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Revista M&T - Ed.178 - Abril 2014
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Geradores

Exigências ambientais impulsionam indústria

Especialistas apontam aumento da procura no mercado nacional por grupos geradores mais silenciosos, com menor consumo de combustível e menos poluentes

As fabricantes de grupos geradores ainda têm a indústria como principal mercado. Mas as aplicações fora de estrada (mineração e infraestrutura) ganham cada vez mais representatividade nos seus volumes de vendas. No caso da Cummins, a venda para projetos de mobilidade – o que inclui construtoras, condomínios e obras de infraestrutura em geral – representou 25% dos negócios em 2013. O setor de mineração foi responsável por outros 6%.

Com a ajuda desses mercados, a fabricante norte-americana revela ter elevado os negócios da sua divisão de grupos geradores (Power Generation) em 25% no ano passado. “Alcançamos esse resultado porque a demanda não cresceu somente nos mercados de construção e mineração, mas também na indústria e em outros nichos, devido à exigência legal para atenuação de ruídos”, informa José Luiz Martin, gerente de vendas e marketing da Cummins Power Generation. Segundo ele, há casos em que os ruídos do grupo gerador não podem ser acima de 65 decibéis. “Porém, as nossas máquinas, no padrão standard, já emitem nível de ruído baixo, entre 75 e 85 dB, necessário para atender boa parte dos projetos”, completa.

Gerente comercial de energia da Sotreq, Sérgio Padovan também avalia o mercado como positivo em 2013. “Os números do setor ainda não foram divulgados oficialmente, mas entendemos que houve um crescimento de cerca de 10% em relação a 2012”, diz ele. No caso da Sotreq, o executivo contabiliza que 12% das vendas são destinadas aos mercados de mineração e construção.

Outro player desse mercado, a Atlas Copco não divulga números isolados e, portanto, não revela o crescimento dos negócios de grupos geradores em 2013. Mas Fernando Groba, gerente dessa linha de negócios na empresa, afirma que o mercado realmente cresceu no ano passado, permitindo à empresa fechar com números entre 8% e 10% de market share. “Vários tipos de obras têm demandado mais grupos geradores, principalmente as de infraestrutura e os canteiros de novos empreendimentos mobiliários e comerciais”, diz ele.

ON-SITE

Na Atlas Copco, garante Groba, o foco é a venda de grupos geradores para locadoras e grandes projetos de infraestrutura. “Não temos foco no segmento industrial, que utiliza equipa


As fabricantes de grupos geradores ainda têm a indústria como principal mercado. Mas as aplicações fora de estrada (mineração e infraestrutura) ganham cada vez mais representatividade nos seus volumes de vendas. No caso da Cummins, a venda para projetos de mobilidade – o que inclui construtoras, condomínios e obras de infraestrutura em geral – representou 25% dos negócios em 2013. O setor de mineração foi responsável por outros 6%.

Com a ajuda desses mercados, a fabricante norte-americana revela ter elevado os negócios da sua divisão de grupos geradores (Power Generation) em 25% no ano passado. “Alcançamos esse resultado porque a demanda não cresceu somente nos mercados de construção e mineração, mas também na indústria e em outros nichos, devido à exigência legal para atenuação de ruídos”, informa José Luiz Martin, gerente de vendas e marketing da Cummins Power Generation. Segundo ele, há casos em que os ruídos do grupo gerador não podem ser acima de 65 decibéis. “Porém, as nossas máquinas, no padrão standard, já emitem nível de ruído baixo, entre 75 e 85 dB, necessário para atender boa parte dos projetos”, completa.

Gerente comercial de energia da Sotreq, Sérgio Padovan também avalia o mercado como positivo em 2013. “Os números do setor ainda não foram divulgados oficialmente, mas entendemos que houve um crescimento de cerca de 10% em relação a 2012”, diz ele. No caso da Sotreq, o executivo contabiliza que 12% das vendas são destinadas aos mercados de mineração e construção.

Outro player desse mercado, a Atlas Copco não divulga números isolados e, portanto, não revela o crescimento dos negócios de grupos geradores em 2013. Mas Fernando Groba, gerente dessa linha de negócios na empresa, afirma que o mercado realmente cresceu no ano passado, permitindo à empresa fechar com números entre 8% e 10% de market share. “Vários tipos de obras têm demandado mais grupos geradores, principalmente as de infraestrutura e os canteiros de novos empreendimentos mobiliários e comerciais”, diz ele.

