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Revista M&T - Ed.249 - Novembro 2020
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Entrevista

MAXIMILIANO JOSEF WAGNER

"O SETOR DE MÁQUINAS FOI UM DOS QUE MAIS SOFRERAM"

Superar obstáculos, entender o mercado e posicionar-se ante os desafios. Esses são os pilares estratégicos da Putzmeister, nas palavras de Maximiliano Josef Wagner, principal executivo da fabricante no Brasil, que acentua a importância de foco em um mercado com tantos altos e baixos como o brasileiro, que não permitem estabelecer um regime de escala estável na fabricação.

A opinião vem de um profundo conhecedor do mercado de máquinas. Formado em engenharia de produção mecânica pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) e em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o experiente executivo é especializado em gestão operacional, administrativa e de negócios, atuando há mais de 35 anos em diversas funções do setor em âmbito global.

No cargo de liderança da Putzmeister no Brasil desde 2014, o CEO assegura que, mesmo em um cenário extremamente desafiador, que juntou anos de retração econômica com os efeitos da pandemia, a empresa não parou de investir em seu portfólio de produtos (que inclui soluções diversas para concreto, mineração e escavação), especialmente em sistemas de concretagem para pré-moldados e equipamentos para projeção de argamassa e bombeamento de concreto, reforçando a participação da marca no mercado imobiliário nacional, um segmento que tem mostrado maior resiliência durante a crise sanitária e animado as expectativas das OEMs no país.

Nesta entrevista exclusiva à Revista M&T, Wagner discorre sobre esse e outros assuntos, como cenário econômico, mercado, novas tecnologias e lançamentos, além de comentar a relação com a Sany Heavy Industry, que adquiriu o controle acionário da Putzmeister em 2012 por 500 milhões de euros. “Para a empresa, essa ação representou uma estratégia importante, no sentido de oferecer produtos mais diversifi


Superar obstáculos, entender o mercado e posicionar-se ante os desafios. Esses são os pilares estratégicos da Putzmeister, nas palavras de Maximiliano Josef Wagner, principal executivo da fabricante no Brasil, que acentua a importância de foco em um mercado com tantos altos e baixos como o brasileiro, que não permitem estabelecer um regime de escala estável na fabricação.

A opinião vem de um profundo conhecedor do mercado de máquinas. Formado em engenharia de produção mecânica pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) e em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o experiente executivo é especializado em gestão operacional, administrativa e de negócios, atuando há mais de 35 anos em diversas funções do setor em âmbito global.

No cargo de liderança da Putzmeister no Brasil desde 2014, o CEO assegura que, mesmo em um cenário extremamente desafiador, que juntou anos de retração econômica com os efeitos da pandemia, a empresa não parou de investir em seu portfólio de produtos (que inclui soluções diversas para concreto, mineração e escavação), especialmente em sistemas de concretagem para pré-moldados e equipamentos para projeção de argamassa e bombeamento de concreto, reforçando a participação da marca no mercado imobiliário nacional, um segmento que tem mostrado maior resiliência durante a crise sanitária e animado as expectativas das OEMs no país.

Nesta entrevista exclusiva à Revista M&T, Wagner discorre sobre esse e outros assuntos, como cenário econômico, mercado, novas tecnologias e lançamentos, além de comentar a relação com a Sany Heavy Industry, que adquiriu o controle acionário da Putzmeister em 2012 por 500 milhões de euros. “Para a empresa, essa ação representou uma estratégia importante, no sentido de oferecer produtos mais diversificados aos clientes, em uma gama maior de mercado”, diz ele. Acompanhe.

  • Como avalia o momento atual do mercado latino-americano?

No momento, a América Latina não está vivendo uma situação confortável. Com algumas exceções, o mercado está muito retraído. Mas o mercado mostra sinais de que o cenário pós-pandemia será muito positivo, com boas perspectivas de negócio. O crédito acessível para investimentos está sendo uma ferramenta de estímulo para essa condição.

  • Nesse quadro, quais são os focos da empresa?

No atual cenário de pandemia, evidentemente a principal estratégia é manter a empresa saudável do ponto de vista técnico e financeiro, amparada por uma estrutura sólida, que permita reagir com agilidade quando surgirem os ‘inputs’ por demanda.

