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Revista M&T - Ed.250 - Dez/Jan 2021
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Coluna do Yoshio

O outro lado da moeda

"Mesmo para empresários e executivos experientes, é possível que tenha chegado o momento de buscar outras formas de pensar, desenvolver novas abordagens para encontrar as soluções enquanto ainda há tempo e recursos."

Estamos vivendo uma fase de muitas oportunidades para os negócios, pois é quando outras saídas estão difíceis que fica claro quem efetivamente inova. Comento isso porque, em alguns segmentos, voltar ao status quo anterior já é praticamente inviável e inevitavelmente novas soluções precisam ser elaboradas.

No entanto, a abordagem de muita gente ainda tem sido na linha do “outro lado da moeda”, na crença de que tudo pode ser revertido com a normalização da situação. Para entender a equação, podemos fazer um exercício reducionista e dizer que o problema central está na diferença entre o status quo atual e o desejável. E que a solução está justamente na medida adotada que elimina essa diferença, movendo a situação atual para a situação desejada.

Ocorre que, muitas vezes, a leitura da situação atual é equivocada. Por exemplo: uma empresa pode estar numa situação muito pior do que a percebida e o movimento para a situação desejável requer recursos que não estão disponíveis. Outras vezes, o equívoco está na situação desejada, que na realidade não representa uma solução ou alternativa viável. Daí que todo o esforço pode ter sido em vão, no final do seu curso.
O recurso ao “outro lado da moeda” significa que a estratégia adotada é apenas uma reação instintiva, sem a necessária profundidade de análise.

Muito embora seja uma prática comum e amplamente empregada, trata-se de um raciocínio simplista e inútil. É como se alguém observasse a queda de faturamento do seu negócio e respondesse que a solução é aumentar o faturamento. Efetivamente, muita gente começa a tomar iniciativas imediatas para aumentar o faturamento, como contratar mais vendedores ou outras ações semelhantes


Estamos vivendo uma fase de muitas oportunidades para os negócios, pois é quando outras saídas estão difíceis que fica claro quem efetivamente inova. Comento isso porque, em alguns segmentos, voltar ao status quo anterior já é praticamente inviável e inevitavelmente novas soluções precisam ser elaboradas.

No entanto, a abordagem de muita gente ainda tem sido na linha do “outro lado da moeda”, na crença de que tudo pode ser revertido com a normalização da situação. Para entender a equação, podemos fazer um exercício reducionista e dizer que o problema central está na diferença entre o status quo atual e o desejável. E que a solução está justamente na medida adotada que elimina essa diferença, movendo a situação atual para a situação desejada.

Ocorre que, muitas vezes, a leitura da situação atual é equivocada. Por exemplo: uma empresa pode estar numa situação muito pior do que a percebida e o movimento para a situação desejável requer recursos que não estão disponíveis. Outras vezes, o equívoco está na situação desejada, que na realidade não representa uma solução ou alternativa viável. Daí que todo o esforço pode ter sido em vão, no final do seu curso.
O recurso ao “outro lado da moeda” significa que a estratégia adotada é apenas uma reação instintiva, sem a necessária profundidade de análise.

Muito embora seja uma prática comum e amplamente empregada, trata-se de um raciocínio simplista e inútil. É como se alguém observasse a queda de faturamento do seu negócio e respondesse que a solução é aumentar o faturamento. Efetivamente, muita gente começa a tomar iniciativas imediatas para aumentar o faturamento, como contratar mais vendedores ou outras ações semelhantes.

Isso se mostra tão ineficaz quanto atacar apenas os sintomas de uma doença, sem qualquer esforço para compreender as causas que devem ser combatidas a fundo. Já ouvi gente dizendo que não há mais nada que possa ser feito, mas muitas vezes isso significa apenas que não há um médico para tratar da moléstia. É como consultar um engenheiro sobre problemas de saúde...

Mesmo para empresários e executivos experientes, é possível que tenha chegado o momento de buscar outras formas de pensar, desenvolver novas abordagens para encontrar as soluções enquanto ainda há tempo e recursos. Em outros tempos, a máxima “se não puder destacar-se pelo talento, vença pelo esforço" faria sentido como um conselho. Mas, hoje, diria que isso representa um esforço inócuo de tentar resolver o problema com “mais do mesmo”.

Não seria a hora de procurar um médico para tomar o remédio certo, ao invés de apenas mascarar a dor com mais analgésicos?

*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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