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Revista M&T - Ed.131 - Dez/Jan 2010
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Empilhadeiras

Equipadas para a paletização nos canteiros

Empilhadeiras destinadas à construção e mineração têm tração 4x4, pneus especiais e até lança telescópica, características que ampliam seu espaço no mercado brasileiro

Segundo projeções dos especialistas, o mercado brasileiro teria comprado mais de 12,5 mil empilhadeiras em 2008, número que não deve se repetir em 2009. Pelo contrário: os fabricantes entrevistados pela revista M&T indicam que a retração pode oscilar entre 50% e 75% devido à crise econômica. Mas as noticias não são só ruins. Há uma expectativa de recuperação em 2010, sinalizada pela retomada de vários setores, entre os quais estão a indústria geral, a mineração e a construção pesada. Os dois últimos, aliás, são consumidores ainda “tímidos” de empilhadeiras, segundo os próprios fabricantes. Para eles, os canteiros de obras e algumas operações minerais representam um mar de oportunidades para a venda e locação desses equipamentos.

A JCB, que só fabrica modelos para operações off-road, avalia que as empilhadeiras para esse segmento correspondem a menos de 2% do total de equipamentos vendidos anualmente no Brasil. O grande volume de comercialização está concentrado nos modelos utilizados em galpões industriais. “Isso não condiz com a versatilidade das máquinas para operação off-road, que podem vencer rampas de 25 graus de inclinação usando seus motores de até 80 HP na hora de fazer carregamento e descarregamento em diversas situações de trabalho”, explica Nei Hamilton Martins, diretor comercial da JCB do Brasil.

Martins se refere aos modelos Teletruck, uma espécie de telehandler com capacidade de carga de 3,5 toneladas, da JCB. Além de fazer a movimentação vertical da carga paletizada por até 4,3 metros, o equipamento é dotado de uma lança telescópica para alcance de 2 metros na horizontal. “Trata-se de uma máquina que não compete com as empilhadeiras tradicionais, pois apresenta um leque maior de serviços”, avalia. “Há equipamentos desse tipo, por exemplo, trabalhando no Metrô de São Paulo. Eles executam o transporte de materiais dentro dos túneis, carregamento e descarregamento de caminhão, e todo tipo de movimentação que as empilhadeiras convencionais não são capazes de executar”, complementa.

O executivo da JCB lembra que locais como as obras de expansão metroviária apresentam curto espaço para realização dos trabalhos, além de serem realizados em terrenos altamente irregulares, o que aumenta


Segundo projeções dos especialistas, o mercado brasileiro teria comprado mais de 12,5 mil empilhadeiras em 2008, número que não deve se repetir em 2009. Pelo contrário: os fabricantes entrevistados pela revista M&T indicam que a retração pode oscilar entre 50% e 75% devido à crise econômica. Mas as noticias não são só ruins. Há uma expectativa de recuperação em 2010, sinalizada pela retomada de vários setores, entre os quais estão a indústria geral, a mineração e a construção pesada. Os dois últimos, aliás, são consumidores ainda “tímidos” de empilhadeiras, segundo os próprios fabricantes. Para eles, os canteiros de obras e algumas operações minerais representam um mar de oportunidades para a venda e locação desses equipamentos.

A JCB, que só fabrica modelos para operações off-road, avalia que as empilhadeiras para esse segmento correspondem a menos de 2% do total de equipamentos vendidos anualmente no Brasil. O grande volume de comercialização está concentrado nos modelos utilizados em galpões industriais. “Isso não condiz com a versatilidade das máquinas para operação off-road, que podem vencer rampas de 25 graus de inclinação usando seus motores de até 80 HP na hora de fazer carregamento e descarregamento em diversas situações de trabalho”, explica Nei Hamilton Martins, diretor comercial da JCB do Brasil.

Martins se refere aos modelos Teletruck, uma espécie de telehandler com capacidade de carga de 3,5 toneladas, da JCB. Além de fazer a movimentação vertical da carga paletizada por até 4,3 metros, o equipamento é dotado de uma lança telescópica para alcance de 2 metros na horizontal. “Trata-se de uma máquina que não compete com as empilhadeiras tradicionais, pois apresenta um leque maior de serviços”, avalia. “Há equipamentos desse tipo, por exemplo, trabalhando no Metrô de São Paulo. Eles executam o transporte de materiais dentro dos túneis, carregamento e descarregamento de caminhão, e todo tipo de movimentação que as empilhadeiras convencionais não são capazes de executar”, complementa.

O executivo da JCB lembra que locais como as obras de expansão metroviária apresentam curto espaço para realização dos trabalhos, além de serem realizados em terrenos altamente irregulares, o que aumenta a complexidade de manobras e impede que as empilhadeiras convencionais e os caminhões baú, que transportam insumos para a obra, trabalhem em perfeita sincronia. “Às vezes só dá para ter acesso ao caminhão por um dos lados. Por isso, o Teletruck é tão funcional nessas ocasiões: ele pode ser posicionado lateralmente e a sua lança vai buscar a carga horizontalmente”, diz ele.

