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Revista M&T - Ed.170 - Julho 2013
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Guindastes

Números não mentem

Fabricantes demonstram como a versatilidade mantém os guindastes AT insuperáveis em diversas operações no mercado brasileiro de construção e mineração

As estatísticas não mentem. Em 2012, a Liebherr comercializou 90 guindastes All Terrain (AT) no Brasil. Essa estimativa representa aproximadamente 65% de um mercado total de 138 máquinas/ano desse tipo. Com tal volume de vendas, o país posiciona-se entre os cinco principais mercados da fabricante alemã no mundo, algo que já vinha se confirmando nos três últimos anos.

Para suprir essa demanda, a empresa oferece 20 modelos de guindastes AT no Brasil, todos importados e com faixas de capacidade entre 30 t a 1,2 mil t. A fabricante, entretanto, ressalta que as faixas mais requisitadas são as das classes de 90 t, 100 t e 220 t. Também se destaca a classe de 500 t, da qual a marca já possui 40 unidades em solo brasileiro.

VERSATILIDADE

De acordo com a Liebherr, a aplicabilidade dos modelos AT se mantém principalmente pela versatilidade – o que se traduz na utilização tanto rodoviária como fora de estrada dos equipamentos. Em suma, as máquinas são dotadas de carro inferior e superior projetados especificamente um para o outro, diferentemente dos guindastes Truck Crane (TC), principais concorrentes dos AT cuja parte superior – o guindaste em si – é considerado como um implemento dos chassis de caminhões tradicionais, sejam os vendidos no mercado rodoviário ou os desenvolvidos separadamente para a locomoção desses equipamentos.

 

Para pontuar as especificidades dos guindastes AT e TC, recentemente a Liebherr realizou um estudo técnico e comparativo que apontou, dentre outras distinções, a presença de eixos especiais para trabalho pesado nos All Terrain, enquanto os Truck Crane incluem eixos tradicionais de caminhões. Isso significa que a capacidade de carga por eixo dianteiro e traseiro dos AT é de 12 t, enquanto nos modelos TC os eixos dianteiros suportam 7 t cada e os traseiros, até 9 t por conjunto.

CONCEITOS

Outra diferença entre os dois conceitos de guindastes está na suspensão – reforçada e hidropneumática no caso dos AT, contra o padrão de molas da indústria automobilística nos guindastes TC. A maior versatilidade do sistema de direção, com movimento simultâneo de todas as rodas, desponta co


As estatísticas não mentem. Em 2012, a Liebherr comercializou 90 guindastes All Terrain (AT) no Brasil. Essa estimativa representa aproximadamente 65% de um mercado total de 138 máquinas/ano desse tipo. Com tal volume de vendas, o país posiciona-se entre os cinco principais mercados da fabricante alemã no mundo, algo que já vinha se confirmando nos três últimos anos.

Para suprir essa demanda, a empresa oferece 20 modelos de guindastes AT no Brasil, todos importados e com faixas de capacidade entre 30 t a 1,2 mil t. A fabricante, entretanto, ressalta que as faixas mais requisitadas são as das classes de 90 t, 100 t e 220 t. Também se destaca a classe de 500 t, da qual a marca já possui 40 unidades em solo brasileiro.

VERSATILIDADE

De acordo com a Liebherr, a aplicabilidade dos modelos AT se mantém principalmente pela versatilidade – o que se traduz na utilização tanto rodoviária como fora de estrada dos equipamentos. Em suma, as máquinas são dotadas de carro inferior e superior projetados especificamente um para o outro, diferentemente dos guindastes Truck Crane (TC), principais concorrentes dos AT cuja parte superior – o guindaste em si – é considerado como um implemento dos chassis de caminhões tradicionais, sejam os vendidos no mercado rodoviário ou os desenvolvidos separadamente para a locomoção desses equipamentos.

 

Para pontuar as especificidades dos guindastes AT e TC, recentemente a Liebherr realizou um estudo técnico e comparativo que apontou, dentre outras distinções, a presença de eixos especiais para trabalho pesado nos All Terrain, enquanto os Truck Crane incluem eixos tradicionais de caminhões. Isso significa que a capacidade de carga por eixo dianteiro e traseiro dos AT é de 12 t, enquanto nos modelos TC os eixos dianteiros suportam 7 t cada e os traseiros, até 9 t por conjunto.

CONCEITOS

Outra diferença entre os dois conceitos de guindastes está na suspensão – reforçada e hidropneumática no caso dos AT, contra o padrão de molas da indústria automobilística nos guindastes TC. A maior versatilidade do sistema de direção, com movimento simultâneo de todas as rodas, desponta como outro importante diferencial dos guindastes para todo terreno.

