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Revista M&T - Ed.172 - Setembro 2013
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Obras de Arte

Jofege adota balanço sucessivo em ponte de Barueri

A ponte Akira Hashimoto deve reduzir em 15 min o tráfego de um dos entroncamentos mais congestionados do município; obra utiliza tecnologia diferenciada de treliça para concretagem de aduelas

Posicionada entre os vinte maiores PIBs do Brasil, a cidade paulista de Barueri possui 240 mil habitantes e uma frota com 159 mil veículos registrados no município. Dados da prefeitura local indicam que outros 110 mil veículos de fora entrem na cidade todos os dias, sendo 80 mil deles somente em Alphaville, o bairro planejado que congrega condomínios residenciais, centros industriais e inúmeras empresas.

Apesar do fôlego econômico, o gargalo de mobilidade na cidade é uma realidade ainda literalmente incontornável. Para tentar resolver parte do problema, está sendo construída uma nova ponte, com 600 m de extensão. Atravessando o Rio Tietê, a obra ligará as avenidas Pedro Rodrigues da Silva e Dib Sauaia Neto. Mais que isso, o empreendimento reduzirá o fluxo de veículos em outro entroncamento complicado na região a conjunção entre as pontes Antônio Macedo Arantes, a Avenida Piracema e a Rodovia Castelo Branco.

CICLO

Obra da Construtora Jofege sob responsabilidade da prefeitura municipal, a ponte estaiada está sendo construída pelo método de balanço sucessivo, apoiado por estais. Por esse sistema, a construção evolui a partir da execução de segmentos de concreto ou aduelas instalados um a um em avanço duplo, a partir do mastro central. “Uma ponte convencional exigiria uma estrutura de suporte com maior consumo de concreto e aço, enquanto uma ponte pênsil demandaria maior elaboração de cabos”, explica Gilmar Lundgren, engenheiro civil da Jofege.

Cada ciclo de concretagem das aduelas leva entre 15 e 20 dias, seguindo uma ordem lógica que começa com a execução da laje de fundo e longarinas e continua com a concretagem da laje superior. “Em tese, a treliça usada no avanço das aduelas precisaria suportar somente o peso da laje inferior e as longarinas, mas ela é dimensionada para suporte seguro de 100% da carga, incluindo a laje superior”, detalha Erik Barstad, vice-presidente de operações da Mills, empresa fornecedora de treliças e outras tecnologias para a obra. “Isso totaliza cerca de 120 t, envolvendo concreto, aço e fôrma.”

TABULEIRO

O tabuleiro da ponte (parte na qual circulam os veículos) é executado


Posicionada entre os vinte maiores PIBs do Brasil, a cidade paulista de Barueri possui 240 mil habitantes e uma frota com 159 mil veículos registrados no município. Dados da prefeitura local indicam que outros 110 mil veículos de fora entrem na cidade todos os dias, sendo 80 mil deles somente em Alphaville, o bairro planejado que congrega condomínios residenciais, centros industriais e inúmeras empresas.

Apesar do fôlego econômico, o gargalo de mobilidade na cidade é uma realidade ainda literalmente incontornável. Para tentar resolver parte do problema, está sendo construída uma nova ponte, com 600 m de extensão. Atravessando o Rio Tietê, a obra ligará as avenidas Pedro Rodrigues da Silva e Dib Sauaia Neto. Mais que isso, o empreendimento reduzirá o fluxo de veículos em outro entroncamento complicado na região a conjunção entre as pontes Antônio Macedo Arantes, a Avenida Piracema e a Rodovia Castelo Branco.

CICLO

Obra da Construtora Jofege sob responsabilidade da prefeitura municipal, a ponte estaiada está sendo construída pelo método de balanço sucessivo, apoiado por estais. Por esse sistema, a construção evolui a partir da execução de segmentos de concreto ou aduelas instalados um a um em avanço duplo, a partir do mastro central. “Uma ponte convencional exigiria uma estrutura de suporte com maior consumo de concreto e aço, enquanto uma ponte pênsil demandaria maior elaboração de cabos”, explica Gilmar Lundgren, engenheiro civil da Jofege.

Cada ciclo de concretagem das aduelas leva entre 15 e 20 dias, seguindo uma ordem lógica que começa com a execução da laje de fundo e longarinas e continua com a concretagem da laje superior. “Em tese, a treliça usada no avanço das aduelas precisaria suportar somente o peso da laje inferior e as longarinas, mas ela é dimensionada para suporte seguro de 100% da carga, incluindo a laje superior”, detalha Erik Barstad, vice-presidente de operações da Mills, empresa fornecedora de treliças e outras tecnologias para a obra. “Isso totaliza cerca de 120 t, envolvendo concreto, aço e fôrma.”

