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Revista M&T - Ed.179 - Maio 2014
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Editorial

Evolução dos projetos logísticos segue arrastada

"Para chegar ao mesmo nível em infraestrutura dos países desenvolvidos, o Brasil terá de triplicar os gastos no setor nos próximos 20 anos, além de finalmente destravar os projetos nos diversos modais que o compõem"

Dados do World Economic Forum mostram que em infraestrutura o Brasil ocupa uma modesta 114ª posição entre 148 países, atrás de países como Equador (75ª), Albânia (92ª) e Uganda (111ª). Resultado tão aviltante para o brio nacional está relacionado aos parcos investimentos de todas as fontes (públicas e privadas) no setor, que aqui giram em torno de apenas 1,5% do PNB (Produto Nacional Bruto), enquanto a média mundial é de 3,8%.

Expandindo a comparação, o valor total da infraestrutura no país é de 16% do PIB (Produto Interno Bruto), sendo que a média dos países desenvolvidos está em estratosféricos 71%, segundo o Instituto McKinsey. Para chegar a esse nível, nunca é demais lembrar, teremos de triplicar os gastos no setor nos próximos 20 anos, como bem lembra a Fiesp.

Mas com o atual ritmo dos projetos, isso não será nada fácil. No momento, constata-se que o Brasil continua com as mesmas deficiências logísticas de sempre em matéria de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Segundo a Fiesp, tais deficiências significam 1,8% do preço dos produtos industriais no Brasil. Com a melhoria da infraestrutura, como aponta o Banco Mundial, o país poderia exportar 30% a mais de produtos industrializados, diminuindo a perda de competitividade que nos assola.

Até aqui, diga-se, o maior sucesso do programa de concessões do Programa de Investimentos em Logística (PIL) foi a passagem ao setor privado de importantes aeroportos ocorrida ainda no ano passado. Também fo


Dados do World Economic Forum mostram que em infraestrutura o Brasil ocupa uma modesta 114ª posição entre 148 países, atrás de países como Equador (75ª), Albânia (92ª) e Uganda (111ª). Resultado tão aviltante para o brio nacional está relacionado aos parcos investimentos de todas as fontes (públicas e privadas) no setor, que aqui giram em torno de apenas 1,5% do PNB (Produto Nacional Bruto), enquanto a média mundial é de 3,8%.

Expandindo a comparação, o valor total da infraestrutura no país é de 16% do PIB (Produto Interno Bruto), sendo que a média dos países desenvolvidos está em estratosféricos 71%, segundo o Instituto McKinsey. Para chegar a esse nível, nunca é demais lembrar, teremos de triplicar os gastos no setor nos próximos 20 anos, como bem lembra a Fiesp.

Mas com o atual ritmo dos projetos, isso não será nada fácil. No momento, constata-se que o Brasil continua com as mesmas deficiências logísticas de sempre em matéria de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Segundo a Fiesp, tais deficiências significam 1,8% do preço dos produtos industriais no Brasil. Com a melhoria da infraestrutura, como aponta o Banco Mundial, o país poderia exportar 30% a mais de produtos industrializados, diminuindo a perda de competitividade que nos assola.

Até aqui, diga-se, o maior sucesso do programa de concessões do Programa de Investimentos em Logística (PIL) foi a passagem ao setor privado de importantes aeroportos ocorrida ainda no ano passado. Também foram anunciadas as reformas de 270 aeroportos regionais, alguns já com projetos de execução em andamento. Mas nada de obras ainda.

Em rodovias, o governo admitiu conceder subsídios para atrair investidores em nove trechos de rodovias, que somam 7.500 quilômetros. Até agora, a extensão das seis rodovias que passarão à iniciativa privada abrange 4.900 quilômetros, todos por realizar. Já o programa de concessões de portos – com previsão de R$ 54,2 bilhões em investimentos privados até 2017 – segue parado, repleto de críticas e politização. Pelo que se vê até aqui, o encaminhamento deve ficar mesmo para 2015.

Em ferrovias, com aportes previstos de R$ 91 bilhões, o governo prometeu conceder 16 trechos com 11 mil quilômetros de extensão. Mas o projeto ainda não saiu do papel, frustrando os empresários. De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, em 2014 dificilmente o governo conseguirá repassar ao setor privado qualquer uma das estradas de ferro previstas no programa.

Ou seja, o ensaio foi feito e os fabricantes se prepararam, mas o que todos esperam agora é o início efetivo de todas essas obras, que podem movimentar a economia e a indústria de equipamentos, colocando o país em um novo rumo, mais produtivo, rentável e promissor. Justamente como o leitor pode vislumbrar nas próximas páginas, em reportagens sobre segurança, road building, mineração, tecnologia e outras.

Boa leitura.

Claudio Schmidt

Presidente do Conselho Editorial

 

 

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