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Revista M&T - Ed.170 - Julho 2013
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Construction Expo

Evento comprova o alto nível do construbusiness brasileiro

Construction Expo mostra o potencial da construção para o desenvolvimento do país e se consolida como o principal palco para a alta tecnologia e integração do setor no Brasil
Por Camila Waddington

Em 2012, o Brasil decepcionou crescendo menos de 1%. Isso ocorreu porque, ao invés de ampliar, como o necessário, retraiu em 4% os investimentos feitos sobre o Produto Interno Bruto arrecadado. Precisamente, a proporção de investimento caiu de 19,3% em 2011 para 18,1% em 2012. Essa explicação foi consensual entre autoridades, entidades e empresários presentes à Construction Expo 2013 quando questionados sobre os entraves ao crescimento do Brasil.

Para esses observadores, o fantasma ainda assombra, o que mantém em estado de alerta tanto o governo como a cadeia do construbusiness. “No último ano, fomos o quarto país mais empregador do mundo, com 11,3 milhões de pessoas ocupadas. Em breve, receberemos os dois eventos mais importantes do planeta e já temos algumas das melhores construtoras do globo, capazes de executar obras de qualquer complexidade”, avalia Afonso Mamede, presidente da Sobratema. “E, mesmo assim, ainda estamos atrasados, com um hiato inadmissível entre investimentos anunciados e efetivados que atravanca o nosso crescimento.”

Na lista de empecilhos, Mamede inclui o complexo sistema de aprovação ambiental para obras de infraestrutura e pontua que quase 48% dos investimentos previstos para o PAC II, entre 2011 e 2014, ainda não saíram do papel. “É hora de repensarmos, de o governo mudar o vetor do consumo que já parece esgotado como fórmula de crescimento – pela retórica dos investimentos, públicos e privados”, diz. “E é diante dessa necessidade que lançamos a segunda edição da Construction Expo, uma feira diferente, que visa a integrar a cadeia do construbusiness sobre os pilares da informação, tecnologia e networking em prol do desenvolvimento do Brasil”.

MARCO

Para estimular a superação desse gargalo, a Sobratema realizou entre os dias 5 e 7 de junho a Construction Expo 2013 – 2ª Feira Internacional de Edificações & Obras de Infraestrutura. O evento reuniu 332 expositores daqui e de outros 15 países, todos voltados para a alta tecnologia e otimização dos canteiros de obras. Com foco em tecnologia e processos, a Construction Expo também fixou um marco ao receber apoio inédito de 135 entidades de classe brasileiras


Em 2012, o Brasil decepcionou crescendo menos de 1%. Isso ocorreu porque, ao invés de ampliar, como o necessário, retraiu em 4% os investimentos feitos sobre o Produto Interno Bruto arrecadado. Precisamente, a proporção de investimento caiu de 19,3% em 2011 para 18,1% em 2012. Essa explicação foi consensual entre autoridades, entidades e empresários presentes à Construction Expo 2013 quando questionados sobre os entraves ao crescimento do Brasil.

Para esses observadores, o fantasma ainda assombra, o que mantém em estado de alerta tanto o governo como a cadeia do construbusiness. “No último ano, fomos o quarto país mais empregador do mundo, com 11,3 milhões de pessoas ocupadas. Em breve, receberemos os dois eventos mais importantes do planeta e já temos algumas das melhores construtoras do globo, capazes de executar obras de qualquer complexidade”, avalia Afonso Mamede, presidente da Sobratema. “E, mesmo assim, ainda estamos atrasados, com um hiato inadmissível entre investimentos anunciados e efetivados que atravanca o nosso crescimento.”

Na lista de empecilhos, Mamede inclui o complexo sistema de aprovação ambiental para obras de infraestrutura e pontua que quase 48% dos investimentos previstos para o PAC II, entre 2011 e 2014, ainda não saíram do papel. “É hora de repensarmos, de o governo mudar o vetor do consumo que já parece esgotado como fórmula de crescimento – pela retórica dos investimentos, públicos e privados”, diz. “E é diante dessa necessidade que lançamos a segunda edição da Construction Expo, uma feira diferente, que visa a integrar a cadeia do construbusiness sobre os pilares da informação, tecnologia e networking em prol do desenvolvimento do Brasil”.

MARCO

Para estimular a superação desse gargalo, a Sobratema realizou entre os dias 5 e 7 de junho a Construction Expo 2013 – 2ª Feira Internacional de Edificações & Obras de Infraestrutura. O evento reuniu 332 expositores daqui e de outros 15 países, todos voltados para a alta tecnologia e otimização dos canteiros de obras. Com foco em tecnologia e processos, a Construction Expo também fixou um marco ao receber apoio inédito de 135 entidades de classe brasileiras e 15 estrangeiras, além de estabelecer um novo conceito no setor com a presença de sete salões temáticos (leia mais sobre os salões na pág. 20).