No caso da Manitowoc – detentora da marca de guindastes Grove, cujas unidades são fabricadas em Wilhelmshaven, no norte da Alemanha –, a linha de AT começa com máquinas de dois eixos, com capacidade de 32 t, e vai até as de sete eixos, com capacidade de carga de 450 t. “No Brasil, os modelos a partir de 100 t já se confirmaram economicamente mais atrativos do que os Truck Cranes”, revela Luciano Dias, vice-presidente de vendas da Manitowoc para o Brasil.

Apesar de não divulgar o volume de máquinas AT vendidas pela empresa, o executivo diz que o último ano foi 20% melhor do que o ano anterior. Ele explica que a escolha pelos guindastes AT em detrimento de outros conceitos ocorre quando o usuário precisa atender a trabalhos de içamento em locais diversos, de acesso dificultado e que exigem alta capacidade de carga, incluindo lança de maior comprimento. “Essas características não podem ser atingidas por máquinas de esteiras, que têm mobilidade mais limitada, nem por TC, que têm pouca capacidade de carga e mobilidade comprometida em terrenos acidentados”, compara. “E, por questões de custos de mobilidade e capacidade, tampouco pelos Rough Terrain (RT).”

VANTAGENS

A Sany também não revela o volume de suas vendas, mas afirma que o crescimento sobre 2011 foi de expressivos 30%. A fabricante chinesa detém em seu portfólio máquinas AT que vão a até 1,2 mil t de capacidade de carga, destacando que esse tipo de guindaste possui uma melhor relação de espaço de manobra versus capacidade de carga, quando comparado com as máquinas sobre esteiras TC ou RT. “Nos últimos anos, os AT vêm sendo prejudicados por terem maior custo de aquisição que os TC”, diz Rodrigo Chabshoul, gerente de linha de produto de guindastes da fabricante. “Porém, podemos afirmar tranquilamente que, para máquinas acima de 130 t, a relação de custo x benefício privilegia totalmente os AT.”

Em 2012, quem apresentou uma porcentagem ainda maior de crescimento da linha de AT foi a Terex, que afirma ter obtido um impressionante incremento de 70% sobre o ano anterior. Para isso, a empresa oferta uma linha de equipamentos que vai de 30 t a 1,2 mil t, sendo os mais requisitados os de 200 t, 350 t e 500 t.

Conforme aponta a empresa, as vantagens dos modelos AT coincidem com as dos demais fabricantes, com o acréscimo de quatro módulos de direção específicos para esses modelos. A tecnologia denominada crab steering, ou locomoção do tipo “caranguejo” tem aplicação especialmente em locais confinados, como áreas de risco em refinarias ou mineradoras, por exemplo. A solução também está presente nos modelos RT, que não possuem as mesmas qualidades de locomoção por rodovia.

Apesar das qualidades, a fabricante norte-americana admite que os AT são vantajosos ao mercado somente em modelos acima de 70 t. Isso ocorre por conta do menor preço dos Truck Cranes sustentado principalmente pela entrada dos fabricantes asiáticos nos últimos anos, mas também pela classificação fiscal. Afinal, os AT abaixo de 60 t possuem taxa de importação cheia (de 35%), o que, em certos casos, inviabiliza uma boa relação custo x benefício.

SEGURANÇA

 

De acordo com a Manitowoc, a lista de dispositivos de segurança dos modelos All Terrain é a mais extensa entre todos os tipos de guindastes. Isso ocorre porque, ao mesmo tempo em que se trata de uma máquina de grande porte, o AT pode se locomover diuturnamente com velocidades de até 80 km/h nas rodovias. Além disso, o modelo possui dimensões mais adequadas às exigências de tráfego em diversos países. “Assim, eles englobam componentes de segurança rodoviários e de içamento”, afirma Dias.

Da lista de itens de segurança, a Terex destaca os limitadores do cabo de aço do moitão, da capacidade máxima de carga e do perímetro e altura de trabalho, além da bomba hidráulica de emergência, que auxilia no deslocamento do guindaste para uma área segura caso haja algum problema no motor.

Para a Liebherr, o principal dispositivo de segurança em um guindaste é o indicador de momento de carga, da sigla em inglês LMI. Nas máquinas da marca alemã, o dispositivo atua integrado ao sistema Liccon (Liebherr Computed Control), responsável pelo monitoramento da operação por meio de sensores. É o caso dos sensores de pressão do cilindro de elevação da lança, cuja utilidade é indicar a carga. Mas também estão nesse rol o anemômetro e os indicadores de inclinação e de pressão nas patolas.

A Sany, por sua vez, divide os principais dispositivos de segurança dos guindastes AT em duas partes: direção e elevação. No primeiro caso, a fabricante inclui o conjunto de frenagem, composto por freios de circuito duplo, freio motor, freio a exaustão, retardador hidráulico e de transmissão e servo-freio a ar em todas as rodas. “Na elevação, a segurança é garantida principalmente pelo controle de proporção elétrica, pela válvula de equilíbrio de queda de peso e pelo ciclo hidráulico aberto e convergente, de bomba dupla”, finaliza Chabchoul.

 

 

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