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Revista M&T - Ed.279 - Novembro 2023
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FABRICANTE

Muito além do convencional

Mantendo um olhar atento no mercado brasileiro, a Combilift expande a atuação com produtos customizados para operações logísticas em diferentes setores, inclusive a construção
Por Marcelo Januário (Editor)

Pioneira global em empilhadeiras multidirecionais, a Combilift completa 25 anos de atividades se reinventando. Como parte das comemorações, no final de setembro a empresa apresentou novas soluções na fábrica de Monaghan, na Irlanda, em evento que a Revista M&T acompanhou a convite da empresa junto a outros veículos brasileiros.

Em rápido crescimento, as novidades do portfólio expandem o horizonte da marca no que se refere aos mercados de atuação. Desde a introdução da primeira empilhadeira multidirecional com tração em todas as rodas, a empresa evoluiu para um conceito de soluções customizadas, tanto a diesel quanto elétricas e a gás.

Atualmente, o extenso portfólio da marca abrange desde soluções articuladas das linhas AM (AisleMaster) e WR (WarehouseRange), até estofadores CSS (SlipSheet) para contêineres e transportadores e pórticos SC (StraddleCarriers) para cargas extrapesadas, passando por multidirecionais elétricas da gama CB (CounterBalance) para paletes e cargas longas e soluções especiais como a linha PP (PoultryProducts) para o setor granjeiro.

Na Europa, seus produtos são reconhecidos pela inovação, tendo já arrebatado premiações importantes como o Red Dot Award. Inclusive, a nova empilhadeira multidirecional contrabalançada elétrica CB70E (7 t) acaba de vencer o prêmio italiano Terminal and Logistics Award, que reconhece a inovação operacional e o compromisso com formação e segurança de operadores.

Um exemplo desse perfil de inovação é o recurso opcional de guias de rolamentos para empilhadeiras multidirecionais até 25 t, que permite trabalhar no limite do corredor, sendo que a máquina tem 10 mm de tolerância em relação à guia, o que permite salvar até ½ metro de área.

“A máquina trabalha sempre dentro do corredor, o que otimiza o espaço e aumenta a segurança, pois o operador n&at


Pioneira global em empilhadeiras multidirecionais, a Combilift completa 25 anos de atividades se reinventando. Como parte das comemorações, no final de setembro a empresa apresentou novas soluções na fábrica de Monaghan, na Irlanda, em evento que a Revista M&T acompanhou a convite da empresa junto a outros veículos brasileiros.

Em rápido crescimento, as novidades do portfólio expandem o horizonte da marca no que se refere aos mercados de atuação. Desde a introdução da primeira empilhadeira multidirecional com tração em todas as rodas, a empresa evoluiu para um conceito de soluções customizadas, tanto a diesel quanto elétricas e a gás.

Atualmente, o extenso portfólio da marca abrange desde soluções articuladas das linhas AM (AisleMaster) e WR (WarehouseRange), até estofadores CSS (SlipSheet) para contêineres e transportadores e pórticos SC (StraddleCarriers) para cargas extrapesadas, passando por multidirecionais elétricas da gama CB (CounterBalance) para paletes e cargas longas e soluções especiais como a linha PP (PoultryProducts) para o setor granjeiro.

Na Europa, seus produtos são reconhecidos pela inovação, tendo já arrebatado premiações importantes como o Red Dot Award. Inclusive, a nova empilhadeira multidirecional contrabalançada elétrica CB70E (7 t) acaba de vencer o prêmio italiano Terminal and Logistics Award, que reconhece a inovação operacional e o compromisso com formação e segurança de operadores.

Um exemplo desse perfil de inovação é o recurso opcional de guias de rolamentos para empilhadeiras multidirecionais até 25 t, que permite trabalhar no limite do corredor, sendo que a máquina tem 10 mm de tolerância em relação à guia, o que permite salvar até ½ metro de área.

“A máquina trabalha sempre dentro do corredor, o que otimiza o espaço e aumenta a segurança, pois o operador não corre risco algum, podendo se concentrar totalmente na carga”, diz Luis Monteiro, engenheiro de produto da Combilift.

