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Revista M&T - Ed.232 - Abril 2019
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Coluna do Yoshio

O futuro dos negócios

Muitas mudanças estão ocorrendo enquanto dormimos, literal e figurativamente. Afinal, o impacto das novas tecnologias e das expectativas sociais provocam mudanças sorrateiras e silenciosas que avançam na calada da noite.

A questão que retomo para continuar este debate tem origem em outro ambiente. Trata-se do ambiente dos negócios, que venho tratando neste espaço em diferentes ocasiões, especialmente dos negócios familiares em que se discute a sucessão geracional. Muitas vezes, herdeiros dos fundadores de negócios familiares são incumbidos de perseguir a perenidade de negócios cujo futuro é incerto.

Ao confrontarmos as mudanças que ocorrem no mundo atualmente, projetando um processo sucessório para as próximas gerações, necessariamente devemos questionar o futuro do negócio no longo prazo. Acontece que isso não é um exercício natural e intuitivo nas empresas em geral. Avançam-se os projetos e a transição geracional sem o devido questionamento do horizonte de viabilidade dos negócios.

Hoje, muitos negócios que foram excelentes nos últimos 50 anos podem estar com seus dias contados, até mesmo em questão de dias. Assim, o que se deve temer é a transição para uma inviabilidade, com consequente comprometimento das obrigações assumidas com os acionistas. Alguns questionamentos podem indicar as preocupações que nos afetam nesse sentido.

Por exemplo, com o advento da eletrificação qual será o futuro reservado a milhares de concessionários de automóveis e outros veículos? Nesse setor, já se sabe que as atividades de pós-venda podem ser reduzidas em mais de 90%. Ou então, com os novos hábitos domésticos adotados pelos jovens qual o futuro de milhares de estabelecimentos de varejo de mantimentos alimentícios?

Ora, uma das principais características das empresas familiares mais longevas no mundo é sua concentração em atividades básicas pouco afetadas pelo tempo e por mudanças no consumo. Frente a isso, quais seriam hoje as atividades com potencial de desenvolvimento nos próximos 100 anos? Difícil dizer.

Parece-me assim que chegou a hora de começar a trabalhar com estas perspectivas para entender melhor o valor dos negócios para o futuro. Questionar-se s


Muitas mudanças estão ocorrendo enquanto dormimos, literal e figurativamente. Afinal, o impacto das novas tecnologias e das expectativas sociais provocam mudanças sorrateiras e silenciosas que avançam na calada da noite.

A questão que retomo para continuar este debate tem origem em outro ambiente. Trata-se do ambiente dos negócios, que venho tratando neste espaço em diferentes ocasiões, especialmente dos negócios familiares em que se discute a sucessão geracional. Muitas vezes, herdeiros dos fundadores de negócios familiares são incumbidos de perseguir a perenidade de negócios cujo futuro é incerto.

Ao confrontarmos as mudanças que ocorrem no mundo atualmente, projetando um processo sucessório para as próximas gerações, necessariamente devemos questionar o futuro do negócio no longo prazo. Acontece que isso não é um exercício natural e intuitivo nas empresas em geral. Avançam-se os projetos e a transição geracional sem o devido questionamento do horizonte de viabilidade dos negócios.

Hoje, muitos negócios que foram excelentes nos últimos 50 anos podem estar com seus dias contados, até mesmo em questão de dias. Assim, o que se deve temer é a transição para uma inviabilidade, com consequente comprometimento das obrigações assumidas com os acionistas. Alguns questionamentos podem indicar as preocupações que nos afetam nesse sentido.

Por exemplo, com o advento da eletrificação qual será o futuro reservado a milhares de concessionários de automóveis e outros veículos? Nesse setor, já se sabe que as atividades de pós-venda podem ser reduzidas em mais de 90%. Ou então, com os novos hábitos domésticos adotados pelos jovens qual o futuro de milhares de estabelecimentos de varejo de mantimentos alimentícios?

Ora, uma das principais características das empresas familiares mais longevas no mundo é sua concentração em atividades básicas pouco afetadas pelo tempo e por mudanças no consumo. Frente a isso, quais seriam hoje as atividades com potencial de desenvolvimento nos próximos 100 anos? Difícil dizer.

Parece-me assim que chegou a hora de começar a trabalhar com estas perspectivas para entender melhor o valor dos negócios para o futuro. Questionar-se seriamente sobre as mudanças tecnológicas, que podem eliminar muitas profissões. Ou sobre os novos modelos de negócios, que podem extinguir a compra de bens duráveis como automóveis e estabelecimentos comerciais físicos. No limite, perguntar-se se existe mesmo um futuro para o seu negócio.

*Yoshio Kawakami

é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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