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Revista M&T - Ed.151 - Outubro 2011
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Caminhões

Montadoras apostam nos pesados para 2012

Fabricantes de caminhões rodoviários apresentam modelos pesados e extrapesados para suprir a alta demanda dos setores off road

Durante a Fenatran 2011 (Salão Internacional do Transporte) as principais montadoras de caminhão atuantes no Brasil demonstraram lançamentos pautados por motorização adequada aos novos padrões de emissão de poluentes da sétima fase do Proconve (P7), que entra em vigor em janeiro de 2012. E os modelos pesados e extrapesados figuraram com destaque, principalmente em virtude da alta demanda do setor de infraestrutura. Foi o caso da MAN Latin America, cuja primeira linha de caminhões que será fabricada no Brasil pertence ao segmento de pesados.

Até o fechamento desta reportagem, a montadora não havia revelado detalhes de motorização dos novos modelos, que devem ter mais 60% de nacionalização após os 24 meses de inicialização no mercado nacional. Todavia, os executivos da empresa revelaram a intenção de ampliar a sua participação no segmento de pesados, onde a marca detém pouco mais de 9% de market share. “Serão caminhões voltados para atender projetos de infraestrutura, principalmente os ligados aos grandes eventos esportivos que serão realizados nos próximos anos”, relata Ricardo Alouche, diretor de marketing e pós-vendas da montadora.

As investidas da empresa germânica não param por aí: no fim de outubro, o presidente da companhia, Roberto Cortes, anunciou, em reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff, o investimento de R$ 1 bilhão na unidade brasileira da empresa, em Resende (RJ). “Trata-se da maior soma já anunciada pela MAN Latin America em seus 30 anos de existência”, avaliza ele. Segundo a montadora, grande parte do aporte será dedicado ao incremento de linhas que não eram comercializadas no Brasil, leia-se os caminhões pesados e extrapesados.

Já a Iveco realizou um preview da sua nova geração de caminhões, batizada como Ecoline e que será lançada no mercado brasileiro paulatinamente, durante os próximos três anos. A empresa já tinha feito uma ação semelhante entre 2007 e 2010, quando aumentou a sua fatia no mercado de caminhões de 4% para 9%. “Vamos renovar toda a linha novamente, inserindo caminhões mais robustos e confortáveis, dotados de motores Euro V, menos poluentes e com menor consumo de combustível”, diz Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America. Entre os novos produtos o destaque


Durante a Fenatran 2011 (Salão Internacional do Transporte) as principais montadoras de caminhão atuantes no Brasil demonstraram lançamentos pautados por motorização adequada aos novos padrões de emissão de poluentes da sétima fase do Proconve (P7), que entra em vigor em janeiro de 2012. E os modelos pesados e extrapesados figuraram com destaque, principalmente em virtude da alta demanda do setor de infraestrutura. Foi o caso da MAN Latin America, cuja primeira linha de caminhões que será fabricada no Brasil pertence ao segmento de pesados.

Até o fechamento desta reportagem, a montadora não havia revelado detalhes de motorização dos novos modelos, que devem ter mais 60% de nacionalização após os 24 meses de inicialização no mercado nacional. Todavia, os executivos da empresa revelaram a intenção de ampliar a sua participação no segmento de pesados, onde a marca detém pouco mais de 9% de market share. “Serão caminhões voltados para atender projetos de infraestrutura, principalmente os ligados aos grandes eventos esportivos que serão realizados nos próximos anos”, relata Ricardo Alouche, diretor de marketing e pós-vendas da montadora.

As investidas da empresa germânica não param por aí: no fim de outubro, o presidente da companhia, Roberto Cortes, anunciou, em reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff, o investimento de R$ 1 bilhão na unidade brasileira da empresa, em Resende (RJ). “Trata-se da maior soma já anunciada pela MAN Latin America em seus 30 anos de existência”, avaliza ele. Segundo a montadora, grande parte do aporte será dedicado ao incremento de linhas que não eram comercializadas no Brasil, leia-se os caminhões pesados e extrapesados.

Já a Iveco realizou um preview da sua nova geração de caminhões, batizada como Ecoline e que será lançada no mercado brasileiro paulatinamente, durante os próximos três anos. A empresa já tinha feito uma ação semelhante entre 2007 e 2010, quando aumentou a sua fatia no mercado de caminhões de 4% para 9%. “Vamos renovar toda a linha novamente, inserindo caminhões mais robustos e confortáveis, dotados de motores Euro V, menos poluentes e com menor consumo de combustível”, diz Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America. Entre os novos produtos o destaque será o Stralis AS, um caminhão extrapesado maior e mais potente do que os da série atual. “O equipamento inclui motorização de 440, 480 e 560 CV e 2.500 Nm de torque, além de transmissão automatizada Eurotronic de série, o que o coloca no topo da categoria de extrapesados”, afirma o executivo.

De acordo com a montadora, a nova linha de caminhões será toda produzida no Brasil, na fábrica de Sete Lagoas (MG), o que significa que os veículos poderão ser adquiridos via Finame. “Os caminhões atenderão aos limites de emissão no padrão Euro V por meio de EGR (recirculação dos gases de exaustão) ou SCR (redução catalística sletiva)”, revela Mazzu.

Outra novidade da fabricante italiana para o setor off road é o modelo Trector, cuja versão convencional é para aplicação urbana, mas há um modelo 6x4 para ser equipado com betoneira. Nesse caso, informa a Iveco,  são motores com potência de 280 CV, de 6 cilindros e injeção common rail.