Segundo ele, a customização é a tônica da empresa, pois “o desenvolvimento depende da aplicação”. Isso inclui a possibilidade de equipamentos mais largos ou longos, com implementos especiais, mastros diferenciados e detalhes construtivos e de capacidade únicos, chegando ao tipo de tinta utilizado e cores da carenagem.

“Cada cliente vem com um problema específico”, comenta Monteiro. “Então, são feitos cálculos para aferir se a máquina é capaz de levantar a carga, se é o tipo o mais indicado ou se o material tem resistência suficiente. Ou seja, é impossível ter um padrão único de máquina”, diz o engenheiro brasileiro.

Nos últimos anos, na esteira do aumento da demanda logística em todo o mundo, esse foco na customização ampliou-se ainda mais, passando a englobar empilhadeiras manuais com timão de múltiplas posições, modelos com tecnologia multiposicional patenteada e soluções especiais para movimentação de carga, como a C-Series de carregadeiras laterais (SideLoaders) contrabalançadas.

“Sempre buscamos nos concentrar em nichos em que mais tarde podemos nos tornar o número um”, diz o CEO da empresa, Martin McVicar.


Com o aumento da demanda logística global,
a fabricante ampliou o foco na customização de produtos (Foto: MJ)

LANÇAMENTOS

Para celebrar a data, a empresa apresentou os modelos mais recentes e tecnológicos de seu portfólio. Nesse rol, o modelo AGT (Autonomous Guided Truck) foi anunciado como a primeira empilhadeira lateral de produção automatizada do mundo para cargas longas.

Com faixa de aplicação de 3 a 5 t, o equipamento foi desenvolvido em parceria com a IMR (Irish Manufacturing Research) para permitir a integração a plataformas WMS (Warehouse Management Systems).

Baseado na empilhadeira GTE elétrica de operação manual, o AGT permite alcançar diferentes alturas, atendendo às exigências dos centros de serviço com aço e metal, que normalmente lidam com cargas mais longas. Sensores a laser são instalados em várias posições no chassi, incluindo um sistema de segurança para evitar colisões, aprovado pelo American National Standards Institute (ANSI).


Modelo Combi-AGT é a primeira empilhadeira
lateral de produção automatizada do mundopara cargas longas(Foto: MJ)

Quando a máquina detecta um obstáculo, reduz automaticamente a velocidade e, em casos de emergência, interrompe completamente a operação.

“O sistema de segurança adaptativo permite que a amplitude dos campos de detecção de obstáculos aumente ou diminua de acordo com o ângulo de direção e a velocidade da empilhadeira”, descreve a empresa.

Operada em corredores guiados ou em movimento livre, a configuração inclui quatro rodas direcionais, sensor de carga, chassi inclinado, bateria de 72 V e leitura de códigos de barras, além de opção de condução manual.

A empresa também exibiu um projeto ainda em desenvolvimento. Com 6 m de largura, o modelo 14Tonnes – de 14 toneladas – é operado por controle remoto e traz motor de combustão a diesel, sendo indicado para a instalação de painéis de concreto dentro de túneis. “Primeiro vem uma máquina que perfura o túnel da rodovia e, depois, desce a empilhadeira, prendendo os painéis de concreto na lateral do túnel”, descreve Monteiro.

Quando a Revista M&T visitou a fábrica, a máquina ainda não estava pronta, sendo que apenas o chassi estava em demonstração. A previsão era de que o projeto estivesse finalizado no final de outubro. Feito por encomenda para um cliente da Escandinávia, não é um projeto totalmente novo. “A parte de motorização, cilindros e direção, por exemplo, é de um modelo pré-existente”, explica Monteiro, que acompanha o desenvolvimento do projeto em Monaghan.


Com controle remoto, modelo 14Tonnes (imagem superior) é indicado
para a instalação de painéis de concreto, enquanto a solução
Combi-LC BladeMover é voltada para o segmento de energia eólica offshore(Foto: MJ)

Como se trata de uma encomenda, o modelo não deve ser serializado de imediato. “Estamos interessados em máquinas especiais, mas por enquanto não será uma produção de grande volume, pois são soluções muito personalizadas”, ressalta McVicar. “Estamos dispostos a analisar qualquer aplicação, a única coisa que não temos interesse é produzir empilhadeiras convencionais.”

