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Revista M&T - Ed.144 - Março 2011
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O Brasil é a bola da vez

A fabricante inglesa JCB avalia que o Brasil é um dos poucos mercados mundiais com perspectivas de crescimento nos setores de construção e infraestrutura e, por isso, traçou planos arrojados para a sua atuação no País. Com a construção de uma nova unidade fabril, que empregará cerca de 300 funcionários – o dobro do quadro atual de colaboradores – ela poderá produzir até 10 mil equipamentos por ano para atendimento ao mercado nacional. Em 2010, a empresa vendeu cerca de 2 mil unidades no Brasil. A nova fábrica, localizada em Sorocaba (SP), substituirá as duas unidades atualmente em operação na mesma cidade do interior paulista e deve entrar em funcionamento a partir do primeiro semestre de 2012.

Enquanto isso não acontece, a JCB reforça os planos de expansão para 2011, quando pretende aumentar em 50% o volume de vendas, passando a comercializar 3 mil equipamentos no País. O objetivo é alcançar a liderança nas vendas de retroescavadeiras, façanha já obtida em oito estados brasileiros. Nesta entrevista, o diretor-geral da JCB para a América Latina, Carlos Hernández, explica por que as retroescavadeiras são e continuarão sendo o carro-chefe da companhia no Brasil e no mundo. Ele também antecipa os planos da empresa para ampliar as vendas de outros equipamentos, como escavadeiras hidráulicas e as recém-lançadas carregadeiras compactas.

M&T - Como o senhor avalia o mercado brasileiro de construção atualmente?

Carlos Hernández – Ao contrário da maioria dos demais países, o Brasil passa por um dos melhores momentos para investimentos em construção, somente comparável aos anos 70, a época do “milagre econômico”. Vários fatores contribuíram para esse momento, mas posso destacar a estabilidade econômica e a política adotada há alguns anos no País, que criaram as bases para esse desenvolvimento. O crescimento populacional, aliado a um incremento de renda do brasileiro e à vasta extensão territorial do País, também é um grande responsável pela forte demanda por investimentos no setor de infraestrutura.  Eventos esportivos, tais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas que serão realizadas aqui, contribuem para es


A fabricante inglesa JCB avalia que o Brasil é um dos poucos mercados mundiais com perspectivas de crescimento nos setores de construção e infraestrutura e, por isso, traçou planos arrojados para a sua atuação no País. Com a construção de uma nova unidade fabril, que empregará cerca de 300 funcionários – o dobro do quadro atual de colaboradores – ela poderá produzir até 10 mil equipamentos por ano para atendimento ao mercado nacional. Em 2010, a empresa vendeu cerca de 2 mil unidades no Brasil. A nova fábrica, localizada em Sorocaba (SP), substituirá as duas unidades atualmente em operação na mesma cidade do interior paulista e deve entrar em funcionamento a partir do primeiro semestre de 2012.

Enquanto isso não acontece, a JCB reforça os planos de expansão para 2011, quando pretende aumentar em 50% o volume de vendas, passando a comercializar 3 mil equipamentos no País. O objetivo é alcançar a liderança nas vendas de retroescavadeiras, façanha já obtida em oito estados brasileiros. Nesta entrevista, o diretor-geral da JCB para a América Latina, Carlos Hernández, explica por que as retroescavadeiras são e continuarão sendo o carro-chefe da companhia no Brasil e no mundo. Ele também antecipa os planos da empresa para ampliar as vendas de outros equipamentos, como escavadeiras hidráulicas e as recém-lançadas carregadeiras compactas.

M&T - Como o senhor avalia o mercado brasileiro de construção atualmente?

Carlos Hernández – Ao contrário da maioria dos demais países, o Brasil passa por um dos melhores momentos para investimentos em construção, somente comparável aos anos 70, a época do “milagre econômico”. Vários fatores contribuíram para esse momento, mas posso destacar a estabilidade econômica e a política adotada há alguns anos no País, que criaram as bases para esse desenvolvimento. O crescimento populacional, aliado a um incremento de renda do brasileiro e à vasta extensão territorial do País, também é um grande responsável pela forte demanda por investimentos no setor de infraestrutura.  Eventos esportivos, tais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas que serão realizadas aqui, contribuem para esse cenário favorável, bem como alguns projetos do governo. Embora recentes medidas adotadas pelo governo, como o anúncio de cortes de verbas para programas como o “Minha Casa, Minha Vida”, causem uma redução da demanda no curto prazo, as projeções continuam ótimas, principalmente para a construção civil e obras rodoviárias.

M&T – Esse cenário justifica a investida da JCB em ampliação de capacidade produtiva?

Carlos Hernández – Sim. A JCB quer estar preparada para atender aos seus clientes de forma eficiente e rápida e, quando a demanda voltar a crescer, o aumento da capacidade produtiva será um fator crucial para o bom desempenho da empresa.

