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Revista M&T - Ed.212 - Maio 2017
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Plataformas

Momento de reinvenção

Embora não possa mais ser considerado um hot spot global, mercado nacional de plataformas aproveitou anos de crescimento para consolidar SEU processo de normatização
Por Joás Ferreira

Nos últimos dois anos, o segmento de plataformas de trabalho aéreo (PTA) vem passando por importantes transformações no Brasil, tanto no que diz respeito a questões mercadológicas quanto tecnológicas e normativas.

Para o especialista Marcelo Bracco – que conhece profundamente este mercado, pois foi diretor das operações da Haulotte no Brasil por quatro anos, posteriormente estruturou a Socage do Brasil e atualmente é diretor geral da Manitou para a América Latina –, o Brasil deixou de ser visto como um hot spot global no segmento de plataformas em função de alguns fatores-chave.

O primeiro é o fato de o mercado da construção – o principal para esta família de máquinas – ter entrado em uma profunda crise a partir de 2014, após anos seguidos de sólido crescimento e expectativas positivas. “E, segundo, porque diversas empresas entraram no mercado ao mesmo tempo, fazendo com que o preço de locação, vetor da demanda das soluções, não acompanhasse a evolução do preço das máquinas”, complementa Bracco.

REVISÃO

Desta forma, o especialista acredita que atualmente “o setor de locação de plataformas está com valores muito baixos, se comparado com a mesma relação preço da máquina/valor de locação de sete anos atrás”.

Segundo Bracco, o segmento está passando por um momento de reestruturação e deve ser repensado. “O nosso mercado de plataformas não pode mais ser considerado um hot spot global, mas sim um mercado que necessita se reinventar e rever seus valores e players”, comenta o executivo.

Tanto é verdade que, segundo ele, muitos players atuantes com venda e locação estão perdendo o interesse pelo setor, em função da queda abrupta de rentabilidade. Entretanto, as empresas mais estruturadas, organizadas e com produtos bem desenvolvidos devem continuar nesse mercado. “Com a retomada da economia, o setor também deverá crescer no Brasil, mas de forma mais lenta e gradativa, sem contar mais com as bolhas de consumo do passado”, projeta o executivo da Manitou, que – talvez por uma questão de estratégia – tem no Brasil uma penetração maior de manipuladores telescópicos do que de plataformas, ainda praticamente ausentes por aqui.

NORMATIZAÇÃO

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Nos últimos dois anos, o segmento de plataformas de trabalho aéreo (PTA) vem passando por importantes transformações no Brasil, tanto no que diz respeito a questões mercadológicas quanto tecnológicas e normativas.

Para o especialista Marcelo Bracco – que conhece profundamente este mercado, pois foi diretor das operações da Haulotte no Brasil por quatro anos, posteriormente estruturou a Socage do Brasil e atualmente é diretor geral da Manitou para a América Latina –, o Brasil deixou de ser visto como um hot spot global no segmento de plataformas em função de alguns fatores-chave.

O primeiro é o fato de o mercado da construção – o principal para esta família de máquinas – ter entrado em uma profunda crise a partir de 2014, após anos seguidos de sólido crescimento e expectativas positivas. “E, segundo, porque diversas empresas entraram no mercado ao mesmo tempo, fazendo com que o preço de locação, vetor da demanda das soluções, não acompanhasse a evolução do preço das máquinas”, complementa Bracco.

REVISÃO

Desta forma, o especialista acredita que atualmente “o setor de locação de plataformas está com valores muito baixos, se comparado com a mesma relação preço da máquina/valor de locação de sete anos atrás”.

Segundo Bracco, o segmento está passando por um momento de reestruturação e deve ser repensado. “O nosso mercado de plataformas não pode mais ser considerado um hot spot global, mas sim um mercado que necessita se reinventar e rever seus valores e players”, comenta o executivo.

Tanto é verdade que, segundo ele, muitos players atuantes com venda e locação estão perdendo o interesse pelo setor, em função da queda abrupta de rentabilidade. Entretanto, as empresas mais estruturadas, organizadas e com produtos bem desenvolvidos devem continuar nesse mercado. “Com a retomada da economia, o setor também deverá crescer no Brasil, mas de forma mais lenta e gradativa, sem contar mais com as bolhas de consumo do passado”, projeta o executivo da Manitou, que – talvez por uma questão de estratégia – tem no Brasil uma penetração maior de manipuladores telescópicos do que de plataformas, ainda praticamente ausentes por aqui.

NORMATIZAÇÃO

Se no âmbito dos negócios o mercado esfriou (e muito) para as plataformas, o mesmo não pode ser dito em relação às normatizações, que se aproveitaram dos anos de crescimento para consolidar-se em requisitos de segurança e confiabilidade. Trata-se de um ganho que evidentemente não pode ser minimizado, tendo em vista sua importância para o setor.

De acordo com Sérgio Yassui, gerente de peças e serviços da Terex Latin America, “as normas que regulamentam o setor de plataformas aéreas visam a garantir um equipamento seguro, para uso do operador e das pessoas próximas à área de operação da plataforma”. No que diz respeito aos fabricantes, malgrado o fato de que nenhum modelo seja produzido no Brasil, Yassui explica que as regras passaram a exigir que o equipamento seja produzido conforme as normas técnicas validadas por organismos como o American National Standards Institute (ANSI, ou Instituto Nacional Americano de Padronização, em tradução livre do inglês) ou a marcação CE (Certificação Europeia) para máquinas e equipamentos.

Além disso, no caso específico do Brasil, as normas passaram a exigir que toda a comunicação visual com o operador seja de fácil compreensão, com o uso de adesivos com simbologia, indicações de comandos/controles, manuais em português e, ainda, um sistema de segurança para carga das baterias (no caso de equipamentos elétricos).

Mais que isso, os sistemas normativos também estabeleceram que os operadores devem ser treinados pelo fabricante, para que conheçam a capacidade do equipamento e suas limitações. “Conhecendo o equipamento, os operadores terão condições de fazer a pré-inspeção de operação e as manutenções periódicas”, destaca o gerente da Terex, complementando que, para a segurança das pessoas próximas ao local de trabalho, tornou-se obrigatório, por exemplo, o uso de sirene/giroflex e isolamento da área de trabalho. “Abrangente, a norma trata também de todos os equipamentos de proteção individual obrigatórios para o operador, que deve ter consciência para não utilizar o equipamento em caso de qualquer anormalidade.”

SISTEMAS

Nada mal para um setor que, há bem poucos anos, não contava com qualquer tipo de normatização. Contudo, essa adequação tecnológica e conceitual, obtida a duras penas no país, está ameaçada pela retração do mercado. Segundo Yassui, com a atualização da norma ANSI, novos sistemas de segurança, como sensores de carga na plataforma, já estão sendo introduzidos nas fábricas ao redor do mundo.

No entanto, como destaca o gerente da Terex, “devido à retração do mercado brasileiro, essas plataformas podem demorar a chegar ao Brasil”. “A nova norma ANSI obriga, por exemplo, os fabricantes a investirem mais em tecnologia, tanto no controle como na manutenção dos equipamentos”, comenta.

Mais que isso, a persistente retração do mercado também pode ser responsabilizada pelo fato de muitos locadores de equipamentos não investirem no treinamento de suas equipes. Mas as fabricantes têm se esforçado para suprir também esta necessidade. “Indo ao encontro das necessidades do mercado, a Terex adaptou sua matriz em competências do treinamento, aumentando a quantidade de cursos customizados no site do cliente”, destaca Yassui. “Com isso, a empresa está pronta para ministrar treinamentos da nova ANSI no Brasil, por exemplo.”

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