ON-SITE

Na Atlas Copco, garante Groba, o foco é a venda de grupos geradores para locadoras e grandes projetos de infraestrutura. “Não temos foco no segmento industrial, que utiliza equipamentos em regime de stand-by”, diz. “A nossa principal oferta é de grupos geradores on-site, ou seja, que funcionam direto, suprindo a demanda diária de energia.”

Segundo ele, os equipamentos da fabricante diferem principalmente pelo chassi, com uma carenagem que integra a máquina e um projeto de desenvolvimento que prevê a movimentação entre diferentes canteiros de obras. “Esse conceito é inovador, pois o chassi é 100% vedado e sem necessidade de bacia para contenção de lubrificante”, afirma. “Disponíveis em modelos de 24 a 550 kVA, os equipamentos também são mais estreitos, para atender a projetos em espaço confinado e facilitar o transporte.”

O executivo explica que os modelos acima de 200 kVA são os mais requisitados pelas mineradoras, enquanto os grande projetos de infraestrutura adquirem preferencialmente grupos geradores com mais de 300 kVA. “Temos sido consultados para a oferta de equipamentos com mais de 1.000 kVA e, por isso, estamos desenvolvendo modelos nessa linha”, ele revela.

PONTO ÚNICO

Já a Cummins partiu no caminho inverso no início de 2012, quando lançou uma linha de grupos geradores abaixo de 500 kVA com foco nos clientes de construção civil, principalmente rentals. A série de equipamentos trouxe como novidade a inserção de um ponto único e central de içamento, para facilitar o transporte. O acesso externo aos painéis de energia também foi melhorado, com maior facilidade na conexão de cabos.

Quanto ao sistema de combustível, essa linha de geradores segue as especificações de segurança da NR-20, com tanques de até três mil litros e autonomia de cerca de 10 horas em carga plena, podendo ultrapassar 12 horas caso seja utilizada carga menor (em 75%, por exemplo). O sistema de contenção de fluidos, a possibilidade de realizar abastecimentos interna ou externamente e a adição de um pré-filtro de combustível com separador de água são outras características dos equipamentos.

Os principais acionamentos de controle das máquinas de menor porte da Cummins continuam sendo o botão de emergência externa para parada imediata, o disjuntor bipolar e a pré-disposição automática de partida ao detectar queda de energia. Todos os controles estão integrados em uma única placa, evitando tempo excessivo de manutenção e facilitando o estoque de peças para conserto. Para os modelos acima de 200 kVA, os equipamentos também possuem acesso externo ao painel e controle de paralelismo.

DIFERENCIAIS

Sérgio Padovan, da Sotreq, alerta que os equipamentos da Caterpillar também primam pela redução de ruído durante a operação. Ele afirma que 90% das máquinas vendidas atualmente são totalmente carenadas e silenciadas, algo que também auxilia na praticidade de instalação e de movimentação das máquinas em campo. “Há uma busca cada vez maior por equipamentos menos poluentes e ruidosos e isso, certamente, é um avanço”, comenta. “Mas também é importante a análise das condições dos locais onde os geradores serão instalados, para definir a melhor solução, inclusive em relação aos preceitos ecológicos.”

Na mesma linha, Groba, da Atlas Copco, corrobora a tendência de crescimento na procura por máquinas ecologicamente mais avançadas. Nesse sentido, o especialista pontua que a bandeja interna para conter vazamento de lubrificante é um diferencial importante da fabricante. “Afinal, a bandeja externa – comumente usada em outros grupos geradores – está sujeita a transbordamentos, que acarretam contaminação do solo sobre o qual o equipamento atua”, finaliza.

Cummins registra recorde em vendas

Com crescimento de 25%, a unidade brasileira da Cummins Power Generation bateu recorde de vendas de grupos geradores para o mercado doméstico no último ano. Segundo a empresa, que entrou no segmento em 2002, a maior participação ocorreu nos setores de agronegócio, locação e varejo, garantindo à empresa na segunda posição na distribuição proporcional desse mercado.

Além das máquinas importadas, em 2013 a empresa produziu mais de 3.300 geradores na planta de Guarulhos/SP, sendo 80% para o mercado interno e 20% para exportação. As receitas obtidas no período pela divisão – que também produz alternadores e painéis de controle – chegaram a 3 bilhões de dólares, com lucro de 218 milhões de dólares. “Estamos preparados para atender à demanda do mercado com uma ampla linha de 36 modelos (diesel e gás natural) na faixa de 12 kW a 3.500 kW, para aplicações em áreas como locação, telecom, construção e infraestrututura”, afirma Kip Schwimmer, diretor geral da Cummins Power Generation para América do Sul.

 

 

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