Para Jonny Altstadt, vice-presidente da Sobratema, a feira reforça a inserção internacional da Associação, amplamente reconhecida por reunir toda a cadeia do construbusiness (construtoras, fabricantes, locadores e fornecedores de peças e serviços) em prol do avanço conjunto do mercado. “Aqui, vemos pessoas que muitas vezes estão em lados opostos na mesa de negociação, todos falando a mesma língua, a favor do nosso desenvolvimento”, diz ele.

SINTONIA

Também vice-presidente da entidade, Eurimilson João Daniel reforça que, à medida que a Construction Expo cresce (a feira passou de 18 mil m2 em 2011 para 48 mil m² de área ocupada nesta edição) é possível comprovar como as iniciativas públicas e privadas tendem a entrar em sintonia neste evento, buscando as melhores soluções para a pujança do mercado da construção.

É justamente pela proposta de difusão de conhecimento e ampliação de relacionamentos que Mário Humberto Marques, também ocupante da vice-presidência da Sobratema, classifica a feira como “única”. “Com ela, a sociedade pode tomar ciência de informações que mudarão o nosso cenário econômico, como ocorre com a necessidade de se produzir mais energia elétrica para estimular o crescimento do nosso parque industrial, entre outras ações”, diz ele.

MERCADO

Marques complementa que o governo brasileiro parece estar finalmente acordando para retomar o ritmo de crescimento sustentado do país. Nesse sentido, ele avalia que o foco em aumento de crédito e de consumo parece já não ser o principal pilar do crescimento e que os investimentos, principalmente em infraestrutura, vêm ganhando importância cada vez maior nas discussões plenárias. “Até mesmo a moeda, que ainda é alta em relação ao dólar, está sendo desvalorizada aos poucos, o que aumenta a competitividade da nossa indústria”, diz o executivo.

É o inicio de um avanço, como pontua o vice-presidente da Sobratema. “Mas ainda é apenas um início”, ressalta. E isso também é claro para líderes setoriais como Antônio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon/SP), para quem “o déficit habitacional atual no país chega a 6 milhões de moradias, volume suficiente para abrigar 18,6 milhões de famílias desalojadas”.

AGENDA

O dado pontuado por Ramalho evidencia a necessidade de se manter uma agenda efetiva de obras no Brasil, tema que também é invocado por Sérgio Watanabe, presidente do Sinduscon/SP. Segundo ele, cabe às entidades e empresários do setor organizar as ações isoladas do governo para a obtenção de melhores resultados. “A Construction Expo vem justamente mostrar o potencial da construção civil para o desenvolvimento do país, permitindo que dialoguemos para tomar ações efetivas de combate ao momento de inflexão que vivemos no setor atualmente”, argumenta.

Na mesma linha, para Maria Salette Weber, coordenadora geral da Secretaria Nacional de Habitações do Ministério das Cidades, é preciso reforçar o papel das entidades de classe como representantes da população e de segmentos de mercado na fiscalização e maximização das ações do governo. “A federação deve se modernizar e estamos buscando resoluções para problemas instaurados, como no caso das licitações. Mas essa é uma qualificação que leva tempo e, por isso é importante que as entidades exerçam a devida pressão sobre o governo, desde que participem com propostas coerentes e formalizadas”, frisa. “Por isso, avalio que a Construction Expo e os seus Congressos são importantes por fomentar discussões técnicas que permitam a formatação dessas propostas.”

CARRO-CHEFE

Já José Tadeu da Silva, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), complementa que a engenharia é o carro-chefe do desenvolvimento brasileiro no que tange a aspectos sensíveis como inclusão social e responsabilidade socioambiental no Brasil. “Nenhum país cresce sem engenharia e é num evento como este que mostramos o potencial brasileiro nessa disciplina”, diz ele.

Por esta ótica, quando não se valoriza a engenharia, o resultado é o baixo desenvolvimento. Simples assim. E foi exatamente esse aspecto nevrálgico que João Leopoldino Neto, primeiro vice-presidente do Sindicado da Indústria da Construção Pesada de São Paulo (Sinicesp), lembrou no evento, pontuando que o desenvolvimento tecnológico é o principal impulsionador para melhoria da infraestrutura nacional. “A infraestrutura é o nosso gargalo, já que os demais aspectos são consequência, dado que uma composição de transporte mais eficiente – da viária à aeroportuária e fluvial – permite um melhor escoamento da produção”, completa o dirigente.

EDIÇÃO

Neste ano, a Construction Expo 2013 teve a sua segunda edição realizada no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Um público total de 21.807 mil visitantes pôde conferir as novidades apresentadas na feira, em um amplo leque que incluiu desde debates com autoridades e especialistas, como mostra a presente reportagem, até tecnologias especificamente voltadas à redução de custo e ao aumento de qualidade nos canteiros de obras.

Nas próximas páginas e edições de M&T, confira o que de mais importante aconteceu na recém-finalizada edição. E prepare-se para a próxima Construction Expo, que ocorrerá em 2016 para se confirmar como o principal evento totalmente voltado para a alta tecnologia e integração do construbusiness no Brasil.

 

 

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