m³ de material implodido, que está sendo britado para utilização na obra da nova arena e em outros projetos na cidade. “Juntamente com Cuiabá (MT) e Belo Horizonte (MG), o estádio de Salvador é um dos únicos que está com o cronograma das obras em dia”, diz Ney Campello, secretário da Secopa-BA (Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa do Mundo na Bahia).

Responsável pela construção do novo estádio, o consórcio Arena Salvador 2014, formado pelas construtoras OAS e Norberto Odebrecht, contratou a Arcoenge para a demolição da estrutura existente. Ela está concluindo o processamento dos escombros gerados nesse processo e as fundações da nova estrutura devem começar a ser executadas a partir de novembro. “Utilizamos um método avançado de implosão, com a proteção dos pilares por meio de tela galvanizada (tipo alambrado) e de uma manta especial de revestimento, capaz de absorver com mais eficiência o ultralançamento de materiais”, diz José Virgilio Mazza Batista, engenheiro de produção da Arcoenge.

Cuidados na implosão
Esse processo exigiu a utilização de 270 kg de explosivos, de 15.000 m2 de manta e de outros 15.000 m² de tela galvanizada para revestimento dos pilares. Os explosivos foram introduzidos nas estruturas de concreto após a realização de perfurações manuais, executadas com ferramentas pneumáticas. “Nos locais mais altos, o serviço exigiu a utilização de plataformas elevatórias, totalizando dois equipamentos do tipo tesoura e oito do tipo telescópico, sendo um deles de 42 m de alcance, o maior existente no Brasil.”

A quantidade de equipamentos de elevação poderia ser ainda maior se aspectos de segurança não tivessem vetado a implosão de uma parte do estádio, que abrigava a antiga tribuna de honra. Para evitar o impacto da operação nos prédios vizinhos, essa parte da estrutura foi segregada da que iria para implosão, com o uso de rompedores e tesouras hidráulicas, sendo demolida posteriormente por método mecanizado.

Batista explica que, antes da detonação, a Arcoenge realizou testes preliminares em algumas estruturas, além de monitorar o impacto da operação no entorno do estádio, com a instalação de sismógrafos em 10 pontos diferentes. “Em alguns locais, constatamos que o tráfego diário gerava mais vibração do que a provocada pela implosão.”

Demolição mecanizada
Atualmente, a Arcoenge está concluindo a demolição da estrutura por processo mecânico, com a utilização de rompedores e tesouras hidráulicas em escavadeiras de 22 t. Os equipamentos atuam na fragmentação dos blocos de concreto de maior dimensão e, em seguida, pulverizadores da Atlas Copco são mobilizados para separar esse material das barras de ferro. Com o emprego de três pulverizadores, que operam em escavadeiras de 38 t, a empresa vem manipulando uma média de 150 m3/dia de material, separando o concreto da armadura interna.

“A operação desse equipamento se parece muito com a atuação da mão humana e, devido ao seu alto poder de desagregação do ferro e do concreto, ele otimiza a separação dos materiais de forma totalmente mecânica”, explica Marcelo Camargo, gerente de negócios da linha de ferramentas para demolição da Atlas Copco. Após a segregação dos materiais, os pulverizadores depositam as barras de ferro e os destroços de concreto em pilhas distintas. “Isso facilita o carregamento da ferragem, que segue para reciclagem, e do concreto, que vem sendo processado em britadores móveis”, explica Batista, da Arcoenge.

Todo o aço coletado nos escombros da antiga estrutura está sendo recolhido pela MM Metais, uma empresa da região, e repassado à Gerdau para reciclagem. A siderúrgica chegou a pleitear a execução desse processo de separação dos materiais, em troca da ferragem retirada. “Mas a Gerdau não pôde realizar o procedimento porque não tinha sistemática de recolhimento e separação dos materiais”, explica Luiz Goes, do consórcio Arena Salvador.

O concreto demolido, por sua vez, está sendo processado por dois conjuntos móveis de britagem da série Metrotrack, da Terex, equipados com britadores de mandíbulas. Eles manuseiam até 550 m³/dia de entulho, transformando-o em brita com granulometria de 2 polegadas. Goes avalia que, dos cerca de 40 mil m³ de brita gerados até o final do processo, cerca de 40% a 60% devem ser reaproveitados na própria construção do estádio, em aterros e sub-base de pavimento. “O restante será destinado a outras obras de infraestrutura da prefeitura de Salvador”, diz ele.

Equipamentos usados
Para o secretário da Secopa-BA, Ney Campello, o processo de demolição do Fonte Nova ilustra a preocupação do poder público com a sustentabilidade no descarte dos materiais implodidos. Como as obras estão rigorosamente dentro do cronograma, ele lança mão desses argumentos, bem como do apelo turístico da cidade de Salvador, para pleitear que a arena baiana sedie a abertura da Copa.

Voltando ao processo de demolição, somente nessa etapa o consórcio construtor utiliza 11 escavadeiras hidráulicas, sendo algumas delas equipadas com caçamba e outras com pulverizadores, tesouras ou rompedores hidráulicos. Também integram a frota 10 equipamentos para elevação de pessoas e dois britadores móveis, além de duas pás carregadeiras, cinco retroescavadeiras e 40 caminhões basculantes.

Como o consórcio construtor ainda não definiu o método de fundação da nova estrutura, Goes não consegue identificar os equipamentos que serão utilizados nessa etapa da obra. Ele diz que outras plataformas aéreas de trabalho deverão ser mobilizadas nos serviços de acabamento interno e externo. “Também prevemos a aplicação de seis guindastes de torre de 100 t de capacidade, de um guindaste móvel de 250 t, outro de 300 t e um último de 70 t.” Segundo ele, os guindastes de torre vão trabalhar no apoio dos pilares externos e na execução das estruturas de concreto moldadas in loco, enquanto os guindastes móveis farão a montagem das peças pré-fabricadas.

