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Revista M&T - Ed.220 - Fevereiro 2018
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Gestão de Frotas

Engenharia da qualidade

Ainda sem poder contar com uma certificação de qualidade, as unidades de manutenção exercem um papel crucial na disponibilidade e rentabilidade dos ativos
Por Wilson José Ramos

Após a conclusão de um novo projeto de investimento e durante a operação de uma unidade de produção, as atividades de manutenção contribuem de forma decisiva para se atingir as metas de produtividade estabelecidas pelo negócio.

A atuação da engenharia de manutenção pode minimizar serviços emergenciais, aumentando a estabilidade da operação e a vida útil dos equipamentos. Se realizada corretamente, a manutenção torna-se uma ação crucial para manter a operacionalidade e a confiabilidade previstas no projeto de equipamentos ou de sistemas, durante todo o seu ciclo de vida, o que representa uma significativa redução de custos para a produção.

ABORDAGENS

Grosso modo, há três tipos de abordagem em relação à manutenção. A primeira delas, a manutenção preventiva, é constituída por atividades programadas e documentadas com base nas especificações técnicas e no histórico de operação dos equipamentos. Isso facilita o planejamento e a disponibilidade prévia de peças e materiais.

Uma versão mais radical desse processo é estabelecida com base no tempo de serviço, seguindo-se instruções do fabricante referentes à substituição de peças e componentes. Mas apresenta custo elevado e, por vezes, descarta componentes ainda em condições aceitáveis de uso, já que os intervalos são definidos pela média.

A seguir, temos a manutenção preditiva, que se baseia na avaliação dos resultados de testes e monitorações dos equipamentos, comparando-os a parâmetros emitidos pelos fornecedores e dados reais de operação dos equipamentos. Nesta categoria, há ainda a possibilidade de se programar reparos antes das quebras, o que facilita as ações e garante uma melhor relação custo x benefício.

Por fim, a manutenção corretiva, correspondente a operar até que ocorra a falha, deveria ser adotada apenas para componentes cujas falhas não impliquem consequências sérias de segurança e custos. Mas nem sempre é assim que acontece.

PLANEJAMENTO

As necessidades de manutenção obrigam as empresas a manter estruturas adequadas para suportar as atividades. Assim, cabe à organização definir uma liderança de manutenção, que seja identificada por todos os funcionários e colaborador


Após a conclusão de um novo projeto de investimento e durante a operação de uma unidade de produção, as atividades de manutenção contribuem de forma decisiva para se atingir as metas de produtividade estabelecidas pelo negócio.

A atuação da engenharia de manutenção pode minimizar serviços emergenciais, aumentando a estabilidade da operação e a vida útil dos equipamentos. Se realizada corretamente, a manutenção torna-se uma ação crucial para manter a operacionalidade e a confiabilidade previstas no projeto de equipamentos ou de sistemas, durante todo o seu ciclo de vida, o que representa uma significativa redução de custos para a produção.

ABORDAGENS

Grosso modo, há três tipos de abordagem em relação à manutenção. A primeira delas, a manutenção preventiva, é constituída por atividades programadas e documentadas com base nas especificações técnicas e no histórico de operação dos equipamentos. Isso facilita o planejamento e a disponibilidade prévia de peças e materiais.

Uma versão mais radical desse processo é estabelecida com base no tempo de serviço, seguindo-se instruções do fabricante referentes à substituição de peças e componentes. Mas apresenta custo elevado e, por vezes, descarta componentes ainda em condições aceitáveis de uso, já que os intervalos são definidos pela média.

A seguir, temos a manutenção preditiva, que se baseia na avaliação dos resultados de testes e monitorações dos equipamentos, comparando-os a parâmetros emitidos pelos fornecedores e dados reais de operação dos equipamentos. Nesta categoria, há ainda a possibilidade de se programar reparos antes das quebras, o que facilita as ações e garante uma melhor relação custo x benefício.

Por fim, a manutenção corretiva, correspondente a operar até que ocorra a falha, deveria ser adotada apenas para componentes cujas falhas não impliquem consequências sérias de segurança e custos. Mas nem sempre é assim que acontece.

PLANEJAMENTO

As necessidades de manutenção obrigam as empresas a manter estruturas adequadas para suportar as atividades. Assim, cabe à organização definir uma liderança de manutenção, que seja identificada por todos os funcionários e colaboradores, e dispor de sistemas adequados de planejamento e controle das atividades. Também é recomendável publicar o organograma e manter uma estratégia de manutenção definida e reavaliada periodicamente, de acordo com os resultados obtidos.

As ações devem assegurar que as instalações e máquinas operem adequadamente durante todo o seu ciclo de vida, privilegiando em especial os equipamentos mais críticos. Todos os procedimentos de manutenção devem ser claramente definidos e documentados, incluindo práticas seguras de trabalho e parâmetros de qualidade do produto final, dentro da capacidade de produção das instalações e do custo orçado.

Além de pessoal qualificado para as tarefas a serem executadas, deve-se assegurar ainda que todos os componentes, peças sobressalentes, ferramentas, dispositivos e materiais de manutenção sejam adequados para garantir a eficácia dos serviços.

Como o planejamento é fator preponderante para redução de prazos e custos, é necessário programar os trabalhos por meio de ordens específicas de serviço, para minimizar os impactos da operação. Outros aspectos relevantes incluem a requisição de materiais e peças sobressalentes em regime JIT (“Just in Time”), a elaboração de procedimentos detalhados para as atividades e a prioridade aos requisitos de segurança aplicáveis. Recomenda-se que a estrutura de manutenção seja avaliada desde o início, já nas definições do projeto ou dos fluxos de processos operacionais que serão gerados. Pode-se então criar uma check-list para a aplicação.

A check-list, por sua vez, deve ser estruturada por profissionais com experiência comprovada no processo, passando por reavaliação periódica. A subdivisão por área ou subárea operacional também é indicada, bem como questões básicas a serem respondidas, uso de sistema de pontuação e estímulo à participação da equipe responsável pelas atividades. Na avaliação, também devem ser desenvolvidos planos de ação para as pendências identificadas, com a designação de responsabilidades e data limite para os itens pendentes.

CERTIFICAÇÃO

A importância da avaliação do status da manutenção não pode ser minimizada em uma busca contínua por falhas e melhoria da área. Tal estrutura possibilita a criação de planos de ação para resolução dos problemas e, ainda, funciona como um importante instrumento de gestão.

Um último ponto a considerar é que, independentemente das normas existentes sobre o assunto, ainda não há uma ferramenta de avaliação confiável dos sistemas de manutenção adotados pelas empresas. Se bem-estruturado, o processo aqui descrito pode vir a cobrir esta lacuna e estabelecer um “benchmarking” para as unidades de manutenção, podendo até mesmo tornar-se base para um necessário processo de certificação das unidades de manutenção, como ocorre em várias instituições internacionais sobre outros temas.

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