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Revista M&T - Ed.219 - Dez/Jan 2018
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Mineração

Novas tecnologias na lavra

Para garantir maior produtividade e segurança, cada vez mais as mineradoras brasileiras apostam em tecnologias e ferramentas de automação em suas operações
Por Melina Fogaça

No que se refere à mineração, o Brasil é exemplo para outros países. A mineradora Anglo Gold Ashanti, por exemplo, conta com um projeto-piloto na mina subterrânea Cuiabá, em Sabará (MG), que possui uma rede de comunicação Wi-Fi capaz de suportar desde sistemas de gestão de processos até automação da ventilação, além de rádios de comunicação e celulares. “Nessa mina, de um total de 40 km, cobrimos 28 km no subsolo com rede sem fio, permitindo que os equipamentos funcionem de forma autônoma”, comenta Pedro Augusto Oliveira, diretor de tecnologia da informação da Anglo Gold Ashanti.

Mas não fica só nisso. Segundo ele, também são operados de forma remota no local os chamados “hammers”, rompedores hidráulicos utilizados para fragmentar rochas em granulometrias menores. Operando a cerca de 1.100 m de profundidade, esses equipamentos são controlados por meio de sistemas localizados em uma sala de comando na superfície.

Além do ganho de produtividade – como explica o executivo, o hammer pode trabalhar 24 horas por dia –, a automação dos equipamentos reduz a exposição e o tempo gasto com transporte, pois os operadores permanecem na superfície. “Nosso objetivo é mudar a forma como a mineração é realizada, saindo do modelo tradicional para o desenvolvimento de novas tecnologias”, diz Oliveira. “Em Sabará, além desse projeto, temos uma estação de tratamento de água no subsolo, garantindo maior produtividade.”

Há outros exemplos. Com o objetivo de integrar a cadeia de produção do minério de ferro, a Vale implementou um Centro de Operações Integradas (COI), que consiste em instalações que combinam diversas funções do processo, como planejamento, programação, execução e monitoramento da produção da commodity mineral.

Segundo Vagner Loyola, diretor da cadeia de ferrosos da Vale, o centro promove um alinhamento à estratégia da empresa, “fazendo com que todo o processo flua de forma mais ágil, acompanhando o dinamismo do mercado atual”. “Os principais benefícios com a otimização da cadeia de valor do minério de ferro incluem a melhoria dos processos de planejamento de vendas e operações, além de aumento da aderência entre o planejado e executado”, exemplifica. Segundo o especialista, o objetivo é otimizar o processo de ponta a ponta, incluindo o desempenho de ativos e a infraestrutura dos cen


No que se refere à mineração, o Brasil é exemplo para outros países. A mineradora Anglo Gold Ashanti, por exemplo, conta com um projeto-piloto na mina subterrânea Cuiabá, em Sabará (MG), que possui uma rede de comunicação Wi-Fi capaz de suportar desde sistemas de gestão de processos até automação da ventilação, além de rádios de comunicação e celulares. “Nessa mina, de um total de 40 km, cobrimos 28 km no subsolo com rede sem fio, permitindo que os equipamentos funcionem de forma autônoma”, comenta Pedro Augusto Oliveira, diretor de tecnologia da informação da Anglo Gold Ashanti.

Mas não fica só nisso. Segundo ele, também são operados de forma remota no local os chamados “hammers”, rompedores hidráulicos utilizados para fragmentar rochas em granulometrias menores. Operando a cerca de 1.100 m de profundidade, esses equipamentos são controlados por meio de sistemas localizados em uma sala de comando na superfície.

Além do ganho de produtividade – como explica o executivo, o hammer pode trabalhar 24 horas por dia –, a automação dos equipamentos reduz a exposição e o tempo gasto com transporte, pois os operadores permanecem na superfície. “Nosso objetivo é mudar a forma como a mineração é realizada, saindo do modelo tradicional para o desenvolvimento de novas tecnologias”, diz Oliveira. “Em Sabará, além desse projeto, temos uma estação de tratamento de água no subsolo, garantindo maior produtividade.”

Há outros exemplos. Com o objetivo de integrar a cadeia de produção do minério de ferro, a Vale implementou um Centro de Operações Integradas (COI), que consiste em instalações que combinam diversas funções do processo, como planejamento, programação, execução e monitoramento da produção da commodity mineral.

Segundo Vagner Loyola, diretor da cadeia de ferrosos da Vale, o centro promove um alinhamento à estratégia da empresa, “fazendo com que todo o processo flua de forma mais ágil, acompanhando o dinamismo do mercado atual”. “Os principais benefícios com a otimização da cadeia de valor do minério de ferro incluem a melhoria dos processos de planejamento de vendas e operações, além de aumento da aderência entre o planejado e executado”, exemplifica. Segundo o especialista, o objetivo é otimizar o processo de ponta a ponta, incluindo o desempenho de ativos e a infraestrutura dos centros de controle. “Assim, torna-se possível aumentar a produtividade por meio do sincretismo e da estabilidade dos sistemas produtivos, otimizando o gerenciamento de qualidade para maximizar valor e alavancar a realização de preços.”

PROJETO

Denominada “COI Global”, a primeira fase de implementação foi realizada em setembro do ano passado, em uma área na Mina de Águas Claras, em Nova Lima (MG). Segundo Loyola, as principais atribuições do “COI Global” consistem no planejamento integrado de todos os sistemas produtivos em uma visão de médio prazo (leiam-se alguns meses) e a programação da cadeia estendida, incluindo desde planos de estoque e blendagem (processo de descaraterização e/ou mistura de resíduos industriais) nos portos da Ásia (principalmente Malásia e China) até a distribuição do produto.

A próxima etapa do projeto é a definição e planejamento dos chamados “COI dos Corredores”, que irão cuidar da programação e controle do sistema produtivo integrado, coordenando a atuação no dia a dia de mina, incluindo usina, ferrovia, porto e pelotização. “Estas estruturas atuarão no estabelecimento da programação diária e semanal da mina ao porto”, explica Loyola. “Também aprimorarão a coordenação das ações entre as equipes de programação e as salas de controle, promovendo ações de melhoria nos desvios de planejamento, além da interação em tempo real com as operações locais e com o COI Global.”

O objetivo, como explica o executivo, é garantir a máxima eficiência dessa cadeia produtiva, fazendo com que o sistema produtivo consiga atingir sua meta programada de produção, transporte e embarque para cada mês. “O escopo do projeto inclui também a criação de um Centro de Excelência (CE) com foco na performance dos ativos e processos mais críticos, estabelecendo metas de produtividade e prioridades nas melhorias a serem implantadas”, conclui o especialista.

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