DIVERSIFICAÇÃO

Fugindo do convencional, outras soluções recentes já indicavam o caminho de diversificação trilhado pela empresa. Desenvolvido em colaboração com a Siemens Gamesa, o modelo LC BladeMover, por exemplo, é voltado para o segmento de energia eólica offshore, mercado em que a empresa espera gerar mais de 50 milhões de euros em receitas por ano até 2026.

Operada por controle remoto, a máquina foi projetada para operações de movimentação de pás e turbinas, desde os estágios de produção até o armazenamento.

Com patente pendente, o conceito baseia-se em duas unidades totalmente personalizáveis, com dimensões e configurações de rodas que variam de acordo com o tipo e o peso da carga.

Permitindo manusear cargas de até 75 t (em tandem) com extensões de até 115 m, a solução traz características como motor Deutz a diesel de 55 kW, cilindro de içamento vertical de 2,9 m, carro extensível, roda direcional tracionada, luzes LED de trabalho de 1.100 lm, balizas rotativas e sistema de proteção com corte de tração, além de oferecer opcionais como sistema multidirecional, mesa giratória com rotação de 360o e conjuntos extensíveis de rodas.

Base do conceito, a versão LC (LoadCarrier) tem aplicação especialmente no transporte de elementos industrializados de aço e concreto entre as áreas de produção e armazenamento. Composto por uma estrutura com 1.500 mm x 4.060 mm x 3.320 mm, o transportador multidirecional a diesel LC também é totalmente operado por controle remoto, permitindo o transporte de cargas de até 60 t (em tandem).

DE OLHO NO BRASIL

No Brasil, a Combilift já conta com cerca de 20 distribuidores, sendo três exclusivos, que atendem a 175 clientes com operações locais. O parque instalado já chega a quase 600 máquinas, voltadas para otimização de área e projetos logísticos, sendo que os modelos articulados representam 85% da demanda brasileira.

Na construção, especificamente, a Alea – marca off-site da Tenda – já utiliza um modelo lateral contrabalançado de 12 t no manuseio de placas de concreto para casas modulares pré-fabricadas no país.

“A construção industrializada está em um processo de amadurecimento no Brasil”, comenta Rafael Kessler, diretor comercial da Combilift no Brasil, que não participou do evento na Irlanda.

“Em mercados mais consolidados como Europa, América do Norte e Austrália já foram estabelecidas melhores práticas que olham para a rentabilidade a longo prazo, otimizando ao máximo o uso do espaço e os ativos, tanto equipamentos como recursos humanos.”

No início, todavia, essa assimilação não ocorreu sem dificuldades. Segundo McVicar, como a Irlanda nunca foi vista como polo de produção, a empresa enfrentou um desafio a mais para ingressar em mercados além-mar como o brasileiro.

“Isso me fez perceber que havia duas frentes em que se concentrar: uma é a grande distância do Brasil e, depois, que temos de trabalhar muito para mostrar que o nosso produto é bom”, diz ele.

O que ajudou foi o fato de a Alemanha emergir como um dos maiores mercados de exportação da empresa, atrás dos EUA. Segundo o executivo, isso mudou a percepção do mercado.

“A credibilidade do nosso produto cresceu muito quando os brasileiros souberam que a Combilift estava enviando produtos para clientes alemães”, observa McVicar. “Então, todos ficaram pensando: ‘sim, isso deve ter algo de bom’.”

Nos primeiros tempos no Brasil, há 15 anos, a companhia focou os negócios em modelos multidirecionais, visando atender indústrias de base como metalúrgicas e OEMs de construção, incluindo Caterpillar e John Deere.

“Porém, nos últimos dez anos passamos a nos concentrar mais em modelos articulados”, afirma o executivo, destacando que essa linha permite operar tanto em espaços internos como externos, contando com pneus de borracha e flexibilidade para trabalhar sobre pisos irregulares. “De todo modo, o mercado brasileiro se desenvolveu muito mais rápido do que tínhamos previsto, pois há muitos armazéns e, claro, construção de casas”, afirma.

Pouco depois da primeira visita, o executivo conheceu Kessler, na época atuando como gerente comercial da Saur Equipamentos.