Crédito acessível constitui uma ferramenta de estímulo para a retomada, diz Wagner

  • Quais as expectativas nesse sentido?

O mercado imobiliário já está reagindo positivamente na atual situação, seja por opções de investimento, oportunidade ou por demanda súbita, em consequência de efeitos da própria pandemia.

  • Há preocupação em renovar o portfólio para uma eventual retomada?

A Putzmeister vem inovando continuamente o portfólio de produtos, sempre buscando ir ao encontro das mais recentes demandas do mercado.

Recentemente, trouxemos uma tecnologia de ponta para sistemas de concretagem de pré-moldados, por exemplo, assim como novos equipamentos para projeção de argamassa e bombeamento de concreto. Além disso, a Linha Amarela em geral está liderando o crescimento da demanda.

  • Como a oscilação da demanda afeta o setor de máquinas?

O setor de máquinas no Brasil foi um dos que mais sofreu nos últimos anos. Até então, os constantes altos e baixos da nossa economia não permitiram um regime de escala estável na fabricação e, por isso, impossibilitaram a nacionalização de componentes complexos. Nos últimos anos, as fabricantes de máquinas foram obrigadas a importar cada vez mais componentes, ao mesmo tempo em que o câmbio da moeda local sofreu alterações significativas. Essa oscilação dificultou – e muito – a estabilidade dos custos de fabricação, o que levou o setor como um todo à estagnação. Somente quem pôde manter uma carteira de exportação conseguiu de alguma forma se equilibrar nesta balança.

  • Falando em tecnologia, quais são as tendências atuais no setor de concreto?

No geral, existem várias tendências de novas tecnologias para o setor de concreto neste momento. Porém, vale destacar as inovações voltadas para o aumento de produtividade e eficiência, como, por exemplo, o varredor de superfície para projeção de concreto em túneis, assim como as soluções de segurança de equipamentos, que consistem em barreiras de movimento para operações próximas a redes de alta tensão ou equipamentos operando por controle remoto em áreas de risco.

Segundo o executivo, exportação tem permitido à indústria equilibrar a balança

  • O desenvolvimento de novos materiais pressiona os equipamentos a evoluir?

Os equipamentos vêm evoluindo sistematicamente, pressionados pela obediência a novos requisitos ambientais e de segurança, eficiência, produtividade, custo e operação. Associada à constante demanda por novos requisitos de produtos, a competição entre fabricantes é o principal fator que define a velocidade e a maneira como os equipamentos evoluem tecnicamente no mercado. Recentemente, a legislação brasileira passou a cobrar com maior rigor os critérios de limite de peso para equipamentos transitando nas estradas nacionais, por exemplo.

A consequência disso foi uma busca imediata por novos materiais de construção, mais leves, porém com a mesma resistência e durabilidade para equipamentos. Nesse sentido, a Putzmeister se posicionou ao oferecer com exclusividade uma bomba-lança de 36 m, mais leve e que permite ser montada sobre um chassi de caminhão com apenas 3 eixos, eliminando a necessidade do 4º eixo e, simultaneamente, atendendo à legislação rodoviária local.

Competição é o principal fator que define a evolução dos equipamentos, opina o especialista

  • Quais são as vantagens da sinergia empresarial com a Sany?

Empresas do mesmo grupo, com produtos distintos e compartilhando do mesmo mercado de consumidores, sempre serão um atrativo para incremento da sinergia empresarial. É o caso da Sany e da Putzmeister. Os principais benefícios estão atrelados ao crescimento conjunto no mesmo mercado, onde cada empresa se posiciona oferecendo aquilo que tem de melhor.

Isso valoriza a qualidade de produtos oferecidos, assim como – considerando que as empresas possuem estruturas independentes entre si – traz a vantagem da possibilidade de maior abrangência nos modelos e tipos de equipamentos oferecidos ao mercado. Ou seja, os clientes podem escolher desde algo muito simples, até soluções bastante complexas.

  • E quais são os desafios para a empresa no futuro?

O grande desafio para manter esse tipo de estrutura organizacional no Brasil, que não é tão enxuta, é suportar e superar as constantes oscilações, os altos e baixos repentinos da nossa economia local.

Saiba mais:
Putzmeister: www.putzmeister.com

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