A construção do Arena Salvador deverá consumir mais de 14 mil peças de pré-moldado de concreto para a montagem de vigas, pilares, lajes alveolares e arquibancadas, além de outros 40 mil m³ de concreto moldado in loco. Para isso, o consórcio construtor prevê a montagem de uma fábrica de pré-moldados no próprio canteiro, equipada com uma central misturadora e dois silos.

Novo Maracanã

Com o posto garantido para a realização do encerramento da Copa, o estádio do Maracanã terá sua capacidade adequada para 70 mil torcedores. O projeto executivo da obra ainda se encontra em fase de aprovação, mas como ele havia passado por reformas recentes, a adequação da nova arena às normas da FIFA não exigirá o rebaixamento do gramado. Entre as modificações previstas se incluem a redução das dimensões do gramado e a construção de novas arquibancadas, camarotes e cobertura. A obra está orçada em R$ 705 milhões e será financiada pelos governos federal e do Rio de Janeiro.

Para evitar atrasos no cronograma, o consórcio construtor Maracanã 2014, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Delta e Odebrecht, já planeja iniciar as readequações independente da aprovação do projeto executivo, como detalha Daniel de Souza Filiardi Junior, diretor operacional das obras do Maracanã. “Como o estádio será transformado em arena, sua parte inferior será demolida e as novas arquibancadas serão mais íngremes, de forma que as pessoas sentadas na fileira superior estejam ao menos 2 cm acima das sentadas na fileira inferior, o que é uma exigência da FIFA”, diz ele.

Serão também construídos novos camarotes, atendendo às normas impostas para estádios que sediam jogos da Copa do Mundo. Isso significa que os atuais camarotes do Maracanã, em volta do estádio, deixarão de existir, para a instalação de outros na parte central do campo, próximos à saída dos vestiários. “Os camarotes novos terão salas mais espaçosas e confortáveis”, avalia Filiardi.

Cobertura importada
A maior mudança no estádio, entretanto, diz respeito à cobertura. Como avalia o executivo do consórcio construtor, “a engenharia para execução dessa cobertura constitui o único processo que ainda não é totalmente dominado no Brasil”. Por esse motivo, o consórcio optou por importar parte da tecnologia adotada. A solução de cobertura se baseia no uso de lonas especiais que revestem uma estrutura metálica.

Filiardi diz que a compra desse material ainda está sendo negociada com empresas de quatro países. “O restante da estrutura será composto por dois anéis de compressão contornando todo o estádio.” De acordo com o especialista, somente as lonas serão importadas, de forma que as tubulações de aço que constituirão a estrutura metálica de cobertura serão fabricadas e montadas localmente. “O processo de montagem é bem avançado. Esses dois anéis de tubulações serão montados com distância de 7 m entre si, de forma que a tubulação inferior comprime e a superior pressiona a estrutura”, diz Filiardi.

Segundo o especialista, a montagem será feita em etapas. “Podemos fazer analogia com uma pizza, dividida em 60 fatias, de forma que a estrutura é composta gradativamente”, ele explica. Somente essa montagem, que será feita por guindastes de grande porte – com 400 t de capacidade de içamento – deve demorar cerca de um ano. “Por isso, todo o restante da obra terá de ser concluído até o final de 2011, para que possamos montar a estrutura da cobertura no ano seguinte e entregar o novo Maracanã para a realização da Copa das Confederações”, diz ele.

Obras adicionais

As outras obras às quais Filiardi se refere vão desde as fundações até a montagem dos pré-moldados de concreto para a instalação de arquibancadas, rampas de acesso e demais estruturas internas. “Sem contar os acabamentos internos, que serão realizados com o uso de plataformas aéreas de trabalho.” O dimensionamento das fundações exigirá uma cuidadosa investigação do solo, de forma que as novas estruturas e as remanescentes possam suportar o peso da cobertura.

Os pré-fabricados de concreto deverão ser produzidos fora do canteiro de obras e transportados por carretas até o local. Já as estruturas metálicas usadas na cobertura, apesar de serem produzidas em fábricas, serão pré-montadas no próprio canteiro de obras, de forma a facilitar sua instalação.

De acordo com Filiardi, o custo de R$ 705 milhões previsto em contrato inclui somente as obras de readequação do estádio, sem considerar o entorno. “Sabemos que será preciso construir uma área de hospitalidade para os torcedores fora do estádio, além de outros projetos de infraestrutura e de se cogitar até mesmo um piscinão na região, para evitar possíveis alagamentos. Mas a responsabilidade do consórcio Maracanã 2014 fica restrita aos muros do estádio”, ele conclui.

Renco fornece equipamentos para a obra
Duas linhas de equipamentos distribuídos pela Renco estão marcando presença na obra da Arena Salvador: escavadeiras hidráulicas e implementos de demolição. As escavadeiras de 17 e 22 t são da marca sul-coreana Doosan, representada pela Renco no Norte e Nordeste. Já entre os implementos, o destaque fica para as tesouras hidráulicas da marca Everdigm, como avalia José Virgílio Mazza Batista, engenheiro de produção da Arcoenge, empresa subcontratada para realizar os serviços de demolição do estádio. “Essa obra é marcada pelo uso intensivo de mecanização no processo de demolição, de forma a termos uma operação sustentável e com baixa geração de ruído”, diz ele.

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