“A primeira visita ao Brasil foi uma experiência que me abriu a visão para a industrialização do mercado brasileiro”, frisa McVicar, que na época nomeou a Saur como revendedora e parceira de serviços no Brasil. “O brasileiro é um povo muito cooperativo, que sempre tenta entregar o melhor de si, e eu realmente gosto dessa cultura”, afirma.

Tempos depois, Kessler passou a atuar como Master Dealer exclusivo da marca no país. A partir daí, a distribuidora implantou uma série de lideranças regionais, buscando escala para o modelo articulado – como já ocorreu nos EUA, onde a companhia conta atualmente com 49 revendedores.

“O mercado brasileiro é tão grande que precisa de revendedores regionais”, comenta o CEO, que deve voltar ao Brasil no início de 2024. “A Master está crescendo em um ritmo muito rápido, mas para escalar o mercado brasileiro precisamos trabalhar mais de perto em cada região, mostrando o benefício ímpar dos nossos produtos”, ressalta.


Segundo o CEO Martin McVicar,
a dimensão do mercado brasileiro
exige distribuição regional

De acordo com o executivo, o Brasil é um mercado com enorme potencial e, por isso, a ideia é se concentrar mais no país nos próximos anos. Até o final de setembro, a empresa havia comercializado cerca de 100 unidades no mercado brasileiro.

“É um bom número para o ano, mas precisamos instruir nossos revendedores sobre como esse produto pode ser uma solução para diferentes indústrias, desde fábricas de galvanização até produtores de aço estrutural”, reforça McVicar. “Podemos atrair mais negócios se conseguirmos fazer mais demonstrações. Por isso, estamos planejando a participação em feiras no Brasil.”

Já a produção no Brasil ainda é um sonho distante, ao menos de imediato, como esclarece o executivo. Para justificar a instalação de uma fábrica, afirma McVicar, seria necessário um volume de cerca de 500 unidades/ano de cada modelo produzido.

Segundo ele, como a produção da Combilift é altamente customizada, é difícil replicar o modelo em outro país. “Mas não é impossível”, apressa-se em contrapor. “Não diria que nunca vamos produzir no Brasil, mas não consigo ver isso nos próximos anos.”


MERCADO
Empresa vive momento de rápida expansão


O engenheiro brasileiro Luis Monteiro:
inovação traz credibilidade à empresa (Foto: MJ)

Fundada em 1998 por Martin McVicar e Robert Moffet, a Combilift atualmente exporta cerca de 98% da produção para 85 países por meio de uma rede de 250 distribuidores. Em 2018, a empresa inaugurou uma nova fábrica de 46.500 m2 em Monaghan, a 10 min da instalação original, que desde então tornou-se um centro de apoio e armazenagem.

Montada ao custo de 50 milhões de euros, a nova fábrica tem estrutura “L-Shape” (Formato em L) e conta com 700 funcionários, incluindo cerca de 50 engenheiros que já desenvolveram mais de 40 patentes, com outros pedidos em andamento. A área de P&D recebe investimentos que chegam a 7% do faturamento anual da companhia.

Na produção, a empresa consome cerca de 600 t de aço por semana (fornecido pela Tata Steel), mas também recorre a fornecedores locais para alguns componentes. As linhas contam com processos automatizados, como na soldagem e no jateamento, além de aplicações de machine learning.

Com um ritmo de avanço de 100 mm/min, é capaz de produzir uma máquina a cada 15 min (700 unidades por mês), buscando atender uma carteira de pedidos acima de 6 mil unidades, especialmente elétricas, com baterias tanto de chumbo ácido quanto de lítio, que juntas representam cerca de 70% da demanda.

No ano passado, foram produzidas 8 mil unidades, dobrando a produção e elevando o parque instalado à marca atual de 75 mil unidades no mundo. “A empresa traz muita inovação, o que dá credibilidade”, diz o engenheiro de produto Luis Monteiro.

No que tange aos recentes distúrbios globais de fornecimento, o profissional destaca que o mercado está praticamente normalizado, com algum gargalo residual em termos de volumes. “Muitos fornecedores não acompanharam o crescimento da empresa, de modo que tivemos de atrair mais fornecedores para os mesmos produtos”, diz ele.

Saiba mais:
Combilift:
www.combilift.com.br

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