TABULEIRO

O tabuleiro da ponte (parte na qual circulam os veículos) é executado com concreto moldado in loco, sendo que as abas laterais são fabricadas com elementos pré-moldados. Outra característica do projeto é a adequação do comprimento das aduelas: cada segmento possui 6 m de extensão, exceto o primeiro, com 4,5 m e que liga o mastro em cada um de seus lados. Chamada de “segmento de disparo”, essa primeira aduela é a estrutura na qual as treliças são fixadas para poderem avançar na instalação das demais peças. “O avanço da treliça representa uma particularidade desta obra”, comenta Barstad.

O especialista se refere a um corte na parte central do equipamento, que permite a passagem dos estais da ponte. Afinal, a ponte conta com estais somente em seu centro, diferentemente de outras obras (como a ponte estaiada da Marginal Pinheiros, por exemplo), nas quais os estais são duplos e posicionados nas laterais da estrutura. “Somente após a concretagem de cada aduela, ocorre a fixação dos estais”, ele detalha.

LINHA DE MONTAGEM

Considerando que a construção evolui como uma linha de montagem que avança pouco a pouco dos dois lados, a obra agrega outros recursos para facilitar seu andamento. Um deles é a fôrma trepante do mastro com painel aluma, projetada para estruturas verticais de concreto. Outro mecanismo adotado é a solução de escoramento Millstour, um sistema de torres de encaixe para construção pesada e especialmente projetado para a instalação da aduela de disparo.

Em termos de volume de material, a obra deve consumir cerca de 9 mil m³ de concreto, que é produzido na planta da construtora Jofege em Osasco, onde a empresa possui seis usinas dosadoras de concreto e duas usinas de asfalto. Por sua vez, o concreto foi lançado com a utilização de uma bomba-lança de 36 m a partir do solo, cujo mastro de distribuição atuaou nas duas extremidades da ponte. Já o restante do material foi concretado com gruas, que movimentaram o concreto em uma caçamba com capacidade de 0,5 m³. “O lançamento por bomba correspondeu a 70% da concretagem”, salienta Lundgren.

As gruas também foram utilizadas em outras atividades de içamento, além de realizarem a concretagem – pelo mesmo método com caçamba – do mastro central da ponte Akira Hashimoto, que tem 40 m de altura.

O escopo da atuação da Jofege também envolveu etapas de preparação, como a terraplanagem, executada inicialmente com escavadeiras. As fundações foram igualmente realizadas pela empresa, que utilizou estacas-raiz concretadas in sito e revestidas com tubo metálico, de modo a garantir a estabilidade em todo o trecho de solo.

Confira os números gerais da obra

Extensão - 600 m

Aço - 1,8 milhão de kg

Concreto - 9 mil m³

Altura do mastro - 40 m

Aduela de disparo - 4,5 m

Demais aduelas - 6 m

Alcance máximo da bomba-lança adotada na concretagem - 36 m

Volume transportado pela grua na concretagem - 0,5 m³ a cada passada

Frota de equipamentos e processos utilizados na ponte Akira Hashimoto

Escoramento da viga do encontro com treliça M-150

Fôrma trepante do mastro com painel Aluma

Escoramento convencional do mastro e aduela de disparo em Millstour

Acesso com escada modular Mills e Elite

Execução do tabuleiro sobre o Rio Tietê com balanço sucessivo

Execução das vigas travessas dos encontros com Millstour

Execução das vigas pré-moldadas dos encontros em fôrma painel SL-2000

Execução dos blocos de fundação

Pilares e estruturas secundárias com fôrma painel SL-2000

Gruas

Escavadeiras

Estacas-raiz

Bomba para concreto

Pontes estaiadas se popularizam no Brasil

Localizada muitas vezes em pleno tráfego de grandes centros urbanos, a geografia repleta de rios, córregos e afluentes impulsiona a construção de pontes e viadutos estaiados no Brasil. A empresa Mills, por exemplo, contabiliza ter fornecido nos últimos cinco anos equipamentos para mais de 90% das obras desse tipo no Brasil, estando atualmente envolvida em quatro delas. Em geral, diz a empresa, as construções apresentam desafios técnicos como a disponibilização de sistemas de fôrmas flexíveis, reguláveis e seguros, visando a contemplar a geometria variável das estruturas e as especificidades das seções transversais.

Além da ponte Akira Hashimoto, a Mills destaca a construção de uma ponte estaiada na Rodovia BR-448, em Porto Alegre (RS). A obra que é conduzida pelo consórcio formado por Queiroz Galvão, OAS e Brasília Guaíba inclui um mastro de 67 m de altura, cuja instalação contou com uma fôrma trepante em Aluma, que fez a diferença ao aliar grande flexibilidade, resistência e rapidez nos ciclos de concretagem.

Outro ponto de destaque foi a utilização de uma escada modular Mills, que garantiu condições de segurança aos acessos nos diversos níveis do mastro. Devido à dificuldade de apoio, a concretagem das vigas longarinas do trecho estaiado foi realizada com a utilização de uma treliça M150 em balanço, que permitiu apoiar as torres de escoramento.

 

 

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