Elétrica, a diesel ou a gás
Todavia, de acordo com especialistas, a aplicação de equipamentos como o Teletruck e similares em atividades off-road não exclui a possibilidade de utilização de empilhadeiras convencionais de grande porte no mesmo tipo de operação. “A variedade de modelos que os fabricantes apresentam é vasta, compreendendo desde máquinas de 1,2 toneladas até os de 45 toneladas de capacidade de carga”, informa Takeshi Charlie Nishimura, responsável pela divisão de empilhadeiras da Komatsu, destacando que, nos modelos maiores, é possível optar pela combustão a diesel ou a gás liquefeito de petróleo (GLP).

A característica do combustível é um dos parâmetros que define a aplicação das empilhadeiras em campo, dividindo-as entre as de aplicação nos segmentos off-road e as indicadas para operações em locais confinados, como os armazéns logísticos. “Em locais fechados há normas de emissão de poluentes que inibem a utilização de equipamentos com combustão a diesel e limitam o uso de modelos movidos a GLP”, explica Martins. “Com isso, abre-se um espaço para a operação de máquinas movidas a bateria elétrica”, completa o executivo da JCB.

Na avaliação da Komatsu, que iniciou a comercialização das suas empilhadeiras para operação off-road em 2008, mesmo em locais confinados há um grande mercado para modelos movidos a GLP. E mais: elas podem ser empregadas até mesmo em atividades off-road. “Durante o período que estamos com escritório no Brasil, vendemos mais de 200 empilhadeiras, sendo 85% delas com combustível GLP”, diz Charlie.

Segundo ele, mais de 50% do total das empilhadeiras comercializadas pelo fabricante foi entregue a locadores que oferecem os equipamentos para operações em galpões logísticos. Apesar disso, Charlie salienta que 30% das máquinas comercializadas seguiram direto para construtoras e mineradoras, que optaram pelo GLP como combustível.

Ele acredita que tanto os motores a diesel quanto os movidos a GLP podem equipar empilhadeiras off-road. “A exceção são os motores elétricos, que não costumam ser utilizados nessas aplicações”, informa. O impedimento ocorre em função do ciclo de recarga das baterias, que precisam de uma noite de reabastecimento para voltar a operar durante 7 ou 8 horas, o que não é adequado para operações de construção ou de mineração.

Martins, da JCB, acrescenta outro fator negativo na escolha dos equipamentos elétricos: o peso das baterias. Ela é mais um elemento que torna as máquinas pesadas e, com isso, leva a operações mais lentas, característica que se opõe à produtividade exigida nos trabalhos off-road. “Adicionalmente podemos dizer que são máquinas menores”, detalha. “Se aumentarmos o tamanho da bateria para dar mais potência à empilhadeira, estaremos adicionando mais peso e, concomitantemente, reduzindo ainda mais a sua velocidade”, complementa.

Charlie destaca o que pode ser uma solução para esse dilema: a Komatsu, segundo ele, começou a produzir empilhadeiras híbridas recentemente no Japão, o que pode ser, futuramente, outra opção para os trabalhos fora-de-estrada. Trata-se de um equipamento dotado de bateria e de capacitor. Dessa forma, enquanto uma empilhadeira elétrica precisa ser carregada por mais de 12 horas para trabalhar 8 horas, o componente do equipamento híbrido, além de ser menor, trabalha mais de 10 horas com o mesmo tempo de carregamento elétrico. Adicionalmente, o capacitor que fica acoplado à bateria, recarrega-a com energia regenerada, recuperando até 95% da sua necessidade de carga. Cerca de 500 máquinas desse tipo foram vendidas no Japão, enquanto o mercado brasileiro ainda não tinha adquirido nenhuma, pelo menos até o fechamento desta reportagem.

Por outro lado, empilhadeiras elétricas costumam ter maior altura de içamento e maior variedade de modelos. Nesse rol de flexibilidade estão as do tipo contrabalançadas e as trilaterais. As primeiras possuem maior capacidade residual de carga e são similares às movidas por combustão, mas destinadas a locais fechados. Já as trilaterais caracterizam-se por operar com elevações acima de 11 metros, com ou sem operador embarcado.

Totalmente off-road
Apesar da evolução dos modelos movidos à bateria, Martins acredita que a predominância ainda será das empilhadeiras com motores a diesel nos próximos anos. “Elas são mais robustas e adequadas para trabalhos em terrenos irregulares, graças à tração dianteira ou nas quatro rodas, e aos tamanhos dos pneus traseiros, com aro 24 ou 25 (as empilhadeiras industriais costumam ter aro 11), que conferem um maior vão livre (distância entre o solo e a máquina). Além desses fatores, são equipamentos com maior estabilidade e capacidade de ataque em terrenos irregulares”, completa.

Alguns especialistas têm outro parâmetro de divisão das empilhadeiras, falando em dois segmentos: a combustão, seja a diesel ou GLP, e as elétricas. As movidas a qualquer um dos dois tipos de combustão destinam-se mais às operações de carga e descarga de caminhões e contêineres, fora de armazéns. São motores com maior torque, apropriados para aclives acentuados e que equipam empilhadeiras de até 45 toneladas de capacidade de carga. As máquinas a diesel são mais indicadas para operações próximas a fornos ou outros locais com riscos de incêndio, uma vez que o GLP é altamente inflamável, limitando sua aplicação.

Martins, da JCB, avalia que a operação off-road exige que as empilhadeiras sejam de maior porte, mesmo quando realizam serviços auxiliares, caso da substituição de pneus de outros equipamentos utilizados em minas. “Essa é uma das funções mais realizada pelas empilhadeiras off-road na área mineral”, finaliza.

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