M&T – Aliás, diversos fabricantes de equipamentos de construção anunciaram investimentos em fábrica local para os próximos anos. Como o senhor avalia esse cenário?

Carlos Hernández – Embora se observe uma lenta recuperação da economia em nível global, alguns países já saíram do pior estágio da crise. Mas nesse momento, poucos apresentam um cenário tão otimista como o Brasil. Portanto, todas as atenções do mundo estão voltadas para cá.  Com a demanda por equipamentos de construção em expansão, todos os players do mercado vislumbram ótimas perspectivas para os seus negócios em um futuro próximo. Isso explica a abundância de investimento em unidades locais.

M&T – Com a diversidade de investimentos em novas fábricas, é possível que o perfil da frota de equipamentos no Brasil seja modificado?

Carlos Hernández – As retroescavadeiras são e continuarão a ser por muito tempo os equipamentos de construção mais vendidos devido a sua multifuncionalidade, pois atendem às mais diversas aplicações nos canteiros de obras. No entanto, temos observado no mercado brasileiro uma crescente demanda por outros tipos de máquinas, mais compactas, o que não acontecia há alguns anos. Esse fato se deve ao aumento da automação nos canteiros de obras em busca de maior produtividade. Há de se considerar que as fases do processo de construção utilizam diferentes modelos de máquinas e isso não significa necessariamente uma concorrência entre os modelos que possa levar à substituição de um pelo outro. Na verdade, com o avanço do setor haverá a necessidade de se empregar mais tecnologia na construção. Com isso, veremos uma maior diversidade de máquinas trabalhando nos canteiros de obras, o que é muito bom para a indústria de equipamentos rodoviários e para empresas como a JCB, que possuem uma ampla linha de produtos, com mais de 300 modelos diferentes de máquinas no seu portfólio.

M&T – Então, as retroescavadeiras continuam sendo o carro-chefe da JCB…

Carlos Hernández – Sim, tanto no Brasil quanto no mundo, onde somos lideres nas vendas de retroescavadeiras e manipuladores telescópicos.  No Brasil, estamos na vice-liderança do mercado de retroescavadeiras e já somos líderes em oito estados. Em 2010, a JCB cresceu mais do que o mercado total de retroescavadeiras, o que demonstra que estamos na busca pela liderança desse segmento. Mas o nosso objetivo é crescer em vendas totais, com aumento da participação de mercado em todas as linhas de produtos que são comercializadas. Um exemplo é a linha de carregadeiras compactas, que foi recém-incorporada ao nosso portfólio no Brasil e com a qual pretendemos obter cerca de 10% de market share neste ano.

M&T – Essa maior diversidade de linhas significa que a empresa pretende registrar um crescimento superior aos 104% apresentados em 2010?

Carlos Hernández – Neste ano, o nosso objetivo é aumentar as vendas em 50% em relação a 2010, lembrando que o ano de 2009 não pode ser usado como comparativo devido aos reflexos da crise econômica mundial. O incremento previsto para este ano representa a venda de 3 mil equipamentos, já que em 2010 comercializamos 2 mil unidades. Para os próximos anos, acreditamos que a expansão da demanda continuará forte, permitindo que a JCB cresça na faixa de 25% ao ano a partir de 2012.

M&T – Quais linhas de equipamentos ainda devem ser incorporadas à produção brasileira da JCB?

Carlos Hernández – O nosso objetivo é aumentar gradativamente a quantidade de modelos fabricados no Brasil, justamente para atender à crescente demanda por diferentes tipos de equipamentos do mercado. Por isso, estamos construindo uma fábrica inteiramente nova em Sorocaba (SP) que, em seu devido tempo, deverá abrigar diversas linhas de produção e será capaz de produzir até 10 mil unidades por ano, empregando um contingente de 300 colaboradores, o dobro do quadro atual.

M&T – O que tem feito – ou pode fazer – a diferença para os diversos fabricantes que estão apostando no mercado brasileiro?

Carlos Hernández – O nível de atendimento pós-venda, além da qualidade do produto, será o grande diferencial para os clientes na hora de tomar a decisão pela compra. Por isso nos estruturamos com uma área de pós-venda dividida em dois setores: peças e serviços. Ambas têm gerências e equipes separadas, mas integradas, que estão subordinadas à diretoria de desenvolvimento de distribuidores. A área de peças tem um depósito terceirizado em Guarulhos (SP), que atende a todo o território nacional com uma disponibilidade média de peças superior a 90%. Já o departamento de serviço está focado no desenvolvimento da rede de distribuidores e, por isso, o treinamento é um ponto-chave. Queremos que nossos mecânicos em todo o território nacional sejam treinados pela própria fábrica, onde inauguramos uma área específica para ministrar cursos teóricos e práticos para os mecânicos dos nossos distribuidores no ano passado. Além dos cursos presenciais, disponibilizamos também cursos online.

 

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