Na Mercedes-Benz o destaque ficou por conta do Actros 4844, com versão 8x4 para caçamba basculante. O fora-de-estrada já está presente no mercado desde 2008, mas a partir do ano que vem apresentará diferenças como a transmissão automatizada PowerShift de segunda geração, com 12 marchas e sem pedal de embreagem. A principal novidade acerca dessa tecnologia é o sensor de inclinação da via, que auxilia o sistema a escolher a marcha mais adequada de condução do caminhão conforme o relevo da pista. De acordo com a montadora, o equipamento tem 48 toneladas de capacidade no peso bruto total (PBT) e carga líquida que chega a 37 t, dependendo do peso do implemento, o que permite a utilização de caçamba basculante com capacidade de até 20 m³.

Pensando nas operações off road, o novo modelo da Mercedes-Benz leva suspensão robusta, com molas dianteiras para 9 t em cada eixo e molas traseiras para 16 t por eixo. Essas configurações resultam num conjunto de molas para suportar 50 t, o que é uma capacidade superdimensionada para que o caminhão possa trabalhar com folga, mesmo em condições extremas de carga. “O veículo também dispõe de redução nos cubos e bloqueios transversal e longitudinal dos diferenciais traseiros, fazendo com que ele sempre tenha tração uniforme em todas as rodas traseiras, mesmo em condições desfavoráveis”, informa a montadora.

Diferente das demais concorrentes, a Ford não apresentou um modelo de caminhão dedicado ao setor fora-de-estrada. O seu anúncio diz respeito somente à intenção de entrar nesse segmento, como declarou o presidente da empresa para o Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira: “Temos um projeto global para lançar um extrapesado que complementará a linha Cargo,  mas ainda não há data de lançamento”, confirmou ele.

Diferentemente, a Navistar América do Sul, holding de empresas que produz os caminhões da marca International e da qual a Caterpillar faz parte, também aproveitou o bom momento do setor de infraestrutura para apresentar o pesado International 9800i com nova motorização no padrão Euro V. Com tração 6x4, o equipamento possui motor Cummins ISM de 11 litros, com seis cilindros, 345 CV de potência e transmissão Eaton de 10 velocidades. Além disso, ele é equipado com o item de série Diamond Logic Electrical System, que monitora todos os componentes do veículo para reduzir o tempo de diagnóstico de falhas e permitir a integração de implementos.

Novas linhas de motores

A Volvo, por sua vez, aproveitou a inserção de tecnologia SCR nos seus propulsores para atender às normas de emissão do Proconve 7 para ampliar a faixa de potência dos motores dos caminhões pesados das séries FH e FMX em cerca de 20 CV. Ambas as linhas levam motores de até 13 litros e as potências vão de 420 a 540 CV, e podem utilizar a nova versão da transmissão automatizada I-Shift. “A caixa I-Shift, que já equipa cerca de 70% dos caminhões da linha F que  saem da nossa linha de montagem, foi reformulada com novos softwares que se interconectam de uma forma ainda melhor com a parte eletrônica do caminhão”, diz Sérgio Gomes, gerente de planejamento estratégico da Volvo do Brasil.

Segundo o especialista, a Volvo é a montadora que mais fidelizou o uso de transmissão automatizada no Brasil e esse sucesso é atribuido ao menor consumo de combustível proveniente da sua utilização. “Como o diesel representa perto de 50% na planilha de custos da vida útil do caminhão, a economia de combustível torna-se crucial para aumentar a rentabilidade do  frotista”, avaliza Alvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas da companhia. Ele ainda elenca como benefícios da transmissão automatizada o aumento da vida útil de componentes, a redução do esforço do motorista e o consequente aumento do conforto durante a condução do veículo.

A partir de janeiro de 2012, os caminhões comercializados pela Scania no Brasil também serão equipados com uma nova plataforma de motores, lançada mundialmente em outubro. Os propulsores de 9 e 13 litros – de 5 ou 6 cilindros, respectivamente – atendem aos controles de emissão de poluentes do Proconve 7  e chegam para substituir a antiga linha de motores de 9, 11 e 12 litros da montadora.

Segundo Roberto Leoncini, diretor geral da Scania no Brasil, os novos motores de 13 litros, para caminhões 8x4 – utilizados nos canteiros de obras e lavras de minério – têm maior capacidade volumétrica, de modo que o torque é 9% superior em relação à linha anterior, de 12 litros. Com novo sistema de retarder e de transmissão automatizada (Opticruise), o trem de força ainda terá 5% mais potência de arranque e o freio motor também será mais eficaz, principalmente nas operações off road, onde pode ampliar em 40% a potência de frenagem em velocidades abaixo de 30 km por hora. “Tratam-se de mudanças capazes de gerar até 7% de economia de combustível, dependendo da operação”, sintetiza ele.

Celso Mendonça, gerente de pós-vendas da Scania, afirma que as melhorias em performance não causaram mudanças na plataforma dos motores da marca, o que facilita a operação de mecânicos acostumados com os componentes da montadora. “Os novos motores permanecem com cabeçotes individuais para cada cilindro, eixo de comando localizado em uma posição elevada no bloco e engrenagens de sincronização montadas na parte traseira, além do filtro de óleo ciclone”, finaliza.

 

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